Cláudia - @diariodeduasleitoras 02/08/2022
O tatuador de Auschwitz
?Pepan, por que me escolheu?
Vi um homem morto de fome arriscar a vida para te salvar. Imagino que você deva ser alguém que valha a pena ser salvo.?
Olá, leitores..
Falar sobre ?O tatuador de Auschwitz? é uma missão difícil, pois foi uma das obras mais dolorosa que já tivemos a honra de conhecer e refletir (lemos juntas - Ana, nossa mãe, e eu, Cláudia).
O livro transmite o quanto aqueles tempos foram sombrios para todas as pessoas, judias ou não. Um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha Nazista.
Dois judeus eslovacos, Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, se conhecem em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam, literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ele aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e conseguindo ?melhores? trabalhos para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo. Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que nele tocasse, Lale e Gita se entregaram a um amor proibido, mesmo sabendo que a morte era eminente.
A Segunda Guerra Mundial traz inúmeros segredos na vida de quem a viveu. Uma das coisas que mais espanta é saber que os fatos são verídicos, e como isso chegou até a autora. Surreal!
Com delicadeza e uma escrita marcante, a autora narra com precisão detalhes de prender o fôlego, doer a alma, abalar qualquer estrutura emocional, do início ao fim, sem romantização dos acontecimentos.
É uma obra sem meias verdades, nua, crua, que não esconde nenhum mísero detalhe; nos faz refletir sobre questões históricas e passadas, assim como presentes, e talvez futuras.
?Escolher viver é um ato de rebeldia, uma forma de heroísmo.?
Ps: esse é o 1° de três livros (o tatuador de Auschwitz, a viagem de Cilka, as três irmãs). São histórias autônomas mas que retratam os mesmos personagens/pessoas reais, assim, acho por bem ler na ordem de lançamento.
Um livro difícil de ler, ao mesmo tempo em que é impossível parar de lê-lo! Super indicamos! Já leu?