Parque industrial

Parque industrial Pagu




Resenhas - Parque Industrial


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Lina.Puertas 30/12/2023

Um soco no cérebro
Essa foi a sensação que tive quando comecei a ler, tanto pela escrita carregada de termos que remetem à época e aos papéis sociais que os personagens exercem quanto pelo modo como Pagu os traz. É um livro repleto de fragmentos, dispostos de uma maneira curta e direta, tipicamente jornalística e que conversa com a forma ainda mais veloz com a qual nos entretemos/ informamos hoje. Em certos momentos, as imagens são tão "pé no chão" que chega a ser doloroso enxergar o que a autora busca focar. Cada capítulo parece mais pesado que o anterior, mas também mais interessante e intrigante. É um livro carregado de temáticas muito bem trabalhadas dentro de um modelo picotado como cenas de um filme. É tão complexo que um leitor comum é capaz de abandonar por achar esquisito, cansativo e chato. Já um leitor que esteja buscando um livro único e se interesse por ir além da leitura pode mergulhar numa análise profunda, rica e transformadora, pois não há nada parecido na literatura brasileira ? talvez, até mesmo na literatura como um todo. Me perguntei como uma mulher tão nova conseguiu escrever algo tão diferente e tão atemporal. Parque Industrial na teoria é um compilado de histórias sobre a vida no Brás no início da industrialização do Brasil, mas, na verdade, com seus recortes precisos, conta sobre a realidade da modernidade, da formação até a contemporaneidade da sociedade brasileira e faz crítica a como somos, agimos e encaixamos nessa engrenagem. Uma leitura desconfortável, reflexiva e necessária, daqueles livros que todo mundo deve ler antes de morrer ? principalmente brasileiros.
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Vanessa.Benko 26/12/2023

A dor do pobre é o dinheiro
É uma obra fascinante que nos leva a uma imersão profunda no cenário histórico brasileiro da década de 1930. Escrito por Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, o livro nos apresenta uma visão única do Brasil durante o período da ditadura de Getúlio Vargas. Como estudante de Letras e amante da literatura, mergulhei nas páginas desta obra com grande entusiasmo.
A trama se desenrola em um parque industrial fictício, proporcionando uma narrativa rica em nuances sociopolíticas. Pagu, figura icônica do feminismo brasileiro, tece uma crítica perspicaz à opressão da classe trabalhadora e à busca incessante por justiça social. Sua presença marcante no cenário político da época adiciona uma camada intrigante à trama, proporcionando uma experiência literária enriquecedora.
No entanto, mesmo apreciando a importância histórica e a relevância da autora, não posso deixar de notar que a obra poderia ter explorado mais aprofundadamente a psicologia dos personagens. Enquanto a trama oferece uma análise aguda das questões sociais, a profundidade emocional dos protagonistas poderia ter sido mais explorada, enriquecendo ainda mais a narrativa.
A ausência desse aprofundamento psicológico dos personagens pode deixar alguns leitores ávidos por mais conexão emocional. Apesar disso, reconheço a importância desta obra como um documento histórico e social valioso, capaz de despertar reflexões pertinentes sobre as lutas enfrentadas por diferentes estratos da sociedade naquele período.
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joaoggur 28/11/2023

Disformia de fatos; cacofonia de ideais.
A famosa ?mais macho que muito homem? (ou como Zélia Duncan e Rita Lee a referem-se), a Pagu, é uma célebre figura do Modernismo; os desocupados de plantão sabem de seus casos com Oswald de Andrade, mesmo ela sempre tendo sido marcada por seu misto de beleza e intelectualidade.

Independentemente de sua vasta cultura política/ideologica, seu primeiro romance ?Parque Industrial? é pobre, maçante e, ouso dizer, bem confuso. Nao sei se devido a sua imaturidade como escritora (bem provável), ou uma tentativa falhada de dar uma áurea popular ao escrito, mas nada do que li me fisgou. As personagens são caricatas, e muitas vezes o comportamento transgressor é posto quase como uma lei do início da década de 1930; neste mundo, todos fogem das regras postas pelo sistema. (O ideário das personagens é certíssimo; a falha é a forçação de barra ao fazer-nos crer que aquilo era realidade, de que realmente haveria uma coalização de mulheres fugindo dos padrões da época. Infelizmente, a alienação sempre nos consumiu).

Infelizmente, não posso recomendar.
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Adrian.Daniel 28/11/2023

Manifesto da luta de classes Feminina Brasileira
O livro em si é dividido em diversos capitulos curtos que contam a respeito das condições proletarias femininas, abre os olhos para exploração e como a vida do pobre não é fácil, luta diária
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Danielayoshida 25/11/2023

?Não percebe que a distinção se faz nas próprias casas de parir. As criancinhas da classe que paga ficam perto das mães. As indigentes preparam os filhos para a separação futura que o trabalho exige. As crianças burguesas se amparam desde cedo, ligadas pelo cordão umbilical econômico.?
(p.59)
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Crixtina 12/11/2023

Parque industrial
?Não percebe que a distinção se faz nas próprias casas de parir. As criancinhas da classe que paga ficam perto das mães. As indigentes preparam os filhos para a separação futura que o trabalho exige. As crianças burguesas se amparam desde cedo, ligadas pelo cordão umbilical econômico.?
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mariana 09/11/2023

"A massa explorada cansou e quer um mundo melhor."
Esse livro foi publicado em 1933, e mesmo quase 100 anos depois, esse mundo melhor que é buscado pelos trabalhadores ainda não foi atingido.
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Eduardo 27/08/2023

"A voz possante domina, contagia, marca um minuto da revolução social".
Parque Industrial, da icônica Pagu, é um bom romance modernista se você vai pronto para o que o romance tem a oferecer. É um livro escrito pela Pagu de cerca de 22 anos, um livro que se propõe juntar o estilo modernista que ficou conhecido pela prosa de Oswald de Andrade (rápido, curto, cheio de coloquialismos e de caráter fragmentário) com uma proposta panfletária e didática do comunismo atento às questões de gênero.

Dado isso, realmente me surpreendeu especialmente a consciência feminista da autora, pois nunca tinha lido algo parecido em um autor de sua época.

Os vários enredos que compõem as histórias das trabalhadoras da indústria têxtil do Brás, em São Paulo, são bastante maniqueístas e compostas por personagens planos. Contribui para isso o narrador em terceira pessoa bastante engajado, mas também a figura de Rosinha Lituânia (possível referência a Rosa Luxemburgo, também mencionada no romance). Esta serve de exemplo para a luta de classes, pois é engajada, consciente, crítica, envolvida com o sindicato e com a greve, sem se iludir com as falsas promessas da ideologia dominante.

Para quem tem interesse na história da primeira geração de escritores modernistas brasileiros, na história da luta de casses no Brasil e em suas relações com as questões de gênero, vale a pena vencer a confusão inicial da leitura desse romance fragmentário.
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Vinicius_Alves.45 27/08/2023

Se você quiser entender como a burguesia é suja e a consciência de classe é extremamente necessária nas construções sociais, leia esse livro. Pagu tem uma escrita incrível e nos leva a refletir acerca de temas super necessários e atuais (mesmo que seja do século passado), inclusive escrevi um artigo na minha graduação sobre esse livro. Acredito que ela, sendo a figura que é, deveria possuir maior visibilidade na abordagem da literatura modernista, ainda mais com uma obra pesada dessas. Parque Industrial não tem pena dos coros dos burgueses, é tudo escancarado mesmo, e é disso que a gente gosta.
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Bruno236 25/08/2023

Um importante documento social, histórico e literário.
Marcado por uma forte escrita realista, a obra busca denunciar as injustiças, hipocrisias e crimes praticados pela burguesia Paulista, Brasileira e Mundial.

Não segue muitas normas de gênero,
Parece poesia ou verso.

Tem que ter estômago pra ler.
As violências sofridas pelo proletariado do mundo não são poucas e não são fáceis de ler.
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Raul.Maschieto 18/08/2023

A introdução do romance proletário no Brasil!
Parque Industrial representa a introdução de um novo gênero no Brasil: o romance proletário. As inovações apresentadas nessa obra são impressionantes tanto do ponto de vista do enredo quanto do da forma. O que mais me chamou a atenção formalmente foi a fragmentação da narrativa, utilizada por diversos modernistas tanto no Brasil quanto no mundo, que nessa obra funcionou de forma perfeita, atendendo a proposta da autora. Em suma, recomendo muito a leitura.
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lum1ta_ 27/07/2023

Pagu indignada no palanque
Pagu é um as figuras femininas mais importante do ativismo político brasileiro,que infelizmente foi apagada da história brasileira devido a sua má fama.
"Parque Industrial" é um romance que ilustra o cotidiano de operárias nos fervorosos anos 30,marcados pela industrialização do Brasil e o crescimento do movimento operário em prol de direitos trabalhistas,tudo isso com a linguagem popular da época.Portanto,a obra exemplifica muito bem o contexto socioeconômico dos anos 30 e deveria ser mais reconhecida,assim como sua autora que,em suas próprias palavras,teve uma vida política.
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luizdgv 17/07/2023

Parque Industrial, de Pagu
Apesar de ter sido publicado em 1932, o livro de estreia de Pagu fala de problemas que ainda são pertinentes à sociedade atual: desigualdade, luta de classe, proletariado x burguesia.

Gostei do livro, apesar de ter me confundido um pouco com o surgimento de muitas personagens. De qualquer forma, não é difícil compreender o porquê de Pagu ter sido tão importante!
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Biblioteca Álvaro Guerra 28/06/2023

Pagu retrata um Brasil hipócrita que se vale de uma desigualdade social profunda para subjugar a mulher proletária. Suas personagens, absolutamente modernas, oferecem recortes de uma vida carregada de sofrimento, mas também de desejos. Parque industrial é passagem obrigatória não só para leitores de Pagu, mas a quem se interessa pelo panorama social do período.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559212613
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