As fúrias invisíveis do coração

As fúrias invisíveis do coração John Boyne




Resenhas - As Fúrias Invisíveis Do Coração


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Cas 06/07/2021

Meu amores visíveis por esse livro
Eu comprei esse livro tem uns 3 anos e sempre enrolei pra pegar e começar a ler porque parecia muito longo, parecia muito triste... De fato ele é muito triste, mas ao mesmo tempo em que ele é um dos livros mais tristes que eu já li, ele também é um dos livros mais hilários que já tive o prazer de ler. Ele tem aquele estilo drama amenizada por um toque de comédia que no começo achei que não fosse gostar, mas depois achei perfeito. Eu nunca tinha lido nada do John Boyne e com certeza vou procurar mais livros dele. Eu amei o protagonista, Cyril, cuja vida é péssima e só acontece desgraça; mas que ao mesmo tempo é tão absurda que chega a ser de se mijar de rir (sério, tinha horas que eu fechava o livro e ria horrores; tinha horas que eu fechava e chorava horrores também...). Conheci também bastante sobre a história da Irlanda, sobre como eles têm um histórico conservador que beira o absurdo, fiquei bem chocado com algumas coisas que foram relatadas no livro. Enfim, foi uma leitura maravilhosa e sinto muito ter levado 3 anos para ler, se eu soubesse que seria tão incrível assim eu teria começado bem antes, mas tudo tem seu tempo. Espero que outras pessoas leiam e se divirtam tanto quanto eu. Claro que vão ficar bem tristes também, mas acho que essa é a alma do livro sabe, a vida é cheia de merdas, e é uma droga às vezes ter que passar por certas desventuras, mas a gente continua vivendo mesmo assim, porque vão ter momentos muito bons que a gente não vai querer perder.
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Alana Louise 05/02/2023

Emoção pura
Esse livro foi cheio de emoções, senti ódio e esperança, ri e chorei, é realmente um retrato de como a vida pode ser cruel e mesmo assim muitas vezes conseguimos sobreviver a ela e ainda tirar algo bom disso. É perfeito ???
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Beto 03/06/2019

Minha melhor leitura de 2019, afirmo isso mesmo estando em Junho...
... conheci a violência, conheci a intolerância, conheci a vergonha e conheci o amor. E, de algum modo, sempre sobrevivo.

Terminei as últimas páginas desse livro aos prantos, proeza esta que nenhum outro livro um dia foi capaz, pelo menos não nessa magnitude.

Nesta obra, acompanhamos a vida de Cyril desde a barriga da sua mãe à velhice. Experiência muito semelhante à Uma vida pequena de Hanya Yanagihara. A escrita de John Boyne beira a perfeição, muitíssimo superior a que encontramos em O menino do pijama listrado.

Sinceramente, não tenho críticas, não me recordo de defeitos, foi tudo impecavelmente bem feito, citando o Mail on Sunday: um romancista em seu auge.

Leitura de primeiríssima qualidade, é um dos melhores romances LGBT da literatura contemporânea, com inegável posição de destaque, haja vista que livros nessa área frequentemente carecem de excelência. Apenas termino com a dica: LEIA!!
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alemesquitaneto 24/01/2021

História comovente, muito bem escrita. A leitura flui e o livro não fica enrolando pra acontecer.
A única coisa que me incomodou levemente foi o exagero de coincidências. Em certo ponto, começa a ser apenas conveniência e a gente já espera o que vai acontecer.
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Monique Nóbrega 22/01/2021

AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO (John Boyne - 536p.)
Escócia, 1940: paisagens deslumbrantes, kilts, boa cerveja... preconceito, violência, fanatismo e corrupção.
Comecei este livro sem saber que iria cair de cabeça no lado feio da sociedade escocêsa dos anos 40 em diante.
Nosso protagonista é um menininho fofo chamado Cyril que foi adotado por uma família rica. Os pais adotivos nunca demonstraram um pingo de afeto, deixando claro que ele não era realmente parte da família.
O menino cresceu escondendo seus sentimentos como forma de defesa. Parentes, amigos e colegas de trabalho não faziam ideia do que só desconhecidos na noite sabiam: nosso protagonista é gay.
Claro que ser descoberto implicaria em surras, prisão ou até morte. Tudo com o consentimento da sociedade e leis da época.
Cyril entra num vórtice de mentiras que prejudica não só a ele, mas também ao melhor amigo e paixão platônica, Julian (um conquistador) e sua irmã.
Além da causa LGBT, o livro também aborda outros temas fortes: a violência contra as mulheres, a corrupção política e religiosa e hipocrisia estão presentes de forma nada sutil na obra.
É tombo atrás de tombo. Sério: deve haver no máximo 30 páginas felizes nesse livro. Muitas delas permeadas pelo medo de algo dar errado.
A história é bem contada e foi feita para chocar apenas contando verdades. Sempre gostei da escrita do Boyne. No entanto, o estilo deste livro me incomodou muito. Ele vai e volta nos acontecimentos, sempre pulando de 7 em 7 anos e voltando para contar como se desdobrou a ação que acarretou no momento corrente da leitura
Quase desisti de lê-lo por isso. Mas a história me prendeu (ponto pra você, John).
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Ladyce 02/07/2019

Este não foi o mais interessante romance de John Boyne. É uma história ambiciosa, prolixa, dramática que poderia ter tido maior impacto se o escritor não tivesse sucumbido à tentação de numerosos detalhes desnecessários e à armadilha comercial de um final feliz. Nesta longa obra o leitor acompanha a vida de um homem, irlandês, gay, nascido logo depois da Segunda Guerra Mundial, em 1945, de sua gestação à morte. Tomamos carona para acompanhar também mudanças de comportamento social no mundo pós-guerra e as dificuldades enfrentadas pelos homossexuais no mesmo período. Passamos pela Irlanda católica, pela Europa, centrada em Amsterdã, vamos aos Estados Unidos e como não poderia faltar somos levados a considerar alguns aspectos da horrível epidemia da AIDS que se espalhou pelo mundo a partir dos anos 80 do século passado. Definitivamente um projeto audacioso e necessário por trazer para o cultura popular considerações que vemos com maior frequência restritas a obras menos comerciais ou ao nicho da literatura gay.

Como bom escritor, apreciado por multidões, John Boyne traz ritmo, drama e humor para um enredo que se desenvolve apoiado por uma dúzia de personagens curiosos, quase todos fora da norma, preenchendo a máxima popular comum nos nossos dias: “de perto ninguém é normal.” Cada um é rebelde à sua maneira. Só o nosso biografado é o único a não se rebelar. Tímido e frouxo Cyril é um anti-herói. É um personagem principal, sem um osso de bravura, covarde e irresponsável, incapaz de medir as consequências de seus atos para com terceiros. E é ele quem acompanhamos com cuidado. E a quem devemos, no final, imaginar com carinho, entendimento e calor. Uma façanha difícil para esta leitora. O final desaponta. Muda o tom da narrativa. Do realismo aspirado durante a história, pulamos para o mundo da fantasia. A boa vontade do autor traz um fechamento onde se reconhece os bons aspectos de todos os personagens envolvidos, num final feliz característico dos contos de fadas.

Talvez esse livro tivesse me agradado mais se não contivesse tantos erros históricos que demonstram uma pesquisa porca. Descuidada. Tive essa sensação algumas vezes até que de repente vejo General De Gaulle da França mencionado como tendo se aposentado em 1959, quando na verdade este foi o ano em que ele começou a presidência da França. Daí por diante encontrei uma série de problemas. Há uma visão anacrônica do mundo. Preocupações sobre o cigarro, limitações de comportamento daqueles que fumam, por exemplo, aparecem como pertinentes nos anos 50-60 quando na verdade o fumo era liberado em todo canto, dentro e fora dos ambientes fechados. Há o problema de mencionar a República Checa em 1987, quando na realidade, nesta época não havia este país. O país fazia parte do que se chamava Checoslováquia. O mesmo para a Eslovênia. Foi preciso uma série de conflitos, de guerras entre 1989 e 1992 para que os países que formaram, a contragosto, desde 1945 o país Iugoslávia, voltassem a ser independentes como eram antes do domínio comunista, sob o comando do ditador Tito. Não há perdão para esse tipo de erro. E esses não são os únicos erros. Passando em revista outras resenhas em sites de livros e resenhas, vejo que tenho companhia, dezenas de outros leitores listaram muitos outros detalhes incôngruos.

Um escritor tão popular quanto John Boyne tem a obrigação de trazer fatos históricos corretos. Se ele não quer fazer a pesquisa, tenho certeza de que poderia pagar um assistente para verificar dados. Não posso liberar de culpa a editora original, porque ela também deveria ter tido o interesse de checar esses detalhes. Muitos leitores adquirem conhecimentos de história através de livros. É um desserviço para com seus leitores que Boyne não se preocupe em limpar o texto. Sinto, mas perde muito com isso.
Igor 21/11/2019minha estante
Mais um erro histórico que me incomodou bastante: no capítulo 2008, subtítulo Kenneth, Cyril lembra-se da conversa com sua mãe Catherine em 2001 (após descobrimento da identidade genética como último assunto do capítulo 2001). O autor descreve o Ministro das Finanças em uma das mesas do bar, com as mãos na cabeça e chorando sobre a cerveja, fazendo uma de suas típicas remissões históricas subliminares (nesse caso, ao crash financeiro de 2008). Embora estejamos no capítulo 2008, a lembrança e a história narradas são de 2001, portanto a remissão não faz sentido.

Concordo com você quando diz que o autor e a editora deveriam ter maior cuidado e responsabilidade com os fatos históricos. Afinal de contas, como autor de O Menino do Pijama Listrado e O Garoto no Convés, entre outros livros que gostam de fazer remissões históricas, John Boyne estava escrevendo em seu nicho, além do mais em um país e em um tempo que ele realmente viveu.


Ladyce 09/12/2019minha estante
Para quem tem o alcance de John Boyne é uma pena que ele não possa passar dados históricos precisos. Com isso ele coloca em dúvida até mesmo o posicionamento exagerado da Igreja em 1945, na Irlanda, naquela cena do primeiro capítulo. Não estou dizendo que o comportamento da Igreja Católica naquela época, naquele país esteja justificado. De jeito nenhum. Tenho certeza de seus extremos, até mesmo em décadas mais próximas dos dias de hoje. O problema é que errando tanto, com tanta frequência, começamos a colocar em dúvida as representações que ele faz de outras épocas e de outros fatos.




Manú 11/10/2022

Magnífico
A complexa e muito louca vida de Ciryus Avery. Irlandês nascido logo após a segunda guerra, criado por uma família pouco convencional, gay num país onde homossualidade era crime manter segredo de sua orientação, apaixonado por seu melhor amigo desde infância se mete em muita confusão, no fim da vida volta as origens e reencontra e faz as pases com o passado passado.
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Maria Bia 06/12/2020

Meu Deus...!
Sem dúvidas. O melhor livro do ano. O melhor livro do ano. O melhor livro do ano.

Grata pela atenção
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@ninafalsoni 14/04/2022

Não sei nem o que dizer!
Gente do céu! Que livro foi esse?

Não achei ele arrastado no começo, muito pelo contrário. Apesar da destruição causada a cada página algo nelas me seguraram na história e eu realmente não sei dizer o que foi.
Pode ter sido a necessidade de saber se em algum momento as coisas dariam certo? E pois bem. Levei uma surra desse livro quando percebi que independente da situação, a vida te da momentos bons e alguns ruim em desproporção, claro, mas que em algum momento as coisas se resolvem. Ninguém sabe quando vai encontrar ou perder um grande amor. Amanhã ou daqui 30 anos? E no meio disso vem as consequências externas e muitas as vezes não são nada boas.
Não é sobre só sobre o amor, seja qual for a sua definição. Para mim, foi muito mais sobre aceitação.
Se o Cyril tivesse se aceitado como ser humano, metade das coisas não teriam rolado e quando ele se aceitou, não restou muito além de dor e sofrimento. Foi pela dor.
Recomendo de olhos fechados e leiam de coração aberto.
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Cintia_.Silva 17/09/2020

A vida e suas in(coincidências)
Ao começar a leitura, já me apaixonei pela primeira personagem que aparece. De fato, fiquei tão apegada a ela que gostaria que houvesse um livro apenas para contar a trajetória da grande personagem Catherine Coggin, pois de fato esta é uma mulher muito à frente do seu tempo, como é bem relatado já no primeiro capítulo e mais presente ainda no final.
Depois, é possível perceber que a história se trata propriamente de outro personagem, Cyril Alvery, e a construção (no meu ver um pouco já estigmatizada, mas não menos importante) de um homem gay em um país extremamente tradicional e homofóbico, bem como católica daqueles moldes característicos de uma igreja totalmente hipócrita.
Conversando com um amigo que também já leu esse livro, é possível fazer uma crítica ao estilo de escrita que John Boyne decidiu incrementar, uma vez que todos os acontecimentos marcantes do personagem Cyril acontece a cada sete anos. De fato, é uma crítica bem mais realista no quesito vida real, mas gostaria de deixar aqui frisado a grande (in) coincidência que ele deixa bem claro.
No mais, o livro me deixou muito satisfeita ao ver o quanto o personagem evoluiu e todos os momentos de grandes coincidências planejadas para que a leitura ficasse cada vez mais interessante e me fizesse ligar alguns pontos para que várias situações que foram explanadas no decorrer da leitura fossem percebidas ao conseguir ligar esses pontinhos. (faz sentido o que eu disse? Hahahah)
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Jefferson Vianna 28/12/2019

Livro simplesmente maravilhoso!
Como leitor e fã de John Boyne, eu não esperava menos deste romance tão maravilhoso. "As fúrias invisíveis do coração" é de fato um livro muito especial. A escrita do autor é fluída e envolvente, li as 536 páginas em pouco mais de dois dias, ou seja, prendeu muito a minha atenção. Durante a leitura somos convidados a desvendar a história de Cyril, nascido na década de 40, filho de uma jovem solteira, expulsa e humilhada pelo padre de sua congregação, que após saber da gravidez não vê outra alternativa a não ser expurgar a jovem moça. Sem ter como criar o filho recém nascido, entrega-o para um casal excêntrico e bem sucedido, tornando-o assim um "Avery", mas não um Avery de verdade, como é sempre lembrado pelos pais adotivos. Já na adolescência, Cyril sofre muitos preconceitos por ser homossexual e luta arduamente para esconder a sua real identidade de todos os amigos e familiares. Ao longo da narrativa podemos notar a marcante atuação da igreja, que (assim como nos dias atuais) não media esforços para controlar a vida alheia, ditando as suas regras a qualquer custo e condenando à todos que se diferem dos modelos, dito normais. Trata-se de um livro arrebatador, com personagens envolventes e que narra de forma triste e verdadeira a realidade daqueles que aos olhos de uma sociedade hipócrita, homofóbica e cruel, não possuem os mesmos direitos ao amor e a felicidade. Leitura mais do que recomendada.

Quote do livro: "Os sonhos é a representação subconsciente dos nossos verdadeiros desejos.", "Nós detestamos aquilo que tememos em nós mesmos..." e "A vida precisa continuar apesar dos pesares. Escolher viver ou escolher morrer."
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Léo 17/05/2022

Eu acho que até já tinha sido isso por algum autor, mas nunca tinha me prestado a investir na sua obra. E aqui vou eu!
Vi muita gente falando que neste livro o autor conta uma parte da sua história própria e traz toda sua dor, angústia e perdas às páginas.
Que isso não seja inteiramente verdade, a história de um jovem gay na Irlanda, radicalmente, católica é algo que aconteceu e acontece. Essa história, que não seja do autor, é de muitos que possivelmente estão mortos pelo preconceito. Ou que, como esta muito bem descrito no livro, é a história de muitos que estiveram nos barcos, mas quando se viram livres nadaram e nadaram, e agora não tem mais vitalidade para curtir a praia.
Esse livro me fez chorar, como todos os livros de Boyne, mas de uma forma diferente. Aqui eu estava mais preparado para o sofrimento, mas chorei qdo li o amor, senti a alegria e percebi que, mesmo sem a descrição, Cyril tbm estaria chorando.
Essa leitura foi perfeita, do início ao fim, o tom do escritor e a forma como ele prende o leitor não é em capítulos rápidos e intrigantes como nos best-sellers. Mas aqui a história passa como na vida ela acontece.
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Fernanda631 29/08/2023

As fúrias invisíveis do coração
As fúrias invisíveis do coração foi escrito por John Boyne e publicado em 9 de fevereiro de 2017.
É um livro sobre aceitar-se, ser aceito, encontrar seu espaço no mundo, levar uma vida sem segredos sendo o que realmente é. O autor traz como personagem principal Cyril Avery que é homossexual, mas poderia ter outras características que também não são aceitas pela sociedade, e a história mostra a força do amor e o poder da tolerância.
A narrativa começa em 1945, quando Catherine Goggin com apenas 16 anos e solteira é expulsa de sua comunidade pelo padre local por estar grávida. Ela vai embora sem ter um plano e assim conheceu na própria pele a intolerância e o preconceito e isso vai se repetir algumas vezes em sua vida.
Quando seu filho nasceu, Catherine entregou-o para adoção e é aí que o leitor conhece Cyril Avery, já com 7 anos e filho adotivo de um casal rico. Cyril foi adotado por Maude e Charles Avery, um casal excêntrico e pouco paterno, que sempre fez questão de dizer a Cyril que ele não era um Avery de verdade. Sem nenhum senso de identidade ou de pertencimento, Cyril se sente ainda mais perdido ao perceber que é homossexual em um país extremamente conservador.
Todo momento ele era lembrado que não era um Avery de verdade e apesar de ter tido uma infância boa, não conheceu o amor fraternal. Ele não é um Avery e sim uma criança que foi adotado.
Cyril nasceu na Irlanda, um país que na década de 40 e nas seguintes é dominado pela igreja e ser homossexual é crime, então com 14 anos, já sabendo que era diferente, Cyril teve que esconder isso de todos e tentar viver conforme as regras da sociedade. De sua mente transbordam dúvidas, só que acredita não ter muito o que fazer, e segue sua vida escondendo a homossexualidade.
O livro conta com saltos temporais de sete anos, de modo que vamos acompanhando todas as fases da vida do protagonista e testemunhamos os momentos mais marcantes.
Os capítulos são escritos a cada sete anos, mostrando o Cyril criança com sete anos, depois o adolescente com 14 anos obcecado por seu melhor amigo, o jovem com 21 anos e se descobrindo, o adulto com 28 anos que sem coragem de contar a verdade toma decisões que irão machucar pessoas que ama e mudar drasticamente o rumo de sua vida.
E quando tem que ir embora da Irlanda, sua vida muda radicalmente e ele descobre que ser homossexual não é um grande problema e que ele também é capaz de amar e ser amado. Então com 35 anos já é uma pessoa resolvida e que sabe o que quer, além de ter descoberto o amor. E ele segue em frente e muitas vezes se pergunta quem são seus pais e de onde veio. O último capítulo é em 2015.
Os leitores sabem desde o início que Catherine Goggin é mãe de Cyril só que eles não, e a vida os coloca algumas vezes frente a frente, mas não dá a oportunidade de se descobrirem como família. As Fúrias Invisíveis do Coração apresenta também vários personagens marcantes, enriquecendo a obra.
Todos eles, com seu jeito de ser, seus sonhos, suas escolhas, suas realidades, enfrentam problemas e tentam se adaptar a eles ou dar a volta por cima da melhor forma possível. A vida não são só flores para ninguém e cabe a cada um carregar seu fardo da melhor forma possível.
A vida é assim, cheia de surpresas, de erros e acertos, de medos e coragem, de não saber o que fazer ou de saber e não conseguir. Cyril não era um Avery de verdade, mas fez o melhor que pôde com sua vida, às vezes machucando alguns, outras vezes partilhando a felicidade. As Fúrias Invisíveis do Coração é um livro sobre aceitação, preconceito, amor e libertação.
O livro, narrado em primeira pessoa, logo envolve o leitor e apesar das mais de quinhentas páginas, a leitura é extremamente fluida e prazerosa, sendo que em nenhum momento o leitor sente que a estória está enrolando. Cyril é um personagem cativante e ao qual nos apegamos, mas que, curiosamente, não tem nada de especial. Ele é uma pessoa absolutamente comum, mas com uma estória extraordinária.
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09/07/2020

Não consegui me prender no livro até quase a metade, parecia tudo muito enrolado apesar dos vários acontecimentos importantes. Da metade pro final achei bem melhor, consegui me envolver mais com a história. É um ótimo livro, retrata uma realidade muito forte. Não acho que seja o melhor livro do John Boyne mas, com certeza, vale a pena ser lido.
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Vini 12/04/2021

A vida de Cyril Avery
Esse livro vai contar, literalmente, a história inteira de Cyril Avery, o qual não um Avery de verdade, mas não se preocupe, você vai entender. A história se passa, principalmente, na Irlanda (Dublin) no começo da década de 1940/50, e aborda assuntos bem persistente, como a homossexualidade e aids, os quais, para época, eram (e são até hoje) assuntos dos quais haviam/há bastante preconceito.

Cyril foi adotado logo quando bebê pela família Avery. Sua mãe biológica o teve em condições que a levar a fazer o que fez, entregar o bebê a uma freira encarregada da adoção.

Ao longo da vida de Cyril, vemos as relações que ele começa a criar junto aos pais, cujos não foram o exemplo e presente, e seu melhor amigo, Julian. Esse que, ao primeiro instante que se conheceram, desenvolveu-se em Cyril uma admiração e desejo (amoroso)em tê-lo ao seu lado.

Cyril, desde do momento que conheceu Julian, começou a duvidar de sua sexualidade e ao longo de sua vida (até a início da vida adulta) tentou aceitar seus impulsos e o seu Eu.

A passagem que o livro cita, do qual leva o nome do livro, trata-se de uma frase de Hannah Arendt, a qual diz que as fúrias invisíveis do coração (nome do livro) são manifestadas no rosto ao longo da vida, ou seja, mesmo que tentamos esconder os acontecimentos passados o rosto há de mostrar o que passamos e carregamos conosco, sendo eles sofrimentos (que há de muito) ou alegria/amor.
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