O Cavaleiro da Morte

O Cavaleiro da Morte Bernard Cornwell
Bernard Cornwell




Resenhas - O Cavaleiro da Morte


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Vagner46 28/09/2015

Desbravando O Cavaleiro da Morte
Narrado em 1ª pessoa, O Cavaleiro da Morte possui uma narrativa ainda mais intensa que a do livro anterior. Após vencer a batalha em Cynuit e matar Ubba Lothbrokson, nosso protagonista volta para sua casa no interior de Wessex e tenta retomar a sua vida, agora casado com Mildrith e pai de um garoto. Mal sabe ele que o destino está sendo tecido e a guerra o espera novamente...

Após uma nova investida dos vikings, o reino de Alfredo ficou reduzido apenas à Æthelingæg, região pantanosa localizada a sudoeste de Cippanhamm. Lá eles precisam reorganizar-se, pois os invasores estão formando um exército de grandes proporções, ainda liderados pelo já conhecido Guthrum, o Sem-Sorte, e agora com a ajuda do famoso Svein do Cavalo Branco, para conquistar de vez o último reino que ainda resta na futura Inglaterra, Wessex.

Nessa sequência, Uhtred está praticamente no ápice de sua arrogância como guerreiro, ainda mais após o seu desempenho na batalha de Cynuit. Ele tentará resolver praticamente tudo na porrada, o que acaba dando errado eventualmente, é claro. Nem só de uma boa lâmina afiada vive um homem de respeito, e o nosso protagonista aprenderá isso de diversas maneiras ao longo da série.

"Sabia que era idiota, sabia que provavelmente morreria se fosse de novo, mas éramos guerreiros e guerreiros não admitem ser derrotados. É reputação. É orgulho. É a loucura da batalha."

"Não se podia recuar de uma luta e permanecer como homem. Fazemos muita coisa nesta vida, se pudemos. Fazemos filhos, riqueza, juntamos terra, construímos castelos, juntamos exércitos e fazemos festins, mas só uma coisa sobrevive a nós. A reputação."

As mulheres também começam a fazer uma grande diferença na vida do saxão, sendo que algumas pistas são deixadas pelo autor acerca de um futuro não tão distante, onde o lado feminino da obra tomará conta e mudará drasticamente o rumo que Uhtred levará. Prestem atenção aos detalhes.

A relação de Uhtred com Alfredo também é muito explorada e rende bons momentos durante a leitura. Um guerreiro pagão que precisa obedecer a um cristão devoto? Não é toda hora que vemos isso por aí. A Igreja, como não poderia deixar de ser, continua incomodando Uhtred, e isso será uma constante em praticamente todos os livros das Crônicas Saxônicas.

"Mas eu odiava Alfredo. Odiava-o por ter me humilhado em Exanceaster quando me fizera usar manto de penitente e me arrastar de joelhos. E não pensava nele como meu rei. Ele era saxão do oeste e eu era da Nortúmbria, e acreditava que enquanto ele fosse rei Wessex teria pouca chance de sobreviver. Ele achava que Deus iria protegê-lo dos inimigos e eu achava que eles teriam de ser derrotados pelas espadas."

Bernard Cornwell surpreende-me positivamente livro após livro. Têm horas que me pego rindo e perguntando: "Como é que ele consegue fazer isso? Eu achei que nada ia acontecer depois disso e ele me prega essa peça?". Outros dirão que o destino é inexorável, afinal de contas.

Há sempre algo que não posso esquecer de falar quando o assunto é Bernard Cornwell: as descrições das paredes de escudos são simplesmente sensacionais! Querem ver como não estou mentindo?

"Então chegou o medo. A parede de escudos é um lugar terrível. É onde o guerreiro ganha reputação, e reputação é importante para nós. Reputação é honra, mas para obter essa honra o homem deve ficar na parede de escudos, onde a morte campeia. Eu estivera na parede de escudos em Cynuit e conhecia o cheiro, o fedor da morte, a incerteza da sobrevivência, o horror dos machados, espadas e lanças, e o temia. E ele estava chegando."

É impossível não gostar de um livro com várias descrições tão ricas como essa. Bernard Cornwell nos coloca dentro do campo de batalha e nos faz sentir na pele o gosto amargo do sangue, como vocês verão no final do livro, onde a famosa Batalha de Ethandun é retratada.

Se você é fã de batalhas, sinta-se obrigado a ler Crônicas Saxônicas. Não perca tempo!

Pontos fortes: TUDO! A narrativa empolgante, as paredes de escudos, o destino inexorável...
Pontos fracos: eu sou um pouco suspeito para falar dos livros do Bernard, pois são sensacionais. Ainda estou tentando achar outro autor que narre tão bem as batalhas como ele, mas está difícil.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-o-cavaleiro-da-morte-bernard.html
Digão Livros 27/06/2016minha estante
Li toda a série até aqui e foi uma das melhores resenhas que li até o momento! Parabéns!


Vagner46 29/08/2016minha estante
Obrigado por dizer isso, Digão, fico muito feliz pelo comentário.

Wyrd bio ful araed!




Tauan 23/09/2015

a sequência de O Último Reino, Cornwell nos leva à uma Wessex derrotada em sua vitória. Com seus acordos e recuos, Alfredo mantinha os saxões do oeste seguros, mas confinados aos pântanos do ocidente de suas terras originais.
Nas fronteiras, armados, vigilantes e belicosos, os dinamarqueses de Guthrum eram controlados pelos reféns aprisionados por Alfredo.
Mas havia outro perigo à espreita. Svein, outro líder dinamarquês sôfrego por batalhas, sedento de sangue saxão e ávido por seu ouro e por sua prata.
Em meio ao caos político-diplomático estava Uhtred de Bebbanburg, ainda com a lealdade dividida entre os dinamarqueses invasores e os saxões.
O livro continua focado na grande luta dos saxões defendendo suas terras dos dinamarqueses e os conflitos pessoais de Uthred, como sua busca por si mesmo, tentando descobrir se sente mais saxão ou mais dinamarquês, e seus embates com seu líder, o rei Alfredo. Mas há uma nova personagem, Iseult, uma rainha britânica da Cornualha, considerada rainha das sombras, o que faz com que os cristãos a considerem uma feiticeira. Ela atua como Nimue no começo das Crônicas de Artur e dá um quê feminino à série.
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Lu 06/09/2015

O destino é tudo.
Como era de se esperar, as Crônicas Saxônicas seguem muito bem, obrigada, neste segundo volume. Eu não deixo de me sentir um pouco surpresa. Eu gosto de romance, de Jane Austen, livros fofos em geral. Estou surpresa comigo mesma por passar a apreciar um livro que passa a maior parte do tempo discutindo estratégias militares e cenas pavorosas de violência. Mas é impressioante como a história se torna cativante.

Mas vamos à análise do livro: se eu fosse me queixar de algo, seria o ritmo um tanto lento do início. Uhtred parece meio perdido depois da batalha em Cyinut. E, aqui entre nós, o autor também parece perdido. E, embora não tenha me ocorrido abandonar a leitura, eu achei que o Cornwell tivesse ficado sem ideias e dado uma enrolada básica no leitor.

E então, vem a primeira reviravolta da trama e... bem, aí não tem mais volta. A trama ganha velocidade e força, Cornwell mão deixa muito espaço pro leitor respirar. Eu sentia que era, a intervalos regulares, levada ao desespero com as atitudes de Uhtred.

Uhtred. É uma relação engraçada esta que eu desenvolvi com o protagonista: O senhor por direito de Bebbaburg é voluntarioso, grosseiro, na maior parte do tempo, não concordo com suas (péssimas) atitudes. Mas ele é verdadeiro consigo mesmo. Eu admiro isso numa pessoa e em um personagem. Posso não concordar com o que ele faz ou diz, mas certamente, passei a respeitá-lo ainda mais.

E não é só Uhtred: os personagens secundários também são bons. Até mesmo Alfredo, que me irrita terrivelmente, mas não posso deixar de torcer por ele. Acho que uma das melhores coisas desse livro foram as interações dele com Uhtred. De certa forma, este também é um livro sobre reinar. Sobre como é difícil inspirar lealdade, inspirar exércitos. Nem todo mundo tem a mesma oratória de uma Daenerys Targeryen (ou seus dragões, diga-se). Mas pode-se ser, pouco a pouco porque, mesmo passados mais de mil anos de seu reinado, Alfredo ainda é conhecido como Alfredo, O Grande.

Não vou tecer mais comentários para não estragar surpresas. Por isso, vou apenas dizer que é um ótimo livro, cativante, inteligente e escrito de forma competente. Sinto que isto é uma constante na obra do autor.

OBS: Achei uma pena que a editora tenha optado por trocar o título de "O Cavaleiro Branco" para "O Cavaleiro da Morte". Na nota histórica, há uma referência a um monumento muito antigo - e lindíssimo - que tem uma simbologia muito interessante, não apenas em relação ao cavaleiro quanto ao próprio evento. Enfim, é apenas a minha opinião.

Recomendado!



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Richard 31/07/2015

ler Bernard cornwell nao é em vão
eu confesso que parei de ler ele por duas vezes, mas como ja havia lida as crônicas de arthur, sabia que os livros de cornwell sempre sao um tanto maçante ate a página 150 +ou-.por isso encarei, e quem persiste nao se arrepende.
Estou acompanhando o seriado Vikings do History, que relata de fprma bem fiel aos livros o que eram estes navegadores amantes de cerveja, saques e e outras maluquices. o seriado narra ajterior ao kascimento de Alfredo (um homem admirável ate então).
o fato de ser muuuuuito descrevido os lugares, politicas e pessoas no início acaba te imergindo profundamente no enredo, vc vence 1/3 do livro que geralmente é descrição, mas apos vc vê a historia como real (toda história e estória).
houve um milagre que aconteceu com uma pessoa em determinado momento do livro que le deixou pensando se o autor parou de andar naquela linha neutra entre o sobrenatural e o real que cornwell tem a fama de andar.mas creio que os demais livros vão responder isso.
mas enfim, o final do livros l é satisfatório.quem aprecia este momento tenebroso que os saxões viveram encare que não há arrependimentos.
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V Madero 07/07/2015

Trovão de Batalha

O cavaleiro da Morte, vem com uma batalha seguida de outra, todas narradas de forma incrível e detalhada.a Todo momento tem uma reviravolta na trama, que da continuidades trágicas, dramáticas, felizes ou tristes... Aqui os acontecimentos são mais seguidos, sem muito espaço de tempo entre um acontecimento ou outro, diferente do primeiro livro, que narra um longo período na vida do personagem principal. Aqui seus dramas e decisões são rápidas e tem logo suas consequências. 


A famosa parede de escudo é narrada algumas vezes, todas as vezes achamos que o fim esta próximo, e algo novo acontece. um bom concelho é: "NÃO SE APEGUE A NENHUM PERSONAGEM." Cornwell não tem piedade, seja matando personagens queridos ou "escrotizando" os mesmos. Muitos personagens, mudam de lado, ou mostram seus verdadeiros "eus"


A narrativa de Cornwell, continua se superando a cada capitulo. NINGUÉM descreve uma batalha como ele, fazendo-nos pensar exatamente como é estar lá. As Notas historias são uma maravilha a parte, aonde ele conta as partes reais e inventadas da trama, os personagens reais e fictícios. Percebemos o trabalho do autor nas pesquisas e personalidades.


A cada fim de livro, ficamos com vontade de devorar logo o próximo, seja por querer saber os destinos dos personagens, ver (Ler :p ) mais sangue, ou conhecer melhor esta excelente narrativa.
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Marco 15/02/2015

Dedicação histórica, quase torna tudo muito crível.
Me apaixonei por Bernard Cornwell logo nas primeiras páginas de "O Último Reino", livro antecessor de "O Cavaleiro da Morte" em Crônicas Saxônicas. Era clara a veneração e o cuidado histórico do autor para com sua história, que não deixava de ter alta dose de ficção. E é exatamente na ficção que encontrei, talvez, o personagem mais querido de toda minha coleção literária: Uthred Uthredson.
No segundo volume, o amadurecimento do personagem é claro, alternando momentos de imoralidade e fidelidade em um vai-e-vem (devido a sua criação por vikings daneses) o que o torna extremamente humano e falho. Nesse contexto há de se destacar todas as relações das outras personagens do livro. É mais do que interessante perceber como um dos personagens (outrora odiado) passa a ser um aliado e fiel amigo do inglês da Nortrúmbia, restando até aos críticos ferrenhos do autor, ter de dar o braço a torcer para suas habilidades narrativas. É mais fácil alterar o sentimento do leitor com relação à seus personagens, utilizando uma narrativa em que se mude os pontos de vista de cada um. Em Crônicas Saxônicas, Cornwell consegue fazer isso utilizando a narração em 1ª pessoa e o ponto de vista de Uthred. No mínimo louvável.
Há de se ressaltar aqui, principalmente, a relação de Uthred com os dinamarqueses invasores. A divisão da fidelidade do personagem com os vikings e para com os saxões, vai gerar no leitor uma torrente de sentimentos, desde revolta, admiração e alegria provinda de momentos hilários.
Falando-se ainda nas habilidades narrativas do autor, - mas sem se prolongar demais - garanto que amantes de batalhas épicas amarão cada página que levará ao desfecho final desse volume. É admirável e o fato de Bernard Cornwell descrever com precisão e um realismo literário invejável, como uma verdadeira batalha da Baixa Idade Medieval deveria ser travada, especialmente no que se refere à temida "Parede de Escudos". Realmente parece crível.
Para concluir, posso apontar um ponto negativo, que se no livro antecessor não chegou a me incomodar, neste livro passou perto disso.
Como estamos lendo uma história narrada por Uthred, é mais do que normal sentirmos a falta de um certo clima de imersão na Baixa Idade Média, uma vez que cidades e cenários não serão descritos de maneira Tolkeniana ou Martiniana, mas sim de maneira mais apressada, uma vez que o nosso anti-herói saxão tem conhecimento do mundo em que vive. Pois bem, no primeiro livro, isso não fez falta. Mas nesse segundo volume, considerei necessário maior descrição de detalhes geográficos, especialmente no momento em que tentamos contextualizar o plano de Uthred para queimar uma frota inimiga. Tudo soa confuso e apressado até demais.
Se pudesse, daria 4,9 de nota para um livro que faltou pouco para alcançar uma review perfeita. Como esse detalhe não estraga a leitura, e entendemos que não se trata de uma incapacidade do autor (lembrando-se que a história é narrada pelo personagem principal), 5 estrelas serão mais do que justas..
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Newton Nitro 27/09/2014

Os Vikings Contra-Atacam!
Mais um golpe de machado bem certeiro do Bernard Cornwell. Nesse segundo livro da série Crônicas Saxônicas conta a história da luta de Rei Alfred contra a invasão dinamarquesa (os nórdicos ou vikings) durante o século 9, e sua busca pela unificação da Inglaterra. No primeiro livro, os Dinamarqueses já tinham derrotado a Nortúmbria, a Anglia do Leste e Mércia. Em seguida, os Dinamarqueses quebraram uma trégua na guerra, e o reino de Alfred se reduziu a uma área de pântanos fedorentos conhecida como Somerset.

O Cavaleiro da Morte mostra, com detalhes, um mundo em transição, passando da selvageria da baixa idade média, para um mundo mais organizado e coeso da alta idade média. O conflito de identidade da criação da Inglaterra segue se espelhando no conflito de identidade de Uhtred

Com a ajuda do protagonista Uthred, etermanente dividido entre sua lealdade ao seu sangue saxão ou à cultura pagã dinamarquesa , Alfred o Grande busca vencer os dinamarqueses em uma batalha definitiva, a famosa batalha de Ethandun em 878 AD (Anno Domini).

Mais uma vez, Cornwell brilha nas descrições das batalhas, colocando o leitor no meio da pancadaria, em meio ao caos do combate, em meio aos insultos, o choque dos escudos, o som dos espadas e machados, o cheiro de entranhas e sangue derramado, os terríveis ferimentos e as mortes brutais.

Uma das características que mais admiro em Cornwell é como ele equilibra perfeitamente a narrativa com a informação histórica, preenchendo as cenas com uma riqueza de detalhes impressionante, ao mesmo tempo que mantém a narrativa se movendo com energia e fúria, mantendo o tempo todo a atenção do leitor.

Bernard Cornwell, como todo novelista histórico, toma liberdades com a história. Ao colocar Uhtred como o protagonista e mecanismo de Ponto de Vista Narrativo, ele tornou Alfred, uma figura histórica impressionante, como um personagem mais secundário, não tão brilhante e genial quanto a sua descrição história nos faz pensar, um rei extremamente culto e hábil na formação de alianças e no jogo político.

Outro ponto que me incomodou um pouco é o tratamento superficial dado a religião católica na série, até agora. Os padres e bispos são bem esteriotipados, sem nenhuma nuance mais realista. Com padres assim, como os saxões foram convertidos em massa durante a baixa idade média? Como a narrativa é limitada pelo ponto de vista de um guerreiro pagão que odeia a religião católica, apenas os aspectos negativos são ressaltados. A vantagem da cristianização na formação da Inglaterra e um dos motivos pela adesão em massa dos saxões após 600 DC , segundo alguns historiadores, foi a unificação das diversas tribos em uma narrativa. Sem a disparidade e variedade de cultos do paganismo, as práticas cristãs criaram, entre os saxões, um padrão organizador, uma cultura em comum e a criação de uma identidade que prevaleceria acima das divergências tribais. E para tanto, os padres que lideraram a cristianização eram dotados de grande habilidade política, de retórica e de convencimento, muito além de simples fanáticos parasitas como são descritos tanto no Último Reino quanto no Cavaleiro da Morte.

Tirando esse aspecto eu AMEI o livro, Cornwell é imbatível em cenas de batalha e em mergulhar em um ponto de vista muito diferente do nosso mundo contemporâneo. Utrhed, que me incomodou com sua arrogância desmensurada no primeiro livro, amadurece mais nesse livro. Como escritor, um dos maiores desafios é criar arcos realistas de personagens, mudanças psicológicas de acordo com as experiências que o protagonista vive. A prosa de Cornwell é uma aula de arco de personagem, recomendo ler e estudar como ele transforma Uthred de um jovem arrogante em um adulto que começa a perceber suas próprias limitações.

A narrativa é boa pra caray, flui como uma espada viking entrando na barriga de um saxão, lisinha, doidimais. Cornwell é que nem o Salvatore, para mim, caio de cabeça em seus livros sem medo, diversão garantida (e no caso de Cornwell, uma lição de história doidimais!). Recomedo!

Ps.: Li o livro em inglês.

Agora, para a próxima resenha, decidi reler o clássico Duna, de Frank Herbert, para estudar suas técnicas narrativas. Herbert é outro autor que considero perfeito, um mestre da exposição de cenário (uma habilidade vital para quem escreve Ficção Científica e Fantasia).

E vamos continuar lendo porque ler é DOIDIMAIS!
Tiago.Almeida 23/01/2016minha estante
Você cometeu uma pequena confusão ao falar de "baixa e alta idade média". Na verdade alta idade média vem primeiro e depois a baixa idade média, ao contrário do que você disse.




Fernando Aug. 11/12/2013

Incrível!!!
Se eu não tinha certeza da capacidade do Bernard Cornwell, esse ele confirmou se um autor que escreve um história cativante. Tenho que dar ênfase a empogação quando li, para ser sincero eu tive vontade de estar no meio de uma parede de escudos!!! Escritas de forma detalhada e emocionante.
O que mais me empolgou é a forma descrita dos personagens, não estamos falando de uma divisão do bem e do mal, mas sim de pessoas comuns com suas habilidades e seus desejos. O personagem principal passa pelo mesmo, sua experiência de vida descritas na crônica definem seu modo de pensar, assim como seu temperamento. Sem é claro ter perdido a emoção, eu pensava "Como pode agir assim, sem pensar?!". Mas mesmo com todos os seus defeitos, eu acabei gostando do personagem.
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Karol 21/11/2013

O Bernard Cornwell é a prova definitiva de que eu não leio só literatura adolescente. Chupa, Sociedade.

Pra situar geral: As Crônicas Saxônicas contam a história da invasão Saxônica na Inglaterra e das constantes batalhas contra os dinamarqueses enfrentadas pelo Rei Alfredo, no século IX.

O livro é ótimo. Cinco estrelas no skoob fácil.

O legal do Bernard Cornwell é que ele consegue traduzir a História de uma forma que a gente morre de curiosidade e fica totalmente cativado. Só me incomoda um pouco não estar lendo a nossa história, do Brasil. É lindo, mas ainda é a história europeia. Bem que alguém poderia fazer algo tão épico com a história do Brasil, né? Fica a torcida.

site: http://www.literatura-pop.blogspot.com.br/2013/11/leiturinhas.html
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Augusto Jr. 20/09/2013

Paredes de escudos!
Se no primeiro livro 'O Último Reino' temos a derrota da Nortúmbria, de Mércia e Ânglia Oriental, em 'O Cavaleiro da Morte' nós temos a luta de Wessex para não cair no esquecimento da história, não ser apagada por espadas dinamarquesas. Se Wessex fosse derrotada, jamais teria existido uma entidade política chamada Inglaterra.

Assim como no primeiro livro, a narração é feita através dos olhos de Uhtred, agora com 21 anos de idade. Após a batalha contra Ubba Lothbrok, Uhtred vai em busca de sua família, não seguindo a dica dada por Leofric: levar o Machado de Ubba até Alfredo, logo após a batalha, e com isso, merecidamente ganhar os créditos pela vitória. Mas Odda, O Jovem, foi quem fez isso e usurpou de Uhtred essa vitória.

A guerra entre os dinamarqueses após a batalha de Ubba ficou adormecida, sendo que Guthrum, o Sem-Sorte, continuava vivo e juntando um enorme exército, dessa vez o objetivo era tomar Wessex e matar até o último saxão.

Uhtred vai até Alfredo provar que foi ele quem venceu à Batalha de Cynuit, mas havia uma lei que proibia qualquer homem desembainhar uma espada diante do Rei. Uhtred por desconhecê-la, puxou sua espada pra ameaçar Odda, e com isso, ele infringiu a lei, mas ao invés de ser condenado com pena de morte, Uhtred recebeu o "perdão" de Alfredo, que apenas o obrigou a se humilhar diante da igreja - vestir uma roupa de penitente e ir de joelhos até a igreja. Uhtred fica revoltado, e novamente os pensamentos sobre "por qual lado lutar" voltam a se formar em sua cabeça, pois os dinamarqueses jamais humilhariam um guerreiro como ele.

Uma parte da história mostra Uhtred cuidando de suas terras, herdadas do seu casório com Mildrith. Nessa época, Uhtred começa a criar seu pequeno exército, tendo um dinamarquês chamado Haesten dentre sua escolta particular - guarde esse nome: Haesten. Uhtred mata um homem que roubava suas madeiras, e com isso mais uma vez passa a ter problemas com a igreja. Até que num belo dia Leofric e os tripulantes do Eftwyrd chegam nas terras de Uhtred. Entediados pela paz e sem autorização de Alfredo, Uhtred, Leofric e seus homens resolvem fazer do Eftwyrd um barco viking e sair em busca de encrenca. O barco passa a se chamar Fyrdraca. Nessas navegações, três nomes são importantes: Iseult, o monge Asser e Svein do Cavalo Branco.

Alfredo fica sabendo do Fyrdraca e, Uhtred e sua tripulação são acusados de queimar o recém-construído altar em Cynuit ao lado de Svein. As acusações são feitas pelo monge Asser e por Odda, O Jovem, que ordena um de seus homens, seu melhor guerreiro, um homem grande e forte chamado Steapa, acusar Uhtred. Isso acaba num combate, e o pior acontece: Guthrum ataca Wessex que encontrava-se desprevenida. E, Wessex cai.

Nesse período, por sorte do destino, Alfredo em uma de suas fugas pelos pântanos topa com Uhtred e Leofric, que o protegem dos dinamarqueses, e ambos fogem para os pântanos de Æthelingaeg, lugar esse que passa a ser a "base militar" de Alfredo. Neste lugar há pontos importantes na história: Alfredo se reerguendo pra enfrentar Svein e Guthrum, assim como a salvação de Eduardo, seu filho, feita por Iseult, um ritual que nos remete a lembrar de Mirri Maz Duur das Crônicas de Gelo e Fogo. Eduardo é salvo, mas uma outra criança em algum lugar é morta pra isso - É DE ARREPIAR quando ficamos sabendo quem é a criança. É TRISTE! (Não direi quem é. Leia!)

Alfredo passa a perceber os valores de Uhtred, lhe confiando sua vida, pedindo juramentos e conselhos de como agir pra derrotar seus inimigos. Alfredo fica mais humilde, mas sempre sendo poluído pelo bispo Alewold. Outros personagens surgem pra enaltecer a obra, principalmente o padre Pyrlig e a freira Hild. O brutamontes Steapa, de inimigo vira um aliado, ele acaba se tornando um dos caras mais importantes nas batalhas. Você verá!

Após traições, aliados de Alfredo passando para o lado de Guthrum, e aliados de Guthrum para o lado de Alfredo, assim como novamente Uhtred encontra seu "irmão" Ragnar. O livro termina na épica e verídica batalha que acontece em Ethandun - menos os acontecimentos com Svein, pois Svein é mais um personagem fictício.

O livro nos traz um final emocionante e triste, já que alguns personagens que você se apega e acredita que estarão para sempre com Uhtred acabam por morrer nessa batalha.

Pra finalizar esta resenha que infelizmente conta com um pouquinho de spoiler, deixo aqui uma frase ilustre de Leofric: 'Estamos afundados até o cu'. Boa leitura!

site: http://tabernadoputardo.blogspot.com.br/search/label/O%20Cavaleiro%20da%20Morte%20%28Resenha%29
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Vinícius C. 29/07/2013

Wyrd bið ful aræd - O destino é inexorável
Bernard Cornwell, mais uma vez, narra de forma nem um pouco humilde a vida de Uhtred Ragnarson, ou Uhtredson, como preferir. A narrativa que nos coloca dentro do livro é ainda mais forte nas cenas de batalha. Os personagens são bem desenvolvidos, assim como os sentimentos de Uhtred e a vida de Alfredo. Cornwell conta de maneira própria o trajeto do rei Alfredo, de Wessex, e sua luta para que o último reino Inglês permaneça firme. Em alguns momentos, o desentendimento do rei saxão com Uhtred parece bastante distante, e o senhor de Bebbanburg busca o mesmo que Alfredo, uma vitória. A força, coragem e sede de sangue são pontos fortes na personalidade do personagem principal, que está mais arrogante e atrevido que no primeiro volume.
As cenas de fuga são incríveis, e a pergunta que não sai da mente de quem lê, independente de qual seja, nos faz continuar ansiosamente. Uhtred, por sua vez, não deixa sua parte Dinamarquesa de lado, continua com seus braceletes, colar de martelo e a personalidade dos guerreiros de além mar.
As conspirações são, em parte, invisíveis e apenas reveladas aos poucos, aumentando o mistério com o decorrer da narrativa.
Os cenários e as batalhas narradas detalhe por detalhe, impressionam. A batalha final, então, épica!
Cornwell tem uma habilidade incrível em nos prender a um livro, de narrar com descrições mínimas e nos levar à loucura com sua batalhas fervilhantes.

site: http://rotinacritica.wordpress.com/
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Mica 23/06/2013

Por que conhecer Uhtred?
Esta é mais uma épica saga que como muitos autores, Bernard Cornwell torna-se aquele cujo foco não é seu forte. Ora ser leitor é mais do que debruçar-se em um livro, ser leitor é sentir a sensação da boa leitura, é conectar-se com o mundo disposto pelo autor, é conhecer e perder o orgulho de achar que sabe sobre tudo: não sabeis nada!
Neste segundo volume da série Crônicas Saxônicas do autor citado, o jovem guerreiro passa por momentos de nostalgia, euforia, sofrimentos e perdas emocionais e racionais. Seus conflitos internos, agora, tornam-se pontos definitivos do sistema ao qual ele estará se submetendo; se para o herói seus medos haviam sido superados, nada que mais uma guerra o faça pensar novamente a qual dos mundos ele quer seguir: o seu eu, ou a Igreja, o bem ou o mal.
Enquanto folheava as páginas deste livro sentia que o Uhtred do primeiro livro, O Último Reino, não era mais aquele garoto que estava sedento de justiça pela morte de sua família e que sentia-se pertencido a ser pagão; ele cresceu e tornou-se homem, homem a ponto de ceifar vidas por sentir que era um soberano que aquele era seu eu verdadeiro, mas eis que a dúvida o cerca, que sua aliança matrimonial dividi-o entre o homem e o garoto.
Nesta série podemos ver que o poder do homem não estava apenas no dinheiro, mas como o próprio personagem diz: "o homem só necessita da guerra quando este perde alguns pedaços de terra". Bem, não negarei, a recíproca é verdadeira! Se para conhecer a História é preciso que navegue-se nela, então esta saga é uma boa recomendação, assim como todos os best-sellers e romances - geralmente medievais - do grande autor Bernard Cornwell.
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Helder 09/06/2013

Excelente continuação...
Antes de ler este livro, leia O Último Reino, do mesmo autor. Este é o segundo livro da novela Crônicas Saxônicas. E se você leu o primeiro e gostou, vai achar este livro fantástico (principalmente a luta final :).

A fama literalmente subiu à cabeça do nada humilde Uhtread. Quando ele descobre que nasceu para ser um guerreiro e sente que é isto que quer fazer pelo resto de sua vida (a contragosto do rei Alfredo), descobre o quanto pode gostar de estar em combate. E estes não vão faltar quando Guthrum, o Sem-sorte, tenta invadir Wessex pela terceira vez...

O livro está repleto de batalhas bem detalhadas e acontecimentos históricos que deixarão o leitor empolgado em grande parte na narrativa. Vale a pena ler e, se chegar um momento que em achar que o livro acalmou um pouco, saiba que é para amadurecer o nascido na Nortúmbria.

Boa leitura.
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