Acervo do Leitor 01/02/2018
Terras Devastadas – A Torre Negra #3 | Resenha | Acervo do Leitor
Demônios de madeira, criaturas ciborgues, bruxos, telepatia, portais dimensionais, meio-homens alem de gatos e locomotivas que falam! Se você ainda tinha alguma dúvida se essa aclamada série do Stephen King era realmente Fantástica e capaz de explodir sua mente está na hora de rever seus conceitos.
“Merda, a maioria esqueceu o que é o terror, ele pensou. Alegria, tristeza, amor… tudo a mesma coisa. Acho que eles não sentem mais muito de coisa alguma. Já viveram tempo demais neste purgatório.”
Roland de Gilead, Eddie e Susannah (Odetta e Detta) estão unidos. Por amor, pelo destino e pela misteriosa Torre Negra. Ainda se recuperando das desventuras que os uniram no passado estão perdidos em meio a uma densa floresta no Mundo Médio. Jake Chambers, o jovem “parceiro” de Roland retornou dos mortos e está perdido no meio de seus sonhos e lembranças de um outro mundo e realidade. Mas estas quatro vidas estão entrelaçadas, e não há realidade alguma de espaço tempo que possa afasta-las. Enfrentando “demônios internos”, demônios de madeira e até um urso ciborgue suas vidas irão se colidir novamente. Os três Pistoleiros descobrem um dos 12 Feixes de Luz que levam direto para a Torre Negra, enquanto Jake descobre uma difícil maneira de reencontra-los no caminho.
“Nós somos Ka-Tet – começou o pistoleiro -, o que significa um grupo de pessoas unidas pelo destino. Os filósofos da minha terra diziam que um Ka-Tet só podia ser rompido por morte ou traição. Meu grande professor, Port, dizia que como a morte e a traição também são raios na roda de Ka, uma união assim jamais pode ser quebrada.”
O mundo seguiu adiante, assim como nossos quatro pistoleiros. O destino plantou essa união de onde floresceu amizade e respeito em meio a sobrevivência. Seguindo ruma a Torre Negra se deparam com paisagens e terras desoladas pelo tempo e por guerras. Em meio aos escombros de uma estranha cidade habitada por radiação, morte e dejetos humanos que vivem encima e embaixo da terra, Roland terá que barganhar por suas vidas com sabedoria, charadas e balas! Mas essa cidade é apenas um “entreposto”, e para alcançar seu destino final terão que embarcar nas asas da imaginação ou mais precisamente a bordo da mítica locomotiva viva MonoBlaine. O que para alguns parecia ser o final da jornada se torna o começo de uma nova e mortal viagem… e a roda do destino continua a girar.
“Deus tenha piedade de você, então, pois o sol está se pondo no mundo. Está se pondo para sempre.”
SENTENÇA
Apontando por alguns leitores como um dos melhores livros da saga, Stephen King não decepciona, mas não eleva o nível da mesma. Como um grande “interlúdio” na jornada dos quatro protagonistas, temos mais pontas soltas do que amarradas. Com uma pegada mais clássica de aventura fantástica o rei usa este volume para aprofundar as relações emocionais entre Roland e seu grupo. Suspense e ação em um ambiente quase distópico. Mas confesso que senti um pouco de falta do ineditismo apresentado nos dois volumes anteriores. Mas conforme a roda do destino gira e a caneta do autor destila genialidade com tinta, o nosso desejo de chegar até a Torre Negra só aumenta! Que venha o próximo volume! Chuu-Chuu!!!!
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