Sparr 25/01/2021
Aqui foi: eu, Deus e Rivotril. Que livro!!
Fiquei dias sem saber o que escrever, que descrevesse com exatidão tudo o que senti durante a leitura. Narrado em primeira pessoa, sei que não posso confiar em tudo o que Uhtred se lembra. (Isso não é Spoiler, tá na quarta capa) Ainda assim, Uhtred tem alguma coisa, que eu confio. Ele diz: Vai dar certo. Eu tô: Com certeza que vai.
Portanto, sofro. Heheheh
A descrição perfeita do cenário da batalha, os sentidos e a visão da parede de escudos. As perfeitas e exímias descrições de estradas, expedições, invasões e lugares, me fizeram enxergar com nitidez o todo. Achei isso mágico.
O tanto que chorei em algumas das perdas pelo caminho, não está escrito. Uma em específico, eu fechei o livro sentindo o gosto ácido de perder alguém querido, e fui obrigada a me lembrar que É FICÇÃO. Foi difícil me ater nisso.
A grande batalha contida neste volume, foi simplesmente INCRÍVEL!!
Então porque retirar meia estrela? Porque algumas coisas na tradução me incomodaram. Não tem sentido traduzir Alfred para Alfredo ou Charles para Carlos, e deixar outros nomes exatamente como são. Sabe, o esforço para tentar ler um nome complexo como Aethwolfh é muito maior do que o esforço de ler Alfred. No mínimo, demandaria o mesmo trabalho. Esse incômodo vale também para localidades.
Tirando isso, gostei da construção narrativa, da ambientação, de acompanhar toda a jornada pelos olhos do Uhtred tentando descobrir a que lado pertence e a que lado deve pertencer. Ver o seu coração querendo dividir lealdade e descobrindo que ninguém consegue servir a dois senhores, ainda que os ame igualmente. Essa parte da trajetória foi maravilhosa, triste, pesada, dura e sem dúvida, eletrizante.
Saio da leitura querendo avançar para o próximo quase de imediato. Ou seja, senhor Bernard faz tudo. Serviu!!