Resenhas -

Ju 22/03/2020

Leitura maravilhosa
Melancólico e poético em cada capítulo, leitura maravilhosa.

Vini87 26/03/2020

No começo não gostei muito, mas dá segunda parte em diante foi mais legal...não chega nem perto de ser um dos meus favoritos, mas é bem legal sim, o final é lindo.

emmanuelle.pitanga 03/04/2020

Ficção boa demais
Gostei bastante da maneira como os autores conduziram essa história, difere das outras obras que li. Causa um certo estranhamento inicial superado pela abordagem dos temas presentes no livro. Muito bom. Leiam

Katia.Elias 05/04/2020

Fiel ao filme de mesmo nome.
A historia é muito boa, mas achei bem maçante no meio do livro, pois descrevia demais o cotidiano de outros personagens, e passava-se muitas páginas sem focar nos personagens principais. Indico assistir o filme depois do livro.

Rule 06/04/2020

Inesquecível
Um dos melhores livros que ja li na vida! Escrita envolvente e inesquecível!! Possui uma delicadeza sem igual!

belleinthebooks 11/04/2020

Enfim... Terminei
Eu literalmente estou sem palavras para descrever o quanto que eu amei esse livro. Foi a minha primeira vez lendo ele, e eu tenho toda a certeza que irei reler muito mais do que umas mil vezes. Recomendo demais esse livro. Ele lhe prende do começo ao fim. Se não fosse pelos afazeres que eu tenho, com toda a certeza, eu iria ficar trancafiada no meu quarto e não iria sair por nada desse mundo até eu terminar de ler o livro.

Desa 27/04/2020

É o terceiro livro Guillermo Del Toro que leio e em todos eu fico encantada com a capacidade que ele tem de nós fazer imaginar todos os detalhes da história, sem a fazer ficar cansativa.
Esse livro em específico é de uma delicadeza sem igual. É lindo e com certeza eu ainda o relerei muitas mais

Victor.Lobo 27/04/2020

Ótimo
Uma história muito bonita e uma narrativa que te prende, da metade para frente é impossível parar de ler, pois a trama desenvolve de uma forma muito rápida mas também, muito encaixada, e o final é muito frenético e fantástico! Muito bom!

Larissagris 02/05/2020

A FORMA DA ÁGUA - GUILLERMO DEL TORO / DANIEL KRAUS

💧 “Homens conhecem uma mulher muda e se aproveitam dela. Não houve um encontro no qual um homem tenha tentado se comunicar, não de verdade. Eles simplesmente a tomavam, como se ela, sem voz como um animal, fosse um animal.” – Pág. 14

💧 “Strickland sufoca o ódio, a aversão e o medo. Os três sentimentos atrapalham. Os três entregam você. Hoyt lhe ensinou isso na Coreia. Apenas faça seu trabalho. A sensação mais vantajosa é não sentir nada.” – Pág. 19

💧 “Os adolescentes ficam ávidos pelos objetos e descrevem o deu Brânquia com tantos detalhes que Strickland se vê convencido da existência do ser sobrenatural. Não é uma lenda como o golfinho rosa. É um organismo vivo, uma espécie de homem-peixe que nada, come e respira.” – Pág. 26

💧 “O deus Brânquia enfim se ergue do baixio, com o sol vermelho como o do Serengueti, o olho antigo do eclipse, o oceano abrindo um mundo novo, a geleira insaciável, o jato de borrifos do mar, a mordida bacteriana, o fervilhar unicelular, a reprodução da espécie, os rios como vias para um coração, a ereção dura da montanha, os quadris móveis do girassol, a mortificação de pelos cinzentos, a pústula vermelho-rosado, o cipó umbilical conectando-os de volta à origem. É tudo isso e mais.” – Pág. 35

💧 “As criaturas mais inteligentes são as que geralmente fazem menos sons.” – Pág. 51

💧 “Qual seria a sensação de se sentir alguém? De repente, existir não apenas em seu mundo, mas no de outra pessoa também?” – Pág. 77

💧 “Foi assim que lhe ensinaram no Lar, em todas as arenas de sua existência. Diluir o mistério da vida, o fascínio, o desejo, o horror, até não questionar mais nada.” – Pág. 87

💧 “Tudo que vocês precisam saber é o seguinte: aquela coisa na F-1? Ela pode andar em duas pernas, mas somos nós que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus.” - Pág. 100

💧 “Elisa usa os próprios dedos para interagir com o mundo. Então faz sentido, conclui ela, que tenha medo de um homem que corre o risco de perder os seus.” – Pág. 101

💧 “Sempre foi a pessoa sem voz de quem os homens tiraram proveito sem jamais perguntar o que ela queria. Ela podia ser melhor que isso. Pode equilibrar as coisas. Pode fazer o que nenhum homem jamais tentou fazer com ela: se comunicar.” – Pág. 103

💧 “Elisa não segura nada, e ele estende a mão mesmo assim, passa as garras com delicadeza em seu punho e fecha a mão no interior da sua, como se desfrutasse do fingimento do ovo, e deixa que ela feche os dedos em torno dos dele. Esse instante fez de ambos não presente e passado, não animal e humana, mas homem e mulher.” – Pág. 125

💧 “Aquele não era um peixe mutante no qual deveriam fazer intervenções, mas um ser com quem eles deveriam compartilhar pensamentos, sentimentos e impressões.” – Pág. 144

💧 “Se quer aprender sobre o recurso, dizia Strickland de muitas maneiras, você não faz cócegas no queixo dele. Você o corta e observa como ele sangra.” – Pág.146

💧 “[...] Hoffstetler percebe de repente que a união do Devoniano com o mundo natural só começa na Amazônia, e que a morte dele pode significar o término dos aparecimentos na evolução, a interrupção do progresso, o fim de tudo e de todos nós.” – Pág. 172

💧 “[...] Taxidermia criativa. Assim é a vida, Elisa. Coisa remendadas juntas, sem sentido, a partir das quais nós, em nossas mentes necessitadas, criamos mitos que nos agradam.” – Pág. 185

💧 “ – Elas são como você, não? Mas deviam relaxar. Aceitar seu destino. E, ainda assim, deixadas sozinhas, ficam cheias de grandes ideias. Escalar, fugir. Contudo, é um desperdício de energia. Elas não sabem o tamanho do mundo além de seu tanque.” – Pág. 197

💧 “ – Ele não queria machucar ninguém. Passou séculos sem machucar uma única pessoa. Nós fizemos isso com ele. Nós o arrastamos para cá. Nós o torturamos. O que vem depois, Leo? Que espécie vamos exterminar em seguida? Nós mesmo? Tomara que sim. Merecemos esse destino.” – Pág. 199

💧 “Você não alimenta uma amizade por tanto tempo e a abandona feito uma pétala ao vento.” – Pág. 212

💧 “ – A única coisa de que estou certo é que a incerteza é a coisa mais difícil de tolerar na vida.” – Pág. 223

💧 “Ela revelou a Giles a verdade. Não apenas a verdade sobre Bernie não querer o que ele tinha ido vender, mas que o artista não devia se rebaixar mais. O senhor merece ir a algum lugar onde possa se orgulhar de quem é, dissera ela, e aquele local era ali, bem ali, na casa da sua melhor amiga, a uma curta distância do ser vivo mais incrível que já tinha visto.” – Pág. 262

💧 “Em que momento uma anomalia deixa de ser algo que foge à regra e começa a ser apenas a maneira como as coisas são?” – Pág. 266

💧 “Se uma mulher que tem tudo pode ser tão infeliz, que esperança tem uma servente do turno da madrugada, uma pessoa que mal consegue pagar o aluguel, cuja incapacidade de falar a isola da maior parte da sociedade e que por acaso tem um homem anfíbio ultrassecreto em sua banheira?” – Pág. 268

💧 “Uma ausência de medo pode ser confundida com felicidade, mas não é a mesma coisa. Nem de perto.” – Pág. 269

💧 “Quando leva a mão ao interior da banheira para mexer o sal, seus olhares se cruzam, só por um segundo, mas naquele momento ela vê tanto gratidão quanto assombro nos olhos dele. A ideia é bizarra. Ela o deixa impressionado. Como isso é possível, quando ele é a coisa mais impressionante que já existiu?”- Pág. 289

💧 “Aquele, então , é seu último dia e sua última noite com o ser que, mais que qualquer outra pessoa no mundo, a vê como algo além do que ela é. E isso não é amor?” – Pág. 296

💧 “Por quantas décadas, talvez até séculos, a criatura viveu sem perder um pingo de sua vitalidade? Pelo menos a Occam tinha filtros, termômetros, procissões de biólogos instruídos. Ali não há nada para sustentá-lo além de amor. No fim, não é suficiente. A criatura está morrendo, e Elisa é a assassina.” – Pág. 298

💧 “Sempre ia acabar assim, percebe. Desde o primeiro momento em que olhou no interior do tanque na F1 e foi puxada para dentro, não de forma física, mas de todas as outras maneiras possíveis, pelo aglomerado de estrelas de suas escamas e as supernovas de seus olhos.” – Pág. 299

💧 “Naquela noite ela é a mulher mais rica do mundo; tem tudo que poderia querer; ama e é amada, e como tal é tão infinita quanto o ser, não humana nem animal, mas sentimento, uma força compartilhada entre tudo de bom que jamais existiu e vai existir.” – Pág. 300

💧 “Elisa ri, e Giles ri também, alto, para que possa ecoar na câmara confinada e manter afastado o silêncio de um futuro incerto, de modo que possam continuar fingindo que essa felicidade vai durar para sempre e que milagres, ao serem descobertos, podem ser engarrafados e guardados.” – Pág. 308

💧 “Toda uma vida solitária não importa, pois ele não está sozinho ali, no fim. Hoffstetler está com você, e com você, e com você, e não teria percebido nada disso se não fosse pelo Devoniano. Ele é o aparecimento definitivo, acelerado pelo sacrifício: encontrar Deus, esse moleque travesso, escondido onde menos se espera; não em uma igreja, não em uma placa, mas dentro de nós, bem ali junto de nossos corações.” – Pág. 321

Victor Silva 04/05/2020

Apesar de ser um livro que depende  da imaginação do leitor para ser produtivo,característica que gosto,a história não me agradou. Porém recomendo para aqueles que gostam de um romance dramático.

isa 06/05/2020

null
que livro maravilhoso meudeus me sentir presa desde do início. Elisa, Laine, Zelda e Giles anjinho na terra e Strickland bosta seca. Amei o jeito que a história se encontram

Pedro 10/05/2020

Final Incrível
Uma história que faz a gente afundar na mente dos personagens no decorrer da leitura. De início parecia mais uma ambientação, mas conforme as coisas vão sendo relatadas, o autor descreve de forma única as intenções dos personagens e até os pensamentos mais sutis. A forma subjetiva como o anfíbio é retratado traz um ar de divindade a existência da criatura, e o envolvimento de Elisa com ele é de uma profundidade incrível.

Thaís 14/05/2020

A Forma da Água
"Nós somos um, afinal, você e eu. Juntos sofremos, juntos existimos e para sempre vamos recriar um ao outro." - Pierre Trilhard de Chardin

A forma da água é simplesmente sensacional! Não tem outra palavra pra descrever esse livro. A história de Elisa Esposito e o deus Brânquia, ou "A Criatura", é linda, sensível, comovente, quase poética.
O livro, que foi escrito ao mesmo tempo em que a história do filme, tem alguns detalhes a mais, o que o torna mais interessante, como o fato de mostrar a captura da Criatura, ou como a loucura corroeu Strickland até levá - lo ao ponto em que chegou, devido a todos os momentos cruéis em que o general Hoyt o obrigou a estar ou as missões "secretas" que foi chantageado a cumprir. É de se esperar que qualquer um enlouqueça..
A simplicidade de como o relacionamento entre Elisa e a Criatura é desenvolvida é tocante. Elisa sendo muda e a Criatura sem falar a linguagem dos humanos, se comunicam e se conectam com gestos e com o olhar.
Além do arco principal, envolvendo Elisa e o deus Brânquia, o livro conta com personagens secundários com histórias tão envolventes quanto. Temos Giles, um artista fracassado, que encontra em Elisa um refúgio e um consolo pra sua vida miserável, que é a única que o aceita como realmente é, diante de uma sociedade tão preconceituosa. Temos Zelda, a única amiga de Elisa no trabalho, única que se esforçou para aprender a linguagem de sinais para poder se comunicar com a amiga muda. Que tem o sonho de largar o emprego de servente e abrir o próprio negócio, e que demonstra uma das amizades mais fiéis e verdadeiras descritas. Conhecemos Laine também. Sra. Strickland, dedicada esposa e mãe, tenta agradar o esposo todo o tempo, e que se vê cansada da vida submissa que leva e vai em busca de sua "liberdade" e independência (grl pwr né amores?). E por último, mas não menos importante, o cientista russo Hoffstetler, que após anos de trabalho espião nos EUA, tenta, da sua maneira, se redimir aos danos causados a criatura, ajudando Elisa na libertação do mesmo.
A forma da água nos leva a refletir também sobre como a humanidade se acha superior e dominante a tudo que encontra de novo, e como o primeiro instinto para "saber mais" sobre algo é destruindo.
Enfim, é uma leitura que eu super indico! E o filme também! Apesar de não conter alguns detalhes, continua sendo uma obra fantástica!

Isadora 19/05/2020

Acredito que A forma da água trata além do que se vê, tanto no filme, quanto no livro. Ele não trata apenas sobre o amor entre duas espécies diferentes, mas, também faz uma reflexão profunda sobre o ser humano.
Elisa trabalha de madrugada como zeladora em um laboratório secreto do governo. Em um dos seus turnos, um experimento vivo muito precioso é levado para uma das salas do local. Ela e sua amiga Zelda são escaladas para a limpeza do laboratório. Limpar e sair, essa é a missão. Mas Elisa se fascina com a criatura. Um pouco de cada madrugada ela tira pra visita-lo e alimenta-lo, além de ensina-lo sobre músicas e a linguagem de sinais. Com o tempo isso vai cada vez aproximando-os mais, diminuindo a distância da não semelhança física entre ambos. Acredito eu que o livro traz mais que um personagem principal. Alguns personagens secundários ganham voz e estruturam a história. Hoyt, sendo o militar que captura a criatura aquática, é bem explorado no livro. Podemos imergir em sua cabeça e entender as pressões pra ser o melhor e conseguir a aprovação de seu chefe. Vemos a necessidade por poder, e necessidade de afirmação, à qual ele reflete na esposa, funcionários a baixo dele e, em algum momento, na própria Elisa, crescem à medida que as coisas irão perdendo o controle.
A esposa de Hoyt também se torna uma figura importante, vemos o medo de uma pessoa casada com alguém violento, transformado pelo ambiente de trabalho e suas missões. Vemos a submissão tomar conta e junto com ela a necessidade de mudança, de se tornar dona de si. Gosto do final submetido à ela.
Muito do livro se volta pra temática do ser humano. Afinal, o que é ser humano?

@uma_almaliteraria

Isa 24/05/2020

Poderia ser melhor
Amo a história do filme. E o livro é ate bacana, mas teve umas partes bem chatinhas, as partes militares por exemplo. Mas vale a pena ler sim, pra quem gostou do filme.