Dani 03/12/2020
Britt, amiga, qual é o segredo para fazer histórias tão boas?!
Oláa Leitores,
Hoje venho compartilhar um livro que me foi indicado por uma amiga, e por mais que eu já conhecesse um pouco do enredo, nada me prepararia para essa história.
A história inicia quando Maggie May tem apenas seis anos, e mais uma vez, se vê mudando de casa com o pai. Quando sua mãe os abandonou, seu pai tentou construir outra família várias vezes, mas sempre acabavam voltando ao pequeno apartamento, só os dois. Mas dessa vez ele prometeu que seria diferente, e ele tinha razão, porque agora ela ganhou não só uma nova mãe, Katie, como também dois irmãos, Calvin e Cheryl.
Em sua primeira noite na casa nova, Katie lhe colocou para dormir, dando um beijo de boa noite, e desligou a luz. Maggie não conseguia dormir e chorou muito! E quem veio lhe socorrer é Brooks, o melhor amigo de Calvin. Não conseguindo dormir pelo choro de Maggie, ele entra no quarto, e lhe acende um abajur em forma de foguete. E assim, Brooks Griffin virou o herói da pequena menina. E aos seis anos, Maggie teve seu primeiro amor.
Alguns anos se passaram, Maggie com dez anos de idade, faz uma intimação para que Brooks aparecesse no bosque, em um lugar perto do rio onde sempre iam pescar, para que pudessem se casar – claro que ele não iria se casar com ela! Eles nem eram namorados, e Maggie tinha uma voz irritante. Mas ele não poderia deixar ela esperando no meio do nada, e tão pouco aparecer com a gravata errada.
Mas infelizmente, Brooks se atrasa, e Maggie acaba por ficar sozinha, perdida entre as árvores. E então, ela presencia uma cena que ninguém deveria ver. Ela vê “o diabo”.
Mais uma vez, Brooks a salva, encontrando-a na floresta, mas já era tarde, porque “o diabo” havia fugido, e junto, levou sua voz.
De uma menina alegre e tagarela, após o incidente, nunca mais disse uma palavra, nem saiu de casa.
Com a nova fragilidade de Maggie, todos tentam se adaptar da forma que conseguem: a mãe deixa o emprego e passa a dar aulas à Maggie em casa. O pai, sempre amoroso, compra centenas e mais centenas de livros para a filha, que só conhece a vida através deles. Cheryl... me fez perder a paciência diversas vezes com sua nova personalidade revoltada, e um pouco “rapariga”. Calvin, continua praticamente o mesmo, tratando a irmã da mesma forma divertida, mas sempre muito focado na sua banda, formada por ele, Brooks, e mais dois garotos. E o Brooks... bem, ele era o ponto alto dos dias de Maggie. O único que não a fazia se sentir invisível, o único que conversava com ela, e entedia seu silêncio.
ºº
Gente, nem sei como dizer o quanto o livro me emociona. Primeiro, porque a autora, Brittany, logo nas primeiras páginas do livro, nos confidencia que o que a inspirou para escrever a história, foi a sua própria história. Seus relatos pessoais, e toda a trama de Maggie, mexeu de forma especial comigo. É difícil quando, qualquer que seja a forma, a sua voz é tirada de você.
E segundo, que não é uma história para mostrar apenas a superação da personagem, ou a linda história de amor entre duas pessoas, mas mostra a importância da empatia, de se colocar no lugar do outro, se tornar sensível aos sentimentos e sofrimentos alheios, e também nos mostra o valor da família, e a necessidade de se manter unida nos momentos mais difíceis.
Então é um livro onde cada personagem tem uma dor, uma história, e por mais que você comece odiando alguns, você terminará o livro se conectando com cada personagem, e tendo que enfrentar o duro desafio de se despedir deles.
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