lay ð 04/04/2021
"Estamos despedaçados e continuamos dançando..."
Vivi é uma garota de 16 anos (quase 17) que sofre de transtorno bipolar. Ela e sua mãe decidem passar as férias em Verona Cove, uma cidadezinha no litoral da Califórnia. Jonah é o terceiro mais velho de 6 irmãos, e precisa dividir seu tempo entre cuidar dos mais novos, trabalhar, e pensar em seu futuro. Viv carrega consigo o peso das ações do seu passado em momentos de bipolaridade, junto com sua vontade enorme de viver a vida, aproveitar ao máximo, sentir e fazer coisas diferentes todo dia. Ela é intensa. Quer nadar com a lua e as estrelas e voar. Jonah está em um mar de tristeza por ter perdido seu pai recentemente e ver a sua querida mãe em um estado de luto e depressão, sem conseguir sair do seu quarto por meses. Vivi e Jonah se conhecem, e os sentimentos deles ultrapassa as constelações.
As minhas impressões do livro, infelizmente, não foram muito boas até a metade dele. A rapidez com que o namoro deles acontece e o clichê das partes românticas me deixaram incomodada, não deu tempo de criar um "clima" entre os dois e parece ser sem emoção, e o casal tem atitudes irritantes e algumas falas chatas (principalmente o Jonah, chega a ser cansativo). Sinto que a autora quis passar algo como um romance diferente dos outros e não conseguiu, ficou um pouco comum e previsível, e é como se ele precisasse ter pelo menos mais 50 páginas.
Mas aí, entre a metade e o final, algumas coisas vão ficando melhores, o livro me destrói, e eu chorei bastante. Mesmo com esses "defeitinhos" eu me apego um pouco aos personagens e os seus sentimentos, e me dói saber que seus problemas são reais no nosso mundo. É um livro que inspira querer viver cada minutinho do nosso tempo aqui. Muitas partes me tocam bastante, como as de Vivi e sua linda visão da vida, do mundo e das pessoas. Acredito que se a primeira metade dele tivesse sido melhor trabalhada teria feito muita diferença. Resumindo minhas emoções, "falhou um pouco mas eu gostei".