Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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Gerson91 03/08/2021

História e poesia
Acho que se o imperador Adriano tivesse escrito essa narrativa, seus feitos teriam sido ainda maiores. Um livro sensacional, realmente a autora te faz pensar como o romano.
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Cesar Garcia 10/07/2021

Uma obra prima da literatura
A vida do imperador Adriano contada em forma de memórias de uma forma belíssima.
A escrita da autora é elegante, passa um sentimento de reflexões sobre uma vida e sua visão de mundo.
Fala de um dos grandes governantes da história da humanidade, com seus defeitos e qualidades.
Uma obra prima.
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Priscila (@priafonsinha) 29/06/2021

Romance histórico é um dos gêneros literários que mais me atrai, embora Sra. Yourcenar não goste de definir este seu livro assim. Talvez -como diz na contracapa- seja uma espécie de "biografia imaginária". E aqui temos a biografia do imperador romano Adriano, que escreve suas memórias numa longa carta a Marco Aurélio. A leitura foi um tanto enfadonha, começou muito bem, mas ao longo da escrita houve muitas divagações e por vezes se tornou lenta e cansativa. É um trabalho magistral em sua pesquisa (30 anos em pesquisas e para escrevê-lo), foi bom conhecê-lo, mas assim como ela disse precisar de um amadurecimento para escrever, talvez eu também precise deste tempo para apreciá-lo como deve ser...
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Matheus656 31/05/2021

Memórias de Adriano
Esse livro foi uma experiência única pois até hoje não tinha enfrentado esse tipo de leitura, confesso que esperava um romance clássico porém o que encontrei foi uma profundidade filosófica imensa, também não esperava uma ausência de diálogos
Na minha leitura, o livro alternou entre momentos monótonos e empolgantes, também demorei a me acostumar com o vocabulário
O fato de nos acostumar a ler essa "autobiografia" nos faz esquecer que há uma escritora por trás durante a história, em suma: Demorei, porém gostei.
Recomendo sim, todavia tente saber mais sobre o livro antes, pode não ser do seu agrado essa escrita
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Alessandro232 04/04/2021

Obra-prima da literatura moderna
Há algum tempo surgiu o interesse de ler "Memórias de Adriano". Eu já tinha visto vários comentários, com elogios ao livro. Mesmo sabendo o que poderia encontrar, esse romance me surpreendeu positivamente.
Não pode dizer que é um livro de leitura fácil. Muito pelo contrário. Já no primeiro capítulo, o protagonista faz uma espécie de tratado estético-filosófico sobre vários assuntos, tais como o amor e a política. Mas, ele faz isso por meio da escrita muito bem elaborada de Marguerite Youcernar. E que escrita! As palavras da autora são lapidadas como se fossem joías preciosas. Percebe-se que a autora as escolheu com muito cuidado, para que cada frase do livro soasse bonita dentro do seu texto.
O livro também surpreende pela forma de narração adotado por Yourcenar. Trata-se de uma autobiografia romanceada, em parte baseada em eventos históricos e em parte inventada, na qual qual a voz de Adriano está presente todo tempo. É sempre por meio de seu ponto de vista nem sempre confiável que conhecemos aspectos importantes da cultura romana e também da visão idealista do protagonista muito influenciada pela herança dos gregos.
Em muitos trechos, Adriano revela uma personagem contraditória. Às vezes demonstra ser por demais egocêntrico, preocupado com questões aparamente fúteis, mas em outros momentos mostra seu lado pacifista e conciliador, preocupado em produzir diversos tipos de melhorias dentro do Império Romano.
Embora não seja uma leitura fácil, é notável a maneira como autora faz com que o leitor entre dentro da mente de Adriano, de modo que tenha acesso aos seus medos, ansiedades e prazeres secretos. De forma ficcional, Youcenar consegue recriar com maestria uma época passada, de modo a resgata-la, principalmente em suas peculiaridades e costumes, que pelo ponto de vista de Adriano que a torna tão interessante e complexa.
Assim como em outros romances históricos há intrigas palacianas, amores trágicos e intensos conflitos bélicos, mas com uma forma de narrativa diferenciada, que privilegia uma visão mais humana. É a profunda humanidade de Adriano que torna o livro fascinante.
Assim, é a construção verossímil e bem elaborada de Yourcenar do olhar do protagonista, atento e sensível ao mesmo tempo sobre sua época que faz do livro uma obra-prima da literatura.
"Memórias de Adriano" consegue ser tudo que se espera de um romance: poético, filosófico, e com personagens muito bem construídos, com destaque para Adriano, um ser complexo e multifacetado, revivido pela prosa sublime de Yourcenar. Leitura altamente recomendada para quem se interessa por eventos históricos.
Sobre a edição : ela vem com dois prefácios, um deles assinado pela historiadora Mary Del Priore. Além disso, também tem como apêndice um caderno de notas, no qual autora comenta a elaboração de sua obra-prima.
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Beth 21/03/2021

Entrou para a lista dos meus favoritos
Após longos anos de estudos e pesquisas, Marguerite Yourcenar nos trás Memórias de Adriano.
O livro é incrível, uma autobiografia romantizada, mas por muitos momentos mergulhada na leitura, poderia acreditar que o texto tivesse sido escrito pelo próprio imperador Adriano.
Para os leitores apaixonados pelo Império Romano, este livro é uma boa recomendação. O ritmo da leitura é um pouco lenta, mas vale muito a pena. Com certeza entrou para os meus favoritos.
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Lucas.Batista 08/03/2021

Poético. Lindo.
Livro já discutido à quase exaustão pelos críticos, não acho que caiba a mim, um simples leitor, fazer quaisquer tipos de analise. Assim sendo, deixo aqui minha recomendação dessa obra linda, a advertência de que a linguagem pode até ser um tanto rebuscada, mas o ritmo é muito bom.
Deixo aqui um trecho que me marcou: "Considerava da máxima importância não só reunir e conservar os volumes antigos, como encarregar escribas conscienciosos de tirar novas cópias de todos eles. Essa maravilhosa empreitada não me parecia menos urgente do que o auxílio aos veteranos, ou o subsídio às familias prolíferas e pobres. Dizia a mim mesmo que bastariam algumas guerras e a miséria delas resultante, acompanhadas de um período de brutalidade e selvageria sob o domínio de alguns maus príncipes, para que ficassem irremediavelmente destruídos os pensamentos chegados até nós por meio desses frágeis objetos de tinta e fibra. Todo homem bastante afortunado para se beneficiar mais ou menos desse legado de cultura, parecia-me encarregado de um fideicomisso para com o gênero humano".
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Vinícius Chicaroni 02/03/2021

Onde estão os Adrianos de hoje?
Através das memórias de Adriano, quebramos a pedra angular da concepção de que o poder tende a corromper o homem. Uma quebra com o machado da filosofia; e os pedaços são levados até nossa alma pelo vento da poesia. Inúmeros trechos são tombados na memória do leitor, permanecendo lá eternamente, tal qual os monumentos de Roma. O antigo imperador governou sob as leis do seu espírito - espírito livre, justo e, essencialmente, humano. Ele não imaginava que a paz que desejava não se estenderia apenas para o território romano, mas também para aqueles que leem suas palavras construídas nas páginas da sua memória. Adriano que tanto aspirava pela arte, talvez a tenha inspirado; e ela por estar tão dentro de si, acabam por ser só um. Memórias da arte de Adriano.
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Sarah 29/12/2020

Muito bem escrito, um dos melhores que já li
Em "Memórias de Adriano", a obra mais conhecida da belga Marguerite Yourcenar, o imperador homônimo está a beira da morte e reflete sobre sua vida, em especial sobre seus anos no cargo, em uma carta endereçada a seu sucessor Marco Aurélio.

Falando friamente, não parece diferente de nenhuma outra obra histórica. A grande sacada está na própria escrita de Marguerite, que pesquisou por muitas décadas sobre Adriano, que é tido como um dos maiores imperadores romanos, antes de começar a produzir o romance.

Ela escreve em primeira pessoa e consegue nos transportar para a Roma de 100 d.C. Você vibra com suas glórias e sofre com suas derrotas como se Adriano fosse um amigo querido.

Uma das coisas que mais me marcou foi a descrição da paixão entre Adriano e o jovem Antínoo e as reflexões que sua morte aos 19 anos provocam no imperador enlutado.

Fun fact: Marguerite foi a primeira mulher a entrar para a Academia Francesa de Letras. Isso aconteceu apenas em 1980, três anos após a brasileira Raquel de Queiroz conseguir o mesmo feito por aqui.

Nota: 10/ 10

site: www.instagram.com/invasoesgermanicas
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Deghety 10/11/2020

Memórias de Adriano
Primeiramente devo louvar a genialidade da autora que se vestiu psiquicamente como o Imperador Adriano.
No fim do livro há algumas notas do processo criativo e de estudos para concepção da obra.
Sobre Adriano, um dos 5 grandes imperadores de Roma, é impressionante sua erudição e o seu legado.
Pode-se dizer que é o principal imperador da Roma, visto que seu reinado reestruturou o cenário social, político e cultural do Império.

"Empenhei-me na luta para enaltecer o lado divino do homem, sem, contudo, sacrificar-lhe o lado humano.

A leitura é um pouco cansativa, ao leitor comum, às vezes, por se tratar de "memórias", pois há muito de reflexão e divagação do personagem que mistura lirismo e bagagem cultural.

Vale ressaltar também um personagem secundário, Antínoo, favorito de Adriano. (Usando termo da época)
Antínoo foi o principal responsável por algumas filosofias e angústias, tanto é que foi criado um culto a sua honra, que formaram o caráter do Imperador a partir da sua perda.

Ainda sobre legado, foi no reinado de Adriano, devido à revolta judaica, que originou a disputa territorial entre Israel e Palestina que perdura até hoje, como também, o ritual ao Muro das Lamentações.

Marguerite Yourcenar é inegavelmente um gênio da literatura e essa obra o comprova.
Marcia 31/01/2021minha estante
Li há muitos anos e voltei a ler faz pouco tempo. Continua sendo uma obra magnífica! Li outros livros da autora, todos muito bons, mas este é o melhor.


Deghety 31/01/2021minha estante
Gostei bastante de A Obra em Negro também




Isabelle 27/10/2020

Perfeito! Não tenho muito o que falar, um dos melhores livros que já li na vida.
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Nivia.Oliveira 24/10/2020

De olhos abertos para a morte
Quando aprecio uma escultura fico tentando imaginar a história daquela figura ou o que ele estaria tentando me dizer. E Marguerite Yourcenar consegue fazer isso de forma brilhante. Por meio do seu caderno de notas dá pra perceber quanta pesquisa foi feita para concluir o livro após cinco anos.
Como se trata de um Imperador à primeira vista pensei que o foco do livro seria a liderança, já que Adriano foi um exemplar gestor e humanista se diferindo de seus predecessores.
Mas a essência do livro está no HOMEM Adriano. É... costumamos nos esquecer de que os líderes também são humanos! É incrível como ele pode, em meio a tantas turbulências (conflitos políticos, conchavos, guerras...), ter tempo para ler (principalmente os filósofos gregos), apreciar a arte em todas as suas formas (fpi primeiro colecionador de arte do Ocidente), desfrutar dos atrativos das cidades que visitou em inúmeras viagens e amar quem bem queria. É uma aula de como aproveitar a efemeridade da vida! Talvez por isso, já moribundo tenha mais coisas boas para se lembrar e “entrar na morte com os olhos abertos...”
Sublime e emocionante a descrição da morte de Antínoo e de como lidamos com a culpa que nem sabemos que nos pertence. As diversas dissertações filosóficas de Adriano sobre corpo, sedução, literatura, ciência, etc é um convite a abrimos nossos olhos para outros pontos de vista.
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Otávio - @vendavaldelivros 24/09/2020

“Mas toda tolerância concedida aos fanáticos os faz acreditar imediatamente que se trata de uma manifestação de simpatia pela sua causa.”

Memórias de Adriano é um livro de memórias do Imperador Adriano. Até aí meio óbvio, claro. Mas o que torna esse livro tão espetacular é que Adriano nunca deixou suas memórias escritas. Na verdade, nem perto disso. Então, coube à Marguerite Yourcenar, grande dama da literatura francesa, realizar um trabalho gigante, que levou 30 anos para ser concluído e que nos apresenta aquele que foi considerado um dos maiores imperadores da história de Roma.

Públio Élio Adriano foi imperador romano de 117 a 138 e é considerado um dos “cinco bons Imperadores”. Amante das artes, da paz, da cultura helênica e viajante assíduo, Adriano tem em seu histórico feitos como a pacificação de regiões conflituosas, a diminuição da expansão romana com o foco na consolidação do Império e a criação da Muralha de Adriano nas Ilhas Britânicas. Adorado como um deus após sua morte, Adriano foi referência para pelo menos dois de seus sucessores.

"A meditação sobre a morte não nos ensina a morrer"

Se a figura de Adriano por si já é impactante, a capacidade de Yourcenar em nos fazer entrar na mente do Imperador consegue ser ainda mais. Em determinado momento do livro esquecemos que as memórias que ali estão não foram escritas por ele, mas por ela. Passamos a entrar cada vez mais nos sentimentos e na forma de ver o mundo do Imperador. Seu amor imenso pelo jovem Antínoo é retratado de maneira incrível. É possível sentir com Adriano a dor da perda do seu favorito. Dor essa que o levou a criar para Antínoo um culto no Egito.

Memórias de Adriano não é um livro fácil, mas consegue ser absolutamente prazeroso. Cada frase é uma poesia embebida em filosofia e visão de mundo. Yourcenar nos faz questionar, junto com Adriano, a vida, as religiões, o ser humano e, por fim, a morte. O Imperador toma vida em cada página, assim como o homem. Suas ambições e angústias, suas dúvidas e certezas estão ali, como se Marguerite Yourcenar escrevesse com ele uma mensagem aos tempos futuros. Tempos como o nosso, tão precisados de figuras contrárias ao fanatismo.

site: https://www.instagram.com/p/CFN154BHLiq/
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Malu 23/09/2020

Para quem gosta dos clássicos. Cansativa, mas uma boa leitura.
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Pri | @biblio.faga 16/09/2020

Ao longo de sua carreira literária, Marguerite Yourcenar (1903-1987) ⁣⁣ ~ pseudônimo de Marguerite Antoinette Jeanne Marie Ghislaine Cleenewerck de Crayencour ~ acumulou diversos prêmios, como o ‘Prix Femina’ e o Prêmio Erasmus, além de ter sido a primeira mulher eleita para a ‘Académie française’ (1980), instituição que serviu de inspiração para a Academia Brasileira de Letras.⁣⁣
⁣⁣
A “grande dama da literatura francesa” é considerada umas das melhores escritoras do Século XX, e “Memórias de Adriano” é vista como sua obra prima: uma magistral e bem executada mistura entre biografia, autobiografia e invenção romanesca sobre o Imperador Adriano.⁣⁣
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Se você ler o livro sem saber deste detalhe, você acreditará (e com muita convicção! 😉) que ele foi escrito pelo próprio Imperador Públio Élio Adriano, Pontifex Maximus dos territórios romanos no período entre 117-138 d.C. ⁣⁣
⁣⁣
Essa aura de autenticidade não é à toa, mas sim resultado de mais de 25 anos de pesquisa histórica. No final do romance são citadas as incontáveis fontes, bem como são transcritas notas da autora sobre o processo de confecção do livro.⁣⁣
⁣⁣
Por meio de uma longa carta/testamento dedicada ao jovem Marco Aurélio, o seu futuro sucessor, Adriano revisita os principais episódios de sua emblemática existência, como, por exemplo, sua relação com Trajano, seu “pai” e antecessor, o casamento com Sabina, sua amizade com Plotina e, sobretudo, seu amor pelo belo e jovem grego Antínoo.⁣⁣
⁣⁣
Contudo, a maior beleza do livro não está na riquíssima aula de História que ele proporciona, tampouco no apontamento das façanhas heróicas e políticas, mas sim nas reflexões induzidas por suas indagações e discussões filosóficas. ⁣⁣
⁣⁣
A dupla Marguerite/Adriano fala com muita propriedade e atualidade sobre a condição humana, liberdade, amor, guerra, servidão, religião, sofrimento e o próprio destino do homem.⁣⁣
⁣⁣
Considerado um dos “cinco bons imperadores”, Adriano prezou pelo incentivo à cultura, a disseminação das artes e o desenvolvimento intelectual do seu povo. Também foi o responsável pela construção do Panteão e da Vila Adriana.⁣⁣
⁣⁣
Um grande a homem a se conhecer, por isso, mais do que recomendada a leitura :)


~Quotes:⁣
“Senti prazer em fazer e refazer o retrato de um homem quase sábio” (p. 264)⁣

“Se este homem não tivesse mantido a paz do mundo e renovado a economia do império, suas felicidades e seus infortúnios interessar-me-iam menos” (p. 269)⁣

“Bem depressa compreendi que escrevia a vida de um grande homem. Desse momento em diante, impôs-se maior respeito pela verdade, maior atenção e, de minha parte, maior silêncio”. (p. 275)

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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