Cristiano.Konno 10/02/2024
Leitura um pouco pesada, "A Quinta Estação" é uma fantasia sombria competente e instigante.
A autora N. K. Jemisin ganhou três prêmios Hugo seguidos com sua trilogia “A Terra Partida”.
Seu primeiro volume, “A Quinta Estação” conta a história de três personagens:
“Essun” – que teve um de seus filhos assassinado pelo marido e sai para caçá-lo em vingança.
“Syenite” – que precisa cumprir uma missão com seu novo mentor famoso.
E “Damaya"– uma jovem maltratada que foi vendida por sua família para uma organização que cuida dos Orogenes sem saber como será o seu futuro.
Orogenes, por sua vez, são pessoas capazes de controlar a terra com poderes sobrenaturais. Por serem diferentes, são escravizados e julgados como monstros horrendos pela sociedade de Quietude, que é o nome do mundo atualmente. Algo parecido como que acontece com os X-Men.
Neste cenário, acontece o que a Terra vive provocando de tempos em tempos: A “Quinta Estação”, que seria um certo tipo de Apocalipse intermitente.
Em paralelo ao preconceito racial e também à escravidão real da humanidade, “A Quinta Estação” é um livro denso, mas que proporciona uma história fantástica de qualidade e profunda. As três personagens vivem histórias distintas e têm personalidades bem diferentes, todavia a ligação entre elas que vem mais para frente é de arregalar os olhos. Muito inteligente.
Não é um livro para qualquer gosto, principalmente pela abordagem em primeira pessoa dos capítulos de “Essun”, difícil de acostumar.
Como parte de uma trilogia, o plot do fim é satisfatório e grandioso, mas deixa quase todas as pontas soltas para os demais volumes.
Ao meu ver, a capa realmente faz jus à obra, não curti tanto. Merecia um pouco mais de atenção.
4/5
Recomendo com ressalvas.