Crônica do Pássaro de Corda

Crônica do Pássaro de Corda Haruki Murakami




Resenhas -


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Dave 13/03/2020

Novos personagens, novos contos
Uma viagem misteriosa de 600 e poucas páginas.
Murakami, como sempre, construiu um personagem
do qual você fica tão íntimo, que quase vivemos sua jornada em primeira pessoa.
Uma história que começa simples, acaba nos jogando num furacão de sonhos e diferentes realidades, e nos apresenta personagens secundários tão ricos, que cada história soa como um conto independente.

Lindo.

Maaaaas... Não recomendo para quem quer começar Murakami. Tente outros antes.
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Kari 16/03/2020

766 páginas de literatura surrealista
Terminei ontem o 14º livro que li do Haruki Murakami e posso garantir que traz todas as características presentes nas outras obras do autor: amores por orelhas alheias, referências a músicas (embora poucas), gatos que possuem protagonismo na trama e menções a cidades conhecidas do Japão.
Trata-se da estória de Toru Okada, jovem desempregado que leva uma vida sem maiores ambições ao lado da esposa que, sem motivos, desaparece de casa. A partir daí, Toru conhece uma jovem esquisita que desenvolve um trabalho mais esquisito ainda (classifica as pessoas de acordo com a quantidade de cabelo), duas irmãs com nomes de ilhas que aparecem e somem quando querem, se envolve com seu cunhado corrupto, além de um ex tenente que lutou na guerra da Machúria.
Todos parecem não ter relação nenhuma, mas Murakami, com maestria, consegue criar um envolvimento entre todos os personagens, utilizando Toru Okada como foco central, bem como fazê-los retornar à estória quando o leitor pensa já tê-los esquecido.
Não indicaria para quem quer ler o seu primeiro Murakami (para isso tem Norwegian Wood e O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação), porém se gostas de literatura surrealista e desse japa, taí uma ótima leitura para este ano.

Nota 0-5:4


site: @leyendo_a_los_que_leen
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João Pedro 30/12/2020

Apaixonante
Simplesmente perfeito, e totalmente arrebatador, com certeza uma das melhores leituras de 2020. Posso reconhecer que talvez alguns pontos não sejam tão bem conectados ou explicados no final, mais sentir que foi exatamente essa a proposta. Murakami vai continuar marcando presença nas minhas próximas leituras.
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Paulo 26/04/2020

Esse é o terceiro romance que eu leio do Murakami. Se Sono foi uma narrativa hermética e possuindo um roteiro bem limitado a analisar a protagonista, Crônica do Pássaro de Corda vai pelo caminho oposto para alcançar o mesmo objetivo. Temos um protagonista que está conformado com sua vida do jeito que ela está. Mas, tudo na vida se move como dunas de areias e as coisas começam a dar errado rapidamente. Murakami luta para fazer o personagem reagir àquilo que acontece ao seu redor. As batalhas e angústias que serão vividas pelos personagens espelham problemas bem reais de nosso cotidiano. Claro que tudo isso entremeado por aquele limiar entre o real e o fantástico que o autor adora atravessar.

Preciso dizer que Crônica do Pássaro de Corda é um livro bem metódico. Aliás, Murakami é um autor que todos dizem admirar, mas poucos confirmam que realmente leem. Isto é porque mesmo a escrita dele sendo belíssima, suas histórias contém camadas e mais camadas de histórias que se passam em uma velocidade reduzida. Acreditem: tudo o que é colocado nas mais de setecentas páginas deste livro tem uma resolução e um propósito para existirem. Vi elementos de enredo mencionados no primeiro e no segundo capítulos que só irão se resolver nas páginas finais. Esse é o exemplo da estranha mulher do telefone que fala sacanagens para o Toru Okada. O curioso é que em determinado momento eu jurei que o autor tivesse esquecido desse plot. Na verdade não. Você só vai entender aquilo após ter juntado todas as peças da narrativa. Não digo que seja uma narrativa convergente porque ela não tem essa característica, mas muito mais um enorme quebra-cabeças cujas peças estão espalhadas pelo sofá da sala e você não sabe onde estão as bordas ou o miolo. Aos poucos vamos tendo insights de onde encaixar cada uma delas. As informações completas sobre o formato da imagem do quebra-cabeças só teremos muito mais à frente. E talvez seja esse um dos calcanhares de Aquiles deste ótimo livro para aqueles que não estão acostumados com a escrita do Murakami.

Ou seja, nunca, jamais comecem a ler Haruki Murakami por Crônica do Pássaro de Corda.

Se posso falar que as informações são fornecidas de forma homeopática, o mesmo pode ser dito acerca de sua explicação. Murakami não explica nada aos leitores, deixando-os tirarem suas conclusões por si mesmos. Então não espere que o autor entregue informações de forma mastigada. Várias conclusões eu tirei por mim mesmo e pode estar certo ou errado. Depende de nossa interpretação acerca de várias situações acontecidas na narrativa. Como vocês verão mais abaixo, a essência do que é contado por Okada, que nos narra a história em primeira pessoa, pode ser entendida a partir de diferentes pontos de vista, dos quais eu citarei três. E isso se levarmos em conta que o narrador é confiável, o que ele pode perfeitamente não ser.

O autor continua a empregar os seus truques que acabam colocando o livro em uma região cinza que se situa entre o mundo real e o fantástico. Por isso eu trouxe ele para o Ficções. Embora o autor tenha ótimos romances calcados na realidade como Norwegian Wood é quando ele deixa a sua imaginação correr solta que obtemos o seu melhor. E esse romance tem vários momentos bastante surreais. A primeira parte (o livro é dividido em três) possui o ambiente mais normal. É lá pelo final desta primeira parte que as coisas começam a ficar esquisitas principalmente a partir do aparecimento das irmãs Kanô, Malta e Creta. Então o que eu entendi (e isso não é spoiler) é que existe uma espécie de mundo que se situa um pouco acima do nosso. Algumas pessoas parecem estar sintonizadas e possuem maior facilidade para alcançá-lo. O que esse outro mundo é capaz de fazer com as pessoas não ficou muito claro para nós. Fato é que determinadas situações que acontecem neste outro mundo possuem certas influências físicas ou psicológicas sobre os personagens.

No que diz respeito à composição da história, preciso dizer que fiquei impressionado com como Murakami consegue impor ritmos distintos à sua narrativa. As três partes de Crônica do Pássaro de Corda possuem escritas e objetivos diferentes. Na primeira parte vemos o cuidado do autor em deixar o pé bem travado e nos apresentar os personagens e seus respectivos cotidianos. Os capítulos são mais longos e voltados para a descrição do ambiente e dos personagens. É aqui que Murakami constrói a nossa empatia pelos seres que ele coloca em seu mundo. A relação de Toru e Kumiko recebe bastante atenção porque vai ser a partir dela que as bases da narrativa principal se centram. Quase todos os personagens tem um capítulo dedicado a contar a sua história e se apresentar para o público: May Kasahara, Noboru Wataya, Malta Kanô, a primeira parte de Creta Kanô, o senhor Honda... até como Toru e Kumiko se conheceram e enfrentaram a rejeição da família dela.

Já a segunda parte temos o primeiro acontecimento impactante que vai fazer a narrativa se mover adiante. O ritmo aqui fica ainda mais desacelerado já que o intuito é construir capítulos mais contemplativos. Toru precisa chegar a termos consigo mesmo e entender como ele se encaixa em seu mundo. Até aquele momento parecia que o personagem pegava carona em sua existência. As coisas que acontecem com ele o colocam em uma posição em que ele precisa fazer algo, sair da inércia. Mas, ele não sabe como fazer isso. Então esta segunda parte é uma longa digressão sobre "o que eu devo fazer" e "qual é o próximo passo". Somente quando ele se encontrar definitivamente é que a narrativa pode recuperar sua velocidade. E aí chegamos na terceira parte, que é a maior em quantidade de páginas (e não parece). Aqui parece que Murakami colocou um turbo na sua escrita e tudo acontece em uma velocidade assustadora. A ponto de os capítulos serem bem curtinhos e representarem mais cenas do que acontecimentos per se.

Os personagens criados por Murakami para esta narrativa são muito complexos e alguns chegam a se relacionar uns com os outros. Por exemplo, uma relação óbvia a fazer é entre Toru e May Kasahara. Ambos são pessoas paradas em suas próprias vidas. Não conseguem tomar um rumo específico para elas. May não deseja ir à escola por conta de algumas situações que aconteceram em sua vida enquanto Toru saiu da empresa de advocacia em que trabalhava. Ele sequer deseja tirar sua carteira da Ordem dos Advogados. Então, para onde ele quer ir? No começo eu achava May uma garota petulante e impertinente, mas à medida em que a narrativa ia passando eu percebi que a verdade é que ela apenas não conhecia nada sobre o mundo. May é o espelho de Toru quando ele perde a Kumiko no final da primeira parte. O que a May vive na primeira parte é o que Toru faz na segunda: ele se isola completamente daqueles que o cercam, deixando o mundo para trás. Sua solução para o problema foi fugir, o mesmo que May faz. Mas, o legal na narrativa do Murakami é como os personagens crescem e evoluem com o tempo e as ações. Eles realmente saem de um ponto A para um ponto B.

O mistério principal fica por conta da Kumiko. E o autor consegue segurar esse mistério praticamente até o final da história. No começo vemos como Murakami desenvolve a relação entre os dois protagonista. Sim, eu considero a Kumiko também uma protagonista, embora o autor faça um truque de prestidigitação com ela. Se ele não tivesse feito toda aquele preâmbulo, o sumiço dela e suas ações não teriam o mesmo impacto sobre o leitor. Os mínimos detalhes acabam fazendo parte do quebra-cabeças: a água viva, a rotina de trabalho, a casa, o comportamento ora indiferente, ora intempestivo. Quando tudo estoura, no começo tomamos um choque, mas em seguida vamos juntando as peças ao lado de Toru.

E afinal, que casal se conhece por completo? 100%? Sempre temos aquela parte de nós que escondemos do mundo e dos nossos parceiros. Às vezes são pensamentos, podem ser segredos. Procuramos ser o mais honestos possíveis, mas uma parte de nós deseja manter aquele espacinho onde somente nós podemos entrar. Aquele pequeno terreninho em que mesmo o casamento não pôde alcançar. É nesse pequeno espaço que a narrativa de Murakami acaba agindo. E Toru não é de todo inocente na história já que ele mesmo admite ter tido ocasiões onde ele se colocou em uma situação dúbia. Até acho que a Kumiko foi bem tranquila (até demais) quando recebeu a notícia. O autor trabalha alguns momentos que são emocionalmente terríveis. Cito dois que tocaram em particular em mim: a carta deixada por Kumiko e todo o simbolismo por trás da presença de Toru no fundo do poço.

Podemos interpretar toda a narrativa a partir de três pontos de vista:

1 - Tudo aconteceu de verdade e mesmo as partes sobrenaturais estavam inclusas. Nesse sentido acreditamos na narração de Toru e consideramos seu testemunho de confiança.
2 - Toru está mentindo e nos dando apenas meias informações sobre o que aconteceu. Aqui a gente entende que o protagonista encontrou em Noboru Wataya alguém que realizou mal feitos, mesmo sabendo que ele também contribuiu para tudo o que aconteceu com sua apatia e indiferença. Sabemos que Toru ama Kumiko, mas o casamento dos dois já havia se tornado uma rotina incessante de ações repetidas. E o narrador conta isso da maneira mais mecânica possível ao longo da primeira parte. Quando Kumiko se vai, Toru busca um bode expiatório.
3 - Toda a parte sobrenatural é um mecanismo de defesa emocional do Toru para lidar com o sentimento de perda. Os trechos que acontecem no sobrenatural são todos ignoráveis e precisamos entender a ida ao poço como uma espécie de reset na vida dele.

Outro ponto que muito me agradou foi a exploração da guerra pela visão dos japoneses que se encontravam na Manchúria. Isso nós vemos através da história do senhor Honda e do primeiro-tenente Mamiya. O lado japonês da guerra nos é pouco conhecido e me lembro que só tive a oportunidade de ver mais quando assisti ao filme Cartas para Iwojima. No livro, somos colocados na região da Mongólia e no norte da China e o quanto a batalha foi suja e cruel. Os soldados japoneses já se encontravam desmotivados, principalmente por causa dos frequentes ataques dos cavaleiros mongóis. A cena da tortura feita por Bóris é de embrulhar o estômago. E depois quando a cena se volta para a prisão presenciamos toda a decadência do ser humano e o desespero dos japoneses que se tornaram prisioneiros de guerra.

Crônica do Pássaro de Corda é uma narrativa repleta de camadas. Seria possível conversar por horas a fio sobre tantos temas diferentes que explodiria as cabeças de todos. Pode até ser um livro intimidador e lento no seu desenvolvimento. Mas, é de uma profundidade única. Você sabe quando está lendo Murakami. A escrita é peculiar demais. Venci esse desafio de leitura e convido a todos a fazerem o mesmo. Vale a pena.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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filhodepeterpan 20/05/2020

O caminho é mais importante que o fim.
Crônica do Pássaro de Corda talvez seja a melhor experiência que já tive na literatura. Apesar de ser um livro longo, a narrativa é tão gostosa que o li em apenas 1 semana.
O pássaro de corda é como um sinal de empatia. O sinal que mostra que você não é o único que sofre no mundo. O Murakami é muito justo ao dedicar capítulos só para contar a história da maioria dos personagens que aparecem. Quase todos possuem seu momento de holofote, onde mergulhamos no seu complexo mundo e entendemos o que os fizeram serem como são. Tem a parte do realismo mágico que pode render muitas conversas e teorias loucas sobre o que é essa obra fenomenal. Mas o mais importante é a essência absurdamente humana e o talento do Murakami em conseguir nos segurar na história, aceitando o tudo de absurdo. Um livro inesquecível, que vou levar para a vida toda.
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Lêlivro@sêlivre 09/07/2020

É uma leitura envolvente e fascinante. Com Murakami compreendi que é preciso, por vezes, olhar para o buraco dentro de nós mesmos e deixar-se ser engolido pela escuridão, mesmo que nem todos têm o privilégio de enxergar no escuro.
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Pedro.Gabriel 22/07/2020

O livro vale pelos contos
Particularmente não sou um grande fã de ultra realismo. Porém, nesse caso o livro me prendeu pelas histórias dos personagens que acompanham o personagem principal.
Acho que muitos pontos ficaram em aberto, mas também acredito que não seja a proposta do livro responder todas as dúvidas que são estimuladas no leitor.
No geral, o livro vale a leitura e é muito bem escrito pelo autor.
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Rafael 25/08/2020

Fantástico
Aqui a linha entre o que é fantasia e realidade é tênue, por vezes até mesmo inexistente e é justamente isso que o torna tão envolvente.
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Bruno.Dellatorre 29/08/2020

Certamente um dos melhores livros que já li
Uma mistura entre realismo mágico, filosofia, história do Japão, mistério... esse livro é praticamente perfeito
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Karolline.Campos 26/09/2020

???
A narrativa prende e os mistérios lançados nos levam a problematizar uma série de coisas sobre o mundo, a vida. Confesso que no final achei que fiquei sem entender. Gostei que muitas passagens faz pensar e refletir muito. Espero ter a oportunidade de conversar com outras pessoas sobre para talvez colocar uns pontos nos is.
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Rodrigo 15/10/2020

A melhor leitura do ano.
Bom, o livro parte do desaparecimento do gato do casal formado por Toru Okada e Kumiko Wataya. Toru está desempregado e sem ideia do que fazer com a sua vida, por isso está cuidando da casa enquanto Kumiko trabalha. Tudo isso está prestes a mudar quando Toru Okada que prepara o seu spaghetti é perturbado por uma ligação telefônica de uma desconhecida que pede apenas dez minutos do seu tempo. À partir deste ponto, começa a surgir diversas coisas na vida de Toru.
Bom, o livro é um realismo fantástico que tem diversos elementos místicos ligado a história. Os personagens são extremamente bem desenvolvidos e o livro alterna o foco da narrativa entre a cidade de Tóquio em 1984 e a região da Manchúria, ao final da Segunda Grande Guerra, quando o Japão é derrotado pelas forças da União Soviética, marcando o final da violenta ocupação da China.
O Murakami é genial, de verdade. Tudo que ele descreve e retrata tem um significado e nada se perde no final. Apesar de ser um livro grande (768 páginas), a leitura é muito fluida e instigante, de forma que eu não me cansava de ler em nenhum momento, por isso acabei lendo em 5 dias.
Enfim, não quero entregar nada do livro porque eu acho que qualquer informação pode estragar um pouco a experiência. Eu não li nada sobre o livro então tudo foi uma surpresa pra mim. Foi a minha melhor leitura do ano e já é um dos meus livros favoritos. Murakami é um gênio.
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Radamila 19/10/2020

Primeiro livro que li desse autor. Alguns pontos ficam meio que em aberto, sem explicação, mas no todo é uma ótima leitura.
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vifinkler 16/11/2020

Grandes expectativas grandes decepções
Eu ouvi falar desse autor por meio de pessoas e fui procurar e esse é o livro mais falado dele. São quase 800 páginas pra no fim eu não entender nada, acabei de terminar e vou atrás de uma explicação de gente mais inteligente que eu, pq tô me sentindo burra.
É muito bem escrito, com muitaaa descrição de tudo, com personagens intrigantes. Porém, eu não achei que me agregou muito, nem em diversão e nem em pensamentos. Até traz questionamentos legais, grifei umas partes, mas no fim de tudo eu não recomendaria pq é cansativa demais. Sinto muito acho que não entendi nada sobre Haruki Murakami.
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jesusa02 14/12/2020

Brisa
Aquele tipo de livro que te leva a acreditar que está chegando perto da resolução, mas na verdade fica aberto a interpretação, uma explosão de dúvidas, teorias e reflexões que não te levam a conclusão específica.
É uma brisa muito doida, num momento o que era palpável em questão de poucos segundos se torna fantástico.
Tive dificuldades com a leitura, o que não aconteceu com o 1Q84, outra obra do autor.
Enfim, o livro é uma brisa que te remete a pensar sobre qual é o seu papel na sociedade, suas ações e questionar se o livre arbitrio, destino, sonhos realmente existem.
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