Céu sem estrelas

Céu sem estrelas Iris Figueiredo




Resenhas -


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Lea 05/10/2018

Me surpreendeu.
Confesso que quando comecei a leitura desse livro achei que seria mais um romance bobinho adolescente e clichê (que aliás, eu curto bastante) mas quando cheguei nos ultimos capítulos me surpreendi. Me identifiquei, me emocionei e quis continuar sabendo da vida da Cecília, me senti perdendo uma amiga.
Alguns pontos foram deixados de lado, como o relacionamento da Iasmin que estava se tornando abusivo, a autora poderia ter focado um pouco nisso, mas entendo que a protagonista era Cecília, nem mesmo a história de Bernardo teve tanta importância como a dela.
É um livro gostoso e rápido de ler, li em 3 dias e valeu muito a pena.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/10/2018

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
"Era tudo na minha cabeça. A dor era toda na minha cabeça, mas isso não a tornava menos real." (página 191)
Cecília acabou de completar dezoito anos, foi demitida da livraria onde trabalhava, brigou com a mãe e teve que sair de casa. Felizmente, pôde contar com a família de sua melhor amiga, Iasmin, e foi passar um tempo com os Campanati (a outra opção era voltar para a casa da avó em São Gonçalo, o que lhe deixaria muito longe da faculdade em Niterói).

Cecília tinha uma quedinha por Bernardo, irmão mais velho de Iasmin, e morando sob o mesmo teto, eles acabariam se aproximando. Será que Bernardo se comprometeria com Cecília, mesmo ela não se encaixando no padrão de beleza socialmente aceito por ser gorda? E Cecília, conseguiria recolocar sua vida nos eixos?

Por favor, não se enganem com esse resumo extremamente superficial que fiz da trama, pois "Céu sem estrelas" é muito mais do que uma história de amor protagonizado por uma garota acima do peso! Aliás, a aparência de Cecília nem de longe é seu maior problema. A obra fala sim sobre gordofobia, mas desde os primeiros capítulos já dá para notar que há algo mais na jovem, algo que lhe causa sofrimento físico e mental. Cecília esconde seus verdadeiros sentimentos, tenta se mostrar sempre bem para os outros, para não ter que falar sobre suas aflições, sobre seus medos e as questões que lhe afetam por dentro e por fora. A história é, acima de tudo, sobre saúde mental, um tema que a autora conhece e que aborda nesse livro e nas redes sociais. Saber um pouco mais sobre o transtorno da protagonista foi enriquecedor.

Amizade e relações familiares são outros assuntos discutidos na obra. Cecília foi fruto de uma gravidez não planejada e sua relação com a mãe e com o padrasto não era das melhores. Iasmin tinha reprovado e ainda estava no colégio, enquanto via as amigas já na faculdade. Ela e o irmão também não tinham uma família perfeita, o que acabava interferindo de certa forma nas escolhas do rapaz. Ele queria algo além da superficialidade dos seus colegas, só preocupados com festas e garotas. Relacionamentos abusivos, automutilação/autoflagelação também são abordados em "Céu sem estrelas".

Apesar de a narração ser feita por Bernardo e Cecília, a partir de certo momento, são os dilemas dela que ganham protagonismo. Então, tenham em mente que ela é a protagonista. No final, senti falta de saber um pouco mais sobre o desenrolar dos problemas da família do Bernardo, mas como me parece que todos os livros da Íris acabam tendo alguma ligação, quem sabe num próximo eu descubro mais sobre os rumos da Iasmin (doeu vê-la se submetendo à certas coisas).

Eu já acompanhava a Íris pelas redes sociais e estava bem curiosa para ler um livro dela. Já nas primeiras páginas fiquei extremamente feliz por ver como a escrita da Íris, uma autora nacional, não fica devendo em nada se comparada com outros livros estrangeiros publicados pela Seguinte ou por outras editoras grandes. É uma escrita fluida, sendo possível ler páginas e mais páginas rapidamente (embora eu tenha lido aos pouquinhos; talvez pela carga emocional que a trama me trouxe, ainda que meu entendimento maior seja sobre a depressão e não sobre o transtorno majoritariamente abordado pela escritora - o que me exigiu um exercício maior para me colocar no lugar da Cecília).

Sinto falta de mais histórias contemporâneas para o público jovem ambientadas no Brasil, então foi delicioso ler "Céu sem estrelas" e imaginar todas as cenas acontecendo aqui, no nosso país, vendo características de Niterói ou de São Gonçalo tão parecidas com as do lugar onde vivo. Temos aos montes tramas que se passam em faculdades norte-americanas, e foi muito bom ter esse diferencial de ver Cecília e Bernardo numa faculdade pública como a UFF, vivendo a realidade educacional do nosso país (de quebra, ainda descobri um pouquinho sobre os cursos de desenho industrial e engenharia mecânica, dos quais eu sabia pouquíssimo).

Enfim, fica a minha recomendação para que leiam "Céu sem estrelas", um ótimo livro nacional, bem ambientado, que aborda temas muito importantes como a saúde mental (em alta nesse Setembro Amarelo) e a gordofobia, tudo com muita representatividade (além de personagens acima do peso, temos negros, homossexuais, cadeirantes, inseridos de forma natural e nada forçado) na escrita maravilhosa da Íris.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com/2018/09/resenha-livro-ceu-sem-estrelas-iris.html
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Gio 05/02/2019

Um nacional memorável
Cecília é uma jovem que sofre com problemas sérios, principalmente relacionados a sua aparência, acaba de completar 18 anos e sua vida está prestes a sair dos trilhos.
?
Após ser demitida da livraria onde trabalha no dia de seu aniversário, Cecilia não conta a sua mãe, que acaba descobrindo da demissão pelo padrasto e fica furiosa, expulsando Ceci de casa.
?
Totalmente desolada e sem muitas opções do que fazer, ela é amparada por Iasmin, sua melhor amiga, e com esse tempo que ela passa na casa da amiga, Ceci descobre que o irmão de Iasmim, Bernardo, não é só um rostinho bonito, e que talvez o que sente por ele não é tão platônico assim...
?
Esse livro é uma verdadeira reflexão, o romance nele é apenas um "bônus" na história, a Cecilia é muito instável, insegura com quem é física e emocionalmente, ela passa por muitas situações difíceis de lidar, acho que o objetivo é mostrar que tudo na vida é uma fase, e que mesmo que você esteja passando por uma ruim, não precisa desistir, sempre haverá estrelas no céu mesmo que esteja tudo escuro e pessoas para te apoiar, tudo tem uma saída e tudo é um processo.

A única coisa que me incomodou foi o jeito que a Cecília trata as pessoas que estão sempre lá, por ela e com ela. Principalmente Iasmin, que sempre ajudou muito, mas fora isso é um livro qu vale à pena ser lido.
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carolmndss 01/10/2018

Melhor leitura do ano
Resenha feita originalmente no blog Virando Amor

Cecília acaba de completar a maioridade, e bem no dia do seu aniversário é despedida de seu trabalho. Ela esconde isso de amigos e de sua mãe, por não querer demonstrar mais um fracasso de sua parte. Cecília tem baixa autoestima, tem que lidar com piadas gordofóbicas por parte de desconhecidos e familiares; além disso, mora com a mãe que está mais preocupada em perdoar o padrasto de Cecília, Paulo, que a traiu, do que com a própria filha. Mas quando ela descobre que Cecília foi despedida e mentiu sobre isso, foi a gota d'água. Cecília está acostumada a ser mandada pra casa da avó quando tem essas brigas com sua mãe, mas dessa vez, ela pede pra ficar morando por uns tempos na casa de sua melhor amiga, Iasmin.

Durante sua estadia na casa de Iasmin, Cecília conhece melhor o irmão de sua amiga, Bernardo, por quem ela teve uma quedinha desde a infância. Eles começam a se relacionar escondido, porque Cecília não sabe como Iasmin, que tem ciúmes do irmão, vai reagir.

Cecília não é um livro aberto, prefere guardar seus problemas para si mesma. Ela é o oposto de Bernardo, que tem facilidade de conhecer as pessoas, e é nessa diferença que eles encontram algo em comum, pois apesar de Bernardo parecer ter uma vida ótima e perfeita, ele anda meio perdido em relação a seu futuro. A construção do relacionamento dos dois foi muito linda e feita de forma leve.

Essa história é muito importante, por abordar de forma sensível sobre saúde mental, aceitação do próprio corpo e as formas diferentes de como lidamos com a dor. A Iris escreve com uma delicadeza, e é por isso que ela é uma das minhas autoras favoritas, porque tudo que ela escreve é genuíno e qualquer pessoa que passa por algum problema irá sentir conforto em suas palavras, e um quote do livro mostra isso (eu fiquei impactada por esse quote):

"– Não existe um céu sem estrelas, Cecília. Mesmo quando estão encobertas pelas nuvens, ainda estão lá. A gente só não consegue enxergar."

A história é contada ora pelo ponto de vista de Cecília, ora pelo ponto de vista de Bernardo. E é incrível que, mesmo que Cecília seja uma pessoa "misteriosa" para aqueles à sua volta, a autora conseguiu mostrar muito bem a dor da personagem, nos faz sentir empatia genuína por aquilo que ela está passando, com seus medos e inseguranças, e ela foi como uma amiga pra mim. Bernardo é uma pessoa maravilhosa, sempre disposto a ajudar Cecília, tentando entender aquilo que ela tá passando. Por mais Bernardos no mundo. 🎔

Esse é um livro que eu precisava no momento que eu precisava, e entrou pra minha lista de favoritos. Eu gostei muito que a autora deu um final real, que os problemas não são resolvidos como um passe de mágica; é preciso levar um dia de cada vez, e como a autora mesmo disse no final, "há muitas estrelas no céu, não deixe que as nuvens te façam se esquecer disso". Recomendo muito, e espero reler em breve!

site: https://www.virandoamor.com/2018/08/resenha-ceu-sem-estrelas-de-iris.html
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Rita Aguiar 03/07/2019

Não existe um céu sem estrelas
É a primeira personagem que realmente me identifiquei, fisicamente e mentalmente ( não sou tão perturbada ), ser julgada pelo seu peso, por sua família é uma sensação totalmente desconfortável, e se sentir bonita quando veste uma roupa raramente acontece cmg, igual com a Cecília, sair na rua e olhar pra outras garotas e perceber q os garotos olham pra elas diferente de como olham pra você, acaba com a vontade de sair. Amei todos os personagens, e adorei a escrita leve, estava precisando muito de um livro assim. Leiam, principalmente quem tem lidado com uma doença comum hoje em dia q é a depressão e a falta de autoestima. :")
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Fernando Perosa 29/06/2019

Céu sem estrelas foi me ganhando aos pouquinhos até fazer com que eu não conseguisse mais largar o kindle até descobrir tudo o que aconteceu!! É uma história que trata com muita sensibilidade e precisão de temas muito atuais e que geralmente não têm muito espaço nas narrativas, como saúde mental, pressão estética, gordofobia, abandono parental, entre outros.
É um livro muito necessário e muito atual, que vai fazer muita gente se identificar e se sentir representado. Leiam!!!
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vitoria 26/06/2019

Qq eu vou te dizer
O livro começa normal aí dica mt bom e depois muito ruim. O ?grande acontecimento? é algo que pode ser resolvido conversando mas n aconteceu aí tomou proporções desnecessariamente grandes o que me deixou irritada
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Beta Oliveira 30/09/2018

Embora não tenha os mesmos problemas que Cecilia, consigo me identificar com algumas das razões da insatisfação dela. Ver sua vida ser medida – e determinada – pela régua alheia pode causar sérios danos a você. No caso de Cecília – e assim foi no meu – a orientação é buscar ajuda. Às vezes, não basta ter fé e esperar, precisamos agir e contar com a orientação e o apoio de especialistas que vão indicar as melhores formas de passar pela turbulência e sair mais forte dela. Não vai ser fácil. Mas vai te tornar mais forte.

O texto completo está no Literatura de Mulherzinha.

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com/2018/09/cap-1503-amar-ta-osso-vanessa-bosso.html
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Renata 23/05/2019

mais do que um simples new adult, esse livro fala sobre depressão
esse livro revelou-se diferente do que eu esperava antes de iniciar a leitura. pensava que ia ser mais um livro leve e tranquilinho sobre superação pessoal na juventude, algo facilmente digerível pra passar o tempo, afinal, era a história de uma menina recém saída do colégio e recém ingressa na faculdade, enfrentando os desafios da vida adulta. mas ele se mostrou mais impactante do que parecia ser inicialmente.

confesso que na primeira parte do livro eu tava com ranço da cecília, a protagonista. eu só conseguia pensar: 'nossa, que menina chata, que baixa autoestima, que excesso de autocomiseração, tá sempre se colocando pra baixo, que uó'; quase que abandonei a leitura. mas continuei firme porque, apesar de ser algo diferente do que eu esperava, é um livro fácil de ler.

a escrita da autora é gostosa, o ritmo da história é bom, a leitura vai fluindo sem nem perceber.

o livro fala sobre depressão, sobre não se sentir bem consigo mesmo, e sobre como a vida pode afundar se não for procurado tratamento adequado pra isso. só depois que percebi que a protagonista tinha mais do que uma simples autopiedade excessiva, e sim depressão, foi que comecei a me conectar mais com a história.

pode ser um livro importante pro público em geral por conseguir abordar esse assunto, mas sinto que não é pra todo mundo: há alguns gatilhos que podem afetar quem o lê, dependendo do estado mental do leitor (como em 13 reasons why). por isso, apesar de ser uma leitura fácil e proveitosa, pode se revelar ser um pouco pesada também.
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Cassio 16/04/2019

Eu esperava que Céu sem Estrelas fosse um bom livro, por todos os elogios que já li. No entanto, Iris Figueiredo conseguiu surpreender superando as minhas expectativas. Com relação à escrita, o livro apresenta pontos de vista alternados entre Cecília e Bernardo, e isto provoca uma imersão ainda maior na história, pois o leitor pode observar o enredo se desenvolver sob óticas diferentes e ter maior compreensão do todo. A leitura é fluida, e os acontecimentos narrados são um retrato cru da vida real.
A história de Céu sem Estrelas é dolorosamente identificável. Em vários momentos pude enxergar a mim, a minha família, a meus amigos, nas situações descritas por Iris. E ao mesmo tempo em que é identificável, Céu sem Estrelas nos ajuda a entrar no universo dos distúrbios mentais e compreender o peso das palavras e julgamentos da sociedade sobre o indivíduo, as relações familiares e seus desdobramentos psicológicos sobre cada um, a perspectiva de uma pessoa sobre as experiências que vive - pois o que pode ser bobagem para um pode ter um grande efeito sobre outro, e isto é bem demonstrado na dança de capítulos entre Cecília e Bernardo.
Em suma, Céu sem Estrelas é um maravilhoso romance psicológico que traz representatividade, sem esquecer de como as diferenças de cada um afetam sua perspectiva sobre o mundo, e nos convida a refletir sobre estas diferenças.
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Ana Ira! 25/03/2019

Céu sem estrelas, da autora brasileira Iris Figueiredo, é um livro bastante importante e diferente, pois fala sobre doenças e saúde mental.

Tema tão necessário nos dias atuais, aqui conhecemos a Cecília, uma jovem de 18 anos, que sofre de uma forte depressão e que ao decorrer da trama passará por poucas e boas.

Cecília acaba de ingressar na faculdade e ainda por cima é dispensada do emprego, para seu desespero bem no dia de seu aniversário.

Sua mãe fica bravíssima com ela e a expulsa de casa, fazendo com ela peça ajuda a sua melhor amiga, Iasmin.

Iasmin é irmã mais nova de Bernardo, e amiga íntima de Cecília há anos. As duas se dão muito bem e a família deles recebem Cecília como uma segunda filha.

Morando todos juntos, logo Cecília e Bernardo começam a ficar, ela sempre gostou dele, e ele passa a enxergá-la agora mais do que a "amiga da irmã" e realmente se apaixona por ela, até que um deslize - que a meu ver nem foi tão culpa dele assim - faz com que os dois termine e Cecília sai de sua casa e vá morar com a vó muito revoltada.

Eu tava muito ansiosa mesmo pra ler Céu sem estrelas. As resenhas que li dele eram muito positivas, e a histórias parecia ser muito boa. Porém, me decepcionei bastante, pois o livro deixa MUITAS pontas soltas, muita falta de explicações e a Cecília me incomodou um bocado.

Como eu disse, desde os primeiros capítulos já percebemos a depressão da Cecília, e eu entendo a dor dela, de verdade! Porém, achei ela muito ingrata com o Bernardo, a Iasmin e os pais deles, que lhe deram abrigo, roupas, comida, wi-fi kk de tudo quando ela jogada pra fora pela mãe.

O Bernardo aceita uma carona de uma ex e acontece tal coisa que culmina no "término" deles. Ok, ele errou. Mas não foi tão grave assim, e outra, ele e a Cecília ficavam, não tinham nada sério. Não entendi o surto dela. Só de ver ele, ficar na presença dele, ela já passava mal e se sentia incomodada. A capa é linda, mas mostra uma cena horrível, de algo triste e muito, muito intenso que houve com a Cecília, e eu não a julgo, só que fiquei chateada, porque ela expõe seus sentimentos de uma forma, demonstrando que teve esse surto só porque saiu pra jantar com o Bernardo. Poxa, mas o menino fez de tudo pra ficar com ela. Pediu perdão, fez o melhor, se preocupou. E a Iasmim precisando dela, e ela simplesmente deu as costas.

Não gostei nada, nada da Cecília. Achei ela muito ingrata com todos que a amaram e tentaram lhe ajudar.

O final foi muito decepcionante, pois faltou muitas informações, ela continuou uma grossa, e quando descobrimos a real de seus problemas psicológicos, não é dado tantas informações sobre o tratamento, como será feito e se ela terá chances de melhorar e ter uma vida saudável. Só é dito a doença que ela tem e que foi consultar com um psiquiatra. Só isso.

Enfim, a ideia do livro foi muito boa. Todavia, o desenvolvimento da trama não.

Os capítulos são narrados pela Cecília e pelo Bernardo. Os dela são na maioria falando mal dele kkkkk e ele é muito fofo, compreensivo e realmente fez de tudo pra ficar com ela e ajudá-la.

Apesar dos pesares, gostei da temática, vale muito ressaltar os problemas psicológicos e as formas de ajudas e tratamentos via literatura.

site: https://elvisgatao.blogspot.com/2019/03/resenha-ceu-sem-estrelas-iris-figueiredo.html
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@viagementrelivros 20/03/2019

@viagementrelivros
Oi, gente! Eu terminei esse livro recentemente e foi de um impacto tão grande que eu não sabia por onde começar uma resenha. Resolvi então fazer algo diferente e vou falar aqui sobre 3 temas importantes que são relatados na história e que, por isso você precisa ler. Nos comentários deixarei a sinopse, ok?

⭐Tema 1: gordofobia. O sofrimento da Cecília, a personagem principal, sobre a maneira como as pessoas a tratam por causa de seu peso, é palpável desde o começo da história. São familiares que nunca deixam de apontar o quanto ela engordou ou de dizer que ela deve parar de comer. As roupas do shopping que não são feitas para seu tamanho, os comentários 'inocentes' de terceiros sobre sua aparência e condição. Crescer com essa pressão sobre seu corpo fez da Cecília uma pessoa com a auto-estima muito prejudicada, e isso acarreta em muitas outras coisas.
⭐Tema 2: depressão. A autora aborda isso de uma maneira bastante verdadeira. É bem difícil de ler inclusive, parece que dói na gente. Pode imaginar então o quanto dói na pessoa que está com depressão? No livro somos lembrados de que depressão é um assunto sério, não é frescura, não é vergonhoso, é uma doença. E como toda doença, precisa de tratamento.
⭐Tema 3: Relações familiares tóxicas. A história da Cecília é extremamente marcada pela relação dela com a mãe e com o pai ausente, além dos problemas com o padrasto. Tudo isso corrobora, e muito, com as dificuldades na vida da Cecília.
- A autora trás vários outros temas no decorrer da história, mas não quero jogar todos esses spoiler aqui. Tudo é tratado de forma crua e, infelizmente, muito real.
- Como podem ver, é um livro pesado, mas a escrita é fluída e se desenvolve rapidamente. Minha crítica se dá pelo final corrido demais e a falta de desenvolvimento do futuro dos personagens. Não sei se a autora pretende fazer uma continuação, mas eu gostaria que tivesse para fechar todas as pontas.
- No mais, é uma história que recomendo bastante.
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Ca Melo 29/09/2018

Tão necessário...
"Uma pessoa normal não fazia esse tipo de coisa por vontade própria. Eu gostava de sentir dor. Não, eu não gostava. Eu precisava. Era o que me mantinha sã. O sangue, o corte, a ardência, o ritual… tudo aquilo me mantinha sã. Mas depois vinha a vergonha. Eu não tinha mais vontade de sair de casa. Colocar os pés para fora da quitinete significava ter que esconder as marcas, conviver com o medo de descobrirem. Ficava ansiosa quando me perguntavam algo, me preocupava em encontrar algum assunto completamente aleatório. Era como se viver fosse uma grande corrida de obstáculos que eu não tinha como ganhar, não importava o quanto tentasse. Tinha medo, muito medo, de que as pessoas descobrissem o inferno em que me encontrava só olhando nos meus olhos. E o medo era real". (p. 282)

Sabe aquele livro necessário? Não haveria outro adjetivo para resumir os meus sentimentos ao terminar Céu sem estrelas da autora Iris Figueiredo. Publicado pela Editora Seguinte, o livro nacional passa, acima de tudo, uma mensagem de conforto e esperança. ❤
Nos últimos anos diversos livros, principalmente os mais voltados ao público jovem, vem trazendo histórias sobre transtornos mentais, principalmente a depressão. Mas dos livros que eu li poucos conseguem trabalhar com o tema de forma responsável. Digo isso porque alguns desses livros desenvolvem personagens que sofrem com problemas desses tipo, mas sempre de forma muito negativa, colocando apenas no final do livro uma nota explicativa de apoio. E isso na verdade sempre me incomodou. Mas Céu sem estrelas é diferente, é uma das poucas exceções!

A história de Cecília é comovente e foi impossível não sentir empatia por ela. Me identifiquei com várias questões: seja em relação à ausência do pai, a relação com o padrasto, a experiência com o primeiro namorado e o problema de aceitação do corpo. Por mais que essas coisas não me afetam na mesma intensidade com a protagonista conseguia me conectar muito com os seus sofrimentos, mesmo que não concordassem com muitas atitudes que ela toma, mas é importante ressaltar que cada um reage de uma maneira e não cabe a quem está de fora julgar. Cada uma sabe o inferno que possui internamente.

"Parte de mim sabia que era irracional, mas a outra repetia o mantra: Você é gorda. Você é feia. Você como feito um animal. Ninguém te acha legal. Ninguém te acha bonita. Ninguém te acha interessante. Nem seu pai gosta de você. As mesmas palavras, sem parar. Não dava para apertar um botão e desligar os pensamentos'. (pp. 43-44)

A narrativa se divide com a perspectiva de Bernardo, enriquecendo ainda mais as temáticas trabalhadas. Ao mesmo tempo a construção desse personagem é apaixonante, a autora criou um personagem real, que foge tanto do estereótipo de príncipe como de “bad boy incompreendido” que estamos habituados a encontrar nos livros. Bernardo é um personagem real, que erra, que acerta, que sofre e precisa aprender com as consequências de suas escolhas.

'Às vezes me perguntava o que queria da vida, para onde estava indo, o tipo de coisa que a gente se pega pensando de madrugada, quando ninguém pode entrar na nossa cabeça e ver o quanto é uma bagunça". (p. 184)

E por falar em personagens reais, como não falar da representatividade nesse livro, e não só apenas por ter uma personagem gorda e de cabelos crespos. Os amigos de Cecília tem sua importância, vivência e importância pontuadas ao longo das páginas, seja o racismo velado com um garota negra estudante de direito, seja pela falta de acessibilidade e as dificuldades de uma pessoa com deficiência física que depende de uma cadeira de rodas.

Eu sou muito suspeita para falar, mas gosto de livros que trazem os relacionamentos familiares em destaque. E nesse livro tem treta em vários aspectos, e que independente das condições financeiras, em nenhum lugar há a representação de família de comercial de margarina. Nenhuma família é perfeita, aliás, nenhum ser humano é perfeito. Lembro que na FLIPOP 2018… Eu fui! a Iris Figueiredo falou sobre a importância das mulheres mais velhas e da relação mais próxima entre tias, avós, sobrinhas, netas e primas no Brasil, e em Céu sem estrelas essa relação, por mais problemática que seja, aprece bem nos almoços na casa da vó de Cecília, inclusive com a presença daquela tia chata, rs.

Outro diferencial que do livro é ter como uma de suas ambientações a universidade, já que no Brasil os livros voltados para o público jovem se passam mais no ensino médio. A representação da Universidade Federal de Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, traz muita familiaridade para mim com a Universidade de São Paulo, inclusive ao pontuar as condições deficientes na estrutura. Ah, e sim a história se passa em Niterói e fico muito feliz quando os autores nacionais desenvolvem suas histórias em solo brasileiro enriquecendo o nosso país com suas tradições e cultura!

Com uma leitura fluída e rápida, além de uma história envolvente fica difícil interromper a narrativa e os acontecimentos que marcam tanto Cecília e Bernardo. Me arrependo de não ter lido esse livro antes, a até agradeço a Willy que leu e me fez lembrar que o livro estava esquecido na minha estante. Inclusive, confiram a resenha dela no blog Entre nos Mundos 😉

Com várias referências a livros, como A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath, Iris Figueiredo deixou fez a diferença, deixando a sua mensagem clara e objetiva:

"Nem sempre a gente é capaz de lidar com tudo o que está acontecendo por conta própria, mesmo que ache o contrário. Aí precisamos de uma pessoa com quem conversar". (p. 281)

site: https://abookaholicgirl.wordpress.com/2018/09/29/resenha-ceu-sem-estrelas-de-iris-figueiredo/
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Gabi 05/03/2019

Sensível
Me emocionei muito com essa leitura. Vou confessar que não esperava tudo isso. Ao longo da leitura várias vezes tive vontade de entrar no livro e consolar Cecília.
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Vanessa.Issa 01/03/2019

Mais um livro que eu estava querendo ler desde a Bienal do ano passado. Essa capa maravilhosa chamou muito a minha atenção. Foi realmente uma ótima escolha, pois esse momento da história é significativo demais.

A Cecília é uma jovem universitária que é demitida de seu emprego logo no primeiro capítulo. Pra piorar, isso acontece justo no aniversário dela. Daí pra frente, as coisas só vão ladeira abaixo!

Ela tem problemas muito sérios com a mãe e com padrasto, nunca teve contato com o pai biológico, e sofre bastante por se sentir solitária, com a ideia de que um dia todos que a cercam irão abandoná-la. Falando assim, nem parece ser algo tão grave, mas é. Ela tem crises fortes, nas quais pensa em desistir da vida e não consegue enxergar nenhuma saída. Cada vez que se decepciona com alguém, seja um amigo ou namorado, todo esse sentimento de rejeição e abandono se multiplica, fazendo com que ela sinta tudo mais intensamente, ainda mais sufocada.

Além disso, o racismo, a gordofobia e os complexos com o próprio corpo também são assuntos bem presentes na história. Há momentos em que é questionado se tal emprego não foi conquistado por Stephanie, uma personagem negra, por conta de sua aparência. Há momentos em que Cecília demonstra estar incomodada com o simples ato de sair para comprar uma roupa, pois não encontra nada que lhe sirva. Embora esteja escrito G e GG nas etiquetas, as roupas são muito pequenas e jamais serviriam numa pessoa que esteja de fato buscando por esses tamanhos. São cenas que passam sutilmente pelos capítulos, pois não são nos momentos mais decisivos, mas que carregam mensagens muito importantes, que infelizmente são muito presentes na nossa vida real.

A grande questão do livro é Cecília conseguir acreditar que existem pessoas do lado dela, que se preocupam, que entendem a sua dor e que estarão sempre em sua vida, não importa o que aconteça. Ela não está sozinha.

Acho que todos nós já nos sentimos sozinhos em algum momento. Acredito que a maioria dos leitores irão se identificar com essas personagens de alguma forma.

Eu gostei da leitura, embora tenha achado muito mais triste do que eu esperava. Cheguei achando que seria um livro jovem, levinho, de capa fofa... E saí cheia dos pensamentos reflexivos sobre a vida. Me surpreendeu.

Adorei a nota da autora, que traz informações úteis para quem está passando pelo mesmo tipo de dificuldade que a personagem principal.
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