As fúrias invisíveis do coração

As fúrias invisíveis do coração John Boyne




Resenhas - As Fúrias Invisíveis Do Coração


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Pedro Aires 20/08/2022

Gostei da leitura, mas o livro tem alguns problemas que me incomodaram. São muitos momentos convenientes que precisei me esforçar para achar crível, o livro poderia ter menos páginas e tiraria algumas personagens e, sinceramente, achei que o autor não soube a hora de terminar. Mas falando do protagonista, ele é muito interessante e foi difícil não me solidarizar com seu sofrimento.
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Gramatura Alta 20/06/2018

http://www.gettub.com.br/2018/06/as-furias-invisiveis-do-coracao.html
ALERTA: Este livro aborda temas fortes. Se você estiver deprimido ou passando por algum problema emocional, talvez este livro não deva ser lido por você neste momento.

Há uma teoria, chamada de A Teoria dos Seis Graus de Separação, que foi baseada num estudo científico que indica que são precisos apenas seis laços de amizade para que qualquer par de pessoas no mundo estejam ligadas. A explicação é longa, os exemplos inúmeros, contudo, o que esta tese levanta e confirma, e que traduzo em poucas palavras, é o fato de que o mundo é muito pequeno. Caso tenham ficado curiosos, vocês podem encontrar casos incríveis pela Internet, entretanto não é preciso muito para ver essa teoria tomando vida. As redes sociais e nosso constante ir e vir de relacionamentos mostram isso diariamente.

Esta teoria, o fato de estarmos mais próximos das pessoas do que imaginamos, é impressionante. Mas é impressionante na mesma medida em que é frustrante. É impressionante, pois há, agindo em todos os momentos, essa... imediação desconhecida; dando um exemplo comum, às vezes esperamos eras para encontrar alguém – seja um amigo, um amor, um familiar – que descobrimos, depois, que é primo de um conhecido, que estudou com aquele amigo de longa data, que trabalhou na empresa x, com o vizinho da casa ao lado. E é frustrante, justamente por haver essa imediação desconhecida, por podermos procurar alguém por anos, quando essa pessoa está tão perto, sem nunca percebermos, ou apenas percebermos tarde demais.

AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO conta a história de Cyril antes mesmo de ele nascer. A narrativa é ambientada na Irlanda extremamente patriarcal, machista e homofóbica de 1945, logo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, e acompanhamos o desenvolvimento de nosso protagonista desde seus primeiros meses na barriga da mãe até os seus últimos dias de vida, décadas depois. Boyne mostra o conceito perturbador que se tinha dos relacionamentos homoafetivos, da AIDs, do pensamento da época quanto às mulheres, e a mudança (ou estagnação) dessas questões ao longo do tempo.

Por esses fatores e a somatória de alguns outros, esta foi uma leitura difícil de se fazer. Eu demorei quase três meses para finalizá-la, isso porque tinha de fazer pausas para conseguir digerir um acontecimento doloroso no livro, e então seguir em frente, seguir para o próximo acontecimento tão doloroso quanto – senão mais. Um dos aspectos mais horríveis – e mais consistentes, já que arquiteta os fatos para tornar a vida de Cyril concreta – nestas páginas, é o conhecimento de que todo o preconceito pontuado, todo o ódio descrito, cada atentado contra as pessoas, principalmente as medidas tomadas contra os homossexuais, ocorreram de verdade no século passado. E pior: que ainda ocorrem. Além disso, não havia um âmbito na vida do protagonista em que houvesse alegria: o contexto familiar dele é, na maior parte do livro, de relacionamentos superficiais; o amoroso é caracterizado por um amor obsessivo e sua impossibilidade de se tornar real e, quando tem uma perspectiva positiva, a supracitada alegria não é duradoura; o sexual é perigoso e abastado de saídas rápidas, homens desconhecidos, carregado com o medo de ser descoberto e punido. O livro não tem nada de leve, e as fúrias invisíveis, sem sombra de dúvidas, assolam o coração de quem lê.

É importante ressaltar que autor equilibra tal angústia constante com doses muito bem-vindas de humor, construindo uma narração irônica, com personagens que temperam ainda mais essa zombaria na contradição do ser, fazer e agir. Cyril é um personagem extremamente inocente, inocência que inspira preocupação e até raiva no leitor (em alguns momentos quis abraçá-lo e protegê-lo do mundo, em outros, quis chacoalhá-lo até que acordasse pra vida e percebesse o quê, de fato, estava acontecendo), e acaba por se meter em situações e conversas que dão certo alívio cômico à história. É dolorosamente engraçado, ou burlescamente doloroso, dependendo do ponto de vista.

A experiência de acompanhar toda a vida do protagonista é muito rica. Não sou muito adepta a livros que narram tanto tempo de história, já que os poucos que li no mesmo estilo, não foram lá grande coisa. A leitura da obra de Boyne fora muito boa, pois a transição de fases – infância, adolescência, vida adulta, meia idade, velhice – de Cyril foi congruente, recheada de fatos históricos, englobando personagens e uma sucessão de acontecimentos que enlaça a história como um todo, mostrando a conexão presente, embora nem sempre evidente, que existe entre os que fazem parte das muitas linhas desta leitura. Eu senti nessa evolução certa intimidade com o protagonista. A visão ampla de estar com um personagem durante todos os seus dias, dá a oportunidade ao leitor de refletir quanto a sua vida, quanto a seus amores, e possibilita observarmos o amadurecimento do protagonista, a resiliência inegável que ele demonstra, o aprendizado e ampliação de empatia e compreensão que ele pode causar em quem o lê.

Eu ri e chorei constantemente entre um capítulo e outro, mas os sentimentos hostis fizeram parte desse envolvimento, o que não facilitou a leitura. Senti raiva pelo protagonista, pelos personagens que lhe faziam mal (que são muitos), pelo desprezo e falta de importância que seus pais lhe davam e pelo desencontro e desconhecimento de Cyril para com alguém tão fundamental e que expressa tão bem quão impressionante e frustrante o mundo é. Portanto, este é um livro que indico para todos, embora não seja um livro que eu indique ser lido a qualquer momento, apenas por ler. É uma obra que requer preparo psicológico (e preparo do coração de quem pretende conhecê-la).

Há, nesta história de edição bonita, com letras grandes e diagramação impecável, uma tristeza desesperadamente esmagadora, embora jovial e com tons brilhantes entre os escuros. Com explanações sobre a passagem do tempo, sobre nossos amores (os bons e os ruins), nossas diversas e incansáveis dores e da ironia presente em nossas vidas, AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO nos (re)conecta com os alicerces imprescindíveis que existem a nossa volta e em nós mesmos, quebrando a distância que impomos em nossas relações e evidenciando o amor, não importando o nível de separação (seja um, sejam seis), a quilometragem ou nossas preferências.

“– O mundo – comentou ele, algumas semanas depois de conhecê-la – é um lugar terrível e a nossa desgraça foi ter nascido nele.
– Mas está fazendo sol – sorriu ela. Portanto, nós contamos pelo menos com isso.”

site: http://www.gettub.com.br/2018/06/as-furias-invisiveis-do-coracao.html
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lia.hallais 25/02/2018

As lições visíveis do coração
Uma história incrível! Uma saga sobre o amor e infelizmente sobre preconceito. Ao ler esse livro chorei e me surpreendi ao entender que o amor não precisa de empatia e sim de respeito e de amor. Não evoluímos. Sentirei saudades Cyril Avery! Aprendi mais com você em uma semana donaue em 45 anos de vida.
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Neidinhap 11/03/2022

Sentimento de tristeza
Romance de formação da vida de Cyril Avery, um rapaz homossexual que nasceu em um país homofóbico e preconceituoso..
Gostei muito, mas O menino do pijama listrado continua sendo meu preferido..
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pedro 05/05/2023

Muitas emoções
Que livrinho viu.. a forma como os capítulos são escritos é muito interessante e todo esse sistema de ir pulando de 7 em 7 anos é muito legal. Sobre a história é tudo muito triste e revoltante só com umas pitadinhas de felicidade. No geral muito bom recomendo!
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

As Fúrias Invisíveis do Coração
Cyril Avery não é um Avery de verdade ou, pelo menos, é o que seus pais adotivos lhe dizem. E ele nunca será. Mas se não é um Avery, então quem é ele? Nascido nos anos 1940, filho de uma jovem solteira expulsa de sua comunidade e criado por uma família rica irlandesa, Cyril passará a vida inteira à mercê da sorte e da coincidência, tentando descobrir de onde veio — e, ao longo de muitos anos, lutará para encontrar uma identidade, uma casa, um país e muito mais. Além das incertezas de sua origem, ele tem de enfrentar outro dilema: é gay numa sociedade que não admite sua orientação sexual. Autor do best-seller O menino do pijama listrado, John Boyne nos apresenta à sua maior empreitada literária até então, construindo uma saga arrebatadora sobre aceitar-se e ser aceito num mundo que pode ser cruelmente hostil. Uma leitura necessária para os dias de hoje, que reitera o poder do amor, da esperança e da tolerância.

Esse livro se encontra disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929775
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Douglas P Da Silva 26/10/2018

O pecado é causar dano a si mesmo ou ao próximo.
O livro é uma malha muito bem tecida de personagens. Cada personagem que aparece na história tem um papel pertinente em algum momento da narrativa. Conforme você avança pela leitura, você percebe o vai e vem de pessoas ao redor de Cyril e isso faz o livro se tornar ainda mais interessante. Ninguém que aparece no enredo, aparece sem uma função especifica, e para mim foi tenso quando determinados personagens se aproximavam e sumiam do foco narrativo.As Fúrias Invisíveis do Coração é um livro doce e amargo, mas principalmente, verdadeiro. Há momentos em que você ri, há momentos em que você chora, há momentos em que você sente medo. Se os livros aumentam a empatia de quem os lê, este é um dos melhores livros para tanto; lê-lo é como viver uma vida inteira nas páginas de um livro. John Boyne tem o dom de retratar pessoas, e aqui ele o faz brilhantemente, com uma escrita firme, madura e sem rodeios, uma história emocionante que o fará refletir, sentir e lembrar para sempre.
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Italo Marques 08/09/2021

Emocionante
Fiquei o dia todo refletindo sobre o livro e como ele me tocou. Ceryl não é um personagem perfeito, acompanhamos ele ao longo da vida e vemos os sofrimentos que ele passou por ser gay nos anos 60 e pelos erros que ele comete pelo seu medo do preconceito de um país extremamente homofóbico e controlado pelo clero. Por mais que ceryl tenha atitudes que nos deixe incomodados conseguimos compreender através das dificuldades e problemas que ele passou. Me emocionei muito, como um jovem bissexualde 16 anos, chorei a cada página por saber que conseguimos direitos e ocupamos lugares de poder a cada dia, e chorei ainda mais por perceber que em pleno século 21 continuamos enfrentando, muitas vezes, os mesmos problemas de anos atrás.
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Karol 03/01/2019

O melhor livro que já li na vida
Não digo que esse é o melhor livro que já li na vida pelo fato de eu ter chorado horrores em diversos capítulos. Tenha sido lendo na rua, no consultório, em casa... as lágrimas não paravam de cair. Poderia ter sido por isso, por ter sido o livro que mais me emocionou na vida, mas não foi esse o motivo. O motivo, na verdade, é que este livro me deixou pensativa por dias. Eu vivi uma vida intensa lendo estas centenas de páginas. Eu vivi a vida de Cyril Avery e sofri cada dor que ele sofreu. Foi absolutamente intenso e jamais pensei que um livro pudesse me proporcionar algo forte assim. A cada passagem da vida dele, a cada descoberta, a cada sentimento novo... tudo aquilo também era meu. Eu envelheci com ele. Eu amei com ele. Eu errei com ele. Eu aprendi com os erros assim como ele aprendeu. Partilhamos uma vida. Esse livro me deu a noção da minha mortalidade, e acho que eu nunca havia sentido isso de uma maneira tão plena e tão arrebatadora.
Rita Neta 03/01/2019minha estante
Já adquiri o meu exemplar. Ansiosa pela leitura dele. O último do Boyne que eu li foi O Garoto no Convés, livro sensacional.


Karol 05/01/2019minha estante
Sou fã de todos os livros do Boyne, inclusive os infanto-juvenis. Li quase todos. São belíssimos e sempre muito bem escritos.


pata 06/01/2019minha estante
Você descreveu exatamente o que senti.
Eu amo esse escritor.


Mayara 01/03/2019minha estante
Exatamente isso que senti também. Partilhei uma vida com ele e despertei a noção da minha mortalidade. Você disse que leu quase todos dele... Esse foi o primeiro, mas quero muito ler mais. Qual recomenda?


Marcos Mateus 18/11/2019minha estante
Eu também o livro conversou cmg tremendamente e sinto muito tudo q o Cyril passou principalmente a solidão, recomendo os livros Um Estranho dentro de Mim e O Terceiro Travesseiro, são brasileiros acho q vai gostar.




Fe Sanches @literahealing 14/05/2023

São tantas camadas nesse livro que nem sei o que dizer, começamos com o machismo e continuamos o livro com a homofobia.
Senti muito as dores do Cyril - o personagem principal - e teve muitas vezes que tive que parar de ler o livro por não aguentar e não engolir alguns acontecimentos..
Foi um livro denso, mas que acabou com um acalento no coração, porém nada me tira da cabeça quanta vida foi perdida por preconceito de terceiros que beiravam a homicídios e saber que ainda acontece muito isso dá um desânimo tremendo.
Cyril e Catharine são exemplos de superação e sobrevivência, guardarei esse livro na memória pra sempre!
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Vini 12/04/2021

A vida de Cyril Avery
Esse livro vai contar, literalmente, a história inteira de Cyril Avery, o qual não um Avery de verdade, mas não se preocupe, você vai entender. A história se passa, principalmente, na Irlanda (Dublin) no começo da década de 1940/50, e aborda assuntos bem persistente, como a homossexualidade e aids, os quais, para época, eram (e são até hoje) assuntos dos quais haviam/há bastante preconceito.

Cyril foi adotado logo quando bebê pela família Avery. Sua mãe biológica o teve em condições que a levar a fazer o que fez, entregar o bebê a uma freira encarregada da adoção.

Ao longo da vida de Cyril, vemos as relações que ele começa a criar junto aos pais, cujos não foram o exemplo e presente, e seu melhor amigo, Julian. Esse que, ao primeiro instante que se conheceram, desenvolveu-se em Cyril uma admiração e desejo (amoroso)em tê-lo ao seu lado.

Cyril, desde do momento que conheceu Julian, começou a duvidar de sua sexualidade e ao longo de sua vida (até a início da vida adulta) tentou aceitar seus impulsos e o seu Eu.

A passagem que o livro cita, do qual leva o nome do livro, trata-se de uma frase de Hannah Arendt, a qual diz que as fúrias invisíveis do coração (nome do livro) são manifestadas no rosto ao longo da vida, ou seja, mesmo que tentamos esconder os acontecimentos passados o rosto há de mostrar o que passamos e carregamos conosco, sendo eles sofrimentos (que há de muito) ou alegria/amor.
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Thais 15/03/2021

Lindo
A história é linda e emocionante! Muito bem escrito, prende o leitor da primeira até a última palavra.
Só achei um pouco enrolado.
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Duda1340 18/04/2023

Simplesmente incrível
Novamente comecei essa leitura sem muitas pretenções, mas logo nas primeiras 20 páginas já adorei o livro. John Boyne escreve muito bem, sabendo desenvolver personagens, conceitos históricos, críticas sociais, relações e etc. E por mais que esse livro não tenha um objetivo/trama fixo eu adorei cada segundo dele.

Detalhe: amei os personagens desse livro, com destaque para a Sra. Goggin e para o Cyril (amei o senso de humor deles).
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Denise.Salla 25/11/2022

É bem difícil escrever sobre o sofrimento das pessoas, principalmente quando se trata de opressão por causa das opiniões impostas pela sociedade. Fico bem triste pensando o quanto ainda o preconceito destrói o ser humano.
Cyril teve uma vida sofrida por tentar esconder seu eu verdadeiro, ou seja, por ser homossexual.
Desde seu nascimento já marcado por tragédias, Cyril buscou seu lugar na vida, mesmo passando por várias situações difíceis que poderiam tê-lo feito desistir.
Angustiante, sofrido, triste, mas nos mostra que mesmo diante das dificuldades, é possível sim seguir em frente. Muitas vezes difícil, mas quase nunca impossível.



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Carol.Caetano 18/07/2020

Livro incrível sobre intolerância, perdão, amor e que mostra que no final das contas só precisamos estar em paz e felizes com nossas escolhas. Fiquei completamente apaixonada. Leitura fácil apesar da quantidade de páginas. Com certeza irei reler!
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