Rub.88 31/07/2021Orgulho, Fúria e AmbiçãoNo livro O Cavaleiro da Morte, o segundo volume da saga saxônica escrito por Bernard Cornwell, temos o jovem Uhtred inchado de orgulho por ter matado, num golpe de sorte, o comandante dinamarquês ao lado da parede de escudos. E com fama que sonhou conquistar pelo feito chegou um tanto atrasado para se vangloriar ao Rei Alfredo do que fez em batalha. O credito da façanha foi roubada por um adversário, digamos político, que ganhou as graças do monarca adoentado e extremamente religioso. Uhtred devidamente puto e por isso sempre agindo com irresponsabilidade, acaba perdendo os favores sempre uteis que um soberano por conceder. Se sentido humilhado foge até das suas atribuições como pequeno e endividado Ealdorman, que é o mesmo que senhor de terras. No livro tem um monte de palavras assim difíceis de falar que nomeiam cargos e lugares. Eu lia tudo como se fosse um resmungo...
Uhtred abandona a mulher, devota e com um filho pequeno, para viver como falso viking nas costas do reino que se está se desfazendo pelas invasões dinamarquesas. Vale lembra que viking é uma ocupação, como pirataria marítima, e não precisamente um povo. Na sua aventura nada crista de saquear, destruir povoados e matar líderes locais encontra uma jovem rainha das sombras que tem pretensos poderes clarividentes e poder de cura e de morte nos leves dedos. Passada a temporada de fora da lei, volta cheio da prata com a tribulação para saber a quantas anda o conflito pausando com os dinamarqueses invasores. Alfredo manteve a trégua e foi traído. Wessex é praticamente tomada e ele tem que fugir para um terreno de difícil acesso para se proteger e planeja a reconquista do reino. Do refúgio no meio do pântano o Grande rei saxão clama para que os fiéis, da coroa e a Deus, venham para formar um exército maltrapilho e despreparado para lutar contra os guerreiros nórdicos imbatíveis.