Resenhas -

mockingjay 03/02/2024

Empatia
De fato fui surpreendida por este livro, sua forma wue mostra como seres humanos, nós, somos seres sensíveis, como somos limitados e conhecemos tão pouco sobre a vida e o mundo. Chaboute traz nesse livro a carga de empatia e como funciona, vemos lealdade por parte do piloto do barco, ou a sabedoria empatica do ajudante do barqueiro. Melancólico e inspirador eu definiria.

Denis 01/02/2024

Este foi o quarto trabalho do Chabouté que eu li (um pedaço de madeira e aço, Yellow cab e purgatório). Tenho quase certeza que todos foram 5 estrelas e favoritados, porém se Solitário tivesse sido meu primeiro contado com o quadrinista, eu realmente não teria dado 5 estrelas e favoritado os demais, pois aqui a régua de comparação ficou muito elevada.
Aqui ele trata a solidão de maneira genial e crua, mostra a crueldade de se ser solitário, sozinho.
É um quadrinho que o nó na garganta de acompanha até o final. E confesso que tive que parar algumas vezes para secar os olhos.
Outro ponto que me faz muito fã do Chabouté é a habilidade que ele tem de construir a narrativa com pouquíssimas palavras, trabalhando muito bem toda a parte visual da história.
É um quadrinho que revisitarei diversas vezes durante a vida. Amei esta experiência de leitura.
E caso alguém se interesse aconselho a entrar na história sem muita informação, e assim como eu se surpreender.

Viceh_ 01/02/2024

Solitário
Esse é muito rapidinho de ler, passa realmente uma vibe reflexiva e sinto que as ilustrações por si só, muitas vezes, sem nenhum diálogo, passam uma mensagem. Um ponto que muito me agradou foi o de como o "sozinho" descobre as palavras no dicionário e imagina tais palavras levando ao pé da letra a descrição delas. Agora mais um detalhe que muito me agradou : a cena fofinha em que ele tampa o aquário que o peixe dele está para que o peixinho não veja ele se alimentando de outro peixe... Além de fofa, essa cena mostra que quanto mais distante do convívio social doentio, mais bondosa a pessoa pode se mostrar. Enfim, gostei, mas não tanto, talvez por não ter me sentido tão preso e nem ter me conectado tanto com o personagem principal, mas foi uma boa leitura. É rápida, recomendo!

Ana Perricone 30/01/2024

Um homem vive em alto-mar com acesso ao mínimo para sobreviver: alimento. Sua imposta exclusão do contato social é sensibilizante. A princípio pensei que isso não poderia ser chamado de vida, porém, percebi rapidamente que estaria definindo (e diminuindo) a vida do outro a partir da minha vivência limitada.

Espero que essa história também te faça repensar o que é realmente essencial!

Obs: esse é o tipo de livro que é melhor não dizer muita coisa?

Helayza 27/01/2024

Triste ?
A melhor parte foi o final, foi interessante um pouco, sla, mas quem tá querendo ler livro mega rápido recomendo esse, o povo quais não fala...

Pol 24/01/2024

Ignorance is a bliss
Como de hábito, tem nem o que falar da narrativa visual desse pestinha, mesmo com pouquíssimas falas ele consegue transmitir tudo que precisa com a arte, enquadramentos, jogos de contraste, tudo perfeito.
Quanto a história/roteiro, simplesmente boa demais. A jornada do solitário com o dicionário como uma forma de imaginar o mundo externo é incrível, mesmo que seja só por palavras. As últimas páginas me fizeram mudar a percepção de como o livro acabaria umas duas vezes, mas no fim o desejo de experienciar a vida falou mais alto.
Chaboute, pra mim, tá em um patamar nos quadrinhos hoje em dia que eu nunca vi ninguém ocupar, não sei nem como falar dele nem das obras de uma maneira neutra, ainda nao li nada que não fosse no mínimo incrível, graficamente, roteiramente, simplesmente gênio.
Purgatório já é o próximo da lista e bola pra frente.
xoxo

douglasjc06 19/01/2024

A solidão e o silêncio
Esse quadrinho conta a história de um homem que vive sozinho em um farol e sem acesso ao mundo exterior, basicamente tudo o que ele sabe de fora do farol é o que ele lê no dicionário. Ninguém nunca o vê e seu pai, antes de morrer, deixou todas as suas economias para o marinheiro levar mantimentos semanalmente para o filho no farol. O quadrinho fala também sobre como as pessoas são quando existe alguém diferente, o medo e rejeição dela. E como esse alguém diferente reage. A história é fluida e simples, com traços comuns e a leitura é rápida pois é repleta de silêncio... Você entende isso enquanto está lendo. No fim das contas, é uma bela reflexão.

Larissa1218 15/01/2024

Nada demais
Bonitinho e até um pouco reflexivo, mas eu esperava mais. Achei legal, mas nada extraordinário, e não consegui ficar tão comovida assim como prometem.

Tinúviel 11/01/2024

Segunda Graphic Novel que leio do Chabouté ainda nesse ano. E já posso dizer que gosto bastante do trabalho dele. É de uma sensibilidade incrível e belíssima.

Beea 10/01/2024

Esse é um quadrinho lindo e sensível, sou muito fã desse autor e de todas as suas obras e essa foi mais uma experiência maravilhosa com ele

Lilian55 08/01/2024

Solidão × liberdade
Um homem solitário, que vive em um farol, tendo como companhia um peixeno aquário, e um dicionário. O livro abdica de texto e impacta com imagens marcantes. Ironicamente, o autor escancara o poder da palavra: podemos mudar o mundo com ela.

Valentina351 01/01/2024

O lado humano doq parecia ser um monstro.
A HQ é bem interessante, as ilustrações são lindas. prende bem o leitor no começo, principalmente pq vc fica curioso pra saber ?quem afinal, é aql cara?? e quando descobri mais sobre ele fiquei com muita pena, e sinceramente não achei justo oq fizeram com ele. fiquei com muita dó, muita msm, consegui ver sua angústia, e ficava fascinada com sua imaginação, as coisas q ele imaginava, e como imaginava. é incrível como a HQ nos mostra o ponto de vista de alguém q n sabe nada sobre o mundo nem ao menos viu, olhou apenas pela perspectiva de outras pessoas ou fotos, n consigo imaginar o tamanho de sua frustração, de não saber como o mundo verdadeiramente é, não ter amigos ou companhia, alguém com quem conversar, é uma vida extremamente solitária e injusta. impossível não sentir empatia. sem contar q achei lindo sua inocência, principalmente pq ele viveu sozinho, ent n teve influência de outras pessoas, era como estar na mente de uma criança, achei extremamente humano.

seus únicos companheiros são coisas q o mar trouxe, incluindo um peixe no aquário, em uma parte ele cita ?nunca vamos chegar a lugar algum em um farol? e isso me fez pensar q nunca é tarde para mudar, dando uma chance a si próprio. acho q acima de tudo solitário foi corajoso, juntou sua curiosidade com coragem para se libertar de uma prisão interna q parecia sem fim.

porém no meio fica repetitivo, e confesso q senti falta de algo diferente acontecer. entretanto algo inevitável é q a medida q a leitura passava a dor do Solitário só se mostrava cada vez mais palpável, eu ficava pensando ?mds só queria q ele tivesse ao menos um amg, uma companhia de verdade?, tanto é q perto do final tive a suspeita de q cometeria suicídio.

o final é dito ao q o autor quis passar, como ?final feliz? mas senti falta dele mostrar como foi o contato do solitário com as pessoas, conversar e etc, sem contar ver ele conhecendo o mundo e sendo verdadeiramente feliz e livre, n gostei do autor ter deixado em aberto.

no final de tudo nos sobra a reflexão de que todos devemos dar nem que seja uma chance para as pessoas, uma chance para conhecer. o livro nos mostra o lado humano doq à primeira vista era um monstro, a obra contém críticas sociais q se encaixam na história de forma muito consequente, nada parece forçado, tudo soa muito natural.

esse foi meu primeiro contato com o Chabouté mas já quero ler outras obras dele.

André 31/12/2023

Genial
História bem bolada coisa de mestre. A forma como ele usa o dicionário e a imaginação genial, e ainda dá para bolar umas boas reflexões sobre signos, significante e sonhos. O final é muito bom.

Rafa569 25/12/2023

#39: Solitário - Chabouté

Uma HQ sensível e tocante que me lembrou o motivo de eu gostar tanto do trabalho de Chabouté. Tenho e já li a adaptação de Moby Dick (enquanto lia o original de Herman Melville, em uma edição da Cosac Naify), e "Um pedaço de madeira e aço", em que acompanhamos histórias vividas em torno de um banco de praça, que é o protagonista, e tudo isso sem diálogos.

Em "Solitário" um homem misterioso vive isolado no farol em um pedaço de rocha no meio do mar. Todos os dias um barco nomeado Dahlia leva mantimentos, até que o novo ajudante do marinheiro começa a se questionar sobre a identidade do morador do farol. O marinheiro conta a história do homem que nasceu com deformidades no rosto e cresceu escondido do mundo pelos pais, que já morreram há 15 anos, e é chamado de Solitário pelos locais. O marinheiro recebeu o dinheiro do pai de Solitário e a incumbência de levar os itens ao farol todos os dias. O velho homem isolado vive na companhia de sua coleção de objetos trazidos pelo mar, um peixinho em um aquário e um velho dicionário que ele abre e lê aleatoriamente. Ele também pesca diariamente.

Ele lê o significado de cada palavra e usa a imaginação para visualizar as descrições. Sua curiosidade em conhecer o mundo o leva a soltar o peixe no mar, jogar fora o dicionário, pegar uma corda...e usá-la para amarrar e fechar uma mala com seus pertences e partir no Dahlia, em um final emocionante.

É tocante a forma como Chabouté nos conta sobre a imaginação de Solitário, lendo e criando os significados para as palavras que lê, e sua ânsia por conhecer o mundo. Em uma manhã o jovem auxiliar do Dahlia deixa um bilhete perguntando se ele gostaria de algo. Sua resposta é "imagens do mundo", o que desperta sua sede de partir depois de tanto anos isolado, e conhecer o mundo, a despeito da provável rejeição que sofrerá por causa de sua aparência.

As 380 páginas passam voando, até por não conter tantos diálogos. E vale cada centavo!

malvs0 23/12/2023

Maravilhoso!
Gostei demais de ter lido esse quadrinho. Os desenhos são muito bonitos e a história é bem tocante. Tem meses que eu li, mas ainda consigo lembrar da essência desse quadrinho. É lindo e vale muito a pena ler!