Keilla.Nunes 12/09/2022
Perturbador
Eu não sei dizer ao certo se a autora quis passar e a real situação e reações de uma pessoa com Síndrome de Estocolmo, e que nem tudo se resolve, ou foi Realmente uma romantização de alguém que tem sérios problemas psicológicos. Sendo o último caso, há motivações para o comportamento da protagonista. Nora é estuprada, adorada, violentada, acalentada, manipulada, "amada".
Julian a envolve em uma rede de total dependência, onde ela não tem nenhum alicerce para se apoiar, muito pelo contrário. Beth, a única outra pessoa que ela convive por 15 meses e que ninguém fala, tem um peso enorme, na minha visão, na violência psicológica que ela sofre. Sempre usando como métrica as violências que ela viveu para deslegitimar o sofrimento e violência que Nora está passando, dizendo que tudo bem, que ela deveria estar grata por ser sequestrada, está em uma ilha luxuosa enquanto é e estuprada e mimada, pois há coisas piores para se viver. Sinceramente, única parte "moralmente" satisfatória é o que acontece com essa mulher. No mais, só posso dizer que a ladeira só tende a empurrar Nora para baixo.