Karla Lima @seguelendo 08/03/2018Nessa fantasia somos apresentados ao povo do rio e aos seus costumes. Dentre eles, está Caroline Oresteia: pertencente a uma família que por gerações ouviu o chamado do deus do rio, que guiou suas embarcações em incontáveis viagens pelas terras fluviais. Carô, por algum motivo, ainda não consegue ouvir a voz das águas e não consegue entender a língua das pequenas coisas. Aos dezessete anos, nossa protagonista se vê diante do maior desafio da sua vida e decide tomar as rédeas de seu próprio destino quando seu pai é preso por se recusar a transportar um caixote misterioso.
Sua aventura começa ao concordar em fazer a entrega, em troca da liberdade do seu pai, com a promessa de não abrir a caixa em hipótese nenhuma. Porém, quantos dos nossos heróis e heroínas costumam obedecer?
Se fossem obedientes, não teríamos livros de fantasia, não é mesmo?
É nesse cenário que Carô se vê precisando enfrentar, sem a ajuda do deus do rio, os contrabandistas, comerciantes e piratas, envolvidos em uma rede recheada de política e mentiras.
Como falei no começo, eu devorei esse livro. Amei os personagens e, mesmo com duas toneladas e meia de clichês (bem utilizados, tenho que admitir), gostei muito da história. A protagonista é sensacional. Estou adorando essa leva de heroínas femininas que conseguem mostrar sua força, que são independentes e que, acima de tudo, tem personalidade. Carô é leal, é inteligente, vive uma relação conflituosa com sua mãe, ama o rio e sua barca. Em alguns momentos a vemos, literalmente, com a faca nos dentes, pronta para defender aquilo que acredita.
Recomendo muito essa leitura. Adoro quando um livro me surpreende e, bem, preciso urgente da continuação.
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