Parque industrial

Parque industrial Pagu




Resenhas - Parque Industrial


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Vitoria 07/08/2022

Sob medida
Nada em Parque Industrial sobra: a narrativa curta parece sob medida para transmitir a mensagem que Pagu se propôs.

Retrato da situação das mulheres proletárias. Ao contrário do naturalismo que antecedeu a obra, aqui as marginais (as que estão à margem) são vistas como humanas, como resultado de uma engrenagem perversa que em nada se aproxima da genética.

Uma obra vanguardista, que abraça o modernismo na forma e o romance engajado de 30 no conteúdo. Um panfleto comunista à época surpreendeu o próprio PCB pela audácia. Alguns trechos ainda hoje soam ousados.
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Sam 01/08/2022

Parque industrial - Pagu
Foi o primeiro livro que li da autora modernista. A obra apresenta uma linguagem simples, atual, é retratado de forma objetiva a realidade vivenciada não só pelos proletários dos anos 30, mas das mulheres nesse contexto. Por mais que já tivesse noção da censura, violência, injustiça e desumanidade burguesa no período (que, de certa forma, estendeu-se aos dias atuais), a leitura me espantou, me inquietou.

Por mais que a massa seja protagonista dessa estória (romance proletário), a Pagu trouxe a singularidade básica e necessária de algumas personagens femininas da obra. Otávia, uma mulher livre, crítica que luta pelos direitos dos trabalhadores. Eleonora que deseja ascender na vida e para tal deseja arrumar um marido burguês. E Corina que, de todas, foi a que mais gerou agonias em mim. Essa mulher sofreu demais!

Vemos mais pontos interessantes:

- mulheres que, devido à fome advinda da sua situação de miséria, tomam caminhos da prostituição.
- denúncia da desvalorização, objetificação, violência sexual e prostituição permeia toda a obra.
- apresentação das condições de trabalho e qualidade de vida humilhantes e mínimas.

Essa obra é sensacional! Leiam!
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Mari 14/07/2022

Não gostei, desgostei
Li esse livro para faculdade. Por ser curto -- e por estar um dia antes da prova, cuja leitura obrigatória era ele - eu o devorei em um dia. A escrita é "mal feita" e bem desordenada. Parece um vômito de pensamentos, que ao ser lido de uma vez pode causar confusão. Os parágrafos são difíceis de entender onde acaba e onde termina.

Mas, quando nos afastamos da obra, entendemos a magnitude da Pagu.
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jasmxndes 01/07/2022

Um tapa na cara e balde de água fria para todos aqueles que tiram um tempo para ler as palavras de Pagu, que comanda esse romance com maestria.
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Didi 03/05/2022

Infelizmente muito atual a leitura. Uma luta de classe q não evolui e continua oprimindo s classe trabalhadora. Atualmente são os aplicativos e terceirizados sem direitos.
Infelizmente o proletariado ainda não entendeu sua posição na sociedade..
Segue a pobreza, fome, má condições de vida retratadas nesta época.
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Thiago Barbosa Santos 27/03/2022

Parque Industrial
Foi meu primeiro contato com a autoria, que conheci através de uma resenha do programa Entrelinhas, da TV Cultura. Logo peguei o grande clássico dela, romance que marcou a estreia de Patrícia Galvão, a Pagu, ainda muito jovem.

PARQUE INDUSTRIAL é considerado o primeiro romance proletário brasileiro. Curiosamente, foi financiado por Oswald de Andrade. O enredo, as personagens, estavam ligados à classe operária. Mostrava a vida mas fábricas, nos cortiços, a luta dos trabalhadores, a opressão e a exploração dos patrões, o abuso às mulheres trabalhadoras, enfim, é um baita de um romance.
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agaris 19/03/2022

sonhador
capítulos curtos, influência modernista muito clara, Pagu tinha um estilo sem dúvida criado sob a sombra de Oswald. Gosto da forma crua e nada sutil que o livro funciona, deixando claro se tratar de um romance operário, a visão utópica, juvenil e talvez mole (assim como seus olhos) da autora se entrelaça com a dureza da realidade industrial de São Paulo em meados da primeira metade do século passado e evidencia como sempre mudamos para continuar iguais, as realidades e anseios abordadas na obra podem ter sido atenuados mas não deixaram e nunca deixarão de existir, afinal se trata da Sociedade Anônima São Paulo.
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MãeLiteratura 08/03/2022

Primeiro livro que leio da Pagu
Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, foi poetisa, romancista, crítica, cronista, ilustradora e autora teatral. Não tinha lido nada dela ainda e por isso quando soube do lançamento desta edição, fiquei muito curiosa para conferir.⁣

O livro foi escrito em 1932, quando Pagu tinha 22 anos, e publicado no ano seguinte sob o pseudônimo Mara Lobo. ⁣

Uma leitura rápida, intensa, crua e seca. A autora narra a luta dos operários por melhores condições de trabalho. Aborda preconceitos, luta de classes e outros temas importantes. Uma crítica social interessante.⁣

Gostei de revisitar minha São Paulo com o olhar da autora, certamente um olhar um tanto quanto desiludido, mas que faz sentido historicamente.⁣

Achei a capa, de Elaine Ramos, bonita e diferente, combinou com o texto.⁣

site: www.maeliteratura.com
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Thammy 01/02/2022

A revolução é proletária!
Esse é um livro marxista em sua essência e muito idealista. Apesar de ser ingênuo e iludido (sejamos francos) em muitos aspectos, não, isso não é necessariamente ruim. Pagu foi uma mulher muito inteligente e esse livro é uma soma de sua vivência na luta proletária, sua observação do cotidiano e do seu sonho socialista/comunista, seu ideal para um país mais justo.

Pagu foi uma mulher audaciosa, à frente do seu tempo, que se posicionava fortemente em prol dos direitos dos trabalhadores. Esse livro deixa claro, de maneira objetiva e em capítulos curtos, o quanto o reconhecimento da força e da luta do proletariado são importantes para fazer justiça e levar um país ao desenvolvimento. Pagu, nesse livro, clama para que as pessoas enxerguem e entendam a realidade que as cerca e estejam ao lado de quem troca sua exaustiva e mal remunerada força de trabalho por migalhas de uma burguesia elitista, egoísta e, em geral, burra.

Além disso, essa também é uma obra que traz pontos interessantes a serem refletidos como a misoginia, os preconceitos raciais e sexuais e, embora tenha sido escrita lá nos anos 30, traz nas entrelinhas muito do Brasil de hoje. Parece que quase nada mudou de lá para cá. Outro ponto interessante, na minha visão: esse é um livro que tem o poder de reacender a chama pela verdadeira luta em prol do social. Em tempos de eleição, devo frisar, isso é fundamental. Afinal, vivemos em tempos obscuros e votar a favor do social, do igualitário, do justo, no meu entender, é o que vai salvar o Brasil.

Leiam!
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Lara 15/12/2021

Publicado dentro da estética modernista a partir de experimentações formais, a obra não se enquadra no modelo determinado pelas obras canônicas. O romance proletário escrito sob pseudônimo de Mara Lobo, denunciava de modo incisivo o processo de exploração e violência praticado dentro do sistema capitalista, sobretudo no contexto de São Paulo em processo de industrialização e isso é demarcado pela estética da escrita da autora: curta e veloz.

Infelizmente é um livro, ainda hoje, marginalizado e deveria possuir novas edições para ecoarmos a voz de Pagu cada vez mais.
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Sthefany148 14/10/2021

Materialismo-feminista e a luta de classes
Pagu; um nome tão emblemático para a militância brasileira, foi a primeira mulher presa política e escreveu tal romance com apenas 21. Parque industrial conta a história de imigrantes do bairro do bras, principalmente mulheres, as quais o cenário caotica e muito REAL modela suas vidas e as focalizam na luta marxista contra a exploração do proletariado. Uma leitura crua, fragmentada e fulcral na formação da militância atual (vulgo eu com meus miseros 18 vejo nesse livro muito doque de fato nao vivi mas ainda busco lutar contra)
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Mika 05/08/2021

Vale a pena conhecer Pagu
Ao ler este livro, é necessário ter em mente o contexto em que ele foi escrito. Parque Industrial é do ano de 1933, quando Patrícia Galvão (que utilizara o pseudônimo Mara Lobo) tinha 21 anos e havia recém conhecido o movimento Antropofágico e o comunismo. O livro tem conteúdo relevante, construção semelhante à de um roteiro de cinema, com vários cortes na narrativa. Expõe a realidade operária em São Paulo, com protagonistas femininas, e de fato é um livro bem panfletário, que em alguns momentos me envolveu e em outros me cansou um pouco. Apesar do ritmo e de um pouco de previsibilidade, Parque Industrial tem seu mérito em ser uma obra que fala de questões que remetem à realidade atual e que se acentuam no cenário político que a gente vive agora. A quem decidiu não ler o livro, indico que pesquise sobre a vida de Pagu, um ícone da história brasileira
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Vitória 29/01/2021

"O Brás acorda.
A revolta é alegre. A greve, uma festa!"

Esse livro conta a história de três mulheres que vivem no Brás, São Paulo. Um bairro equivalente ao Dois de Julho em Salvador.
História e Memória caminhavam lado a lado. Hoje, plasmadas no presente. Esquecidas no tempo e excluídas no espaço.
Três operárias, Eleonora, Corina e Otávia. Cada uma com sua solução para sair daquele reino de miséria em que vivem. Otávia gigante, Corina levada e Eleonora pragmática.
Realmente, um livro subestimado. Um "folhetim" assertivo sobre essa realidade tão anestesiada e elástica.
Eu adorei esse livro!!
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