Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase Memória


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Fabricio.Pinto 16/05/2019

Viagem por lembranças ou criações
Quase Memória nos leva para o mundo de um garoto, hoje já em idade avançada, que admira e acompanha as peripécias de seu pai/herói/ídolo/motivo de constrangimentos. E nos permite utilizar de um simples pacote como âncora que nos leva para todas essas estradas mentais, muitas vezes fiéis, outras nem tanto... podendo reservar, ao autor, o direito de complementar lembranças muito antigas, ou mesmo, romantizar essas recordações. Nos trazendo uma história maravilhosa e cativante.
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Ju 28/01/2019

A memória vive no cheiro
O que importa que levemos da vida? A única coisa que fica de quem já foi é a memória daqueles que ainda estão aqui. Quase memória é a intenção de reduzir um presente inesperado a sensações, sentimentos há muito vividos e de certa forma quase esquecidos, mas que voltam com cheiros, com nós, com o roxo... que viagem pela memória de Cony ... um livro de leitura fácil, envolvente a história de uma vida que muitas vezes se esbarra na minha.
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Wendell.Vita 26/01/2019

Lindíssima história
Sensibilidade , eu acho que seja a palavra que melhor define esse livro. Vencedor do prêmio Jabuti de 1996, o livro marcou o retorno do jornalista Carlos Heitor Cony como romancista após 20 anos. Tudo começa quando o personagem central, no caso o próprio autor, recebe em embrulho muito bem embalado e amarrado. Nesse não existe sinais de quem foi o remetente, mas o jeito da dobradura, o tipo de nó da amarração, a caligrafia com a qual foi escrita seu nome, tudo lembra seu pai, Ernesto Cony. Todavia o que instiga-o é quem entregou esse pacote, uma vez que seu pai já havia falecido há 10 anos. A partir de então Cony mergulha nas lembranças do pai desde as travessuras da infância dele roubando mangas no cemitério do caju no RJ até e sua velhice. Vamos passar por períodos políticos intensos:populismo, ditatura, redemocratização. Conhecer bastidores nunca contados em livros de história. Vamos rir com o lado inventivo e supersticioso do pai, mas também refletir e se emocionar com seu afeto e dedicação na hora da educação. Vamos viajar de ônibus, trem, navio. Passaremos por SP, RJ e Niterói, que fique registrado rsrs, MG, Recife e até no exterior. Teremos chegadas e partidas de todas as formas também. Ernesto Cony não foi um santo, como todos, mas tentou fazer o melhor para sua familia e seu país. Lendo esse livro senti um afago, lembrei muito do meu pai, que não tem insta para marca-lo. Lembrei dos momentos em que esperava-o chegar do serviço no fim da tarde para tomar café, das idas ao clube do bairro para brincar ou nadar na piscina, dos sábados lavando o velho fusca branco na garagem de casa, dos churrascos e que diga-se de passagem meu pai é craque. Em fim muita coisa passou na minha cabeça. Gostei de mais desse livro, dessa história. Sem dúvida um livro para minha vida
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/12/2018

Quase Memória
O Tom lírico domina o enredo; mas as relações entre pais e filhos são sempre mais complicadas do que parecem e a carga afetivo-amorosa do livro vem misturada a boa dose de ironia. Para adaptar uma velha máxima: a memória tem razões que a própria razão desconhece.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520941768
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Laís Suelem 16/07/2018

Biografia? Autobiografia? Crônica? Reportagem? Ficção? É um pouco de todo, e mais especificamente, é um ?quase romance?
?Um dos livros mais queridos da história da literatura brasileira. Depois que eu li Quase memória, nunca mais fui o mesmo? -Ruy Castro.
O narrador-personagem recebe um embrulho sem remetente, porém a caligrafia, os detalhes e até o cheiro, tudo indica que veio do seu pai, porém ele falecera há dez anos.. a partir daí começa uma viagem pela sua memória, e conta algumas das peripécias de seu pai um otimista exagerado que ?sempre viverá satisfeito, era do tipo que recebia um bom dia como uma homenagem, de tudo em que se metia dava um jeito de extrair prazer pessoal, era o sujeito que todo dia, ao dormir, pensava consigo mesmo: ?Amanhã farei grandes coisas!??.
Livro escrito de uma maneira brilhante que não se enquadra aos gêneros tradicionais, inova, é realmente uma quase memória.. Não sabemos o que é real e o que é ficção. Nos encantamos com o Pai do narrador-personagem, o seu entusiasmo pela vida é contagiante ?mesmo quando não fazia nada, para ele o viver, o chegar à outra noite e se prometer que no dia seguinte faria grandes coisas era, em si, uma grande coisa?
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Cristiano.Goes 22/04/2018

Adorei o livro Quase Memória de Carlos Heitor Cony. Me vi em muitas das histórias no meu relacionamento com meu pai, o qual já nos deixou. Adorei.
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Maro.Paula 04/04/2018

Primeiro livro do Cony que eu li. Não me impressionou muito não, mas a leitura é agradável.
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#Anafox 25/03/2018

Um embrulho recebido faz o autor repassar histórias com seu pai, fatos, sonhos e quase memórias... Dá vontade de criar memórias também.
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Pedro Daldegan 15/03/2018

"Era a letra do meu pai. A letra e o modo. Tudo no embrulho o revelava, inteiro, total."
Não foi fácil ler Quase Memória. O personagem se parece demais com meu pai, e foi preciso eu parar a leitura de vez em quando para repensar as memórias que eu guardo dele, e interpretá-las de um jeito mais maduro. Contudo, ao contrário do personagem principal deste livro, meu pai encontra-se vivíssimo, e ainda faz seus malabares, me entregando vez ou outra um pacote já aberto e sem laço.

Apesar do livro ser sobre memória, são retratadas somente as memórias que o autor tem do seu pai. E somos arrastados para memórias doces como mangas, aos casos surpreendentes sobre criação de perfumes e jacaré, até passar por histórias engraçadíssimas que possuem relação com a política do nosso país.

Portanto, leia devagar, reflita sobre como você lida com seu tempo, o que quer fazer da sua vida, sobre sua coragem, e sobre o quanto você às vezes cede pelo bem do outro. Faça do livro uma viagem para suas próprias memórias, pois com certeza vale a pena a passagem.
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Valeska 10/03/2018

" El sueño de la razón produce monstros."
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Sarah 27/02/2018

"Amanhã farei grandes coisas!"
"Se tínhamos de ser felizes, queríamos ser felizes já.
O que seria um amanhã agora?
Tudo fora um amanhã e tudo já era ontem."
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@garotadeleituras 23/02/2018

Um convite para abrir a caixinha das lembranças.
Depois de um hiato longo, um sonho com o pai e a doença da sua cachorra Mila, Carlos Heitor Cony lançaria “Quase memórias”, um livro “quase tudo”: quase romance, quase biografia, quase crônica, sucesso imediato em 1995 e prêmio Jabuti em 1996. O livro tem inicio numa recepção de hotel, aonde certo dia o protagonista recebe um embrulho, dentre tantos que lhe chega com frequência, que o fará rememorar fatos da sua vida, principalmente a infância e acontecimentos marcantes ao lado do pai. O pacote como o autor enfatiza durante todo o livro, tem a técnica com o nó peculiar rompido apenas pelo corte e o “cheiro do fazer-se lembrar”, da brilhantina, da alfazema e claro, a manga, marcas registradas do seu Ernesto.

Além do choque inicial em reconhecer as peculiaridades do pai, falecido há dez anos, ocorre uma mistura de curiosidade e saudade, suficientes para colocar o escritor imóvel na sua sala e apresentar ao leitor lembranças particulares; é muito mais do que contar sobre acontecimentos, é o retrato de uma relação plena entre pai e filho, e sobre as memórias que foram construídas e muito bem vividas no cotidiano. O narrador-personagem discorre sobre acontecimentos da infância e juventude no Rio de Janeiro, pequenos acontecimentos que parecem comuns, mas que o tempo pintou com saudade e orgulho essa simpática figura de pai, que sempre tinha a solução para tudo: o dom de aprontar gafes e fazer vergonha ao filho quando é descoberto roubando manga no cemitério, especialista em inutilidades e fracassos como o projeto de fabricar perfumes que quase provocou um acidente no braço do amigo Giordano ou a viagem que nunca aconteceu para a Itália, mas que de alguma forma foi contada como um sucesso para os amigos do trabalho. Era um grande professor de geografia com aula prática para ensinar os pontos cardeais ao nascer do sol ou quando se transformava no melhor construtor de balões nas noites de junho, ritual esse, símbolo de conexão infantil com seu Ernesto. Se a relação era permeada pelo amor e admiração, também houve mágoas quando descobriu segredos não compartilhados, um “quase herói”, que deixou um legado de saudade e fragilidade, mas sempre disposto a fazer grandes coisas todos os dias.

Amanhã... Amanhã vou guardá-lo tal como o pai o deixou. Quando digo “amanhã” nesse tom (amanhã...) penso nele quando dizia, cada noite antes de dormir: “Amanhã farei coisas grandes.” Mesmo quando não fazia nada, para ele o viver, o chegar à outra noite e se prometer que no dia seguinte faria grandes coisas era, em si, uma grande coisa. (p.264)

Quase memória foi o primeiro livro lido do autor, gostei do estilo da escrita e pretendo conhecer outras obras, - falecido agora em 2018 (durante a leitura), com um legado incrível segundo a crítica -, Cony fará falta. Esse é o tipo de livro que conforme você tende a acumular lembranças, mas você se identifica com a mensagem. Através das reminiscências, somos convidados a lembrar daquilo que nos “formou” e o que acumulamos durante a caminhada. O autor foi extremante feliz ao misturar fantasia e realidade, justapondo entretenimento e emoção, de forma leve e amorosa, uma homenagem linda ao pai e ao passado. Recomendo a leitura!
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Senhor Wayne 24/01/2018

Não esperava por isso...
Quando comecei a lê-lo semana passada achei que não fosse curtir muito, até que captei a mensagem do livro e foi uma emoção atrás da outra, pois o autor te leva à sua infância(vale a ambiguidade) para falar de sua/nossa família e não propriamente de si. Eu vivi com meus avós que eram da época de Ernesto Cony e vi nas técnicas dele algumas coisas do meu avô e algumas da minha avó e isso para mim foi fantástico, recomendo a todos que tenham parentes idosos próximos a lerem pois é muito gostoso.
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Sayonnara 13/01/2018

Emotivo
Uma história em que você se vê compartilhando os momentos, é espectador, mas um em que as emoções vibram. Um dos melhores livros que já li.
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Dany.Hostin 13/01/2018

Quase memória!
O autor explora suas memórias da infância e da vida adulta, que estão correlacionadas a convivência com seu pai.
Bem escrito, com partes emocionantes, e significativas a partir da metade do livro.
Quem não teve um pai ou uma mãe que marcou sua vida com suas histórias e contos, não entenderá o real significado do livro. Mas, como em toda boa família Brasileira, existe uma figura que cria situações e marca gerações com seus contos e causos, tornando a vida mais alegre, mais real e até mais emocionante. Apresentando o real gosto de se viver de verdade.
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