A Garota Alemã

A Garota Alemã Armando Lucas Correa




Resenhas - A garota alemã


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Crischarles 13/01/2020

Mais um livro que retrata sobre a guerra mundial, segundo o ponto de vista daqueles que tanto sofreram preconceito, exclusao social seguido de morte em massa.
Neste livro, o foco é voltado para uma família com certo poder financeiro, mostrando que mesmo com todo sofrimento, ainda teve um tratamento diferente, se comparado a outros livros que narram a história de pessoas mais pobres durante a Segunda Guerra. Também é um livro que narra acontecimentos da família durante sua tentativa de fuga através do St. Louis para Havana.
Há sofrimento, separação, e outros acontecimentos que podem se tornar mais fáceis de serem sentidos por aqueles que lêem, principalmente aqueles que já tiveram grandes perdas na família. É um livro que mostra como o vazio nas pessoas pode nunca ser preenchido e como nós podemos ter o mesmo destino. Talvez essas coisas nos façam ser até mais empáticos com as situações ocorridas no livro. Enquanto que os acontecimentos nós campos de concentração estejam mais longe de nossa realidade, também mais afundo num nível de sofrimento. Sofrimento este que ocorre na própria carne e no ver morrer aqueles que te cercam enquanto tentam sobreviver numa favela de judeus, ou nos próprios campos de concentração.
Um livro que vale a leitura pelo foco diferenciado, mas também pelo conhecimento a mais a ser agregado.
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Gabriella911 04/05/2024

Gosto bastante dessa historia,e gosto tbm de livros da Alemanha nazista,nao sei porque mas acho muito interessante
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MãeLiteratura 26/12/2017

Romance maravilhoso!!
Há tempos não virava a madrugada lendo, mas simplesmente não consegui deixar A garota alemã de lado! Que livro SENSACIONAL!! Se você gosta de um bom romance, então não perca este livro. Eu adoro livros sobre guerras, especialmente sobre a segunda guerra mundial.
Eu adorei a capa. Diagramação linda, páginas amareladas, letras em tamanho confortável para leitura. Tradução fluida e impecável de Denise Carvalho Rocha. Apesar de ter 408 páginas, devorei o livro em um dia e meio.
A escrita de Armando é ótima, envolvente e instigante. Eu conseguia "ver" Berlim e Cuba através de suas descrições.
Um dos recursos que mais adoro é quando o autor alterna capítulos entre passado e presente. Isto normalmente dá um fôlego ótimo à trama e foi o que aconteceu aqui. O leitor acompanha a epopéia de Hannah, quando ainda morava em Berlim, antes da guerra até 2014, com Anna, sua sobrinha neta. Os fantasmas de guerra, privações, sonhos e expectativas, amor, solidão, fazem parte deste vigoroso livro.
Me impressionou também a pesquisa feita pelo autor. No final do livro, temos uma extensa bibliografia desta pesquisa. Também adorei as fotos que Armando acrescentou ao final do livro.
Este é seu livro de estréia e torço muito para que outros romances magistrais como este sejam lançados por ele.
Recomendo muito esta leitura!!


site: http://www.maeliteratura.com/2017/12/eu-li-garota-alema-armando-lucas-correa.html
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Rodrigo1001 25/11/2018

Uma verdade inconveniente (Sem Spoilers)
Sentimentos conflitantes.

Foi essa a vibe que ficou apos a leitura de "A Garota Alemã", best-seller internacional e livro de estreia do escritor catalão Armando Correa.

Pontuado por capítulos pequenos e frases igualmente pequenas e enxutas, o autor apoia o seu livro sobre um fato real, histórico, envolvendo o transatlântico MS St. Louis, que zarpou de Hamburgo com destino a Havana em 13 de Maio de 1939 levando a bordo 900 passageiros e 231 tripulantes, a grande maioria composta de refugiados judeus fugindo desesperadamente dos tentáculos do nazismo, que pouco tempo depois jogaria o mundo em uma nova guerra mundial.

Dividido em quatro partes, a história é contada por duas personagens principais, em capítulos que intercalam passado e presente. Para além de um enredo magnético, o livro é extremamente relevante e perigosamente atual em tempos de imigração em massa como vemos hoje em dia. Não necessariamente inovadora, a técnica de avançar e retroceder na linha do tempo deu um tempero especial à leitura. Os personagens são razoavelmente bem construídos e a trama nos pega pela agonia, pelo desespero, pela incredulidade e pela incômoda certeza de que aquilo aconteceu, embora nunca, jamais, deveria ter acontecido. A relevância de trazer à tona a história do St. Louis é o ponto alto do livro, a propósito. Eu desconhecia o fato e fiquei feliz em conhecê-lo.

Méritos à parte, faltou um pouco de força à parte ficcional do romance. Um gostinho amargo de Titanic, uma sensação de déjà vu, permaneceram no fundo da mente ao fechar a última página. O livro segue em movimento crescente, o interesse vai aumentando, é uma boa leitura, mas você percebe que ele se arrasta em determinados momentos. Gira em torno de si próprio, como um navio que atraca em portos menores por tempo demais até zarpar e seguir viagem para o destino final. O autor tenta traçar paralelos entre os dois personagens principais, mas suas vozes são tão semelhantes que às vezes é difícil distinguí-las. Além disso, há muitas passagens que simplesmente não acrescentam à história e que poderiam ter sido minimizadas.

O desfecho, embora apropriado, orbitou perigosamente entre o sentimental e o sentimentalista. Felizmente, fechou bem, sendo que as páginas finais foram as mais impactantes pra mim, com fotos reais do navio e de seus tripulantes, novamente causando aquela sensação horrível de inconveniência e vergonha extremas. Um tributo necessário e doloroso.

Enfim, se você gosta de livros sobre a 2ª Guerra Mundial e perseguição a judeus, leia sem pestanejar. No fim das contas, a viagem valerá a pena.

Leva 3 de 5 estrelas.

PS: Típico livro que daria um ótimo filme nas mãos de um diretor competente.
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Mariane 12/11/2018

A garota alemã é um livro baseado em uma história real. O enredo é escrito em torno de uma família alemã e judia que consegue sair de seu país meses antes de ser declarada a Segunda Guerra Mundial. Embarcam em um navio confiantes de que estariam a salvo e de que apesar de todos os anos que sofreram discriminação por serem judeus, chegara a hora de voltar a viver normalmente. Mas a história não é bem assim... Quando o navio chega a seu destino - Cuba - os passageiros não podem desembarcar e neste momento recomeça a luta pela sobrevivência de 900 pessoas. A primeira parte da história é narrada por uma menina de 12 anos chamada Hannah, e a segunda parte por uma menina também de 12 anos chamada de Ana. Passado e presente irão se entrelaçar e Hannah e Ana se conhecerão pessoalmente, revelando a triste história de sua família.
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Thay Freitas 02/11/2018

O livro é dividido em capítulos que intercalam entre passado – 1939 e anos posteriores e presente, 2014.

No passado, temos uma narrativa em primeira pessoa sob o ponto de vista de Hannah Rosenthal, que é uma criança de 11 anos, vive em Berlim e desde muito cedo conheceu o sofrimento, crueldade e as limitações de uma Alemanha nazista, comandada por Adolf Hitler - responsável por uma guerra prestes a ser declarada. Em 1939 Hannah conheceu a consequência daquele horror de perto!

Cercada de privilégios por ser filha de professor e de uma mulher bem vista da alta sociedade, tinham uma vida confortável num prédio residencial onde seus pais eram donos. Sua infância fora saudável e harmoniosa na companhia do seu melhor amigo, Léo Martin, que era sua companhia inseparável de brincadeiras, desabafos e aventuras. Mas tudo começa a desmoronar quando Berlim é invadida por nazistas e uma grande caça aos judeus é declarada. Como eram descendentes dessa raça e ainda em meio a todos os conflitos de uma perseguição que fora iniciada sem piedade, seus pais, que antes eram vistos com bons olhos, se veem sem muitas escolhas e obrigados a deixar as pressas o lugar que sempre viveram, deixando para trás tudo que suaram para construir e conquistar.

De antemão Hannah não entende porque precisam deixar o lugar que até então era o seu lar e não entende porque agora são tão desprezados até pelos moradores do seu prédio, que os insultam e os chamam de “impuros”. Ela não entende porque passaram a ser tão desvalorizados, mas começa a entender que Berlim já não os pertence mais e que precisam fugir para tentar sobreviver.

Com a situação se agravando a cada dia, Max, seu pai, com muito esforço e gastando todas as suas economias de anos, luta para conseguir passagens e vistos para que eles possam se juntar a outras centenas de refugiados que se preparam para partir para Cuba. Hannah tem todas essas informações através de Léo, que mesmo com tão pouca idade, é um garoto inteligente, inquieto e observador. Ouve com muita astúcia a conversa dos adultos e consegue os manter informados de coisas que seus pais preferem não dividir. E assim, todos passam a ter seus vistos e passagens para embarcar no St. Louis, o maior transatlântico da história, rumo à libertação.

A partida veio com todas as incertezas. Ali estavam centenas de famílias que adentravam o mar europeu em busca de sobrevivência, indo para um país onde não faziam a menor ideia se seria fácil se adaptar ou das surpresas que poderiam encontrar por lá. Mas diante de todas as adversidades, eles sabiam, naquele momento, que a única coisa que importava era sobreviver.

Pareciam estar vivendo um sonho, a esperança vivia em cada um, a orquestra tocava, as crianças animadas, corriam pelo convés. A cada novo jantar no luxuoso salão, a expectativa se renovava. Mas como imprevistos acontecem, antes de chegar à Cuba e mesmo possuindo as autorizações de desembarque, as mensagens começavam a chegar e não traziam boas novas: Havia tido uma alteração no decreto invalidando a maioria das autorizações, impedindo assim que o navio atracasse. Somente os refugiados que possuíam as autorizações pelo Departamento de Cuba poderiam desembarcar. E isso foi suficiente para mudar a atmosfera do lugar, desestruturando centenas de famílias que possuíam o sonho de se salvar juntos. A sensação era de estar indo de encontro ao próprio calvário, numa enxurrada de despedidas que eles mal poderiam deduzir se seriam as últimas.

Hannah e sua família estavam entre essas famílias que seriam desfeitas e em meio a decisões entristecedoras, viram naquele navio, que antes parecia ser o seu ponto de salvação, o começo de um pesadelo. Naquele ano a pequena Hannah descobria, da forma mais cruel, que a vida não tem nada de mar de rosas.

Por outro lado, no presente, também narrado em primeira pessoa, o livro nos apresenta Anna Rosen, que antes do seu nascimento perdeu seu pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Depois do ocorrido, sua mãe perdeu a vontade de viver e Anna enfrentava uma luta interior árdua de não deixar a mãe se abater ainda mais pela tristeza da ausência e tampouco deixar-se se contagiar também. Tudo muda quando elas recebem uma carta que uma tia-avó de Anna. E quando elas achavam que estavam sozinhas no mundo e que nunca conheceriam a história da família da menina, partem para Havana-Cuba, para conhecer Hannah, a senhora de 87 anos que tem muito a lhes contar, num encontro de duas gerações que lutam pela paz interior.

Continue lendo em: https://sankasbooks.blogspot.com/2018/11/resenha-garota-alema-armando-lucas.html
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Guynaciria 17/08/2018

Hannah Rosenthal, garota de 11 anos, judia, que está fugindo da Alemanha no auge do período nazista.

Nesse livro temos duas narrativas, a primeira é de  Hannah Rosenthal, ainda criança, vivenciando os horrores da guerra e em especial a perseguição aos judeus. A segunda é de Anna, um garotinha que mora com a mãe, e esta vivenciando o processo de luto pela morte de seu pai..

O livro tem como pano de fundo a Segunda Guerra mundial, em especial um episódio que aconteceu com o navio St Louis, que saiu de Berlim e tinha como destino final Cuba, mas que devido a diversos problemas que surgiram em decorrência da guerra e da politica interna de determinados países, acabou tendo mais de um destino final. 

Foi interessante acompanhar o desenrolar dessa história, ver como as pessoas foram afetadas por uma guerra sem sentido, e mesmo após décadas, ainda se sentiam devastadas pela dor que lhes foi infligida. Mas principalmente ver, que apesar de tudo, todos mantinham uma fagulha de esperança a qual se agarravam para seguir em frente.

Esse livro é maravilhoso, é vale a pena a leitura.
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Portal JuLund 25/07/2018

A Garota Alemã, Editora Jangada
“A Garota Alemã” é uma obra emocionante e sensacional. Um dos pontos importantes é ser baseada em fatos reais e um dos grandes contextos é a Segunda Guerra Mundial, porém existe muito mais. Além disso, temos a história na visão de crianças, o que pode emocionar ainda mais os leitores devido a forma que veem o mundo e as tragédias que ocorrem.
Esse livro é intercalado com capítulos no passado e no presente. No passado, conhecemos Hannah que tem apenas 11 anos e vive em Berlim. Sua vida era muito boa e passava grande parte dela com seu amigo Leo. Tudo muda quando tem inicio a Segunda Guerra Mundial e Berlim é invadida por nazistas (Alemanha) e ocorre uma grande caçada a Judeus. A vida de Hannah e seus pais muda, e a garota não entende muito bem porque Berlim deixou de ser realmente um lar e o motivo para tantas pessoas menosprezarem sua família, os obrigando a se mudar.

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-garota-alema-editora-jangada
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Cris 26/06/2018

Emocionante e devastador
“O bom da música, é que você pode levá-la junto a você, na sua cabeça. Ninguém pode roubá-la.”

O livro alterna os capítulos com a narração de duas personagens diferentes em diferentes épocas, mas interligadas entre si.

Hannah Rosenthal era uma garota de 11 anos quando a Segunda Guerra Mundial teve início em 1939 na Alemanha.
Ela vivia como uma princesa com seus pais, alemães de origem judia. Tinha luxo, era paparicada por todos e sua única preocupação era com Léo, seu melhor amigo com quem brincava todas as tardes.

Conforme as ruas começaram a ser dominadas pelos nazistas, Hannah e sua família começaram a sofrer diferenças de tratamento em relação aos seus conhecidos. Até que chegou o momento em que seu pai começou a fazer os preparativos para que pudessem buscar refúgio em outro país.

A oportunidade surgiu com o Transatlântico St. Louis, que faria a travessia até Cuba, onde deste modo, esperavam fugir da Guerra.

A segunda narradora desta história é Anna Rosen, que vive com a mãe em Nova York. Seu pai faleceu antes que ela nascesse, e desde então, sua mãe entrou numa profunda depressão. Elas não tinham nenhum contato com a misteriosa família dele, até que um dia, recebem uma carta de uma parente distante, convidando-as a visitá-la.

A partir de então, vamos entendendo as relações que ligam Hannah e Anna, duas personagens diferentes, mas que têm muita coisa em comum.

A história é fictícia, mas usa como pano de fundo acontecimentos históricos que realmente ocorreram em períodos diferentes da história.

O primeiro deles, é a história do Transatlântico que tentou levar mais de 900 judeus a Cuba, fugindo da Guerra na Alemanha.

O livro também retrata um importante período de Revolução em Cuba, e
há também um destaque para os ataques ocorridos em 2001 em Nova York.
E todos estes fatos influenciaram a família de Hannah.

A narrativa do autor é muito rica. Ele descreve com detalhes as cidades em que ocorrem a história, as vestimentas e os sentimentos dos personagens.

Eu amo romances históricos, acho que eu sempre aprendo mais um pouco com esse tipo de livro. A história real que aconteceu com o St. Louis é de partir o coração, eu eu amei a forma como esta história foi contada, de um jeito emocionante e que me fez ficar interessada pela história desde o início.

Gostei mais das partes narradas pela Hannah, porque ao longo da narrativa, percebemos a garotinha que vai crescendo, como ela vai entendendo aos poucos o que está acontecendo na Guerra e como ela amadurece.

Mais um livro que conta uma história triste, daqueles que viveram e sofreram toda a desolação que uma guerra é capaz de proporcionar. Este livro me trouxe tantos sentimentos, que é impossível expor em palavras. Recomendo.

“As pessoas estavam sendo tratadas como vermes novamente. A história se repetia. Que falta de imaginação!”


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Nana 25/05/2018

Mais um aprendizado sobre a guerra!
Já li muitos livros sobre holocausto e fico impressionada como sempre aprendo alguma parte da história que ainda não conhecia.
Este livro é ficção, mas tem como trama principal a história verdadeira do início da guerra em 1939 quando mais de 900 judeus tentaram escapar da Alemanha no navio St. Louis com destino a Cuba onde seriam aceitos como refugiado. Só que ao chegar lá já tinham ordens do governo de não recebê-los.
Essa história comovente é narrada por Hannah, uma menina de 12 anos que vive com sua família em Berlim no ano de 1939 e alternando os capítulos com Anna, também de 12 anos, que vive em Nova York no ano de 2014. A vida das duas se cruza numa história muito bem contada. Adorei!!
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Cia do Leitor 07/05/2018

A garota alemã
O livro se passa em dois momentos, passado (1939-1985) e presente (2014). No passado vamos acompanhar a história de Hanna em Berlim, menina judia, tentando sobreviver em uma Alemanha comandada por Hitler e com uma guerra prestes a explodir. No presente temos Anna uma jovenzinha que perdeu o pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Duas gerações que irão se encontrar.

"Abro os olhos e estou no mesmo quarto,cercada de livros muito gastos e bonecas com as quais nunca brinquei nem nunca vou brincar. Fecho os olhos e pressinto que falta pouco para subirmos a bordo de um enorme transatlântico, num porto deste país a que nunca pertencemos."- pág. 14

Hanna é uma sobrevivente do Holocausto e tia-avó de Anna, sendo que as duas nunca se conheceram e o encontro vai ser emocionante.

O livro vai nos contar como Hanna conseguiu fugir da Guerra a bordo do famoso transatlântico St. Louis com destino a Cuba, que parecia ser a esperança de 937 passageiros acabou se tornando seus piores pesadelos.

Histórias sobre o holocausto sempre me emocionam muito e ler A garota alemã não foi diferente, terminei o livro com os olhos marejados e muito emocionada. É muito triste a gente aceitar essa parte da história do mundo, eu sempre me pergunto como chegou a esse ponto, como as pessoas deixaram se levar pela mente doentia de Hitler.

A cada livro que leio sobre a segunda guerra acabo descobrindo novos fatos que acabam me deixando muito triste. O que aconteceu em A garota alemã eu desconhecia e fiquei muito chocada com falta de humanidade e compaixão do ser humano, e o mais triste é que pouquíssimo tempo atrás vi se repetir uma situação parecida.

""-Sou alemã, Hannah. Eu sou uma Strauss. Sou Alma Strauss. Isso não é suficiente, Hannah?" -Ela me diz em alemão, e depois em espanhol e em inglês, e finalmente em francês.Como se alguém a estivesse escutando; como se quisesse deixar isso bem claro em cada um dos idiomas que fala com fluência." - pág.18

Estou aqui escrevendo essa resenha indignada, pois a nação que virou as costas para esse povo simplesmente apagou esse fato da história e a outra nação que também virou as costas diz ter reconhecido o erro e pediu perdão muitos anos depois. Mas, aí vem a hipocrisia, essa mesma nação repetiu o mesmo erro em 2017, mas voltou a trás em 2018. Me pergunto se foi por solidariedade ou para ficar bem visto perante o resto do mundo?

Esse é um daqueles livros que todos deveriam ler, uma estória que não pode ser esquecida.

Resenha de Danielle Peçanha, do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/05/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Junior.Silva 22/03/2018

Resenha postada no site Leitor Compulsivo
O cenário é um dos mais sombrios da história da humanidade. Baseado em fatos reais, embarcamos numa aventura dramática no navio St. Louis que, em 1939, às portas da 2ª Guerra Mundial, atravessou o oceano com 937 refugiados judeus a caminho de Cuba, deixando para trás toda história construída ao longo de anos em sua terra natal. A viagem, que deveria ser a esperança de uma nova vida, acaba se tornando o pesadelo de um futuro cinzento, sem amparo, onde o mundo já demonstrava que fecharia os olhos nos anos seguintes ao que conhecemos hoje como Holocausto. O livro já valeria todas as menções de aplausos por contar, de forma tão emotiva, tudo que se passou dentro do St. Louis. Porém, seu autor, nos brinda com a dramática história da família Rosenthal.

Sejam bem vindos A Garota Alemã, o livro da brilhante estreia do autor Armando Lucas Correa que vai tocar o seu coração.

Na história conhecemos Hannah, uma jovem prestes a completar seus 12 anos, que vive, junto a seus familiares, o medo da perseguição nazista em meados de 1939. De linhagem rica, Hannah vê todo o seu castelo desmoronar quando o estado toma os bens de sua família, seu pai, um respeitado acadêmico, é expulso de seu emprego e a menina começa a sentir na pela o fato de ser perseguida nos corredores do prédio que são donos e nas ruas de Berlim, onde são apontados como sujos, nojentos e indesejáveis. Por outro lado, já em 2014, o livro nos apresenta Anna, uma jovem que vive com sua mãe em Nova Iorque após perder o pai, quando ainda estava na barriga da mãe, em outra tragédia. Ambas são mais conectadas do que imaginam e embarcam numa aventura de auto descoberta, perdão e libertação.

Sem dúvida alguma essa é uma das histórias que mais me tocaram nesse último ano. O leitor tem a oportunidade de ver a cada frase lida todo o cuidado que o autor teve ao criar sua história e seus personagens, mesclando, em alguns momentos, personagens reais que foram fundamentais para que tudo acontecesse. Dividido em quatro partes, o livro é instigante e dificilmente o leitor perderá o interesse em algum momento. Muito bem elaborado, a cada capítulo vivemos entre a história de Hannah em 1939 e Anna em 2014, caminhando de forma a cruzarem o mesmo caminho.

Além disso, vale o destaque para todo o trabalho de pesquisa realizado para compor o pano de fundo desse enredo. Pouco conhecida, eu particularmente ainda não tinha lido a respeito, a história do navio St. Louis, que embarcou de Berlim com destino a Cuba, foi uma das grandes responsáveis pela declaração de guerra Alemã, em 1939, a países como França, Bélgica e Inglaterra.

Outro ponto que chama a atenção, já a bordo do navio, seguindo a escrita doce do autor, é possível sentir cada sentimento nas páginas do livro. Do embarque dramático, a orquestra tocando a cada jantar, crianças correndo pelo convés, as mensagens de terra que chegavam a auto mar, mudando toda a atmosfera de esperança em uma cenário sem perspectiva de futuro. O autor consegue, de forma espetacularmente brilhante, transmitir cada momento, como se nos transportasse literalmente para dentro da sua história.

A Garota Alemã é um livro tocante, dramático, marcante e extremamente profundo. Para os apaixonados por uma boa história, uma escrita impecável, é a leitura obrigatória desse ano. Deixar de ler não é uma opção para quem é fã de histórias que se passem em meio à Grande Guerra. Armando Correa, autor cubano, nos brinda com uma reflexão aos nossos próprios erros enquanto sociedade e como as atitudes podem marcar a vida de gerações e gerações que sofrerão com as feridas causadas diretamente na alma de seus antepassados.

site: http://leitorcompulsivo.com.br
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Bia 19/03/2018

Resenha publicada no blog Clã dos Livros
Já disse em vários blogs que escrevo, o quanto aprecio livros que mesclam ficção e contexto histórico. Mais uma vez, o Clã me presenteou com uma dessas obras.

A Garota Alemã traz um enredo triste, amargo e ao mesmo tempo, tocante e profundo.
Com uma narrativa em primeira pessoa, intercalando duas personagens que viveram em épocas distintas, a obra é uma daquelas que com certeza ganhará notoriedade em bibliotecas e livrarias devido ao seu valor histórico e a ficção tão bem desenvolvida pelo autor.

Anna é uma menina de 12 anos de idade que precisou amadurecer muito rápido. Sem pai e com uma mãe depressiva, desde já se conformava em ser autossuficiente. Nunca havia conhecido seu pai, mas o mantinha presente em sua vida através de uma única foto.

Hannah também é uma menina de 12 anos de idade. Mas ela não vivia no ano de 2014, como Anna. Sua história se passa em 1939, na Alemanha. Filha de judeus, a perfeita garota alemã vira sua vida mudar de uma hora para outra. Antes, sua família era conhecida e respeitada por onde passava. Hoje, sua família sentia na pele o preconceito imposto por um governo insano, que os considerava impuros.

"Aqueles que eram nossos amigos deixaram de ser. Aqueles que costumavam agradecer a Papa ou que tentavam fazer amizade com Mama e suas amigas, que elogiavam seu bom gosto ao se vestir ou pediam conselhos sobre combinar uma bolsa de cores vivas com seus sapatos elegantes agora torcem o nariz para nós e estão prestes a nos denunciar."

A realidade de Hannah é perturbadora. Ela, sua família e seus amigos não viviam mais em sociedade. Eram condenados, vistos como sujos e criminosos. Os judeus eram constantemente violentados, assim sendo, eles viviam tomados pelo medo.

Hannah também precisou amadurecer. Sua mãe não conseguia aceitar a condição em que se encontravam. Deixava-se levar pela tristeza. Seu pai estava diferente, apreensivo, tentando a todo custo encontrar uma forma de salvar a vida de sua família.
E uma saída surge em forma de um incrível transatlântico: o St. Louis, que levaria os judeus para Cuba. Seria um recomeço? A família de Hannah e de seus amigos ficariam seguras?

Em 2014, a realidade de Anna também não está fácil. Ela queria saber mais sobre o pai, descobrir sua história. Até que uma carta chega às suas mãos. A vida de Anna e Hannah se interligam de uma forma linda. E ambas tornam a esperança uma da outra.

Eu me lembrei de quando li O Diário de Anne Frank. Na época, não tinha ideia do que o livro trazia. Eu não sabia que seria impossível um final feliz. Ao ler A Garota Alemã, tinha total consciência do que tinha em mãos. Quando você conhece a história e se depara com as esperanças dos personagens, tudo fica muito intenso, pois o próprio leitor sabe que o desfecho não será como eles almejam.

"Vamos começar do zero e transformar Cuba num país ideal, onde qualquer um possa ser loiro ou moreno, alto ou baixo, gordo ou magro. Onde você possa comprar jornal, usar o telefone, falar a língua que quiser e se chamar do nome que quiser, sem ser incomodado por causa da sua pele ou do deus em que acredita."

Ambas as personagens são sofredoras, porém, mesmo tão novas, se adaptam de uma maneira madura à realidade em que vivem.

É um livro triste, que me deixou com o peito carregado. Eu precisava parar para absorver tudo, parar para tentar recuperar meu próprio sentimento, porque mesmo que seja personagens fictícios, me remetiam à realidade dos que viveram isso.

Confesso que a narrativa de Hannah foi a que mais me envolveu. Através dela, somos transportados para uma Alemanha dominada pelo nazismo. Relembrarmos de uma parte horrível da história, e por meio dela nos compadecemos por tantos milhares de pessoas que viveram o horror do holocausto.

"Eu não tenho medo da morte. Que chegue a hora final, que tudo se apague e eu fique no escuro. Eu não tenho medo de me ver entre as nuvens, contemplando os que aqui ainda caminham em liberdade pela cidade. Morrer é como se a luz se apagasse, e com ela, todas as ilusões."

A de Anna não fica para trás. Sua história também traz um contexto real, de uma tragédia muito recente que abalou o mundo todo.

A mescla de ficção e realidade é sensacional. O autor resgatou uma passagem pouco citada da história, que na verdade nunca deveria deixar de ser lembrada.

E por mais que conheçamos o desfecho histórico, ficamos instigados em saber como será o desfecho de Hannah e Anna. Hannah sobreviveu ao St. Louis, mas em quais condições? E Anna, conseguiria superar as dificuldades da sua vida?

"O que eu mais detesto na ideia da morte é não poder dizer adeus, ir embora sem uma despedida. Só de pensar nisso eu estremeço."

A edição traz páginas amareladas, grossas, com fonte apropriada para leitura. A arte da capa casa perfeitamente com o enredo, e ao final, o autor nos presenteia com fotos reais dos passageiros do St. Louis.

"Será que algum dia estaremos preparados para perdoar?"

Amei a leitura, ao final fiquei ainda mais cheia de conhecimento. Recomendo, e acredito que o valor histórico que o livro nos traz deve ser conhecido por todos.

site: http://www.cladoslivros.com.br/2018/03/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Paula Juliana 30/01/2018

''...Outro túmulo no cemitério sem um corpo.''

Terça-feira.
Coincidência ou não, o destino me fez terminar essa leitura hoje. E que leitura!?! Uma daquelas obras que são marcantes, inesquecíveis e muito difíceis de descrever em palavras. A Garota Alemã me deixou sem palavras e sem lágrimas suficientes, não só no seu final, como em inúmeras passagens emocionantes durante o enredo. Amo romances históricos, há uma beleza quase sombria em suas páginas, e quando o autor Armando Lucas Correa me apresenta não só um romance baseado numa história real, como seu enredo ultrapassa os conteúdos que conhecemos em livros de história, sua pesquisa é tão palpável que é como se estivéssemos vivendo tudo aquilo na pele de seus personagens, é impossível ignorar!

Tocante, intenso, forte.
Sensível. Trágico.
Personagens que tem histórias para contar.

E esses personagens... não tem como falar da obra sem dar meus parabéns a todos eles, pela coragem, por todo o sofrimento, pela bela e triste história que viveram, e que pode ser tão similar, ou parecida com a de muitas pessoas que tiveram a digamos, má sorte de viver em um mundo onde não eram aceitos.

Hannah é a Garota Alemã.

Hannah Rosenthal tem 11 anos, é uma garota de sorte, afinal de contas nasceu em uma família privilegiada, de uma boa situação, em uma Berlim de 1939, seu pai era sua rocha, seu protetor, nos braços protegidos de papai, nada poderia a fazer mal, e ainda tinha sua mãe, a Deusa, como ela conta, nos seus vestidos finos, seu pescoço longo, sua postura sempre elegante. Hannah vê seu mundo desmoronar aos poucos, entre seus encontros com Leo, seu amigo, apoio e a que tudo indica futuro noivo, a menina começa a sentir a hostilidade das pessoas, em um dia era bem recebida em todos os lugares, frequentava bailes de alta sociedade e no outro pessoas começam a lhe lançar olhares estranhos, a lhe insultar e de repente ela é suja, impura.

Holocausto. Segunda Guerra Mundial.
Nazistas. Os Ogros puros.

A história contada pelos olhos de uma menina de 11 anos.

Quando a família Rosenthal tem seus bens confiscados e a situação começa a ficar cada vez pior para os judeus, e famílias mistas como a de Hannah, o único jeito que encontram é embarcar no transatlântico St. Louis, juntamente com 936 refugiados judeus fugindo de uma Alemanha Nazista cruel.

Anna Rosen também é a Garota Alemã.
Mesmo não tendo nascido na Alemanha, Anna que vive numa Nova York de 2014, com seus 11 anos, também tem seus fantasmas. Quando recebe uma encomenda misteriosa, de uma tia-avó que não sabia que existia e que criou seu falecido pai, ela parte com sua mãe em uma viagem de descobertas para Cuba, onde vai se deparar com a história de seu pai e o passado trágico de sua família, suas origens.
Quando passado e presente se encontram tem muito para ser contado.

Essa leitura foi muito forte, foram quatro dias bem intensos, a obra tem esse teor histórico muito forte, o autor juntou muitos fatos dentro da história, desde o Holocausto, inicio e fim da Segunda Guerra Mundial, passando pela Revolução de Cuba, até os atentados das Torres Gêmeas, no 11 de Setembro. E mesmo tendo esse teor tão pesado, a história é nos contado com um lirismo, uma inocência, um olhar tão puro e bonito que é cativante, triste e emocionante.

Hannah é muito forte, teve uma vida muito sofrida, parece que o destino das mulheres dessa família é sofrer, entanto que os homens é desaparecer. O desenvolvimento dessa personagem é vivido, a gente a acompanha por uma vida inteira, e não tem como não criar carinho por ela.

A escrita do autor Armando Lucas Correa, assim como seu trabalho de pesquisa, e a forma que enlaça toda a história é de tirar o chapéu, assim como a forma que o enredo é contado entre o passado e o presente, sempre mantendo o leitor alerta e curioso. Destaque para edição da Jangada que está linda e totalmente coerente com a história, lembrando também que no final ganhamos ainda fotos da pesquisa do autor que são muito interessantes.

Eu não tinha o conhecimento do que era o transatlântico St. Louis, sua importância histórica e nem o que tinha acontecido com ele até ler A Garota Alemã, essa obra me trouxe conhecimento, uma profunda admiração pelo capitão do St. Louis e uma profunda tristeza por todas aquelas pessoas que não tiveram escolha alguma quando todas as portas do mundo foram fechadas e seus destinos traçados.

A Garota Alemã é uma obra que deve ser lida, é uma homenagem, é um romance histórico fantástico. Ele me causou inúmeros sentimentos, e muitas vezes me levou as lágrimas, me transportou para uma época passada, me apresentou personagens incríveis, corajosos e leais. Com toda a certeza não vou conseguir passar nem metade do que foi essa leitura para mim, é o tipo de história que só lendo para conseguir realmente entender. Recomendadíssimo. Realidade e ficção aliadas em uma obra audaciosa, marcante e poderosa! Inesquecível!

Paula Juliana

site: https://overdoselite.blogspot.com.br/2018/01/resenha-garota-alema-armando-lucas.html
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