Maria2264 05/04/2020Desnecessário.Passados 5 dias, a tortura, finalmente, acabou. Eu estou em um processo de descontração, aprendi que livros dão muito trabalho, e os autores sofrem para pô-los no mundo, mais ainda para que eles tenham um certo tipo de engajamento entre a comunidade literária. Por esta razão, eu me esforço ao máximo para apreciar o trabalho dos escritores e quando não satisfeita, não ficar por aí usando a minha opinião para chamar o livro de merda ou ruim, como eu fazia no passado... Contudo, esse livro foi uma verdadeira afronta para mim. Jesus Amado! Eu não sei se era porque meu subconsciente estava determinado a não gostar da história, não sei se era porque NÃO ACONTECEU NADA de relevante o livro todo ou porque, mais provavelmente, a história era muito ruim. Cheguei a um ponto que eu, simplesmente, disse: "Já comprei e vou terminar isso pela força do ódio", só quem já tomou chá de boldo na vida e sabe a sensação que eu tive lendo esse livro, a sensação de uma experiência totalmente ruim, mas que você só tenta engolir e continuar para acabar logo... Eu estou tão feliz que tenha acabado que eu nem consigo acreditar. Os personagens eram insossos demais, a trama apresentava vários pontos problemáticos, as "brincadeiras" que Noah e Lee faziam com Elle me deixavam, totalmente, incomodada, e eu juro que toda vez que a Elle falava: "Ele me olhou com aquele sorriso torto" eu tinha vontade de jogar o livro longe, a autora utilizava de um recurso no enredo que consistia basicamente em: dar vazão as paranóias de um personagem problemático só para justificar suas atitudes problemáticas... Quer um exemplo? Vamos supôr que Elle quisesse ir a praia sozinha, mas Noah não quisesse deixar, simplesmente, porque é um imbecil possessivo, ele ia dar um jeito de manipular a garota dizendo que praia não é para ela, porque ela é muito inocente e não conhece os perigos da vida, e alguém irá tentar fazer algo com ela na praia, e blá blá blá. Como isso acabava? Com Elle indo a praia e alguma merda acontecendo só para a personagem ter que dar razão ao comportamento escroto de Noah e nunca mais ir a praia... Deus! Eu tinha tanto ódio disso... Sem contar a cena extremamente problemática do jogo de vôlei, em que o Noah tem uma crise de ciúmes que me incomodou bastante. Sério, as vezes eu chegava a pensar que a Beth Reekless, secretamente, odiava seus leitores e decidiu escrever esse livro para torturá-los. Eu nem preciso dizer que depois de A Barraca do Beijo, que já não era bom, mas ainda tinha um pouco de dignidade, não havia A MÍNIMA necessidade de escrever esse livro que conseguiu ser pior que o primeiro. Foi só encheção de linguiça desnecessária. Medonho. Desculpem por eu ter falado tão mal do livro assim, não é legal desmerecer o trabalho do autor, mas se for para ser sincera, eu me sinto na obrigação de mostrar e explicar, os muitos, pontos que me deixaram incomodada nesse livro.