Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - VIDAS SECAS


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OssosDePapel - Instagram 28/11/2022

Eu me sinto estranho quando gosto de algo que me faz sofrer, e foi assim com esse livro. Especialmente com o capítulo Baleia, uma das coisas mais tristes que já li na vida. A personagem, sem dúvida, me marcou para sempre.

Confesso que a princípio a objetividade da escrita me assustou. Achei direta demais. Porém, à medida que avançava na leitura, ia captando a sensibilidade do autor e percebendo que a dureza do texto não só era condizente com a história, como também a deixava mais imersiva. Desse modo, o leitor pode sentir a hostilidade do universo que cruelmente exaure a família de retirantes

Entrar nas mentes simplórias (só que não) desses sertanejos, e até mesmo na da cachorrinha, foi uma jornada psicológica dolorosa. Recomendaria como exercício de empatia para muita gente.
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Caio 17/11/2022

Temos aqui a história de uma família nordestina lutando para sobreviver. Eles são retratados de modo bastante animalizado. A figura mais humanizada é a cachorra, Baleia. Aos poucos, porém, eles vão se humanizando, num processo bastante doloroso, expondo a humilhação e os bloqueios impostos aos simples.

O texto é seco e bruto com as vidas que retrata. Nas personagens, enxergamos o que há de desumano em nós e o que pode se humanizar, também, na mediação do sonho e da esperança.

Percorremos, com isso, a aridez da vida e da linguagem que tão bem a traduz. As vidas secas se fazem presentes e contundentes nas dores a um só tempo individuais e universais. Nas filigranas de relações brutas, porém, emerge a humanidade naquilo que possui de essencial.
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Bia 07/10/2023

Muito bom mas a escrita é bem cansativa
Eu gostei do livro ele tem uma mensagem e uma crítica muito importante mas a escrita dele é muito cansativa, li por causa que a escola mandou mas foi um livro que me trouxe mais conhecimento, eu gostei
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Daiana Ângelo 25/03/2020

Exploração e Segregação social
"Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. O que lhe amolecia o corpo era a lembrança da mulher e dos filhos. Sem aqueles cambões pesados, não envergaria o espinhaço não, sairia dali como onça e faria uma asneira. Carregaria a espingarda e daria um tiro de pé de pau no soldado amarelo. Não. O soldado amarelo era um infeliz que nem merecia um tabefe com as costas da mão. Mataria os donos dele. Entraria num bando de cangaceiros e faria estrago nos homens que dirigiam o soldado amarelo. Não ficaria um para semente. Era a ideia que lhe fervia na cabeça. Mas havia a mulher, havia os meninos, havia a cachorrinha."(Vidas Secas)
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Suzana Mendonça 03/07/2022

Clássico da literatura brasileira
Clássico da literatura brasileira que conta a história de uma família de retirantes no Nordeste em busca de melhores condições de vida no formato de contos dedicados a cada personagem. O ponto alto do livro certamente são os momentos focados na cadela da família, Baleia.

A edição comemorativa de 80 anos do lançamento da obra é extremamente agradável aos olhos, com diagramação amigável e detalhes de trechos escritos à mão por Graciliano Ramos.
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Pri 20/03/2022

Vidas Secas
Considerada a obra mais famosa do autor Graciliano Ramos, Vidas Secas retrata o drama de uma família nordestina, que deixa a sua terra em busca de melhores condições de vida, como os personagens Fabiano, Sinha Vitória, o irmão mais novo e o mais velho, além da cachorra Baleia. Uma leitura forte e atual.
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Laura 10/09/2022

Obra significativa pra cultura literária brasileira. Retrata de forma fiel a luta dos retirantes no século xx. A exploração e a arbitrariedade por parte de alguns personagens, infelizmente, ainda são presentes na sociedade atual.
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Gi Olivia 14/06/2022

Vidas Secas, especial 70 anos
Primeiro que essas fotografias passam uma segunda história misturada com a história do Fabiano e Sinha Vitória, são incríveis
A forma como esse cotidiano do sertão e passado, as associações feitas entre o homem e o animal e como o Fabiano é tratado pelo patrão,pelo soldado e a forma como ele mesmo se vê na sociedade é de uma simplicidade verdadeira e real.
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Paulo2175 12/04/2024

Fome e morte no sertão nordestino

"A cachorra Baleia, estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida." Uma das partes mais sensíveis deste livro, na minha opinião. Em tempos de calamidades os animais não tem como se defender, pois o ser humano vai pensar primeiro nele e na sua família, embora Baleia fizesse parte da família, mas acabou sofrendo como todos daquele meio.
"Vidas Secas" é um livro clássico da literatura brasileira escrito por Graciliano Ramos. Ele retrata a dura realidade de uma família de retirantes que luta para sobreviver em meio à seca no sertão nordestino. O livro aborda questões como a miséria, a fome, a sede e a busca por dignidade em um ambiente hostil. A narrativa é marcante e os personagens são muito bem construídos, o que torna a leitura bastante impactante.
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Nay 02/01/2022

Se aprendesse qualquer coisa, necessitaria aprender mais?
É incrível com uma obra consegue perdurar, e depois de tantos anos, continua prendendo a atenção do leitor. Vidas Secas é uma leitura dura, seca e ao mesmo tempo emocionante pois retrata bem o sofrimento do nordestino, e as suas lutas, sejam elas internas ou externas.
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Gabriel 01/11/2021

Mais do que uma história, uma DENÚNCIA social.
Esse livro é mais do que uma simples história, é uma denúncia social. Entristece ter que reafirmar que as denúncias estabelecidas aqui ainda perduraram na contemporaneidade. A falta do comprometimento governamental ao tratar as populações mais carentes social, marca a linha tênue entre atitudes racionais e irracionais que convergem durante toda a narrativa ? e é uma ressalva que torna explícita como a falta do investimento na educação universal, inferioriza pessoas que carecem apenas de oportunidades. Esse livro é lindo, é triste, é cruel, É REAL. E precisa ser lido para encarar a realidade de outrem para qual nós fechamos os olhos.
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Jonathan.Queiroz 20/03/2021

Emocionante
Muito emocionante. Histórias que tratam do sertão e dos trabalhadores rurais sempre têm um poder maior sobre mim, pois penso nos meus pais, avós e demais ascendentes. Todos enfrentaram a seca e as dificuldades do trabalho no sertão nordestino. Então, ao ler a história de Fabiano e sinhá Vitória, eu posso muito bem imaginar os meus avós, que passaram por situações parecidas. Definitivamente é uma história que recomendo a qualquer pessoa, até porque ela é mais fluida de ler do que eu imaginava. E mesmo que você não curta alguns dos capítulos, o capítulo da Baleia vai te deixar no chão. Certeza.
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Vitória 24/08/2020

Citações favoritas
Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. (Pág. 46)

Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? Tinha? Não tinha. (Pág. 50)

Como podiam os homens guardar tantas palavras? (Pág. 157)

Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. (Pág. 181)

Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa. (Pág. 185)

Que juro! O que havia era safadeza. (Pág. 188)

Estava ali o que ele não conseguiria nunca decifrar. Aquele negócio de juros engolia tudo, e afinal o branco ainda achava que fazia favor. (Pág. 217)

O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinha Vitória e os dois meninos. (Pág. 245)
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Luiz 27/10/2019

Vivo e dinâmico
Livro cheio de cores, tons, a princípio tentei ler encadeando fatos e criando uma linha do tempo, mas percebi que isso não era o foco, ficou bem melhor quando assumi a posição de espectador de vários quadros coloridos e cheios de detalhes, que vão dos pensamentos e aos elementos da natureza. É pra ler com calma e deixar o seu subjetivo construir em cima das palavras. :)
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