vanessamf 24/11/2014Não é uma história para crianças, embora fale de uma criançaA primeira impressão que tive ao pegá-lo para ler, foi que seria um livro de fantasia para crianças, como Alice, Nárnia, Sítio do Pica-Pau Amarelo, mas não. A trama é pesada e vai se agravando a medida que você acompanha as aventuras da protagonista, Lyra.
A questão da igreja também é interessante e não vejo com maus olhos, pois estamos falando de um universo paralelo no qual o Estado e a Religião nunca se separaram. Então fica a reflexão: como seria nosso mundo hoje se a ciência tivesse ficado sob a guarda total da igreja?
Nada contra os preceitos do cristianismo, que são ótimos, e sim em relação a estrutura hierárquica e aos dogmas da Igreja que, para mim, são coisas bem diferentes.
Se ainda hoje, em 2014, a Igreja é reticente em relação a homossexualidade, ao sexo antes do casamento, ao aborto, aos testes com células troncos, não me parece nada absurdo que descobertas científicas neste mundo imaginado sejam vistas com temor e com um ar místico.
Por isso, gosto muito do fato da protagonista ser mulher, ainda que menina, mostrando força, coragem, independência e inteligência, quebrando também outra ideia negativa, a de que as meninas são frágeis por natureza.
site:
http://taronline.wordpress.com/2014/11/17/taro-e-cultura-o-aletiometro-a-bussola-de-ouro/