Resenhas - As Terras Devastadas

Jow 04/01/2011

Confiança é fundamental.
Meu pai um dia me disse: "Confiança é fundamental! Todo homem que confia em sí mesmo, que tem sede de buscar, e que principalmente, é leal a sua busca e respeita as suas lembranças, será com certeza, um homem de sucesso."

A cada página que viro nessa série "A Torre Negra", eu tenho mais certeza que S. King nasceu pra contar essa história. Impressionam os detalhes, o enredo, a emoção com que ele conta cada história, a brutalidade praticamente medieval do Mundo Médio, e com certeza a sede de busca que ele inspira sobre Roland, Suzannah, Eddie, e Jake. Personagens que cada vez mais vão se envolvendo, se completando, se respeitando, e principalmente confiando um no outro. Se fosse possível instituir um lema para esse grupo, eu, certamente pegaria emprestado um que ficou imortalizado na grande escrita de Alexandre Dumas: "Um por todos, e todos por um."

"As Terras Devastadas" é certamente - até aqui - o melhor livro da série, tem um enredo muito bem amarrado (embora não feche todos os ciclos da história), uma filosofia muito marcante e bem presente, e toca em assuntos muito práticos para a época no qual foi escrito, e que ainda tem grande peso na atual sociedade americana e mundial.

Guerra nuclear, superpotências, economia global, sistemas educacionais, tecnologia, computação, robótica, transportes, poluição, degradação ambiental... Família. São tantos temas tratados com sutileza, e que são pensados por cada personagem com tamanha profundidade que é impossível não parar para refletir. King se mostra um visionário na arte de contar uma história, e é fantástico ir compreendendo como o nosso mundo e o de Roland estão interligados, e como um é o reflexo invertido do outro.

Com 527 páginas eletrizantes, com Roland se mostrando na sua melhor forma, Eddie se libertando cada vez mais da sombra de Henry, tomando cada vez mais as rédeas da situação e entendendo o seu ka e protagonizando momentos magistrais ao lado de Suzannah, que também está sensacionalmente desenvolvida em seu caráter e disposição, Jake e sua inocência ávida por respostas, seu amor e confiança por Roland, e uma inteligência fundamental para a sobrevivência de todos, e Oi um trapalhão que eu não me permito descrever, pois a amizade verdadeira não pode ser traduzida em palavras...

"As Terras Devastadas" passaram (?), mas sua lembrança é forte! Que venha "Mago e Vidro", com mais respostas, e principalmente com mais uma história arrebatadora.

Lista de Livros 26/05/2014

Lista de Livros: A Torre Negra - As Terras Devastadas, de Stephen King
“As lições mais tempo lembradas são sempre as aprendidas por si mesmo.”
*
“Jake tinha perfeita consciência de que na feroz fornalha da cabeça de Elmer Chambers, o carvão bruto do desejo e da opinião muitas vezes se fundia nos duros diamantes que ele chamava de fatos...”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/05/a-torre-negra-as-terras-devastadas.html

Renato 05/07/2009

Blaine é um pé no saco...
... e essa é a verdade.

Breno205 05/01/2024

Ok
Este é mais legal que o O caminho dos três, gostei da narrativa, sempre gosto, história Tb só acho que mencionam muita coisa estado unidense mas sem problema, já vou ler o 4 parece ser bem legal

Raiane.Priscila 20/12/2023

Segue o fluxo
Esse livro segue o mesmo fluxo do anterior, momentos de calmaria e momentos em que vc simplesmente não pode parar de ler.

Rahrt 21/04/2021

Velcro Fly nem mesmo era um single!
"As Terras Devastadas" finalmente une os destinos dos últimos pistoleiros sobre o ka-tet em busca da maldita Torre.
Stephen King pegou um monte de emoções, escreveu em pedaços de cascas de árvores e jogou dentro do barril. O resultado é o mais hilariante livro de todos, uma montanha russa que segue apenas os Feixes de Luz.

"Oi! Ake!"

Dri 09/03/2023

Eita, eita
Só melhora. Fiquei um pouco assustada com o pistoleiro porque era pequeno, mas achei muito confuso. Aí quando li o 2 e agora esse 3, estou mais confiante porque vai melhorando. Esse é ótimo e finalmente aconteceu algo que estava esperando, mas também ainda está longe demais da torre, estou ansiosa para saber o que acontecerá.

Nay Botelho | @Umsonhodeleitura 28/09/2022

No começo não estava entendendo nada, no final me senti como no começo... Não sei se eu não tive ainda um motivo forte mas a série ainda não me prendeu, não me deu aquela vontade enorme de saber mais e mais sobre o mundo.

Abduzindolivros 31/07/2022

o que é o que é: quando é que um est*pro não é um est*pro?

Embora pareça que o título ?As Terras Devastadas? vá fazer sentido só lá no final quando o ka-tet¹ do pistoleiro entra num lugar de desolação que é caminho para a Torre Negra, todo o livro gira em torno de um mundo que seguiu adiante, devastado pela miséria, loucura, guerra. Existem pouquíssimos bastiões de sanidade e acolhimento no Mundo Médio; felizmente, o grupo de Roland, inicialmente formado por ele, Suzannah e Eddie Dean, ainda é coeso e são.

A eles, juntou-se Jake Chambers, depois de se livrar da duplicação mental sofrida por ter sido salvo da morte por Roland em uma outra linha temporal. As cenas que levam à chegada de Jake ao Mundo Médio são importantíssimas, pois disparam um evento que será determinante para o futuro do ka-tet. Um evento tão tenso que só nos resta admirar ainda mais a Suzannah; ela merece nossa admiração já que outras coisas importantes foram tiradas dela naquele momento. Cara, aviso que é pesado. Passo meu pano para esse trecho, mas sem deixar de alertar para o quanto é controverso.

A Jake, juntou-se um animalzinho muito querido, o Oi, tão fundamental para o ka-tet quanto qualquer outro. Inteligente, corajoso, inocente e leal; seria a personificação da infância de Jake para que ele não se esqueça de que só tem doze anos?

Por fim, eles conseguem chegar até Blaine, o enorme monotrilho movido por uma Inteligência Artificial insana e hom1c1da/su1c1da ? não sem antes quase morrerem várias vezes pelo caminho. O final traz um baita gancho de açougueiro para o próximo livro (o melhor da série, na minha opinião), e forneceu um panorama melhor de quem é Roland Deschain: o gatilho mais rápido do Mundo Médio vai além de ser só um matador qualquer. E a promessa é sabermos mais sobre quem é esse cara obstinado, e qual é a doença que corrói a Torre de dentro para fora, transformando um mundo glorioso em algo podre e miserável.

É sobre isso, e não está tudo bem.

(Resposta: Quando está numa ficção do King).

Flavio.Muniz 17/04/2022


Roland continua em sua busca pela Torre Negra, mas ele não está mais sozinho, agora ele é acompanhado por dois parceiros, aprendizes de sua arte, Eddie e Susannah, que ele arrebatou do nosso mundo. Aqui estão eles agora nos portões do submundo, as "Terras Devastadas", onde as fronteiras temporais e terrestres são borradas e confusas. O caminho para a Torre Negra está aberto! Mas um obstáculo imprevisto se interpõe no caminho e pode colocar tudo a perder: Roland está enlouquecendo, sua mente está dilacerada pelo paradoxo temporal criado pela morte do pequeno Jack, a quem ele sacrificou impiedosamente para alcançar seu objetivo. A criança está morta ou viva? Só há uma maneira de acabar com esse paradoxo e proteger a sanidade de Roland: reencontrar Jack.

Esse método se mostrará tão difícil quanto perigoso de implementar, especialmente porque a maior parte da tarefa pesará sobre os ombros de Eddy, o ex-viciado que mal se recuperou de seu vício em heroína e assombrado pela sombra de seu irmão assassinado.
Terceiro volume de “A Torre Negra" e a qualidade dos romances só está melhorando e cada volume é, por enquanto, mais viciante e melhor construído que o anterior. Se guardo uma fraqueza pelo personagem de Roland e seus múltiplos tormentos, também aprecio muito os novos protagonistas da saga, todos solidamente arquitetados e cativantes.

Finalmente aprendemos mais sobre o mundo e temos algumas bases sendo sedimentadas e estabelecidas enquanto viajamos por essa terra alucinada com um passado trágico, mais pós-apocalíptico e menos um mundo de fantasia tradicional. Tudo foi destruído e as máquinas têm um papel central.

Em termos de ação, não há do que reclamar: a trama é realizada a toda velocidade e o universo criado por Stephen King acaba sendo cheio de surpresas, às vezes encantadoras, mas geralmente bastante abomináveis.

Mais uma vez o Mestre empunha a caneta com maestria. Este suculento volume 3 não nos decepciona uma única migalha. 200 páginas adicionais em relação ao anterior, mas o tempo parece passar ainda mais rápido. Você mergulha em um universo realmente único, um universo no qual você tem a impressão de entrar desde a primeira leitura do livro. Tudo é descrito maravilhosamente. Você se verá sorrindo de vez em quando e às vezes querendo virar as páginas a toda velocidade.

Para concluir, a atmosfera única e literalmente mágica. É King com sua imaginação sem qualquer amarra.

Marcia Seabra 12/02/2024

Esse é o terceiro livro da saga A Torre Negra. Algumas pouquíssimas coisas são explicadas, mas King nos insere no seu multiverso de forma orgânica, sentimos como se fôssemos parte daquele universo da Terra Média. Muitas referências ao livro Senhor dos Anéis, mas com um quê de desespero e desesperança. As Terras Devastadas apresenta cenas muitas vezes de tirar o fôlego, ação intensa e tensa, mas em outros momentos é arrastado e repetitivo. O final é surpreendente e com um gancho para o quarto livro, que fica impossível parar a leitura da saga. Minha alegria é saber que o King já a escreveu completa, não aguentaria esperar 5 anos (tempo que levou para publicar o terceiro e quarto livro) para saber o que acontecerá.

c a r o l 06/03/2024

"Mas essas terras, embora envenenadas, não estavam...
... totalmente mortas."

Um bom livro de aventura, mesmo o King tendo se prolongado demais no arco da primeiro livro. Tiveram coisas interessantes? Sim, mas não precisava durar quase a metade do livro para resolvê-las.

Antes de pegar "o trem maluco ?" , temos mais contato com os seres vivente do Mundo Médio, como guardiões robôs, íncubus, trapalhões, pessoas que conhecem a história dos pistoleiros e suas tradições (amei essa parte! Não vejo a hora de ir pro quarto volume para conhecer mais sobre os pistoleiros e afins), também tem uma espécie de Hatfields & McCoys, além de muita tecnologia (o que me deixa confusa porque só consigo pensar nos cenários de Velho Oeste) e coisas do nosso mundo que foram parar lá (ainda acho que o Mundo Médio é o planeta Terra que seguiu a diante, mas isso é outra história).

A relação entre os membros do ka-tet vai se alicerçando, quebrando qualquer tipo de resistências para que eles aceitem seu destino, criando novos laços e os fortificando com um tipo de ligação telepática. Foi muito bom ver os personagens amadurecendo, vencendo seus medos e traumas. Uns sofreram mais do que outros nesse volume, mas deu tudo certo no fim. A cada livro eles vão evoluindo um pouco mais.

Com a chegada dos novos membros, senti que, agora sim, tudo estava equilibrado. As novas informações sobre esse universo responderam algumas perguntas, mas também abriram um leque com novas questões.

Blaine, vulgo Charlie Cho-Cho, é diferente de tudo que imaginei. Foi uma grata e terrível surpresa vê-lo em ação. Um outro personagem, bem importante, apareceu! E o final, nada fechadinho, só me deixou com mais vontade de ler logo o próximo livro.

Nem consigo acreditar que gostei desse livro, pois estava empacada nele há anos! O audiobook e a expectativa baixa ajudaram bastante hahah

A nota do King, no final de cada livro, é sempre um deleite para mim ??
.
.
.
.
.
.
.
.
SPOILER

A Rosa/Mundo Médio está doente. O que deve ter deixado o Blaine louco e suicida. O Mago apareceu, mas ela já tinha dado ordens ao que Blaine para matar o grupo, mas ele não fez, até agora. Jake acha que matou o homem do tic-tac, mas este agora é capanga do Mago.

Vini 29/12/2021

Esse é o volume que cria a noção épica tão necessária para série
Se o primeiro livro é o faroeste de Sergio Leone e o segundo um tipo de interlúdio cheio de ação, o terceiro é o tributo de King a Tolkien. Em seu lugar, vêm enormes florestas povoadas por tributos positrônicos a Richard Adams, "feixes" magnéticos ilimitados reforçando o mundo, uma monstruosa cidade decadente à beira de uma extensão atrofiada e um monotrilho hipersônico assombrado por uma inteligência artificial demente planejando sua corrida lunática final.

As primeiras duas partes da série 'A Torre Negra' são bastante diferentes. Um está quieto, focado, mas fraturado; o outro é mais extenso, apresentando monstros e mundos paralelos e múltiplas personalidades. O próprio King percebeu isso, mais tarde reconectando parte do conteúdo para alinhar a primeira parte com os livros posteriores.

'As Terras Devastadas' leva o título do poema de TS Eliot com quase o mesmo nome: uma importante obra do modernismo, desarticulada em suas vozes, que olha a sociedade por meio de alusões históricas e míticas. Referenciá-lo tão diretamente é talvez a primeira indicação que os leitores receberam das intenções de King na criação de seu mundo fantástico: embora este não seja o nosso mundo, as conexões e ligações a ele são fortes, embora totalmente fragmentadas.

A série foi escrita ao longo de um período de 30 anos, e ainda está indo, em farrapos e farrapos. Suponho que, quando começou a escrevê-lo, King não tinha certeza de que forma iria assumir. 'As Terras Devastadas', foi o ponto onde o quadro geral começou a se revelar para King, porque é certamente onde tudo começa a acontecer.

No terceiro volume da série há mais contorno a seus personagens, criando longos arcos de desenvolvimento. Depois de apresentar Eddie Dean, Susannah e agora o Jake, o autor anda lentamente sobre a motivação desses personagens.

No começo deste terceiro volume, King debruça mais sobre Jake e sua relação com Roland. Eddie e Susannah começam a desenvolver uma afinidade, algo que já havíamos percebido lá no primeiro volume. Começamos a ver flashes do que Roland viu no espírito de Eddie e pouco a pouco vamos entendendo por que ele é tão importante para a jornada do pistoleiro.

Susannah vai construindo um senso de propósito que vai tornando-a uma personagem riquíssima em detalhes, ela é minha personagem preferida nessa série. A junção de suas duas personalidades dá a ela uma perspectiva única sobre o mundo. Somos formados por um lado obscuro assim como por um lado bom.

Somente uma coisa que eu não gostei nesse livro que foi a sequência de estupro, que parece fora do lugar e desnecessária, essa foi a única parte da série que me deixou desconfortável, mas Stephen King é assim. Ele é um escritor que não acredita em escrever finais felizes para agradar seus leitores. Apesar de escrever ficção, os resultados de suas histórias são realistas no sentido de que não há equilíbrio entre o bem e o mal no mundo.

Há uma história neste romance, mas também é o ponto em que os livros da 'Torre Negra' pararam de parecer independentes. No final deste volume, você é levado direto para o livro quatro, que começa a ação exatamente de onde parou. 'As Terras Devastadas' é um volume que criou aquela noção épica tão necessária à 'Torre Negra'.

site: https://www.estantedovini.com.br/post/as-terras-devastadas-resenha

Andrea 18/07/2022

QUE LIVRO FOI ESSE??????
Ao contrário dos 2 primeiros, esse teve muitos altos e baixos...páginas aceleradas e páginas que me fizeram dormir em cima do livro. Mas sempre que isso acontecia, um novo rumo com os personagens me colocava nos trilhos novamente, tipo o Blaine heheheheh
Estou gostando muito dessa saga, e já quero ir para o quarto volume o quanto antes!

Eduardo.Silva 29/07/2021

E a busca contínua
Dando continuidade pela busca da Torre Negra, nesse volume vamos ver bem mais sobre o mundo médio e nos envolver cada vez mais com o personagem. Me sinto praticamente parte do ka-tet. Uma história um tanto diferente, que apenas a mente brilhante e criativa do King poderia imaginar. Embora alguns momentos sejam um tanto arrastados, é uma história incrível onde sempre perdura a dúvida de onde ela vai parar. Ansioso pelas próximas aventuras.