O fim de Eddy

O fim de Eddy Édouard Louis




Resenhas - O fim de Eddy


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Sadraque 09/05/2021

Um gay em um vilarejo pobre
O fim de Eddy trata da vida complicada que é ser gay, afeminado desde que se lembra gente, em um vilarejo pobre no norte da França. O livro trata da questão da homofobia violenta sofrida pelo Eddy, a onipresença do machismo no comportamento de toda vila e a questão da pobreza dessas pessoas quase à margem da sociedade.

A leitura é rápida, fluida. Vale muito à pena.
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ajuhbs 09/05/2021

Uma história triste
Gostei muito da forma como o autor narra os acontecimentos da sua infância, sem se prender muito a uma linha do tempo. Os relatos vão e voltam no tempo, mais preocupados em formar a personalidade e as características que constroem o personagem. A história é triste e muitas vezes pesada, me causou uma pouco de angustia imaginar que tantas pessoas ainda hoje em dia passam por situações parecidas. A relação familiar complicada onde existe amor e ao mesmo tempo desprezo é uma caricatura de tantas relações familiares, mesmo que em contextos diferentes, e consegui enxergar em alguns momentos situações que já vivenciei ou vi acontecer com quem eu gosto. Senti falta de saber o que aconteceu com Eddy, seu fim é muito claro, mas seu novo começo é incerto. Um livro que vale ser lido.
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Daniel Andrade 16/04/2021

O Fim de Eddy.
Muito difícil falar deste livro. O Eddy é um dos personagens (será mesmo um personagem?) por quem mais senti pena em toda minha bagagem literária. Apanha daqui, apanha de lá, sozinho aqui, sozinho lá. O livro é incrível, mas é uma leitura muito pesada. O final pra mim decepcionou um pouco pois eu queria saber mais do futuro. Quando a sensação de que as coisas melhorariam pro Eddy surgiu, o livro acabou.
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luamagnetica 03/04/2021

Um livro um pouco desconecto em sua linha do tempo mas muito realista quanto a maneira que os traumas de infância te seguem na vida adulta, com pequenos flashbacks e gatilhos de momentos e sentimentos tão específicos que eu achava que só eu havia sentido antes. Édouard Louis consegue com excelência trazer uma obra que representa bem como é carregar traumas da sua infância constantemente flutuando em sua mente. Das muitas formas que alguém pode experienciar a violência desde criança, vinda dos pais, dos colegas da escola ou de estranhos na rua e como é revoltante como esses momentos são memórias de curto-prazo para o violentador mas são um filme em constante replay na memória da vítima. Esse livro me trouxe, a cada página, lágrimas e memórias da minha própria biografia e em muitos momentos me deixou tão angustiada a ponto de não conseguir respirar até o capítulo terminar.


Eddy vive em um vilarejo conservador onde a masculinidade, alcoolismo, misoginia e heteronormatividade é culturalmente vangloriado aos extremos e desde criança, com seus trejeitos afeminados, recebia olhares e comentários desagradáveis apenas por - existir errado -
E com toda negligência e ignorância diante de sua homossexualidade velada teve suas primeiras relações (sexuais ou não) com homens e mulheres de maneira pertubadora o que, infelizmente, é a realidade de muitas pessoas LGBTQI+. Em um desses relatos das experiências ele diz algo que considero destaque do livro: "Brincar de homossexual era uma maneira que eles tinham de mostrar que não o eram. Era preciso não ser bicha para poder brincar que era, por uma noite, sem ser xingado"


Obras autobiográficas como essa que mostram como a homofobia e a violência atingem uma vítima são de extrema importância para pessoas que se colocam em cima do muro na luta, cruzam os braços e aceitam que o mundo seja como é. Dos olhares e comentários mais discretos diante dos trejeitos afeminados de Eddy até a violencia verbal mais direta e a violência física mais dolorosa, todos foram responsáveis por fazer uma criança constantemente odiar sua própria existência e viver em torno de mudar sua essência, sua natureza.
Também é uma bela obra àqueles que não conseguem entender pessoas que não são apegadas ou nem mesmo sentem amor pela sua familia. Quando a sua casa é cheia de violência, racismo e rejeição à tudo que você é não dá para sentir amor pelas pessoas apenas por dividirem o mesmo sangue.

Recomendo muito mas aviso que tem muitas partes de revirar o estômago, cuidado com os gatilhos!
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Clarispectiana 28/03/2021

O fim de Eddy
Literatura francesa contemporânea, em que Èdouard conta sobre a sua própria vida. Seu relato perpassa por lembranças amargas, descobertas, exclusão,o repúdio e a própria negação.
Essa é a história de um menino gay no interior da França, que reflete o binarismo, a violência, machismo, xenofobia e etc.

Recomendo muito esse livro, é sensível, comovente, necessário. As vezes duro, outras poético, esperançoso e fragmentado.
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Steph.Mostav 11/07/2021

"(...) aquela violência de classe que o havia excluído do mundo escolar (...)"
Mais um relato triste e (por isso, infelizmente) realista lido nessa #MLI2021. Dessa vez, a autobiografia no formato de romance do autor, um homem gay nascido em uma cidade conservadora no interior da França. É nítida a influência opressora que a homofobia, a xenofobia, a misoginia sistemáticas tem sobre o pensamento desse garoto desde a infância; dele, que sempre soube dentro de si que não encaixava nos padrões exigidos por uma população pobre, com pouco estudo e muito preconceituosa, e por esse motivo esforçou-se até o limite do inaceitável para anular-se e tentar pertencer a essa comunidade. É um livro muito doloroso, muito gráfico, muito violento em vários aspectos, mas principalmente no psicológico. E é muito bom saber que o autor rompeu esse ciclo que mantém as pessoas presas não só à miséria e à falta de oportunidades, mas também ao pensamento excludente, machista, racista e que hoje em dia ele possa compartilhar conosco o processo, difícil mas bem sucedido, de sua libertação.
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Luizgustavo 20/02/2021

APENAS LEIAM.
Que todo menino e menina se sinta encorajado, com a história do pequeno eddy, que passou as piores misérias no seu tempo de escola. Livro muito bom.
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Jackson 03/02/2021

É você o veado?
Há anos não lia um texto tão forte. Gatilhos, vários, mas que são necessários para entender a pobreza e o que ela trás de prejuízo à sociedade, ao intelecto, como ela determina o padrão de comportamento das classes e principalmente a intolerância e a violência a que são submetidas as variadas minorias, no caso desse livro mais evidente aos LGBTs, a tortura psicológica e traumas que dela decorrem. É um livro triste. Mas necessário!
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Adiel Barbosa 21/01/2021

Nu e cru!
Esse é um daqueles livros que nos faz refletir sobre quem somos. É fácil para algumas pessoas se reconhecer nas palavras de Édouard Louis. O autor aqui tece de uma maneira bem seca e realista sobre a homofobia, a pobreza estrutural, a ignorância e o sistema de classes da sociedade provinciana francesa, mas é fácil identificar muitos outros lugares como o citado na obra.
A história é descrita como se o autor estivesse conversando com o leitor, e, por ser autobiográfico, a experiência se torna grandiosa, então nós acabamos imergindo nas palavras dele profundamente, reconhecendo a importância de suas palavras. É importante ressaltar que as críticas mencionadas no livro não são exclusividades da sociedade francesa e são bastante atuais e universais. A narrativa se desenrola de maneira sublime, explorando a sexualidade, a negação e, enfim, a dura aceitação do protagonista. Os conflitos internos do protagonista são do tipo que são causados por agentes externos e que poderiam ser evitados com bom senso, empatia e sabedoria, e é nesse ponto que vemos/sentimos o quão nocivos são o preconceito e a ignorância. Um livro incrível, uma história crua sobre a realidade de uma parcela da população, uma leitura demasiadamente necessária.
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Danilo 11/01/2021

Que livro!!
Uma história triste. Bom de ler. Vontade de finalizar rápido essa leitura. Mas sem querer finalizar rápido demais, pois criamos uma conexão com Eddy. Quando termino essa história, hoje já fazendo a digestão dessa leitura, ainda tenho um grande ponto de interrogação dentro de mim. E uma vontade forte de abraçar o autor, Édouard.

Neste livro encontramos a degradação do menino Eddy, tudo o que acontece com ele enquanto ele vive em um vilarejo no sul da França, com uma família bastante pobre, extremamente preconceituosa e homofobica, com vizinhos que seguem os mesmos pensamentos e com diversas agressões que Eddy sofre na escola. Tudo porque o nosso personagem principal já se entende desde criança, por mais que esteja sempre em conflito, como uma criança gay afeminada.
Nem preciso dizer que esse livro me tocou profundamente. É triste, sincero e verdadeiro, pois trata-se de um "relato" do próprio autor (Édouard Louis) pelo personagem Eddy (diminutivo de Èdouard).

Nous avons créé une connexion, moi et mon ami Henrique et Eddy, nous nous sommes assis tous les trois pour lire chaque chapitre.
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Tah_baddauy 08/11/2020

Uma leitura sufocante que relata a violência, preconceito e o conservadorismo de uma cidade no interior da França.
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mauriloamml 01/11/2020

O livro apresenta uma França bem diferente da que estamos acostumados a acompanhar. Nada de cidades cosmopolitas com desfiles, alta gastronomia... Acompanhamos a vida de um garoto do interior do país em uma cidadezinha pobre e tacanha. É bem tocante seguir os passos de Eddy (descoberta da sua sexualidade) nesse ambiente machista e homofóbico.
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Lucas.Romano 24/10/2020

Reviver
Só quem viveu sabe a difícil tarefa da autoaceitação. Da homofobia internalizada que há dentro da gente por conta dessa masculinidade toxica que está a nossa volta que não permite a gente ser quem a gente é. Um livro real, que desnuda que escancara os sentimentos reais de um garoto que tenta negar a pessoa que ele é para simplesmente ser aceito. O final deixou a desejar mas ele é rápido e intenso, potente!
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Lipe 23/10/2020

Realismo exacerbado
Livro cru, com 0% de romantização. Mostrando uma infância marcada pela pobreza ("miséria" talvez seja o mais apropriado), violência física e moral. Com direito a cenas gráficas incomodas, e a sinestesia; uma ambientação que nos leva ao sujo, imundo, podre, feio, desagradável...

Esse livro me remete a outro livro francês contemporâneo chamado "Ilusões Pesadas", que também trás uma história autobiográfica, um garoto, melancolia, sexualidade e o mesmo realismo exacerbado.
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