Resenhas - Agua de Barrela

Karina Greco 24/03/2023

Brasileiros, leiam!
Esqueça os livros de História. Este livro é muito mais eficaz pra nos fazer experimentar o que foi esse período no Brasil e nos dar um gosto amargo na boca ao sentir os absurdos praticados na época, além de estar tão perto da dor dessas pessoas, dor essa que, por incrível que pareça, ainda é carregada e sentida por seus descendentes até hoje.

E que escrita!
A autora conduziu a história de maneira muito inteligente, fazendo a gente se emocionar em muitos momentos. Todos os brasileiros precisam ler essa obra de arte!

Thalia58 23/03/2023

Todos os brasileiros deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida. Impactante e muito bem escrito
Todos os brasileiros deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida, porque conta a nossa história enquanto nação, mas na voz de das pessoas que foram escravizadas, quem de fato construiu esse país, com suor, lágrimas e sangue e que infelizmente são apagadas da história. A leitura é importante para que nunca esqueçamos dessa história e possamos refletir e entender para lutar contra o racismo estrutural que acompanha o Brasil por mais de 500 anos.

Este é um romance histórico com a história da família da própria autora juntamente com o que estava acontecendo politicamente no país, desde que seus antepassados foram sequestrados da África para serem escravizados aqui no Brasil, e o mais interessante é que a autora fez muitas pesquisas, então além dos depoimentos de seus parentes, ela teve o respaldo de documentos, fotos e cartas que fazem esse livro ser ainda mais impactante porque é uma história real. É a história de uma esmagadora maioria brasileira, mas que foi sendo apagada ao longo do tempo e apesar de ter temas e situações muito pesadas, como as torturas, abusos físicos e psicológicos, imposição de uma religião que não eram a deles, a escrita é leve e fluida, o que contrapõe com temas tão difíceis de digerir.

“Estar na casa-grande era um privilégio na visão da maioria, mas Helena não demonstrava gratidão por essa ‘sorte’. Percebeu que todo e qualquer serviço, por mais ínfimo que fosse, era deles. Os brancos não se mexiam para nada. [...] Um trabalho sem fim e sem descanso, temperado com caprichos os mais bizarros e, por vários momentos cruéis. [...]”

Algo que a autora falou em uma entrevista me fez ter uma perspectiva diferente da história que além de ter esse tom de denúncia sobre as atrocidades que foram cometidas, é também uma forma de mostrar que essas pessoas escolheram sobreviver e criaram mecanismos para isso. E nesse caso particular, a educação teve um papel fundamental na vida das gerações futuras como os pais da autora e da própria autora. Se eu tivesse que definir uma palavra para esse livro seria RESILIÊNCIA.

Este livro é permeado de mulheres fortes e que fizeram de tudo para mudar o rumo de suas vidas e das próximas gerações, tendo ainda mais dificuldades por serem mulheres. Além disso, é um livro diferente porque humaniza essas pessoas e mostra como todas elas que foram escravizadas assim como qualquer outra pessoa tinham sim sentimentos, ambições e refletiam sobre o que estava acontecendo ao seu redor, inclusive participando ativamente dos movimentos abolicionistas e tudo mais. Não eram alheios e tinham capacidade de compreensão, ao contrário do que se pensava na época e até mesmo hoje em dia.

A luta que começou contra a escravidão e o racismo desde os primórdios ainda acontece, infelizmente ainda temos notícias de pessoas que foram libertadas de situações análogas à escravidão, princiapalmente empregadas domésticas e inclusive o caso das vinícolas no sul do país. O mais surpreendente, triste e revoltante é que depois de tanto tempo as coisas não mudaram tanto, tem várias situações no livro que ainda acontecem atualmente. Um trecho que vale a pena destacar aqui pra mostrar isso é quando um dos personagens se alista para a guerra do Paraguai em troca de sua ‘liberdade’ se sobreviver:

“Os sulistas não recebiam bem os negros baianos destacados para a luta, e os conflitos eram sem fim [...]”.

A leitura deste livro é necessária (e deveria ser obrigatória) para reflexão da nossa história, como o Brasil foi construído e entender que temos sim uma dívida histórica com a população negra do nosso país.

Bruna 23/03/2023

Antes de entrar na função ?prática? desse livro quero ressaltar que é uma obra poética. É de uma beleza tão profunda, aquela beleza que surge no meio da dor, da história carregada de sofrimento e aí quando ela aparece é como enxergar uma rosa no deserto. Isso já seria justificativa mais que suficiente para indicar essa leitura de olhos fechados, mas além dessa beleza toda, existe ainda o lado funcional. Se você é uma dessas pessoas que não entende muito bem ou até que refuta a ideia de reparação histórica por meio de políticas públicas para pessoas pretas, sugiro fortemente que leia esse livro. Sabe aquela história de desenhar uma situação difícil de explicar? Esse livro é o desenho!

Alice.Delpizzo 23/03/2023

Maravilhoso
Do início ao fim: lindo, forte, poderoso e encantador. A história de mulheres incríveis, de uma família guerreira e de muita dor e luta. Mas além disso, uma história de crescimento e conquistas através da busca pelo conhecimento e educação.
A história negr de grande parte do nosso país.. que nos sirva também de aprendizado para evoluirmos e melhorarmos como pessoas. Lindíssimo.

Patricia Peres 22/03/2023

Um livro sobre a história do Brasil
Mais que um relato da vida de diferentes gerações de uma família de escravizados, este livro conta a triste e real história da escravatura no Brasil. Mesmo após a Lei Áurea em 1888, que ?aboliu? a escravidão no Brasil, os libertos continuaram sendo escravizados de outras formas. O livro traz relatos emocionantes. Contudo, por várias vezes me perdi na história com tantos nomes e tantas pessoas sendo descritas.

jdelisiario 20/03/2023

Água de barrela
Que livro! Uma aula de história com toda a realidade que a história possui.

Mostra a realidade da escravidão e da vida pós Lei Áurea que a ideia era libertar os escravos, mas que na realidade ofereceu uma escravidão diferente da anterior, mas ainda sim escravidão!

Traçou a árvore genealógica de uma família majoritariamente de mulheres guerreiras, que não abaixaram a cabeça para a dura realidade que era imposta na época. Usaram a educação de arma!

Amei conhecer essa família!
Sinto tanto por toda maldade e tristeza que essa família passou!

Importante conhecer as nossas raízes!

#leituraTerapia

Luciana 19/03/2023

Indicação do mês de março do bookster.
Que história emocionante dessa família. Mulheres fortes, inteligentes e determinadas a deixarem a marca da escravidão cada vez mais distante.
Adorei a escrita da autora, ainda mais depois de ver uma entrevista dela relatando como juntou cada pedaço dessa linda história.

lucianem 17/03/2023

Água de Barrela
Livro de março do Desafio Bookster 2023.
O livro narra a história da família da autora, desde a chegada de seus ascendentes vindos da África nos navios negreiros.
A bestialidade da escravidão, a Lei Áurea, que "libertou" os escravos, a luta para viver e sobreviver, começando do nada após a libertação.
Como mulheres pretas, através dos anos, mostraram sua força e resiliência para enfrentar o preconceito e tantas outras mazelas e, através da educação e de muito trabalho duro, conseguiram sair do ciclo de pobreza e falta de educação que marca muitos negros no Brasil.

Jonathan54 16/03/2023

A saga histórica de uma família preta!
A saga histórica da família da autora, Eliana Alves Cruz, além de nos encantar nos ensina muito! É uma verdadeira aula de história sobre o povo preto do nosso país, pré e pós Lei Áurea! Quantos personagens encantadores? quanta luta? quanta superação! Já sinto saudades de todos.

Icaro 12/03/2023

Linda história
Livro incrível indicado no desafio do @book.ster para o mês de março. Conta a história de uma família vinda da África que se desenrola e se enrola com a história do Brasil.

Uma escrita profunda, cheia de detalhes e com inúmeros fatos históricos da Bahia e do Brasil! Amei!

Robson68 12/03/2023

Emocionante
Lido pelo desafio bookster de março/2023.

Eu me emocionei muito com o final desse livro. Com olhos marejados, eu vi que tudo aquilo que, para mim, era só mais um livro de ficção, tinha, de fato, o ?pé na realidade?. Ver fotos dos ?personagens?, entender os desfechos de uma vida tão sofrida, compreender a importância de se contar essa história, foi tudo uma experiência marcante.

Obrigado @elialvescruz por nos entregar essa obra que nos faz resgatar uma história tão cruel e sofrida pelos negros neste cruel país. Obrigado também por reconstruir tão bem a história de seus ancestrais e nos deixar emocionados junto com a querida Damiana.

Por fim, obrigado @book.ster por escolher essa preciosidade e nos fazer conhecer um pouco do outro lado da história desse país negro.

Marcelo 08/03/2023

Água de Barrela Nota: 7,5/10
Livro do mês de março/2023 do desafio @bookster.

A escravidão no Brasil retratada por uma bela história de luta e superação de várias gerações de uma mesma família - predominantemente de mulheres. Desde os primeiros sequestrados na África até o período recente: a história da família da autora.

Iza Santos 26/02/2023

Uma história muito interessante, com vários personagens e a descrição de vários momentos da vida dos mesmos.
Muito boa leitura!

Laís Gonçalves 23/02/2023

Barrela
Tive que tirar um dia entre terminar de ler e escrever a resenha. O livro me marcou demais e fez eu adicionar todos os outros da autora na lista de leitura.
Não só é uma aula de história como também é uma saga épica, uma saga de uma família genuinamente brasileira.
Em tempo: Martha nunca errou.

Lilly 21/02/2023

Esplêndido
Que livro maravilhoso, porém sofrido, dolorido e com tanta riqueza de acontecimentos, principalmente a parte histórica da Bahia. Uma parte da história se passa em cachoeira, uma outra parte em Salvador e no finalzinho no Rio de Janeiro.
O livro se passa no período da escravidão no século XIX, tem a lei do ventre livre, abolição da escravatura e como os corpos escravizados ficou desamparado, e em muitos casos vivendo uma situação parecida a escravidão, pois muitos senhores perderam com a libertação dos escravos. É um livro forte que vai atravessar um século, e você é obrigada a se despedir de muitos personagem queridos.
Umbelina, Dasdô, Adônis, Anolina, Marta, Damiana, Dodó, Celina, Nunu, Isabel, Firmino, Roberto, são tantos personagem queridos que sentirei saudades

PARE TUDO E LEIAM ESSE LIVRO!!!!!!!!! Vocês vão me agradecer.