Nunca houve um castelo

Nunca houve um castelo Martha Batalha




Resenhas - Nunca houve um castelo


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rroncato 12/01/2020

Um propósito
Gostei da escrita, da idéia, mas não gostei dos personagens, não entendi o porque do livro e para que... deixou um sentimento de vazio.
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ritita 10/01/2020

Que delícia de saudades
Ela cobre quase um século da história de Ipanema, um dos bairros mais famosos do Rio de Janeiro, e também do Brasil, já que dá destaque para duas coisas muito importantes: a ditadura e o fortalecimento da mulher na sociedade.
Marta foge aos estereótipos da Ipanema sal e sol, e entranha-se nas histórias de famílias comuns que ali habitam.
Volta e meia eu lia alguém falando deste livro, em algum lugar, mas até então não tinha me interessado. Rapaz! Que pisada de bola, Rita!
Que delícia de escrita, que delicadeza mesmo em assuntos profundos. Poesia em prosa é o que Marta faz na primeira parte do livro. Deu-me saudades do Rio zona sul dos anos 60, quando Ipanema gerava fatos e fotos, ideias e cultura. Saudades de alguns lugares que os cariocas e turistas também sentem. O castelinho* - única casa em uma rua tomada de prédios "chiques", o sorvete do Moraes, etc.
*Hoje Casa de cultura Laura Alvim, personagem que dá início ao livro.
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Pipoco 27/05/2019

Poucos livros me fizeram rir tanto quanto este delicioso "Nunca houve um castelo", da talentosíssima Martha Batalha.
Eu já havia lido o aclamado "A vida invisível..." e queria logo encarar este, mas havia aquele receio: e se não for tão legal? Afinal, é muito difícil um autor fazer duas grandes obras seguidas.
Pois Batalha conseguiu. Além de ter uma narrativa fluida, o humor requintado e de costumes predomina em todo o trabalho e o leito acaba ficando viciado, sem conseguir desgrudar da obra.
O mais interessante, aliás, foi que eu peguei o meu exemplar depois de 4 tentativas frustradas de ler outros livros (estava encarando uma ressaca literária daquelas mais duradouras). Não preciso nem dizer que não desgrudei, né?
Os personagens são muito bem construídos e situados perfeitamente nos diversos tempos e espaços apresentados.
Amei! Amei e indico muito!
Vai sem dúvidas para a lista de livros que pretendo reler!
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/05/2019

"Martha Batalha segue também com suas ironias, e humor sarcástico em alguns momentos, proporcionando uma crítica à sociedade daquele tempo e, obviamente, à nossa sociedade, pois, por mais que muitas coisas tenham mudado, parece-me que alguns vícios e costumes deploráveis persistem com os séculos.

Será que é sonhar muito, desejar que logo em breve a escritora nos presenteie com um novo livro? Fico na ansiedade e na curiosidade sobre o que ela poderá retratar."

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

Link da resenha completa: http://www.delivroemlivro.com.br/2018/06/resenha-nunca-houve-um-castelo-de.html#.XN2CflJKjIU

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535930825
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Renata (@renatac.arruda) 16/10/2018

A escritora retorna agora com Nunca houve um castelo (Companhia das Letras, 248 págs.), cuja ambição é reconstruir a história de Ipanema através das vidas íntimas de alguns de seus moradores ilustres e outros tantos anônimos, partindo da memória há muito esquecida da construção de um pequeno castelo erguido no bairro carioca pelo cônsul da Suécia no início do século passado, hoje inexistente. "Achei a história fascinante, era tentador criar um universo a partir destas informações. Eu poderia associar o início do bairro à construção de um castelo, inventar personagens, construir a minha Ipanema", conta a escritora que, em paralelo, aproveita para mostrar que na privacidade de suas casas, a mentalidade das famílias do bairro não era tão avançada quanto aquela vista pelas ruas.

"Esta é uma das questões que o livro aborda. Como que as grandes transformações pelas quais o país passou, além das discussões sobre emancipação feminina e sexualidade, podem ser indiferentes para uma família de classe média, preocupada com questões como status, manutenção do casamento, aparências", diz ela.

Entrevistei Martha Batalha para o HuffPost Brasil: https://www.huffpostbrasil.com/renata-arruda/martha-batalha-ainda-falta-muito-para-as-mulheres-brasileiras-adquirirem-direitos-basicos_a_23420295/

site: https://www.huffpostbrasil.com/renata-arruda/martha-batalha-ainda-falta-muito-para-as-mulheres-brasileiras-adquirirem-direitos-basicos_a_23420295/
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Tiago 17/08/2018

Pecando pelo excesso
É inegavelmente um livro de qualidade e que por alguns momentos revive aquele humor e sagacidade do incrível "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão". Acho que ao tentar criar uma história mais ambiciosa, Martha Batalha cometeu alguns pecados capitais. O principal deles ao meu ver é o excesso de personagens. Ao retratar uma saga familiar por quase um século, o livro basicamente não tem um personagem central, o que também torna difícil criar uma empatia maior por algum deles. Há momentos em que determinado personagem vai crescendo, você vai gostando dele e na página seguinte já se mudou o tempo e ele some da trama.

São várias tramas e assuntos distintos (feminismo, ditadura, crônica social, vida familiar), algumas passagens ótimas (a empregada Dalvanise revive a magia de alguns personagens de Eurídice) e outras um pouco enfadonhas (como a parte da ditadura militar) que até apresentam uma lógica e estrutura narrativa, mas não empolgam tanto quanto poderiam.

Apesar de valer a leitura, é um livro irregular.
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Mila F. @delivroemlivro_ 19/06/2018

Já pode publicar um novo livro, esse também está aprovado! Amei :-)
Confesso que estava com as expectativas muito altas em relação a Nunca Houve um Castelo, pois tinha amado o estilo de narrativa de Martha Batalha em A Vida Invisível de Eurídice Gusmão e estava ansiosa por conferir o novo trabalho dela.

Fui recompensada nas expectativas e ao mesmo tempo frustrada, não sei como explicar bem, vejamos: aqui vamos acompanhar a história de várias gerações de uma mesma família. Johan Jansson e sua esposa atravessam o oceano e vem morar no Brasil, ele se torna o cônsul da Suécia no Brasil em 1904, logo construíram um castelo na Praia de Ipanema e ali tiveram filhos que tiveram filhos que tiveram filhos.... Enfim acompanhamos os descendentes dessa família.

O fato é que acompanhar a família nem chega a ser o tão mais emocionante no livro, mas sim a evolução do passar dos tempos, as referências históricas, culturais, o advento de novas tecnologias, a constituição de novos modelos de família, assuntos tabus como homossexualismo, separação e traição vindo à tona. Esses detalhes, pelo menos para mim, foi o que mais me encantou na estória.

Fica evidente a grande pesquisa bibliográfica de Martha Batalha em todos os aspectos para tornar a narrativa coerente e verossímil ao contexto e ao tempo narrado.

Quando digo que acompanhar os elementos históricos foi a parte que mais me agradou, não quero dizer que não tenha gostado de acompanhar os passos da família retratada, até porque gostei, foi a partir deles que a escritora desenvolveu todo o trabalho da narrativa, todo o retrato da sociedade do Rio daqueles remotos anos, além de nos fazer refletir sobre aspectos como memória, conflitos e tudo o que é necessário para seguir com a vida.

Acompanhar essa família foi incrível, pois vemos como país, filhos, netos, noras e amigos vão conduzindo suas vidas e o quanto a inevitabilidade do passar do tempo vão modificando não apenas as pessoas mas a própria cidade do Rio.

Nunca houve um castelo retrata bem o quanto o tempo foi transformando a cidade do Rio de Janeiro e seus moradores, o quanto esse passar do tempo foi tornando histórias, lendas, mitos até ninguém mais falar sobre elas, e ninguém saber como a história começou. O quanto o Brasil mudou e, inclusive, partes em que a posição e o papel das mulheres na sociedade começam a ser mudados com o advento do principio das ideias feministas no país.

Por fim, não me decepcionei com Nunca Houve um Castelo, a narrativa de Martha segue incrível e instigante, fazendo-nos refletir não apenas sobre a estória contada, mas faz uma reflexão profunda sobre o passar do tempo e o quanto, por mais que tentemos fazer as melhores escolhas sempre iremos carregar muitos arrependimentos, além de mostrar que o tempo passa não só para cada pessoas que vai envelhecendo, mas o exterior: prédios, tecnologias, tudo vai mudando tão rápido e se tornando tão obsoletos tão rápidos.

Martha Batalha segue também com suas ironias, e humor sarcástico em alguns momentos, proporcionando uma crítica à sociedade daquele tempo e, obviamente, à nossa sociedade, pois, por mais que muitas coisas tenham mudado, parece-me que alguns vícios e costumes deploráveis persistem com os séculos.

Será que é sonhar muito, desejar que logo em breve a escritora nos presenteie com um novo livro? Fico na ansiedade e na curiosidade sobre o que ela poderá retratar.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Leila de Carvalho e Gonçalves 22/04/2018

Nem Tudo É Verdade
?Nunca Houve um Castelo? é o segundo romance de Marta Batalha que fez sua estreia há dois anos com ?A Vida Invisível de Eurídice Gusmão?. Um best-seller que foi lançado primeiramente nos Estados Unidos, país onde ela mora, provando a dificuldade de um novo nome encontrar espaço no nosso mercado editorial.

Mesclando ficção e realidade, desta vez, a escritora narra outra saga familiar: três gerações da família Jansson cujo patriarca, Johan Edward, chegou ao Rio de Janeiro no início do século XX, para ocupar o cargo de cônsul da Suécia. Um homem apaixonado que construiu um pequeno castelo na praia de Ipanema, para abrigar Brigitta, sua excêntrica mulher, além de Axel, Vigo e Nils, os três filhos, quando o bairro não passava ?de um novo mundo dentro do novo mundo?, isto é, uma pequena comunidade praticamente isolada do resto da cidade.

Esta história, cercada de lirismo e com pinceladas de realismo mágico, assemelha-se a um conto de fadas que vai mudando de tom, conforme o tempo avança e o progresso atinge este Jardim do Éden, transformando-o num dos destinos mais badalados do mundo mas também num símbolo da transgressão, desigualdade e violência.

Dividido em duas partes, a última exibe a perspicácia e a fina ironia que marca o primeiro livro da escritora. Desta feita, duas personagens assumem o comando da história: Otávio ou Tavinho Jansson, neto de Johan, e sua esposa Estela Aguiar, uma dona de casa perfeita. Eles vivem um casamento atribulado, sem tempo de assimilar as transformações que ocorrem no bairro, a invasão imobiliária, e no país, a ditadura militar e a AIDS.

Exibindo múltiplas subtramas que pouco a pouco vão se entrelaçando, ?Nunca Houve um Castelo? discorre sobre escolhas equivocadas e arrependimentos. Entretanto, a desconformidade entre a realidade e a expectativa acaba por ceder lugar para a fragilidade da memória. Basta observar o título do livro: o tal castelo realmente foi erguido no Arpoador, mas com o correr dos anos, foi demolido e caiu no esquecimento até sua existência passar a ser questionada. A bem da verdade, com um brilhante desfecho, Marta escolheu um fato real, para, ao desconstruí-lo, revelar a transitoriedade da vida.

"Pediram o quinto chope. Alguém levantou o copo em homenagem ao último nobre de Ipanema, o homem que havia morado no castelo em frente à praia.
-Que castelo?
-O castelo da Vieira Souto, esquina com a Joaquim Nabuco.
-Ali nunca houve um castelo -disse um homem no canto.
-Lógico que houve.
-Não era castelo. Era um bar chamado Castelo.
-Não era um castelo nem um bar. Era um trecho da praia com esse nome.
-Isso foi depois do bar. Antes era um castelo.
-De jeito nenhum, ali sempre foi um bar -disse outro homem, girando o indicador em círculos na têmpora, comprovando não só a ficção do castelo, como a demência daquele que o evocou."

Perfeito para virar filme ou seriado, recomendo.

Nota: Optei pelo e-book que atendeu minhas expectativas.
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Valério 12/04/2018

Vai e vem
Li Martha Batalha e foi paixão à primeira leitura.
Em seu fantástico "A vida invisível de Eurídice Gusmão", Martha reproduz com riqueza narrativa o cotidiano de um Rio de Janeiro do passado.
Um jeito de escrever gostoso, cativante. Despretensioso e muitas vezes engraçado.
Não à toa, "A vida invisível..." se tornou um de meus livros favoritos e talvez o melhor livro que li em 2017.
Cheguei a comprar 5 edições para presentear pessoas queridas.
Ao saber do lançamento de "Nunca houve um castelo", comprei correndo (nem esperei a versão impressa, adquiri a já disponível versão eletrônica para o Kindle).
E lá estava novamente a narrativa gostosa, a recriação do ambiente e do cotidiano do RJ de antigamente.
Desta vez, com toques que me lembraram o realismo mágico de García Marquez.
Estava novamente encantado. Novamente, os protagonistas se alternam. E a descrição de cada um deles é feita pormenorizadamente. E não cansa. Cada vida no livro de Martha é interessante. E é justamente nos detalhes da vida de cada um. Aqueles detalhezinhos insignificantes do cotidiano, que está a grandeza e a beleza de sua escrita.
Até a parte final do livro.
Em "Nunca houve um castelo", Martha sai da sua linha, que tanto me conquistou, para discorrer por páginas e mais páginas e mais páginas, descrições da época de intervenção militar no Brasil. Descrevendo torturas já tantas vezes descritas, discorrendo sobre perseguições tantas vezes discorridas.
Transformando um lado em herói. Um acréscimo não apenas desnecessário, como descasado de todo o livro e sua aura cotidiana.
A seguir, um capítulo destacando o feminismo.
Para em algumas passagens dar destaque a um partido, como a esperança democrática.
Pode ter sido impressão minha. Mas, como leitor, tenho minhas impressões: Este livro saiu do objetivo de divertir e pareceu querer cumprir um papel um pouco além da literatura. E aí ficou chato, maçante. Forçado. Fora de lugar.
Todas estas paginas poderiam ter sido substituídas por poucas frases.
Até o ponto em que adota alguns discursos corriqueiros. O personagem maltratado vira um cidadão sem graça, apagado. E o símbolo que escolhe para representá-lo é virar leitor de Veja e telespectador da Globo. Ok, eu também não gosto nem da Veja nem da Globo. E nem digo que ela esteja errada.
Mas o discurso começou a virar um discurso muito repetido em redes sociais e Martha Batalha já havia se mostrado muito superior em sua escrita que se limitar a jargões.
Uma pena.
Por fim, quando passou essa fase turbulenta no livro, Martha Batalha voltou a ser Martha Batalha. E o livro voltou a ser sensacional. E terminou de forma brilhante.
Salvo pelo gongo, em um vai e vem desnecessário.

Começou bem, se perdeu em poço quase sem fundo e voltou reluzente.
Cinco estrelas para o começo e o fim. Uma estrela para o meio.
Três estrelas, na boa média.
Angelica75 17/04/2018minha estante
ótima resenha! interessante livro, e como são as subjetividades... essa parte que você não gostou foi a que mais me interessou ...Obrigada pela resenha!


José Ivo Junior 23/12/2018minha estante
Eu gostei muito do "A vida invisível de Eurídice Gusmão". Tanto que fiquei com medo de criar muita expectativa em cima do segundo livro da autora.

Sua resenha me fez ter mais cautela ainda em ler esse livro. Não queria me decepcionar.

Mas li! E não me decepcionei nem um pouco! A Martha escreve demais! Acho que você por não gostar do posicionamento político de alguns personagens, acabou tendo um certo desapontamento com o livro, e acabou influenciando outras pessoas.

Leiam! O livro é ótimo!


Valério 27/12/2018minha estante
Obrigado pelo comentário, José Ivo. Não nego que meu desapontamento tenha relação com o posicionamento político dos personagens e também da autora. Ainda assim, achei que este livro ficou devendo ao "A vida invisível de Eurídice Gusmão". Este é uma verdadeira preciosidade. Abs




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