natalia.costa.3 24/01/2020Literatura nacional de ótima qualidadeO livro é uma fantasia, com muita aventura e algumas características de distopia. Há algumas referências à Harry Potter, por exemplo, mas sem se tornar cópia de nada. Este foi o primeiro ponto que me fez amar a obra: uma fantasia original, algo que todo leitor de fantasia sabe, está raro nos dias de hoje.
Temos dois protagonistas, o Tomé e a Gray. Tomé é de Econ, um país no qual os ricos têm direito ao estudo e as universidades, enquanto aos pobres não são dadas as mesmas oportunidades de vida. Há muita desigualdade social. Já Gray é de Opus, um país socialista, onde não há grande desigualdade social, mas todos vivem com baixa renda. A governo controla tudo em um regime ditatorial.
Econ e Opus estão em guerra há mais de 100 anos, em busca do controle dos cristais amarelos de energia. Estes cristais são fontes ilimitadas de energia, e há dois deles (um em cada país). Além destes dois países, temos também o continente sul, onde há civilizações que vivem sem cristais de energia. Não vou falar sobre elas, para não estragar a experiência de leitura de vocês. Mas cito que entre estas civilizações há forte militarismo, construção de armas, e muita busca por poder.
Com vários elementos interessantes como ordens secretas, criaturas fantásticas, piratas, e claro, os cristais (chamados de krystallos), a obra consegue falar de temas super importantes e necessários, como política e democracia, tudo de forma leve e que prende o leitor do início ao fim. A cada página que lemos vivemos junto com Grau e Tomé a aventura que eles vivem.