Nossa Senhora do Nilo

Nossa Senhora do Nilo Scholastique Mukasonga




Resenhas - Nossa Senhora do Nilo


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Janaina 15/06/2020

Se tem uma coisa...
... que eu apreciei em 100% dos livros escritos por africanas que li na vida é a maneira que elas têm de contar uma história. Não importa se ruandesas, nigerianas, somalis, marroquinas, etc, elas jamais me decepcionaram.
"Nossa Senhora do Nilo" não foi exceção. Usando o internato de moças como pano de fundo, a autora ensina mto sobre a cultura e os valores do país, mostra os estragos do colonialismo e o horror do genocídio tutsi. Me deixou instigada a pesquisar mais sobre esse terrível momento histórico.
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elainegomes 20/05/2021

Direto de Ruanda, com um texto muito fluido, forte e por vezes poético, nos apresenta o choque cultural, muito comum em colonizações, que normalmente aniquila todo um histórico cultural existente, impondo a própria cultura.

É marcante e triste ver a catolização de toda uma comunidade, a demonização de tradições ancestrais.

A história se passa basicamente dentro do colégio Liceu Nossa Senhora do Nilo, que prepara meninas para representar Ruanda à futura elite. E como um microcosmo do próprio país nos mostra as dores da segregação, do não pertencimento, da perda de identidade, intolerância.


Mas confesso que eu esperava mais do livro, queria saber mais sobre as tradições da cultura ruandesa, suas crenças seus mistérios, mas foi o seu final (sem fim) diferente de aberto, que me deixou um pouco frustrada. Ainda assim é uma leitura que vale a pena.
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Mariana 03/06/2021

Ruanda
Nossa Senhora do Nilo, da escritora ruandense Scholastique Mukasonga, de origem Tutsi, é um livro importante para ajudar a entender um pouco o horrendo genocídio de 1994.
Afinal, um terror em que quase 1 milhão de pessoas foram mortas, a golpes de facões, por seus próprios conterrâneos, familiares, vizinhos, professores, tem que ser estudado e reestudado por varias vias, social, política, psicológica.
Me interessei muito sobre o tema, e quero entender mais sobre o contexto que levou a esse conflito terrível (darwinismo social, colonização belga, perseguição étnica, discursos de ódio, papel da mídia).
Gostei bastante do Nossa Senhora do Nilo, e pretendo ler os outros dois livros da autora publicados no Brasil.
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Adrieli Volpato 02/08/2021

Nossa Senhora do Nilo
Livro lindo!!!! Retrata a dinâmica vivenciada por alunas inseridas em uma escola no alto das montanhas da bacia do Congo e do Nilo, em Ruanda.
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Lu 13/06/2021

Muito bacana a maneira como a autora descreve o conflito entre tutsis e hutus.
A maneira como o livro termina também dá um gostinho de quero mais.
Recomendo!
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Fabi.Filippo 16/05/2021

Nossa , gostei bastante do livro. Nessa narrativa pungente, Scholastique até me deixou na dúvida se aquelas páginas poderiam ser algo pelo qual passou e sentiu na pele.
Sabemos que ela é uma tutsi sobrevivente do massacre. Autoficção talvez .
A leitura me instigou a saber mais sobre o genocídio ruandês que culminou em 94, ano em que cerca de 800.000 tutsi foram dizimados em 100 dias.
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Marcus 24/04/2023

Recorte de uma história
O livro conta a história de um colégio para moças da elite de Ruanda, que recebiam por cotas étnicas um percentual de alunas de uma etnia específica. A história demora a começar e é um pouco confusa sobre os lados desta disputa que culminou em uma guerra civil.
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Campos 14/01/2023

A leitura de Nossa Senhora do Nilo é muito boa, inclusive eu quero conhecer mais obras da autora, já que as recomendações são ótimas também.
O Genocídio em Ruanda é pano de fundo da obra, como eu não conheço a história do país acabou sendo complicado para mim ter opinião sobre os acontecimentos que eram narrados. Isso não atrapalhou a leitura, mas acredito que seria melhor se eu conhecesse mais.
A influência católica no livro poderia ter deixado a história ainda mais pesada também, mas a autora consegue trazer isso de uma forma irônica, que acaba sendo até mesmo engraçado, em momentos específicos.
A nota que dei para esse livro não é definitiva, primeiro porque eu ainda preciso pensar e "estudar" mas sobre ele e, segundo, que eu quero participar das reuniões do grupo de leitura para ver outros pontos de vista.
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Ve Domingues 25/10/2020

Livro provoca reflexões sobre a origem da intolerância. A autora mostra o clima tenso que levou ao genocídio em Ruanda, tudo sob o ponto de vista de diversas adolescentes. Leitura necessária.
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Leticia2063 01/04/2023

Fiquei sinceramente impressionada com a história, narrada de forma interessante por Scholastique Mukasonga.
O livro descreve sobre a realidade de Ruanda trazendo marcas das colonizações no país. Aborda do temas como a religião, política, a pobreza e a exclusão.
Confesso que, mesmo sendo tão brutal, senti falta do desenrolar de muitas coisas. Mas percebi que o livro foi narrado com um toque poético e, talvez, fosse isso mesmo que autora quisesse trazer.
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Joao.Ricardo 23/04/2020

Ótimo livro, escrito com muita maestria.
"Nossa Senhora do Nilo" é sincero. Nos imerge aos interiores de uma escola ruandesa que tem como finalidade institucional preparar suas alunas para serem a elite feminina do país.
Violência, professores europeus, igreja católica, segregação, tensões entre grupos, moralidade permeiam a obra. E revelam também a atmosfera de Ruanda que precedeu o terrível massacre que houve no país.
Eu nunca havia lido narrativas literárias sobre Ruanda, tampouco autores ruandeses. Realmente, Scholastique Mukasonga foi precisa na obra. Ela é uma sumidade literária, ganhadora de muitos prêmios, referência de escritora, atualmente não vive em Ruanda e foi uma das sobreviventes do massacre ocorrido no país.
O ritmo da narrativa me fez querer digerir cada micro-detalhe que revela um sistema intrincado que sustenta um emaranhado de relações complexas. Repare que são micro que revelam um complexo macro.
É por isso que acredito que Mukasonga primorosamente restringiu sua narrativa em uma pequena escola nos interiores de Ruanda, em que as filhas da elite ruandesa se formam mulheres de elite. A composição desse grupo de alunas, como são tratadas, como elas se relacionam, o que lhes é ensinado é muito interessante para compreender a ideologia vigente na época e, pasmem, não diferencia do que temos hoje: saberes eurocentrados com uma pitada de religiosidade para formar a elite parca de um país.
O que mais me sobressai, e essa que é uma das belezas da literatura, é que a narrativa reflete muito do que estamos vivenciando hoje em nosso país. É preterido e conivente um discurso de ódio em que é importante eliminar e humilhar o outro pelo simples fato de ele ser outro. No caso do livro as forças responsáveis por gerir a escola, governo, igreja, ONU, Bélgica e França, coadunam ativa ou passivamente com a situação.
Outro aspecto importante é a denúncia sobre a violência sexual dos padres da igreja católica, que diante da agonia dos outros aspetos fica até secundária. Mas, é sempre importante salientar que dentro da igreja católica as denúncias de violência sexual são várias.
"Nossa Senhora do Nilo" é para fortes leitoras e leitores e fundamental para quem pretende votar em J. Bols. (acharam que fossem escapar dessa?). Pois, é capaz de acender uma chama na consciência de cada um que mostre que o próximo não precisa ser exterminado somente pelo fato de ser outro. E, em uma esfera de consciência muito mais apurada é capaz de lembrar o eleitor da base cristã de J. Bols. "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Marcos 12:31).
Infelizmente, a maioria de seus eleitores não se preocupa com literatura, tampouco com a literatura de um país marginalizado, e sequer conseguem relacionar literatura e política. Uma pena.
Boas leituras.
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Juliana 24/02/2023

Eu gosto já há um tempo da escrita da Scholastique, poética, crua, irônica, além de contar a história quase que em forma de pequenos episódios, não necessariamente cronológicos. Esse livro é extremamente pesado porque mostra como a colonização, a guerra civil em Ruanda foram processos que trouxeram violência e desumanização. A forma que a autora faz isso é impressionante. Quero ler mais coisas dela
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Claudio 11/05/2021

Muitas histórias, muitos personagens, pouca liga
O livro traz muitos personagens mas nenhum envolve completamente e as histórias são ligadas por um pano de fundo apenas, diferente da minha expectativa, de ter um romance fluido.
A parte positiva é pela demonstração de uma Ruanda em guerra civil e os aspectos culturais e sociais desse período.
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FellipeFFCardoso 16/01/2024

Tive que me desfazer de muitos vieses ao longo da leitura e entender - para além do que acho que já sei - a complexidade cultural que a colonização europeia, racista, usando de artifícios de poder como religião, embates étnicos, jogos de poder, instaurou nos países africanos, em especial em Ruanda, país onde se passa a história deste livro e também de onde a escritora é. Para mim, o grande trunfo da narrativa foi ter espelhado as dinâmicas políticas e sociais no microcosmo do liceu de meninas, elas que agem nas mãos dos adultos na replicação de padrões coloniais e estão, ao mesmo tempo, submetidas às injustiças raciais, machistas e violentas que perpetram e sofrem. É doloroso muitas vezes, não só por empatia, mas por culpa ocidental, globalizada, pelo olhar imperialista que ainda temos para o continente ao nos distanciarmos dos problemas como se não fossem nossos, assumindo um posicionamento de superioridade de pessoas que ainda almejam, mesmo que vivendo numa sociedade fundada por sistema similar, ao alinhamento ascendente mais à Europa como sinal de prestígio e menos às realidades de nossa própria miséria. Recomendo a todos, muito bem escrito.
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Crixtina 11/04/2023

Muito impactante
?Um diploma de uma tutsi não é como um diploma de uma hutu. Não é um diploma verdadeiro. O diploma é sua carteira de identidade. Se por cima há uma tutsi, você não vai achar trabalho, nem entre os brancos. A cota é assim.?
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