A Garota Alemã

A Garota Alemã Armando Lucas Correa




Resenhas - A garota alemã


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Helana O'hara 03/08/2018

Uma história de se emocionar.
Vamos começar falando que A Garota Alemã, de cara mostra uma menina num navio segurando uma mala.
Um livro com pouco mais de 400 páginas, divido em 4 partes e o gostoso é que temos duas narrativas, de Hannah em 1939 narrando a dificuldade de viver no meio de Guerra e de Anna nos dias atuais morando com sua mãe depressiva pela morte do pai. Como todo e qualquer romance histórico, temos uma história de ficção com um plano de fundo real que é a Guerra e também o navio que Hannah embarca para se livrar da guerra. Detalhes que trouxeram uma diferença enorme na história.
Hannah tinha apenas 11 anos alemã judia, tinha uma boa vida antes da guerra começar, até que os nazistas começaram a tomar as ruas e o tratamento começou a mudar, ela teve que se esconder juntos com sua família para não ter problemas. Agora vive em um pequeno apartamento, onde mal pode sair de casa, sofrendo com a depressão da mãe. As coisas começam a mudar quando o pai de Hannah descobre que um navio chamado St Louis vai fazer uma travessia até Cuba, a oportunidade perfeita para tirar sua família dali.
Do outro lado da história, ou melhor, nos dias de hoje, temos Anna, uma menina tão jovem quanto Hannah que perdeu seu pai precocemente. E agora precisa lidar com a depressão de sua mãe. Até então, as duas nunca tiveram ligação com a família de seu pai. As coisas mudam quando elas recebem um pacote misterioso e ai vem a ligação de Hannah e de Anna e tudo que elas tem em comum.

Não sei descrever uma história tão rica em detalhes históricos. O livro apesar de toda a ficção da família delas e o que une Hannah e Anna, tem muitos fatos reais, como a Guerra, a Revolução Cubana, o Transatlântico St Louis. Os ataques de 2001 em Nova York, tudo isso o autor conseguiu encaixar na relação das protagonistas, de uma forma tão perfeita que nós leitores achamos que essas duas personagens existiram de verdade.



A história quando parte de St Loius é de deixar o coração apertado. Um navio que tentou levar mais de 900 judeus para fora e o cuidado que o autor teve com as informações sobre o ocorrido foi muito bem feita.


Para saber mais sobre a linda história de St Louis: https://pt.wikipedia.org/wiki/MS_St._Louis

A Garota Alemã é um livro apaixonante, com uma história de vida que faz a gente ter um sofro de esperança em nossos coração. Impossível não se apaixonar por Hannah e nem por Anna, você vai amar.
Janaina.Granado 05/12/2022minha estante
Eu terminei esse livro recentemente e chorei horrores ?


Helana O'hara 07/12/2022minha estante
Sério?? Não chorei. Mas achei ele lindo


Janaina.Granado 10/12/2022minha estante
Sim, eu na verdade ouvi o Audiobook acho que a narrativa me deixou muito emotiva com toda a história




Thais645 02/08/2023

Respeito muitíssimo o fato de ser uma escrita baseada no St. Luis que de fato existiu porem, sendo honesta, não foi um livro que me emocionou. Nos 70% eu já estava CANSADA da história mas continuei pois esperava o grande ápice (principalmente sobre a tal da caixa azul) mas infelizmente não aconteceu.
Correa 26/10/2023minha estante
Ela abre a caixa no final do livro no momento em que se despede da vida




bookslynne 16/11/2020

Livro maravilhoso ?
Hannah e sua família se refugiam de Berlim no transatlântico St. Louis em 1939, o que era pra ser uma viagem de salvação pode se transformar num pesadelo.

Em 2014, Anna recebe um envelope da sua tia-avó Hannah, o conteúdo deste faz com que ela e sua mãe façam uma viagem para descobrir a verdade sobre sua família.
Nasser.Ayek 26/11/2020minha estante
Como ficou conhecida por garota alemã




@diversidadeliteraria 22/07/2020

Titulo: A garota alemã
Autor: Armando L. Correa
Editora: Jangada
Edição: 2017
Genero: Ficção histórica

?
...refugiados judeus fogem da Alemanha nazista... Uma história que precisa ser contada para que nunca se repita.

A Garota alemã, obra escrita pelo autor Armando Correa, também autor de A filha esquecida, constrói mais uma obra com o cenário da segunda guerra mundial, com as problemáticas enfrentadas pelos judeus, toda a questão da perseguição, o desespero, e a falta de esperança no futuro incerto.

Nesta obra, inicialmente temos a Hannah Rosenthal, garotinha judia de 11 anos de idade, que viu a interrupção de sua vida normal com a família em Berlim, por conta do início da guerra, seus pais que antes tinham uma vida confortavel, se viram diante da perda dos bens materiais e não sendo aceitos como eram antes da sociedade, as ruas que anteriormente eram seguras e tranquilas para todos, agora estavam lotadas por soldados nazistas, impondo medo e repressão.

Diante da situação a família de Hannah juntamente com outra família amiga, embarcam no St. Louis, um transatlântico de luxo, que tinha por objetivo o desembarque em Cuba para segurança de todas as famílias judias que nele embarcaram, porém, infelizmente não ocorreu como as famílias esperavam.

O livro foi construído, baseado em uma história real, a narrativa é dividida em duas partes: passado, Berlim, 1939 e presente, Nova York, 2014. No presente temos a Anna Rosen, garotinha de 12 anos de idade, que recebe um envelope enviado por Hannah, que impulsiona a Anna e sua mãe irem até Cuba conhecer a emissora da carta e descobrirem sobre o passado...

A Garota alemã foi tão bem construído como A filha esquecida, ambas as obras têm como pano de fundo a segunda guerra mundial, porém nesse livro nós temos uma visão também sobre a Cuba.

Os personagens foram bem construídos e desenvolvidos na obra, gerando aquele apego afetivo a eles, principalmente pela situação em que estão inseridos. A escrita do Armando Correa é uma das minhas preferidas, pelos embasamentos no qual o autor constrói as suas obras e o detalhamento em que faz a construção dos enredos.
Nasser.Ayek 26/11/2020minha estante
Como ela ficou conhecida como garota alemã




Hadassa 05/05/2020

Esse livro me emocionou do início ao fim.

"No final, sei que, por mais que eu me lave, queime minha pele, corte meu cabelo, arranque meus olhos, fique surda, me vista ou fale de forma diferente ou adote um nome diferente, eles sempre vão me ver como alguém impuro."

"Ninguém nem acha necessário colocar uma máscara para nos ofender. Somos o delito; eles são a razão, o dever, a execução. Os Ogros nos agridem, gritam insultos e nós temos de aguentar calados, silenciosos, mudos, enquanto eles nos expulsam."

"Milhões de homens sem trabalho. Milhões de crianças sem futuro. Salvem o povo alemão!? Eu sou alemã, também. Quem vai me salvar?"
Nasser.Ayek 26/11/2020minha estante
Como ficou conhecida como garota alemã




Gabriella911 04/05/2024

Gosto bastante dessa historia,e gosto tbm de livros da Alemanha nazista,nao sei porque mas acho muito interessante
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Caverna 02/01/2018

Em 1939, Hannah Rosenthal descobre como o mundo pode ser feio.

Aos 11 anos, ela mora com seus pais em Berlim, onde nasceu. Os pais são donos de um prédio residencial, e agora, no meio da Segunda Guerra Mundial, se vêem obrigados a sair às pressas do lugar que sempre lhes pertenceu. Os vizinhos, antes simpáticos e agradáveis, agora chamam Hannah e sua família de sujos, impuros. A mãe, sempre bem-vestida e cuidada, está prestes a desmoronar. O pai felizmente consegue vistos, autorizações e passagens para que eles viagem junto dos refugiados em direção a Cuba, onde irão se abrigar após gastarem todas suas finanças como garantia da viagem.

Hannah não iria sem seu melhor amigo, Leo Martin, e por sorte seu pai também conseguira uma passagem para ele e seu pai. Leo e Hannah são grudados, e Leo diz que eles irão construir uma família em Cuba. Ele é um garotinho extremamente alegre, elétrico e bem informado, sempre prestando atenção nas conversas dos adultos para depois contar para Hannah as novidades.

A mãe de Hannah não gosta que a filha ande pelas ruas, mas Hannah não se importa, contanto que esteja com Leo. Juntos, eles se sentam e escutam as notícias no rádio de um Ogro. Os ogros são todas as pessoas consideradas limpas, as que os desprezam e os olham com nojo. De um dia para o outro, a família de Hannah passou a ser desvalorizada, e embora ela não compreenda muito o motivo daquilo, ela sabe que Berlim não é mais seu lar. Sabe que precisam fugir e, acima disso, precisam sobreviver.

Em 2014, Anna Rosen descobre que possui uma tia distante, logo quando achava que estava sozinha no mundo.

Seu pai morrera antes mesmo de saber de sua existência. Sua mãe ia lhe contar justo no dia em que as torres gêmeas desabaram com ele dentro. Depois disso, sua mãe foi perdendo cada vez mais as forças até não sair mais do quarto. Anna prepara seu café e leva para ela todos os dias, mas sente que ela não irá aguentar por muito mais tempo, então quando recebe uma carta da tia que criou seu pai, ela se enche de felicidade. Após a chegada da carta e de um determinado susto, a mãe de Anna recupera a energia aos poucos e topa viajar com Anna para Havana, onde encontrarão Hannah, uma senhora de 87 anos que possui muitas histórias a contar para Ana, embora nem todas sejam felizes.

Eu já esperava me emocionar com A Garota Alemã, mas não tanto quanto me emocionei. A história é dividida em três partes e os capítulos são narrados de forma intercalada entre Ana e Hannah, cada uma contando sua história até que as duas se conectam. A obra é baseada em fatos reais sobre o famoso transatlântico St. Louis que transportou 936 judeus refugiados da Alemanha Nazista e somente 4 conseguiram permissão para entrar em Cuba. O resto foi enviado para outros países e eventualmente caçados pelos alemães através da guerra.

Além do terror já conhecido causado pelo Holocausto, a obra de Armando é narrada pelos olhos de uma criança, de forma que encaramos a realidade vivida pela família de Hannah através da inocência e da ingenuidade. Hannah e Leo sabem que correm perigo, mas não são capazes de entender por completo o motivo, o que fizeram para isso. E ainda assim, os dois são personagens fortes que são obrigados a se tornarem adultos muito rápido. Embora a infância ainda esteja presente em suas vidas, a perda e a dor os fazem crescer e enxergar o mundo de outra forma. É de apertar o coração o momento em que Hannah percebe a gravidade da situação, quando se dá conta que sua família nunca será a mesma, que parte de sua vida foi destruída pela guerra, e que não há nada ao seu alcance a fazer.

Armando conseguiu unir dois eventos trágicos em um único livro. Assim como milhares de pessoas que perderam parentes e amados no ataque de onze de setembro, Anna perdera o pai que nunca chegara a conhecer. Ela guarda em seu quarto a única foto que possui dele, e conversa com o pai todos os dias. Assim como no relato de Hannah, encontramos aqui uma menina inocente que reza para que a mãe enfim descanse em paz, por não suportar mais seu sofrimento. Ela não tem amigos, e a carta da tia Hannah traz a esperança que ela precisava para continuar prosseguindo, assim como Anna é vista por Hannah como a última esperança da linhagem Rosenthal. Ela torce para que enfim alguém da família possa ser feliz. A guerra tirou tudo de Hannah, mas trouxe Anna, uma sobrinha da qual mal tinha conhecimento.

Apesar das suas 400 páginas, A Garota Alemã é uma leitura ágil, dinâmica e muito bem descrita. Armando soube medir com cuidado suas palavras, de forma que os acontecimentos eram compatíveis com o visto e interpretado por uma criança, e ali, através dos olhos delas, víamos como o futuro era duvidoso e quanto sofrimento ainda as aguardava.

Em nota, o autor diz que resolveu escrever o livro pois poucos tem conhecimento acerca do navio e do destino cruel que tiveram os refugiados, o que mostra a importância de conferir a incrível obra que ele criou. Acompanhar a trajetória de Hannah me deixou extremamente comovida, e mesmo sabendo que a história ao menos dela era fictícia, pensar que existiram de verdade 900 histórias dentro daquele navio que não tiveram um final feliz dói mais ainda. Nas últimas páginas, o autor incluiu fotos e uma lista com os nomes de todos os refugiados presentes no navio. A edição da Jangada também ficou espetacular e a capa super condizente.

Com uma narrativa direta e muito bem articulada, Armando convida todos a conhecerem o St. Louis e seus passageiros. Junto de Anna, se preparem para a história bela e ao mesmo tempo devastadora que Hannah tem a contar.

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2018/01/a-garota-alema.html
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Paula Juliana 30/01/2018

''...Outro túmulo no cemitério sem um corpo.''

Terça-feira.
Coincidência ou não, o destino me fez terminar essa leitura hoje. E que leitura!?! Uma daquelas obras que são marcantes, inesquecíveis e muito difíceis de descrever em palavras. A Garota Alemã me deixou sem palavras e sem lágrimas suficientes, não só no seu final, como em inúmeras passagens emocionantes durante o enredo. Amo romances históricos, há uma beleza quase sombria em suas páginas, e quando o autor Armando Lucas Correa me apresenta não só um romance baseado numa história real, como seu enredo ultrapassa os conteúdos que conhecemos em livros de história, sua pesquisa é tão palpável que é como se estivéssemos vivendo tudo aquilo na pele de seus personagens, é impossível ignorar!

Tocante, intenso, forte.
Sensível. Trágico.
Personagens que tem histórias para contar.

E esses personagens... não tem como falar da obra sem dar meus parabéns a todos eles, pela coragem, por todo o sofrimento, pela bela e triste história que viveram, e que pode ser tão similar, ou parecida com a de muitas pessoas que tiveram a digamos, má sorte de viver em um mundo onde não eram aceitos.

Hannah é a Garota Alemã.

Hannah Rosenthal tem 11 anos, é uma garota de sorte, afinal de contas nasceu em uma família privilegiada, de uma boa situação, em uma Berlim de 1939, seu pai era sua rocha, seu protetor, nos braços protegidos de papai, nada poderia a fazer mal, e ainda tinha sua mãe, a Deusa, como ela conta, nos seus vestidos finos, seu pescoço longo, sua postura sempre elegante. Hannah vê seu mundo desmoronar aos poucos, entre seus encontros com Leo, seu amigo, apoio e a que tudo indica futuro noivo, a menina começa a sentir a hostilidade das pessoas, em um dia era bem recebida em todos os lugares, frequentava bailes de alta sociedade e no outro pessoas começam a lhe lançar olhares estranhos, a lhe insultar e de repente ela é suja, impura.

Holocausto. Segunda Guerra Mundial.
Nazistas. Os Ogros puros.

A história contada pelos olhos de uma menina de 11 anos.

Quando a família Rosenthal tem seus bens confiscados e a situação começa a ficar cada vez pior para os judeus, e famílias mistas como a de Hannah, o único jeito que encontram é embarcar no transatlântico St. Louis, juntamente com 936 refugiados judeus fugindo de uma Alemanha Nazista cruel.

Anna Rosen também é a Garota Alemã.
Mesmo não tendo nascido na Alemanha, Anna que vive numa Nova York de 2014, com seus 11 anos, também tem seus fantasmas. Quando recebe uma encomenda misteriosa, de uma tia-avó que não sabia que existia e que criou seu falecido pai, ela parte com sua mãe em uma viagem de descobertas para Cuba, onde vai se deparar com a história de seu pai e o passado trágico de sua família, suas origens.
Quando passado e presente se encontram tem muito para ser contado.

Essa leitura foi muito forte, foram quatro dias bem intensos, a obra tem esse teor histórico muito forte, o autor juntou muitos fatos dentro da história, desde o Holocausto, inicio e fim da Segunda Guerra Mundial, passando pela Revolução de Cuba, até os atentados das Torres Gêmeas, no 11 de Setembro. E mesmo tendo esse teor tão pesado, a história é nos contado com um lirismo, uma inocência, um olhar tão puro e bonito que é cativante, triste e emocionante.

Hannah é muito forte, teve uma vida muito sofrida, parece que o destino das mulheres dessa família é sofrer, entanto que os homens é desaparecer. O desenvolvimento dessa personagem é vivido, a gente a acompanha por uma vida inteira, e não tem como não criar carinho por ela.

A escrita do autor Armando Lucas Correa, assim como seu trabalho de pesquisa, e a forma que enlaça toda a história é de tirar o chapéu, assim como a forma que o enredo é contado entre o passado e o presente, sempre mantendo o leitor alerta e curioso. Destaque para edição da Jangada que está linda e totalmente coerente com a história, lembrando também que no final ganhamos ainda fotos da pesquisa do autor que são muito interessantes.

Eu não tinha o conhecimento do que era o transatlântico St. Louis, sua importância histórica e nem o que tinha acontecido com ele até ler A Garota Alemã, essa obra me trouxe conhecimento, uma profunda admiração pelo capitão do St. Louis e uma profunda tristeza por todas aquelas pessoas que não tiveram escolha alguma quando todas as portas do mundo foram fechadas e seus destinos traçados.

A Garota Alemã é uma obra que deve ser lida, é uma homenagem, é um romance histórico fantástico. Ele me causou inúmeros sentimentos, e muitas vezes me levou as lágrimas, me transportou para uma época passada, me apresentou personagens incríveis, corajosos e leais. Com toda a certeza não vou conseguir passar nem metade do que foi essa leitura para mim, é o tipo de história que só lendo para conseguir realmente entender. Recomendadíssimo. Realidade e ficção aliadas em uma obra audaciosa, marcante e poderosa! Inesquecível!

Paula Juliana

site: https://overdoselite.blogspot.com.br/2018/01/resenha-garota-alema-armando-lucas.html
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Bia 19/03/2018

Resenha publicada no blog Clã dos Livros
Já disse em vários blogs que escrevo, o quanto aprecio livros que mesclam ficção e contexto histórico. Mais uma vez, o Clã me presenteou com uma dessas obras.

A Garota Alemã traz um enredo triste, amargo e ao mesmo tempo, tocante e profundo.
Com uma narrativa em primeira pessoa, intercalando duas personagens que viveram em épocas distintas, a obra é uma daquelas que com certeza ganhará notoriedade em bibliotecas e livrarias devido ao seu valor histórico e a ficção tão bem desenvolvida pelo autor.

Anna é uma menina de 12 anos de idade que precisou amadurecer muito rápido. Sem pai e com uma mãe depressiva, desde já se conformava em ser autossuficiente. Nunca havia conhecido seu pai, mas o mantinha presente em sua vida através de uma única foto.

Hannah também é uma menina de 12 anos de idade. Mas ela não vivia no ano de 2014, como Anna. Sua história se passa em 1939, na Alemanha. Filha de judeus, a perfeita garota alemã vira sua vida mudar de uma hora para outra. Antes, sua família era conhecida e respeitada por onde passava. Hoje, sua família sentia na pele o preconceito imposto por um governo insano, que os considerava impuros.

"Aqueles que eram nossos amigos deixaram de ser. Aqueles que costumavam agradecer a Papa ou que tentavam fazer amizade com Mama e suas amigas, que elogiavam seu bom gosto ao se vestir ou pediam conselhos sobre combinar uma bolsa de cores vivas com seus sapatos elegantes agora torcem o nariz para nós e estão prestes a nos denunciar."

A realidade de Hannah é perturbadora. Ela, sua família e seus amigos não viviam mais em sociedade. Eram condenados, vistos como sujos e criminosos. Os judeus eram constantemente violentados, assim sendo, eles viviam tomados pelo medo.

Hannah também precisou amadurecer. Sua mãe não conseguia aceitar a condição em que se encontravam. Deixava-se levar pela tristeza. Seu pai estava diferente, apreensivo, tentando a todo custo encontrar uma forma de salvar a vida de sua família.
E uma saída surge em forma de um incrível transatlântico: o St. Louis, que levaria os judeus para Cuba. Seria um recomeço? A família de Hannah e de seus amigos ficariam seguras?

Em 2014, a realidade de Anna também não está fácil. Ela queria saber mais sobre o pai, descobrir sua história. Até que uma carta chega às suas mãos. A vida de Anna e Hannah se interligam de uma forma linda. E ambas tornam a esperança uma da outra.

Eu me lembrei de quando li O Diário de Anne Frank. Na época, não tinha ideia do que o livro trazia. Eu não sabia que seria impossível um final feliz. Ao ler A Garota Alemã, tinha total consciência do que tinha em mãos. Quando você conhece a história e se depara com as esperanças dos personagens, tudo fica muito intenso, pois o próprio leitor sabe que o desfecho não será como eles almejam.

"Vamos começar do zero e transformar Cuba num país ideal, onde qualquer um possa ser loiro ou moreno, alto ou baixo, gordo ou magro. Onde você possa comprar jornal, usar o telefone, falar a língua que quiser e se chamar do nome que quiser, sem ser incomodado por causa da sua pele ou do deus em que acredita."

Ambas as personagens são sofredoras, porém, mesmo tão novas, se adaptam de uma maneira madura à realidade em que vivem.

É um livro triste, que me deixou com o peito carregado. Eu precisava parar para absorver tudo, parar para tentar recuperar meu próprio sentimento, porque mesmo que seja personagens fictícios, me remetiam à realidade dos que viveram isso.

Confesso que a narrativa de Hannah foi a que mais me envolveu. Através dela, somos transportados para uma Alemanha dominada pelo nazismo. Relembrarmos de uma parte horrível da história, e por meio dela nos compadecemos por tantos milhares de pessoas que viveram o horror do holocausto.

"Eu não tenho medo da morte. Que chegue a hora final, que tudo se apague e eu fique no escuro. Eu não tenho medo de me ver entre as nuvens, contemplando os que aqui ainda caminham em liberdade pela cidade. Morrer é como se a luz se apagasse, e com ela, todas as ilusões."

A de Anna não fica para trás. Sua história também traz um contexto real, de uma tragédia muito recente que abalou o mundo todo.

A mescla de ficção e realidade é sensacional. O autor resgatou uma passagem pouco citada da história, que na verdade nunca deveria deixar de ser lembrada.

E por mais que conheçamos o desfecho histórico, ficamos instigados em saber como será o desfecho de Hannah e Anna. Hannah sobreviveu ao St. Louis, mas em quais condições? E Anna, conseguiria superar as dificuldades da sua vida?

"O que eu mais detesto na ideia da morte é não poder dizer adeus, ir embora sem uma despedida. Só de pensar nisso eu estremeço."

A edição traz páginas amareladas, grossas, com fonte apropriada para leitura. A arte da capa casa perfeitamente com o enredo, e ao final, o autor nos presenteia com fotos reais dos passageiros do St. Louis.

"Será que algum dia estaremos preparados para perdoar?"

Amei a leitura, ao final fiquei ainda mais cheia de conhecimento. Recomendo, e acredito que o valor histórico que o livro nos traz deve ser conhecido por todos.

site: http://www.cladoslivros.com.br/2018/03/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Junior.Silva 22/03/2018

Resenha postada no site Leitor Compulsivo
O cenário é um dos mais sombrios da história da humanidade. Baseado em fatos reais, embarcamos numa aventura dramática no navio St. Louis que, em 1939, às portas da 2ª Guerra Mundial, atravessou o oceano com 937 refugiados judeus a caminho de Cuba, deixando para trás toda história construída ao longo de anos em sua terra natal. A viagem, que deveria ser a esperança de uma nova vida, acaba se tornando o pesadelo de um futuro cinzento, sem amparo, onde o mundo já demonstrava que fecharia os olhos nos anos seguintes ao que conhecemos hoje como Holocausto. O livro já valeria todas as menções de aplausos por contar, de forma tão emotiva, tudo que se passou dentro do St. Louis. Porém, seu autor, nos brinda com a dramática história da família Rosenthal.

Sejam bem vindos A Garota Alemã, o livro da brilhante estreia do autor Armando Lucas Correa que vai tocar o seu coração.

Na história conhecemos Hannah, uma jovem prestes a completar seus 12 anos, que vive, junto a seus familiares, o medo da perseguição nazista em meados de 1939. De linhagem rica, Hannah vê todo o seu castelo desmoronar quando o estado toma os bens de sua família, seu pai, um respeitado acadêmico, é expulso de seu emprego e a menina começa a sentir na pela o fato de ser perseguida nos corredores do prédio que são donos e nas ruas de Berlim, onde são apontados como sujos, nojentos e indesejáveis. Por outro lado, já em 2014, o livro nos apresenta Anna, uma jovem que vive com sua mãe em Nova Iorque após perder o pai, quando ainda estava na barriga da mãe, em outra tragédia. Ambas são mais conectadas do que imaginam e embarcam numa aventura de auto descoberta, perdão e libertação.

Sem dúvida alguma essa é uma das histórias que mais me tocaram nesse último ano. O leitor tem a oportunidade de ver a cada frase lida todo o cuidado que o autor teve ao criar sua história e seus personagens, mesclando, em alguns momentos, personagens reais que foram fundamentais para que tudo acontecesse. Dividido em quatro partes, o livro é instigante e dificilmente o leitor perderá o interesse em algum momento. Muito bem elaborado, a cada capítulo vivemos entre a história de Hannah em 1939 e Anna em 2014, caminhando de forma a cruzarem o mesmo caminho.

Além disso, vale o destaque para todo o trabalho de pesquisa realizado para compor o pano de fundo desse enredo. Pouco conhecida, eu particularmente ainda não tinha lido a respeito, a história do navio St. Louis, que embarcou de Berlim com destino a Cuba, foi uma das grandes responsáveis pela declaração de guerra Alemã, em 1939, a países como França, Bélgica e Inglaterra.

Outro ponto que chama a atenção, já a bordo do navio, seguindo a escrita doce do autor, é possível sentir cada sentimento nas páginas do livro. Do embarque dramático, a orquestra tocando a cada jantar, crianças correndo pelo convés, as mensagens de terra que chegavam a auto mar, mudando toda a atmosfera de esperança em uma cenário sem perspectiva de futuro. O autor consegue, de forma espetacularmente brilhante, transmitir cada momento, como se nos transportasse literalmente para dentro da sua história.

A Garota Alemã é um livro tocante, dramático, marcante e extremamente profundo. Para os apaixonados por uma boa história, uma escrita impecável, é a leitura obrigatória desse ano. Deixar de ler não é uma opção para quem é fã de histórias que se passem em meio à Grande Guerra. Armando Correa, autor cubano, nos brinda com uma reflexão aos nossos próprios erros enquanto sociedade e como as atitudes podem marcar a vida de gerações e gerações que sofrerão com as feridas causadas diretamente na alma de seus antepassados.

site: http://leitorcompulsivo.com.br
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Cia do Leitor 07/05/2018

A garota alemã
O livro se passa em dois momentos, passado (1939-1985) e presente (2014). No passado vamos acompanhar a história de Hanna em Berlim, menina judia, tentando sobreviver em uma Alemanha comandada por Hitler e com uma guerra prestes a explodir. No presente temos Anna uma jovenzinha que perdeu o pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Duas gerações que irão se encontrar.

"Abro os olhos e estou no mesmo quarto,cercada de livros muito gastos e bonecas com as quais nunca brinquei nem nunca vou brincar. Fecho os olhos e pressinto que falta pouco para subirmos a bordo de um enorme transatlântico, num porto deste país a que nunca pertencemos."- pág. 14

Hanna é uma sobrevivente do Holocausto e tia-avó de Anna, sendo que as duas nunca se conheceram e o encontro vai ser emocionante.

O livro vai nos contar como Hanna conseguiu fugir da Guerra a bordo do famoso transatlântico St. Louis com destino a Cuba, que parecia ser a esperança de 937 passageiros acabou se tornando seus piores pesadelos.

Histórias sobre o holocausto sempre me emocionam muito e ler A garota alemã não foi diferente, terminei o livro com os olhos marejados e muito emocionada. É muito triste a gente aceitar essa parte da história do mundo, eu sempre me pergunto como chegou a esse ponto, como as pessoas deixaram se levar pela mente doentia de Hitler.

A cada livro que leio sobre a segunda guerra acabo descobrindo novos fatos que acabam me deixando muito triste. O que aconteceu em A garota alemã eu desconhecia e fiquei muito chocada com falta de humanidade e compaixão do ser humano, e o mais triste é que pouquíssimo tempo atrás vi se repetir uma situação parecida.

""-Sou alemã, Hannah. Eu sou uma Strauss. Sou Alma Strauss. Isso não é suficiente, Hannah?" -Ela me diz em alemão, e depois em espanhol e em inglês, e finalmente em francês.Como se alguém a estivesse escutando; como se quisesse deixar isso bem claro em cada um dos idiomas que fala com fluência." - pág.18

Estou aqui escrevendo essa resenha indignada, pois a nação que virou as costas para esse povo simplesmente apagou esse fato da história e a outra nação que também virou as costas diz ter reconhecido o erro e pediu perdão muitos anos depois. Mas, aí vem a hipocrisia, essa mesma nação repetiu o mesmo erro em 2017, mas voltou a trás em 2018. Me pergunto se foi por solidariedade ou para ficar bem visto perante o resto do mundo?

Esse é um daqueles livros que todos deveriam ler, uma estória que não pode ser esquecida.

Resenha de Danielle Peçanha, do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/05/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Nana 25/05/2018

Mais um aprendizado sobre a guerra!
Já li muitos livros sobre holocausto e fico impressionada como sempre aprendo alguma parte da história que ainda não conhecia.
Este livro é ficção, mas tem como trama principal a história verdadeira do início da guerra em 1939 quando mais de 900 judeus tentaram escapar da Alemanha no navio St. Louis com destino a Cuba onde seriam aceitos como refugiado. Só que ao chegar lá já tinham ordens do governo de não recebê-los.
Essa história comovente é narrada por Hannah, uma menina de 12 anos que vive com sua família em Berlim no ano de 1939 e alternando os capítulos com Anna, também de 12 anos, que vive em Nova York no ano de 2014. A vida das duas se cruza numa história muito bem contada. Adorei!!
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Portal JuLund 25/07/2018

A Garota Alemã, Editora Jangada
“A Garota Alemã” é uma obra emocionante e sensacional. Um dos pontos importantes é ser baseada em fatos reais e um dos grandes contextos é a Segunda Guerra Mundial, porém existe muito mais. Além disso, temos a história na visão de crianças, o que pode emocionar ainda mais os leitores devido a forma que veem o mundo e as tragédias que ocorrem.
Esse livro é intercalado com capítulos no passado e no presente. No passado, conhecemos Hannah que tem apenas 11 anos e vive em Berlim. Sua vida era muito boa e passava grande parte dela com seu amigo Leo. Tudo muda quando tem inicio a Segunda Guerra Mundial e Berlim é invadida por nazistas (Alemanha) e ocorre uma grande caçada a Judeus. A vida de Hannah e seus pais muda, e a garota não entende muito bem porque Berlim deixou de ser realmente um lar e o motivo para tantas pessoas menosprezarem sua família, os obrigando a se mudar.

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-garota-alema-editora-jangada
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Guynaciria 17/08/2018

Hannah Rosenthal, garota de 11 anos, judia, que está fugindo da Alemanha no auge do período nazista.

Nesse livro temos duas narrativas, a primeira é de  Hannah Rosenthal, ainda criança, vivenciando os horrores da guerra e em especial a perseguição aos judeus. A segunda é de Anna, um garotinha que mora com a mãe, e esta vivenciando o processo de luto pela morte de seu pai..

O livro tem como pano de fundo a Segunda Guerra mundial, em especial um episódio que aconteceu com o navio St Louis, que saiu de Berlim e tinha como destino final Cuba, mas que devido a diversos problemas que surgiram em decorrência da guerra e da politica interna de determinados países, acabou tendo mais de um destino final. 

Foi interessante acompanhar o desenrolar dessa história, ver como as pessoas foram afetadas por uma guerra sem sentido, e mesmo após décadas, ainda se sentiam devastadas pela dor que lhes foi infligida. Mas principalmente ver, que apesar de tudo, todos mantinham uma fagulha de esperança a qual se agarravam para seguir em frente.

Esse livro é maravilhoso, é vale a pena a leitura.
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Thay Freitas 02/11/2018

O livro é dividido em capítulos que intercalam entre passado – 1939 e anos posteriores e presente, 2014.

No passado, temos uma narrativa em primeira pessoa sob o ponto de vista de Hannah Rosenthal, que é uma criança de 11 anos, vive em Berlim e desde muito cedo conheceu o sofrimento, crueldade e as limitações de uma Alemanha nazista, comandada por Adolf Hitler - responsável por uma guerra prestes a ser declarada. Em 1939 Hannah conheceu a consequência daquele horror de perto!

Cercada de privilégios por ser filha de professor e de uma mulher bem vista da alta sociedade, tinham uma vida confortável num prédio residencial onde seus pais eram donos. Sua infância fora saudável e harmoniosa na companhia do seu melhor amigo, Léo Martin, que era sua companhia inseparável de brincadeiras, desabafos e aventuras. Mas tudo começa a desmoronar quando Berlim é invadida por nazistas e uma grande caça aos judeus é declarada. Como eram descendentes dessa raça e ainda em meio a todos os conflitos de uma perseguição que fora iniciada sem piedade, seus pais, que antes eram vistos com bons olhos, se veem sem muitas escolhas e obrigados a deixar as pressas o lugar que sempre viveram, deixando para trás tudo que suaram para construir e conquistar.

De antemão Hannah não entende porque precisam deixar o lugar que até então era o seu lar e não entende porque agora são tão desprezados até pelos moradores do seu prédio, que os insultam e os chamam de “impuros”. Ela não entende porque passaram a ser tão desvalorizados, mas começa a entender que Berlim já não os pertence mais e que precisam fugir para tentar sobreviver.

Com a situação se agravando a cada dia, Max, seu pai, com muito esforço e gastando todas as suas economias de anos, luta para conseguir passagens e vistos para que eles possam se juntar a outras centenas de refugiados que se preparam para partir para Cuba. Hannah tem todas essas informações através de Léo, que mesmo com tão pouca idade, é um garoto inteligente, inquieto e observador. Ouve com muita astúcia a conversa dos adultos e consegue os manter informados de coisas que seus pais preferem não dividir. E assim, todos passam a ter seus vistos e passagens para embarcar no St. Louis, o maior transatlântico da história, rumo à libertação.

A partida veio com todas as incertezas. Ali estavam centenas de famílias que adentravam o mar europeu em busca de sobrevivência, indo para um país onde não faziam a menor ideia se seria fácil se adaptar ou das surpresas que poderiam encontrar por lá. Mas diante de todas as adversidades, eles sabiam, naquele momento, que a única coisa que importava era sobreviver.

Pareciam estar vivendo um sonho, a esperança vivia em cada um, a orquestra tocava, as crianças animadas, corriam pelo convés. A cada novo jantar no luxuoso salão, a expectativa se renovava. Mas como imprevistos acontecem, antes de chegar à Cuba e mesmo possuindo as autorizações de desembarque, as mensagens começavam a chegar e não traziam boas novas: Havia tido uma alteração no decreto invalidando a maioria das autorizações, impedindo assim que o navio atracasse. Somente os refugiados que possuíam as autorizações pelo Departamento de Cuba poderiam desembarcar. E isso foi suficiente para mudar a atmosfera do lugar, desestruturando centenas de famílias que possuíam o sonho de se salvar juntos. A sensação era de estar indo de encontro ao próprio calvário, numa enxurrada de despedidas que eles mal poderiam deduzir se seriam as últimas.

Hannah e sua família estavam entre essas famílias que seriam desfeitas e em meio a decisões entristecedoras, viram naquele navio, que antes parecia ser o seu ponto de salvação, o começo de um pesadelo. Naquele ano a pequena Hannah descobria, da forma mais cruel, que a vida não tem nada de mar de rosas.

Por outro lado, no presente, também narrado em primeira pessoa, o livro nos apresenta Anna Rosen, que antes do seu nascimento perdeu seu pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Depois do ocorrido, sua mãe perdeu a vontade de viver e Anna enfrentava uma luta interior árdua de não deixar a mãe se abater ainda mais pela tristeza da ausência e tampouco deixar-se se contagiar também. Tudo muda quando elas recebem uma carta que uma tia-avó de Anna. E quando elas achavam que estavam sozinhas no mundo e que nunca conheceriam a história da família da menina, partem para Havana-Cuba, para conhecer Hannah, a senhora de 87 anos que tem muito a lhes contar, num encontro de duas gerações que lutam pela paz interior.

Continue lendo em: https://sankasbooks.blogspot.com/2018/11/resenha-garota-alema-armando-lucas.html
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