Thammy 01/02/2022
A revolução é proletária!
Esse é um livro marxista em sua essência e muito idealista. Apesar de ser ingênuo e iludido (sejamos francos) em muitos aspectos, não, isso não é necessariamente ruim. Pagu foi uma mulher muito inteligente e esse livro é uma soma de sua vivência na luta proletária, sua observação do cotidiano e do seu sonho socialista/comunista, seu ideal para um país mais justo.
Pagu foi uma mulher audaciosa, à frente do seu tempo, que se posicionava fortemente em prol dos direitos dos trabalhadores. Esse livro deixa claro, de maneira objetiva e em capítulos curtos, o quanto o reconhecimento da força e da luta do proletariado são importantes para fazer justiça e levar um país ao desenvolvimento. Pagu, nesse livro, clama para que as pessoas enxerguem e entendam a realidade que as cerca e estejam ao lado de quem troca sua exaustiva e mal remunerada força de trabalho por migalhas de uma burguesia elitista, egoísta e, em geral, burra.
Além disso, essa também é uma obra que traz pontos interessantes a serem refletidos como a misoginia, os preconceitos raciais e sexuais e, embora tenha sido escrita lá nos anos 30, traz nas entrelinhas muito do Brasil de hoje. Parece que quase nada mudou de lá para cá. Outro ponto interessante, na minha visão: esse é um livro que tem o poder de reacender a chama pela verdadeira luta em prol do social. Em tempos de eleição, devo frisar, isso é fundamental. Afinal, vivemos em tempos obscuros e votar a favor do social, do igualitário, do justo, no meu entender, é o que vai salvar o Brasil.
Leiam!