As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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Fabi.Filippo 05/07/2021

Sensacional
As alegrias da maternidade é um livro arrebatador. Comentei no aplicativo da TAG que estava terminando e uma pessoa falou que eu era para me preparar para o final, pois me faria escorregar aos prantos bem devagar nas paredes do banheiro ? rsrsrsrs .. E foi mais ou menos isso que aconteceu. Aliás , isso aconteceu várias vezes durante a leitura.

Emecheta, nigeriana , nasceu em 1944. Aos 11 anos estava noiva e aos 16 casou . Viveu um casamento abusivo, violento e infeliz. Com 22 anos conseguiu o divórcio e seu ex marido renegou os filhos. Batalhou muito para chegar a algum lugar e já com alguns livros publicados, descobriu que sua filha decidiu ir morar com o pai. De tão devastada que ficou escreveu o livro As alegrias da maternidade.

O livro é sobre Nnu Ego , filha de Agbadi e Ona. Dois personagens fortes e de características marcantes . Nasceu e cresceu no vilarejo de Ibuza, sob todas as tradições do povo Igbo.
Não conseguiu dar filhos ao seu marido no primeiro casamento. E naquela sociedade da época , que valorizava a mulher apenas por gerar filhos , isso foi um desastre para a vida de Nnu Ego. Teve seu segundo casamento arranjado com Naife, que havia se mudado para Lagos a fim de conseguir uma vida melhor longe da lavoura. E aí sim, os filhos chegam. Mas a vida em Lagos não é nada fácil . E ao longo da narrativa vemos o choque entre aquela cultura igbo tradicional com as mudanças influenciadas pela colonização inglesa.

E que mulher foi Nnu Ego ! E como sofreu. O título do livro não traduz em nada o que ela passou.
Primeiro livro da Emecheta que leio e só tenho a agradecer a oportunidade de ler esta obra maravilhosa.
Sensacional!!!
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 01/07/2021

A narrativa parte da premissa de que para ser uma "mulher completa" é preciso gerar filhos. Foi com esse intuito que Nnu Ego, filha de Agbadi, um grande líder africano, deixa sua tribo para casar e viver na cidade de Lagos, na Nigéria.

Acompanhamos nessas páginas toda a trajetória da nossa protagonista, um árduo caminho de pedras no qual ela luta bravamente para sobreviver dia após dia. Nnu Ego faz exatamente aquilo que a sociedade espera dela: dedicação total aos filhos, até mesmo abdicando-se de si mesma. Pensa como a sociedade espera que ela pense: a maternidade é o ápice para a mulher e ela deve suportar todas as dores que com ela vêm. Nnu Ego não reclama, pois a sociedade exige que ela ame ser mãe. E ela ama de verdade. Ela foi condicionada a amar sem questionar toda essa romantização.

Quanto mais eu lia esse livro, mais raiva eu sentia de quem profana que o feminismo não serve para nada, e pior, que se iguala ao machismo. Quanto mais eu lia, mais sentia asco de gente que desmerece um movimento que foi (e é) crucial para a emancipação feminina.

E assim como Nnu Ego, muitas mulheres deixam de viver seus sonhos para custear os sonhos dos filhos. E quando dão por si, a vida já passou. Não que seja errado pensar nos filhos, mas penso que deva haver um equilíbrio.

Eu saí dessa leitura destroçada pensando nas tantas e tantas mulheres que foram sufocadas e subjugadas, que aguentaram caladas, porque era o seu papel de mãe. Quando as coisas davam certo, era mérito, quando davam erradas era a culpada. Sempre ela, nunca o pai. Você consegue ainda ver essa imagem hoje em dia?

Muita coisa mudou. Mas muitas ainda tem um longo caminho a ser percorrido.

Leiam essa mulher.
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Natália Tomazeli 30/06/2021

Nnu Ego e as muitas mães do mundo
"Deus, quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa? Um ser humano pleno, e não o apêndice de alguém?"

Sempre quando eu via esse livro sendo recomendado pelas pessoas (em sua maioria mulheres) achava que seria uma perda de tempo ler, afinal eu não tenho nenhuma afinidade com o tema "maternidade" e sempre achei que não tiraria nenhum proveito da leitura por causa disso.

Porém recentemente me surgiu a oportunidade de ouvir o áudio livro dele. Comecei ouvindo ele no app da storytelbrasil e quando meu limite de horas grátis para ouvir acabou, fui para a plataforma do spotify, que disponibiliza o livro também! E foi assim que tive meu primeiro contato com Buchi Emecheta e com "As Alegrias da Maternidade".

De cara, pude notar que minha ideia para esse livro estava completamente equivocada! É um livro muito rico em reflexões, mesmo para aquelas que não são mães. Na verdade, eu de meu local de "filha" consegui refletir muito sobre não só a Nnu Ego, mas sobre minha própria mãe também. Apesar delas viverem em culturas tão distintas, o peso da maternidade se mostra um elo em comum entre elas e penso que talvez com todas as mães do mundo. Na verdade, no início do livro, a protagonista ainda se encontra exatamente nesse lugar, de filha. E é muito intrigante acompanhar ela saindo dele para outros mil lugares, de esposa, mãe, avó...

A escrita da autora é fácil e encantadora. Apesar de tantos acontecimentos muito tristes que ocorrem no destino dos personagens, me vi presa a história do início ao fim. Queria entender a Nnu Ego e o resultado do que ela vai se tornando de acordo com a sociedade da qual ela está inserida. O quanto ela é a vítima mas também o quanto ela faz a manutenção disso, sem na maioria das vezes se dar conta. Ela erra e acerta e eu como leitora, pude acolher e compreender todas as nuances dela através do que a Buchi transcreve em sua obra.

Foi uma experiência de leitura muito enriquecedora, mais do que eu esperava e com certeza pretendo seguir lendo as obras da autora!
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Giovanna P L Agelune 27/06/2021

Sentido da vida!
Esse livro deve ser aquele livro de cabeceira! Toda mãe deveria ler! Que reflexão linda sobre a maternidade! Ao mesmo tempo que romantiza, traz á realidade da maternagem!
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Gabriella 26/06/2021

incrível
Apesar de anunciar no seu título as alegrias de ser mãe, o livro não trata disso. Nnu Ego se vê dividida em certos momentos entre renunciar tudo e permanecer por ser a principal responsável pelos seus filhos.

?Não era justo, ela achava, o modo como os espertos dos homens usavam o sentido de responsabilidade de uma mulher para escravizá-la na prática.?

Buchi consegue tratar de forma não romantizada a maternidade, que é tida universalmente como a verdadeira missão das mulheres na terra. É uma ótima leitura para pensar sobre o tema sob a ótica de uma mãe nigeriana e para conhecer um pouco mais da cultura local.

Acabei o livro com um nó na garganta e grata por ter lido uma obra tão incrível. Sem dúvidas se tornou uma das melhores leituras do ano até agora.

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Karina 25/06/2021

Especial
Uma história forte e muito tocante.
Gostei muito da escrita do livro e dos detalhes na narrativa
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Samantha 23/06/2021

Nnu Ego é uma nigeriana filha de um grande homem. Seu maior sonho é ser mãe e para isso ela sai de sua tribo para Lagos para se casar pela segunda vez. Mas a maternidade não é feita só de flores... É isso que Buchi Emecheta apresenta neste livro que mostra toda a dedicação de Nnu Ego a seus filhos, aceitando a acomodação do marido, trabalhando incansavelmente para cuidar de todos eles e ser considerada pela família uma "boa mulher".
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Sally.Rosalin 20/06/2021

Maternidade...
As alegrias da Maternidade foi o livro de maio do grupo literário Leia Mulheres Petrópolis. Uma das características do grupo é escolher autoras ou personagens femininas marcantes. Li um pouco da biografia de Buchi Emecheta e já me senti atraída por outras obras literárias da mesma.

Nnu Ego é filha de um líder tribal, logo vamos analisar a tradição e o contemporâneo existente não apenas na atual Nigéria. Sua mãe tem um histórico de amante, muito amada e só lendo mesmo para compreender que naquele contexto o homem tribal podia ter esposas, amantes e escravas. Já Nnu Ego, impossibilitada em ser mãe no seu primeiro casamento, mesmo sendo a preferida do seu pai, é enviada para casar com um pretendente que vive na cidade colonizada pelos britânicos, atual Nigéria.

O papel da maternidade conduz a trajetória de Nnu Ego e outras mulheres com grilhões tradicionais e os valores femininos são mensurados pelo desempenho dos filhos até a ausência deles. Não existe a mulher como protagonista e sim o papel da maternidade. Sensível e arrebatador. Indico.
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Kimberly30 12/06/2021

Retrato Necessário
Não há grandes revoluções entre as personagens, mas o livro aponto sutilmente as mudanças que ocorrem na vida das mulheres nigerianas que enfrentaram a colonização, mesmo sob pressão de sua própria tradição.

Uma crítica muito necessária e muito bem escrita. Pena a escritora ter levado tanto tempo para chegar ao Brasil.
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Sandra.Fatima 07/06/2021

cultura africana especificamente na Nigéria
É a narrativa de uma mulher que tem como principio básico, ser mãe. Porém não trata a maternidade como algo romantizado e sim a necessidade do "ser mãe", como reconhecimento pela sociedade, pela cultura, pela sobrevivência.
O livro nos apresenta uma sociedade que tem pontos específicos, em que a mulher pertence ao homem e a ele deve obrigações, entra em conflito com a nossa realidade.
Portanto é um livro para ser lido, se despindo de nossa concepção de mulher e mãe e compreendendo o mundo em que vive a personagem.
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Lais.Lagreca 07/06/2021

Ser mulher é...
?? Quando me deparei com esse livro, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o título: ?As alegrias da maternidade?. Eu, então, ficava me perguntando o porquê de Buchi Emecheta ter escolhido esse título.

?À medida que minha leitura ia avançando, a resposta tornava-se clara, a cada cobrança, a cada silenciamento, a cada sacrifício, a cada golpe que a protagonista, Nnu Ego, levava era possível perceber o tom irônico do título.

??Não que ser mãe não possa ser uma alegria, pois pode e, assim, desejamos que seja (com toda sua complexidade). A questão é quando a maternidade, que deveria ser uma escolha, torna-se uma imposição (o que acontece ainda que de forma ?velada? em nossa sociedade) e, como acontece com Nnu Ego, seja uma exigência para que a mulher seja vista como uma mulher de verdade (fora outras exigências sexistas que recaem sobre os ombros das mulheres).

? Nnu Ego, diferentemente de sua mãe, carrega consigo o desejo (as meninas eram criadas para desejar isso) por atender às demandas incutidas no seu papel social de mulher. A mulher, mulher de verdade, pertencia a seu pai, quando entregue ao marido, pertencia a seu marido, e, depois, aos filhos homens. Falando em filhos homens, uma mulher era verdadeiramente mulher quando se tornava mãe e havia uma cobrança ainda maior para que ela desse ao esposo filhos homens.

??Assim, veja bem, a impossibilidade de gerar uma criança e a ?sorte? de que ela fosse um homem recaía sempre e somente sobre a mulher.

? A exigência por dar filhos homens fazia com que, na possiblidade de perder uma gravidez, se ela fosse de uma menina, doesse menos. Enquanto os garotos iam para a escola, as meninas deveriam saber um ofício para apoiarem seus futuros esposos.

?Enquanto julgarmos atitudes, exigirmos determinados comportamentos, determinadas escolhas das mulheres e medirmos com uma régua diferente o que diz respeito aos homens estaremos limitando quem devia estar desbravando o mundo!

? Menina, você é um mundo de possibilidades!

?? Livro lido com @leia_mulheres_petropolis

#asalegriasdamaternidade #buchiemecheta #tagcuradoria #leiamulheres #leiamulheresnegras #amorporlivros #maternidade
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Robert125 05/06/2021

As Realidades da Maternidade
Estou em transe. Como um livro pode ser tão visceral? Estou sem palavras e digerindo lentamente o que vivenciei ao longo das 320 páginas desta obra.

Seja a forma como a violência está atrelada ao movimento da vida, o machismo na criação dos filhos e a maneira abrupta como o gênero feminino é entendido desde o nascimento em uma sociedade patriarcal. Caras, esse é de longe a melhor obra nigeriana que já li na vida e sou imensamente grato pela autora ter retratado a maternidade de maneira tão real. Cruel. Isso é dolorido pois é diretamente conectado com o modo de pensar ocidental e oriental, ou seja, universal.
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Lia 05/06/2021

Uma mulher que viveu a tradição familiar onde uma mulher só tem valor se tiver filhos homens, onde a vantagem de ter filhas mulheres é o dote recebido pela família do noivo, onde a mulher é propriedade do seu marido. Uma mulher que viveu para não decepcionar seu pai, sua familia de origem e família do seu marido.
Uma cultura machista, injusta que ao se confrontar com uma outra se torna alvo de chacota e zombaria.

Termino a leitura com um sentimento de indignação e me perguntando onde se encontram As Alegrias da Maternidade.
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eduardaalvesz 01/06/2021

Resenha: As Alegrias da Maternidade
Esse livro com certeza entrará para os meus favoritos do ano, ele é extremamente impactante e necessário. O título irônico funciona incrivelmente bem com o tema, com a realidade difícil e castigante por trás da tão idealizada maternidade. A história da Nnu Ego me tocou profundamente, sua realidade tão distante da minha mas ao mesmo tempo próxima, a vejo nas mulheres ao meu redor todos os dias. Quantas mães não vivem as tristezas da maternidade, a solidão, os sacrifícios, o arrependimento, os sonhos abandonados?
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