Lis 01/06/2020Uma viagem ao passadoDeveria ser leitura obrigatória, para entendermos melhor sobre os deuses e o universo grego, que influenciam a arte e nossas vidas até hoje. Basta lembrar que até mesmo o nome americano comum Homer se refere ao Homero, o nome Ulisses é a versão latina de Odisseu, etc. A versão da Cosac Naify foi a que eu li, que possui uma linguagem mais fácil.
No auge do meu amadorismo, ousei discordar do prefácio e posfácio, que é de Kafka. Kafka diz que as sirenas não teriam cantado e que Odisseu dissimulou que estava sendo seduzido por elas. Duvido muitíssimo que tenha sido essa a intenção do autor/poeta/aedo. Não acredito que haja subjetividade no texto, que foi elaborado há mais de 20 séculos atrás para ser cantado durante banquetes, o que indica que provavelmente tinha a intenção de contar feitos heróicos e incríveis e instigar o temor aos deuses e divertir, com objetividade. Não vejo que tenha tido a intenção de incutir subjetividade, de interpretar se um feito ocorreu mesmo daquela forma ou se foi inventado por Odisseu, ou que deva ser interpretado como uma fábula ou uma alegoria. Ou seja, não creio que haja mais coisas para além da superfície. Para mim, it's what it's: uma narrativa épica.