Clayton 11/08/2012As Terras Devastadas - www.epidemiadelivros.com.brNão sei explicar muito bem o porquê, mas eu estava louco para continuar a ler a Saga a Torre Negra (talvez tenha sido o final de A Escolha dos Três) e finalmente saciei a vontade. =) Infelizmente terei que contar alguns spoilers para fazer esta resenha, então se você não leu A Escolha dos Três sugiro que vá para outro post.
Na terceira parte da busca pela Torre, Roland ensina e treina Eddie e Susannah a atirar e sobreviver no Mundo Médio. Deve ser uma sensação muito diferente ser tirado de sua casa, sua rotina, seu mundo e ser solto – ou jogado se preferirem – em um mundo que pode ser resumido em “selva”. Eddie e Susannah tem que acostumar a se alimentar com o que arranjam, dormir ao chão e a conviverem com Roland, que a cada dia que passa esta ficando mais louco com vozes que gritam em sua cabeça, uma falando que Jake existiu e outra dizendo que não.
Enquanto isso no “nosso lado do mundo” Jake também está sofrendo com as vozes que dizem-lhe que ele está moto apesar de ele ver muito bem que não. Já pensou estar nessa situação: sua mente te dizendo que você matou alguém ou lhe dizendo que você já está morto¿ deve ser horrível se dar conta de que está ficando louco.
Mas felizmente Roland e Jake conseguem se livrar destas vozes e se encontram novamente. Roland, Jake, Eddie, Susannah e Oi (um bichinho que eu insisto em imaginar que é o Stitch, kkk) chegam em Lud. É ai que o livro pega fogo!
Eu digo que para ler um livro do Stephen King sem tornar uma leitura maçante (principalmente algum da saga A Torre Negra) você tem que ter certos tipos de estratégias. Eu uso a seguinte forma: não leio nada – ou quase nada – do que está escrito entre parênteses “()”. O mesmo digo sobre o travessão ou a barra, seja como for “–“. King é muito detalhista e está sempre enriquecendo seus textos com bastante destes elementos, em minha opinião isto não é necessário, ou melhor, não tanto. Ai vem pessoas dizendo que eu estou pulando partes do livro, desrespeitando assim o trabalho do Stephen King e blá blá blá. Quero ver alguém dizer isso depois de ler o A Dança da Morte. =)
Para mim o melhor jeito de se escrever um livro seria da mesma forma que Joe Hill (estou usando Hill como exemplo porque ele é filho do King, tem vários autores com formas de escrita ótimas). Mas analisando a história em si, As Terras Devastadas é muito bom. Uma história que vai te prendendo, fazendo você se apegar aos personagens e de repente “Opa! Já estou no final.”, comigo foi assim =D. Neste livro King ainda não começa a explicar o porquê de o Roland estar em busca desta tal Torre, mas pelo menos lhe da um rumo, que nos livros anteriores não tinha porque era sempre uma caminhada sem começo nem fim.
Mais um ponto negativo que vi no King (não no livro!) foi o fato de um personagem novo – que tenho quase certeza de que é o novo vilão – ter as mesmas características de personagens de outros de seus livros. Este ser conhecido como Bruxo tem as palmas das mãos lisas, sem nenhuma linha sequer, mesma característica de Flagg, vilão de A Dança da Morte que por acaso (ou não, claro que não, eu acho =P) é o mesmo nome do vilão de Olhos de Dragão.
Apesar de tudo foi uma leitura muito boa, quatro estrelas no Skoob, e claro que recomendo a todos que também comecem a ler os livros desta saga. E claro que também não vou deixar de ler os livros do King porque ele é bom hehe.