Ema 10/04/2019
Onde está a continuação e o que eu preciso fazer para tê-la?
Não sei se tenho palavras para descrever o que foi esse livro. É chocante como ficamos imersos na trama mesmo depois que a história acaba. O enredo tem uma vibe meio de Gossip Girl futurística, mas essa distopia está longe de apenas se concentrar em uma rotina de adolescentes mimados, porque temos um mistério para descobrir aqui.
O primeiro volume da trilogia se passa em um prédio com mil andares, em Manhattan, projetado para atender a todas as necessidades e com tecnologia de ponta. Mas claro, nem todos vivem no topo. Sua condição financeira dirá seu andar. Quanto mais alto você estiver, mais status tem.
A história é contada em terceira pessoa e foca na vida de cinco jovens diferentes, de classes sociais distintas, mas que, de alguma forma, tiveram suas vidas interligadas por um único fato: alguém caiu do milésimo andar. Homicídio? Suicídio? Acidente? O que aqueles que presenciaram têm a esconder?
A escrita da Katharine McGee não é arrastada, de forma alguma, mas é tão rica em detalhes que é fácil imaginar tudo o que narra, mesmo que não exista. Essa aura de riqueza e luxo que ela evoca atrai nossa curiosidade, e não é difícil entender porque esse livro é um sucesso. Mesmo que tenha demorado a me apegar a alguns personagens, me encontrei completamente envolvida e desesperada pelos acontecimentos. Preciso da continuação!
Cheio de tretas, luxo, segredos, trapaças, revelações, a história nos mostra exatamente o que há na capa: Quanto mais alto você está, pior é a queda. Segredos pesam. Você tem algo a esconder?
Apesar de todos os elementos que deixam a narrativa um pouquinho menos crível, é impossível não se perguntar se o futuro será realmente desse jeito, como também não comparar esta torre com a pirâmide social em que vivemos. Entre os benefícios do trigésimo e milésimo andar, será que já não estamos vivendo assim?