Guerra e Paz

Guerra e Paz Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


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Bastos 05/12/2021

Clássico atemporal
Sinceramente não consigo encontrar palavras para fazer essa resenha. São tantos personagens e histórias que se cruzam, acompanhamos a evolução e as escolhas da vida de cada um deles, com reflexões e debates que são validos até hoje, também foram inúmeros momentos que me emocionei, que me despedaçaram e que me deixaram extremamente feliz.

O livro é simplesmente uma obra-prima e um clássico essencial na estante de cada leitor.
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Éverton 21/08/2020

Clássico é clássico e vice-versa
Um livro longo com várias histórias centrada na aristocracia russa e na invasão napoleônica. Mesmo você não concordando com tudo que o autor expõe (e é normal para tantas visões dos personagens), a narrativa não deixa de ser interessante. É um livro muito bem escrito e cheio de passagens ricas. Muitos personagens são minuciosamente trabalhados e a riqueza do trabalho feito por Tolstói fez o livro merecer ser um clássico atemporal. É daqueles livros que vale a pena cada tempo gasto em sua leitura. É uma leitura trabalhosa, mas muito recompensadora.
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Carol 08/06/2021

Impressões da Carol
Livro: Guerra e Paz {1869}
Autor: Liev Tolstói {Rússia, 1828-1910}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Cosac Naify
2528p.

É tarefa complicada falar de "Guerra e Paz". A começar por categorizá-lo: romance? ensaio? tratado político, filosófico, histórico, antropológico, sociológico? Enfim, é tudo isso e disso decorre a genialidade de Tolstói, que nos legou esse monumento da literatura russa e universal.

A ideia de Tolstói era escrever sobre os chamados dezembristas, de 1825. No entanto, ele achou por bem retroceder à Guerra Patriótica, de 1812 e, depois, retroceder ainda mais e tratar da Batalha de Austerlitz, em 1805. O livro que nos chegou abarca os anos de 1805 a 1820. Narra, minuciosamente, os eventos das Guerras Napoleônicas, com destaque às batalhas de Austerlitz e de Borodino.

Nesses capítulos da 'Guerra' e no posfácio - a bem da verdade, mais ensaio que posfácio, Tolstói nos apresenta sua interpretação da História, como algo fatalista, pouco importando a ação de cada indivíduo e da Guerra, como algo destituído de qualquer sentido.

Nos capítulos da "Paz", narra a sociedade russa, em especial, a elite, imersa nos costumes e na língua francesa, herança dos tempos de Catarina, a Grande. Essa elite que, diante da invasão Napoleônica, volta-se a um passado idílico, rural e tradicional. Qual o papel da Rússia? O que é ser russo? Qual o sentido da vida? São questões nas quais Tolstói se debruça, sem pestanejar.

Até aqui parece tudo muito sério e sisuso. Besteira! A escrita de Tolstói é maravilhosa - eu brinco que ele possui a retórica de um líder de seita e te convence de qualquer absurdo. Guerra e Paz é, antes de tudo, um livro que pulsa vida, com personagens incríveis e apaixonantes: Pierre, Denissov, Natasha, Hélène, Mária, Nicolai, o crush Andrei Bolkonsky etc.

Um belíssimo novelão! O leitor pode ficar ressabiado pelas mais de 2000 páginas e os nomes e apelidos dos incontáveis personagens. Mas, se eu posso falar num esforço que compensa, "Guerra e Paz" remunera o leitor com juros. Amo!

Essa #impressõesdacarol eu dedico ao @cesarmrins, do instagram @litrussa, que me acompanhou nesta releitura e me fez notar camadas do texto que eu antes havia deixado passar.
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clichesliterarios 30/05/2022

Obviamente um clássico!
Tá explicado porque é um clássico da literatura!! O desenvolvimento é incrível, o cenário é sensacional e o melhor de tudo são as personagens!! Gostei muito e recomendo, mas já aviso que precisa de muita paciência e vontade pra ler esse calhamaço! Mas prometo que vale a pena rs
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Vini 21/12/2020

Personagens extremamente vivos
Tolstoi tem uma habilidade incrível em criar personagens fascinantes, complexos e com uma estrutura psicológica única. Isso faz nos apegarmos aos personagens de uma forma que eu, após meses que li este livro, ainda sinto falta de alguns deles.
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DeaGomes 27/01/2023

O que move milhões de pessoas matar umas às outras?
Esse livro não apresenta personagem ou enredo centrais, então fazer resumo ou resenha é bem complicado, porém, na minha opinião, 3 personagens carregam a história (Natacha, Pierre e Andréi).

É um livro que conta a história da invasão das tropas francesas e o início da queda de Napoleão tendo, como palco, a Rússia entre os anos de 1805-1820. A história da guerra é intercalada com a história de algumas famílias nobres de Petersburgo e Moscou - várias intrigas, traições, paixões, amizades...

Não é uma leitura difícil, porém é trabalhosa (no começo) pela quantidade de personagens, com seus 50 mil nomes, apelidos e apelidos dos apelidos, e tudo (obviamente) em russo ? Precisei anotar todos os núcleos familiares. Depois vamos nos familiarizando e reconhecendo quem é quem, demora um pouco, mas acaba acontecendo ?

Deixo, como sugestão de suporte de leitura, O Livro da Literatura (p. 178), que faz uma bela introdução da obra, do contexto histórico e da linhagem das principais famílias (quem é filho, amigo, marido, amante de quem).

Sugestões de pesquisa antes dessa leitura (não precisa ser nada tão aprofundado, mas vai ajudar muito saber o mínimo desses fatos históricos):
? Batalha de Austerlitz;
? Tratado de Tilsit;
? Bloqueio Continental, decretado por Napoleão em 1806 à Rússia;
? Batalha de Borodino;
? Incêndio de Moscou.

Por fim, farei apenas um apontamento sobre a grande questão que fica desse gigantesco trabalho de Tolstói: o que move alguém matar milhões de pessoas, quando se sabe que isso é física e moralmente ruim?

Segundo Tolstói, a causa não pode estar na vontade de um só indivíduo. Mas então quais são as causas? Como milhões de pessoas começaram a matar umas às outras? Quem deu a ordem? Qual a causa que deu início às atrocidades das guerras Napoleônicas? Os livros não apresentam as causas, os historiadores tentam, mas não dão respostas claras. O próprio Guerra e Paz é uma tentativa, mas tampouco responde.

Há inúmeras explicações, mas nenhuma delas, segundo Tolstói, pode ser chamada de causa, isso porque toda a guerra decorre de uma causa irracional, sem sentido concreto. Por mais que se tente explicar, não é possível chegar a causa. Explicar é racionalizar, e a guerra não é racional, ela é terrível, cruel e desnecessária.

Pode-se falar que a causa é o poder. Mas o que é o poder? O poder é uma palavra abstrata que não aponta para nada que seja concreto e palpável. É uma palavra que repetimos, reconhecemos, mas que não sabemos o seu real significado. Porém, apesar de toda a sua abstração, a experiência nos mostra que o poder existe e que move muitas pessoas no mundo todo. E qual é o seu objetivo? O que o poder visa? Visa mais poder! O poder existe para se ter mais poder, ou seja, o poder é sua própria causa e sua própria finalidade.

Portanto, o poder é irracional, assim como a guerra é irracional, e qualquer tentativa de se explicar a causa que move toda essa absurdidade é uma tentativa fadada ao fracasso.
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Suelyn Baldo 01/03/2020

Finalmente terminei Guerra e Paz, depois de quase 2 meses de leitura. Tive algumas dificuldades durante a leitura, minha concentração não ajudou muito, e os nomes e apelidos russos também não me ajudaram. Apesar disso, achei o livro ótimo e pretendo reler um dia(que a minha concentração melhore até lá).
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Victoria 16/09/2020

Uma obra colossal de todas as formas.
Pouco mais de um mês lendo esse livro e agora posso dizer com certeza, que ele é, de fato "tudo aquilo".

O mérito deste livro vai muito além de ser um dos maiores clássicos da literatura mundial. Ele está em relacionar como poucos a história e a ficção, o cotidiano e as grandes batalhas, a grande história e a "pequena".

Aqui há de tudo: romance, filosofia, humor, drama, história e é claro, guerra.
Por meio de ensaios inseridos entre as suas diversas partes, Tolstói escreveu um livro que apresenta uma visão filosófica da história que muitos podem não concordar, mas que não há como não suspirar pelo modo como o fez. A escrita dele é absurdamente cativante por sua clareza e profundidade simultâneas.

Durante um mês convivi com famílias russas de 1805 a 1820, e agora me despeço com pesar, mas com a certeza de que as revisitarei diversas vezes ao longo da vida. Pois com as suas 1500 e tantas páginas, Guerra e paz é um livro que não merece apenas ser lido, mas também relido.
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dialogonoslivros 17/05/2021

Se eu tivesse que ler apenas um livro em toda minha vida, seria esse!
Ah, Tolstói, que sorte tive eu em ler suas obras...
Em 2016 assisti a série da BBC e gostei muito, fiquei curiosa para saber mais sobre o livro. Porém ao descobrir que a obra facilmente passava das 1000 páginas, decidi que não o leria. Entretanto Guerra e Paz nunca saiu da minha cabeça, ficou guardado na minha memória e martelava minha mente de vez em quando. Ano passado resolvi procurar uma resenha sobre o livro, e encontrei a resenha da Isabella Lubrano do canal "Ler antes de morrer", na resenha a Isa comentou que se tivesse que ler apenas um único livro a vida toda, esse livro seria Guerra e Paz. Fiquei ainda mais fascinada por esse livro, porém não me considerava uma leitora madura o suficiente para encará-lo. Em Agosto de 2020 tive o primeiro contato com Tolstói em Anna Kariênina, depois li A morte de Ivan Ilich, então finalmente criei coragem para encarar o monumental Guerra e Paz.
Como explicar esse livro? É um livro histórico sim, não há dúvidas. Recheado de documentos e cartas oficiais escritas por Napoleão, pelo Czar Alexandre I, pelos generais da época. Retratando nos mínimos detalhes os períodos entre 1805 e 1812 das Guerras Napoleônicas. Mas Tolstói foi além, ele retratou a guerra mostrando seus absurdos, escancarando seus horrores e crimes (que até a época do livro, não eram vistas e consideradas).
"O que motiva milhares de pessoas a matarem seus semelhantes?" a pergunta ressoa o livro inteiro, e não faltam tentativas de explicá-la.
Mas além de tudo isso (que já poderia ser o suficiente), Tolstói costura em sua trama personagens fictícios que participam direta e indiretamente destes acontecimentos históricos. Cada personagem antagônico ao outro: Andrei, o jovem e belo herói de guerra, sempre tentando agir corretamente. Muito íntegro e sempre muito firme em suas escolhas; Natacha, sonhadora, obstinada, sedutora, cheia de vida, um raio de luz que ilumina a vida de todos ao seu redor; e em contrapartida Pierre, inseguro, temperamental, depressivo, com um enorme coração mas quem toma as piores decisões. Nikolai, Mária, Sonia, Deníssov, Petya, Dolokhov, Hélene, Anatole...
Acompanhamos os personagens tornando-se adultos, vivendo seus dilemas, suas dores, paixões, indecisões, lutos... tudo enquanto são atravessados pela guerra. É impossível não se identificar com algum elemento, alguma cena, algum sentimento.
Para finalizar, Guerra e Paz aborda TODOS os assuntos que permeiam a vida humana: vida, morte, luto, dor, doenças, nascimento, fé, religiosidade, aborto, família, a busca desenfreada pela felicidade, ambições, caridade, amor, ódio... Guerra e paz.
O nome não trata só dos períodos de guerra e paz em que a sociedade russa viveu no início do século XIX, trata também da guerra e da paz das nossas mentes, da incansável busca por respostas que movem a humanidade.
Meu conselho é: reserve um tempo da sua vida para ler essa obra. Você não irá se arrepender!
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Wellington 09/04/2021

Guerra e Paz: 10,0
Tendo sido uma leitura de 2019, levei um tempo para organizar minhas ideias e ousar escrever a respeito. Guerra e Paz é considerada a obra máxima de Tolstoi – não à toa. É extensa não por prolixismo, mas profundidade dos temas, da história, dos personagens; há diversos protagonistas cujas perspectivas são vividas em diferentes capítulos. Contempla vários anos do século 19, tendo como pano de fundo a guerra entre Napoleão e o Império Russo. No meio disso, tudo se desenvolve: o crescimento das crianças, o envelhecer dos adultos, o amadurecimento espiritual, emocional e moral dos personagens, as mudanças de padrão de vida, os combates, a forma com que isso impacta tanto “príncipes” (ou seja, donos de terra) quanto mujiques (camponeses em regime de servidão)...

Uma menção especial vai para as paisagens descritas. Tolstoi escreve de forma poética, com grande sensibilidade e uso inteligente de metáforas; é meu autor favorito. A metáfora é mais valiosa que a descrição crua: ela puxa a subjetividade do leitor para contemplar um cenário, ao invés de apenas analisá-lo friamente. Em outro livro, Khadji-Murát, o autor começa com uma metáfora: um tufo de flores silvestres é esmagado por uma carroça para, momentos depois, voltar lentamente à posição original – uma analogia de como o ser humano é ou pode ser. Em Guerra e Paz, há inúmeras analogias da mesma natureza.

A visão de mundo do autor é incluída em diálogos, pensamentos, leves ironias, passagens mais longas a respeito do que ele considera “o movimento do mundo”, sua consideração do ser humano como ahistórico (no sentido de que não aprende com a história, tampouco é determinado por ela), etc. “É prazeroso para os historiadores acreditarem que a história determina a vida; assim como o intelecto o é para os intelectuais”. No excelente prefácio, aponta-se: Tolstoi tinha orgulho em se colocar à parte da Europa mais tradicional, ou, em suas palavras, “aquele pequeno recanto a noroeste do Velho Continente”.

Há duas temáticas sempre presentes em suas obras: a morte e a sabedoria da pessoa dita simples – os camponeses, os iletrados, enfim, aqueles que não eram nobreza e que, em suma, constituíam o seio da nação russa. Em Guerra e Paz, isso é extraordinariamente visível.

Me prolongarei a respeito de um personagem: Pierre. Começando ateu e passando por inúmeras vivências, termina com uma espiritualidade sem nome (afinal, de que servem definições?) que contempla o todo da vida. Passa de uma visão egocêntrica e fechada em si mesma para uma que se conecta com o mundo ao seu redor. Em especial, é o encontro com um idoso, sempre acompanhado por um cão, que o convence de que a vida se trata de muito mais do que apenas páginas de livros, dinheiro ou eventos sociais (o contexto de tal encontro é especial demais para eu dar spoilers). Pierre é exposto a guerra, fome, privações, riquezas, opulência, festas, hedonismo, miséria, aprisionamento, batalhas, amor, paixões, mágoas... E cresce com tudo isso. Que personagem riquíssimo.

Entre o tomo um e dois, tive uma pausa de vários meses; assim Guerra e Paz exigiu de mim. Se citei Pierre, não deixo de citar Natascha, Sônia, Andrei, Mária, Nikolai... Sim, me recordo dos nomes mesmo dois anos depois. Lembro de Mária com ternura. Também me recordo do general Kutuzov: desprezado por todos, acaba sendo o único que compreende do que realmente se trata a guerra. Voltando à pausa que me foi exigida: amadureci junto com os personagens. Simples assim.

A tradução é impecável; a edição é linda, com capa dura e um box para acompanhar. Lembro que os materiais de apoio (prefácio, posfácio, notas explicativas) eram excelentes. Não é algo muito fácil de carregar por aí, mas faz parte. Considero Guerra e Paz uma das principais obras que me ajudaram a desconstruir alguns dogmas pessoais e considerar outras perspectivas. Por isso, foi um dos primeiros livros a ganhar minha nota dez.

Reitero: Tolstoi aprecia as temáticas de morte, busca espiritual, sabedoria dos “simples”... Não se engane quem começar a ler e se deparar com bailes suntuosos. Leia com aguçada intuição e perceberá a ironia subjacente: “não é disso, afinal, que se trata a vida”.
Robby 30/04/2021minha estante
Resenha maravilhosa! Me apaixonei pelo livro e em especial, por Pierre.


Wellington 01/05/2021minha estante
Obrigado, Robby! Eu também desenvolvi um carinho muito grande pelo Pierre; o crescimento dele é extraordinário.




Cristiane 22/04/2023

Guerra e Paz
Um calhamaço sempre assusta, sendo um clássico da literatura universal o susto é ainda maior. A gente tem não dar conta de tantos personagens, da linguagem rebuscada do autor, das tramas ... Não é o caso desse livro.
A descrição das batalhas podem ser cansativas, mas a trama é fácil de acompanhar.
A gente sofre com o destino de muitos personagens, se irrita com as ações de outros... Pierre demorou a amadurecer, Natacha também...
A mensagem principal: "qual é o sentido de tantas vidas serem ceifadas em uma guerra?"
Leia!
Rogéria Martins 22/04/2023minha estante
Estou ansiosa para ler, sua resenha me animou


Mawkitas 23/04/2023minha estante
Um dos meus livros favoritos.


Onassis Nóbrega 24/04/2023minha estante
Este está na minha estante há uns 10 anos. Criando coragem para começar.




JanaAna90 28/06/2021

Como não Amar Tolstói?
Ler esse livro foi fácil, difícil foi fazer a resenha, porque não sabia como descrever a grandiosidade desse livro. Tentarei fazer de um jeito simples, claro e direto e que expresse todo o meu amor por ele, então vamos?
O livro aborda sobre a Guerra da Rússia, mas acima de tudo uma guerra interminável e devastadora. Tolstói, nos faz refletir sobre as motivações das nossas ações diárias, sobre as brigas de poder, sobre destino, livre arbítrio, sobre o papel da história e dos historiadores, ao narrar os fatos. O livro nos mostra de forma magnífica todo o processo que levou Napoleão entrar em Guerra com a Rússia, bem como o que levou a Rússia a entrar em Guerra com Napoleão.
Sofri com o horror de uma guerra que destrói tudo: a dignidade, os afetos, a lealdade e questiona a passividade das massas que aplaude a tudo isso. E, em meio a descrição das batalhas me via sofrendo com cada um dos personagens e também felicitando as conquistas pessoais. Chorei, sorri, sonhei, sofri com as passagens do campo de batalha, dos confinamentos onde jogavam os presos de guerra. Sei que tudo é muito mais profundo do que pude captar, mas sai conhecendo mais sobre as guerras e com a convicção da inutilidade da mesma.
Paralelo ao cenário onde Tolstói narra sobre a Guerra da Rússia, conta a história de personagens cativantes e tão reais que me via fazendo parte do cotidiano deles, dos bailes, das festas, das fofocas, das armações, das paixões, dos sofrimentos e alegrias. E com cada um deles refleti sobre minhas ações, travei batalhas interiores, questionei, duvidei de tudo e de todos.
Ao terminar essa longa e linda jornada, sinto um misto de tristeza, solidão, desolação, pelo vazio deixado. Estou lendo outros livros, é mais outros virão, mas Guerra e Paz já é o meu favorito, dos favoritos.
Só digo uma coisa Amo, amo, amo. ??
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Carlos Nunes 14/04/2020

Livro da vida
Apesar de amedrontador pelo volume, tema e número de páginas, a leitura dessa obra se revelou fácil e deliciosa! Tolstoi soube encaixar, de modo magistral, seus personagens fictícios no desenrolar das guerras napoleônicas na Rússia. Personagens muito bem construídos, com erros e acertos, numa trama cheia de romance, intrigas familiares, falências, busca por ascensão social, desilusões e perdas pessoais, tudo isso em um contexto de batalhas muito bem narradas, e digressões muito pertinentes e bem colocadas. Uma obra magnífica, que faz jus a toda a fama que tem. Um verdadeiro tesouro!

site: https://youtu.be/mVRdDxNCinE
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DIRCE 27/08/2016

Uma obra na qual superlativos são meros eufemismos
Concluí a leitura da obra tão, por mim, temida – Guerra e Paz. Mal sabia eu que estava me privando de uma leitura de uma abrangência surpreendente. Mas eu usei a palavra leitura? Que inapropriado! Sim, pois como já disse em comentários anteriores a narrativa de Tolstói é nada mais nada menos que cinematográfica e revolucionária, uma vez que, já no século XIX, ele fez uso da “tecnologia 3D” o que me tirou da condição de mera leitora. Sequer uma espectadora, fui. Guerra e Paz trata-se de uma obra de cunho histórico , com o aparente intuito de contradizer a visão dos historiadores franceses acerca da Campanha Russa , de mostrar seu inconformismo diante das atrocidades que são os Conflitos Armados, de desmerecer ( não sem razão) os louros que cobriu Napoleão Bonaparte e de questionar a importância deste na Guerra e também do imperador Nicolau I . Para alcançar seu objetivo Tolstói mescla personagens reais com fictícios ( e não são poucos) com genialidade, de forma que, sem que eu percebesse, fui levada a “participar ativamente” da trama. Vivenciei momentos de horrores: vi soldados desaparecerem nos lagos congelados, soldados sendo fuzilados, e o fim trágicos de crianças como o menino Pétia. Quis dar uma sacudida na frívola e narcisista Natacha, desejo que se esvaiu acompanhando sua transformação. O curioso é que a transformação não se restringe à Natacha: a maioria das personagens sofrem transformações no decorrer do romance e a mais notória é a transformação ocorrida no Pierre – na juventude foi um tanto quanto doidivano, mas a medida que o tempo passa se transforma em um questionador e , a menos que eu tenha entendido erradinho, em um possível revolucionário - não só em pensamento mas também em ações. Penso que a posicionamento do Pierre diante da necessidade do povo russo influenciou sobremaneira o jovem Nikólienka (filho do Andrei) a ponto de eu perceber uma mensagem subliminar: o jovem seguiria as pegadas de Pierre ?. Por falar em Andrei, ele também foi um dos que sofreram transformações significativas - não ficou imune às desilusões com a política o que o levou a optar pelo exército , lá, desconfia das estratégias e, em sua constante busca, foi parar na frente das batalhas.
Outro sentimento que tomou conta de mim foi a compaixão pelas mulheres: não pensavam por si mesmas – as opiniões dos seus maridos passam a ser as suas-, vivem exclusivamente para o marido e filhos , abrem mão de um simples esboço de vaidade .
Bem, uma obra de 2.482 ( estou considerando apenas as que encerram o romance) teria muito a discorrer , só que não é minha intenção ser mais prolixa neste meu comentário, mas preciso fazer um registro : o título Guerra e Paz . A Paz estaria na “calmaria” existente nos frívolos salões ou quando Tolstói se fixa nas famílias Karaguin, Mikailovna, Bolkonski, Bezukhov, Rostov ( com ênfase nas três últimas)? Recuso-me a crer nessa hipótese. Uma obra tão abrangente...Atrevo-me a dizer que existe nessa obra um “ensinamento”sobre a ética tanto na Guerra como na Paz. Uma ética intrínseca à existência não só do século XIX como a dos nossos dias.
Finalizo dizendo que a leitura de Guerra e Paz também teve seus senões: as excessivas frases francesas ditas pelos russos que ocupavam enormes rodapés muito me desagradaram ( mea culpa – quem me mandou ficar restrita a uma tupiniquim que mal fala o português?), e também as reflexões filosóficas constantes na segunda parte do epílogo (também não me eximo da culpa) , que provocou um certo fastio. Entretanto, contudo, todavia, não obstante, etc, etc, qualquer superlativo atribuído a essa obra não passará de mero eufemismo.
Quero mais, muito mais Tolstói .






Nanci 29/08/2016minha estante
Legal, Dirce. Vamos ler mais Tolstói.


DIRCE 29/08/2016minha estante
Sim, sim.


Athena24601 29/08/2016minha estante
Ótima resenha! :) Tolstói realmente é um dos maiores romancistas de todos os tempos.


DIRCE 30/08/2016minha estante
Obrigada, Athena.
Quanto a Tolstói concordo plenamente com você.


Ana Karina 31/08/2016minha estante
Que bom, Dirce!
Estou lendo Ana Karenina e estou gostando bastante. Quem sabe me animo para Guerra e paz.


DIRCE 31/08/2016minha estante
Quem lhe deu o nome tinha lido Ana Karenina, A, Karina? Sabia que minha filha ia se chamar Karina por causa do romance, mas mudei de ideia no momento que meu marido saía para registrá-la? Claro que você não sabia (risos)


Ana Karina 31/08/2016minha estante
Dirce, a minha mãe me deu o nome , mas não foi inspirado na Ana Karenina de Tólstoi não. Que interessante sobre sua filha! O meu também era para ser carolina.


Keila Cavalcante 02/09/2016minha estante
Dirce, parabéns! bela resenha! Ainda não me sinto uma leitora preparada para conhecer Tolstói, mas depois de sua resenha fiquei muito inspirada.


DIRCE 06/09/2016minha estante
Que bom, Keila.
É muito envolvente. Tomara você goste.


NaV 03/08/2017minha estante
Sou fã de Tolstói, aliás, fã de (quase) todos os Russos da literatura, tenho até uma parte da estante dedicada apenas a esses. No que diz respeito à Guerra e Paz, li aos 14 anos, para um trabalho em sala de aula. Existem livros que mudam nossas vidas, não? Ou será que existem livros que não mudam? Um ano depois li Os Miseráveis, e foi assim que percebi as mãos da vida em volta do meu pescoço, viver é sufocar. Só tenho agradecimentos a essa incrível professora que fez de mim uma amante dos livros, mas não recomendaria tais obras, assim tão cedo. A melancolia e a desilusão (com a humanidade, talvez) tiram toda a idiotice (sim, idiotice) tão necessária entre a infância e a adolescência.




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