Sparr 06/12/2020
Uma viagem e um desbrave
Impossível encontrar meios de tecer uma sinopse, decidi resenhar de maneira direta, já com meus apontamentos.
Nesta Epopeia, iremos acompanhar a trajetória de Odisseu tentando voltar para casa após a guerra de Troia, mas sendo impedido por Poseidon de todas as maneiras possíveis e imagináveis.
Enquanto isso, os anos passam. Foram dez anos de guerra, mais dez anos sendo impedido de chegar em Ítaca, seu lar.
Em Ítaca, apenas Telêmaco, seu filho, (agora adulto) e Penélope, sua esposa, acreditam em seu retorno. Devido ao tempo, muitos pretendentes aparecem para Penélope, que os recebe e os enrola tecendo uma mortalha durante o dia e a desfazendo durante a noite, sem escolher a nenhum deles. Odisseu chega a ficar sete anos preso com Calipso (não tô falando da banda de forró), enfim regressa vestido de mendigo e junto com Telêmaco, livra Ítaca daqueles maus pretendentes e restaura seu reinado.
Basicamente é isso.
São 24 cantos, em cerca de 12 mil versos hexametros. A leitura é sim desafiadora e exige pesquisa, sobretudo, da mitologia grega. Sugiro ser lido depois de Ilíada. Em Ilíada, vemos apenas 52 dias do nono ano da guerra de Troia, ainda assim, muitos personagens aparecem aqui no pós guerra. Inclusive no Submundo. Odisseu passa por desafios enormes, que remetem aos 12 trabalhos de Hércules. Conta com o apoio de Atena e tem de provar seu valor a outros deuses até o merecido regresso.
Existe quem considere Odisséia um livro para mulheres, dado o enaltrcimento da beleza, sabedoria, destreza e perspicácia. Entretanto, achei Odisséia de certo, machista em muito. Principalmente em relação ao próprio Odisseu, garanhão das capturadoras. Impossível passar a vocês a experiência que foi, em singelo post. Mas recomendo fortemente a leitura dessa obra-prima. Inclusive, é exigido na cadeira de literatura clássica, no curso de Letras. Enfim, se desafiem e desbravem o mar maravilhoso apresentado aqui.