sntsisa 04/04/2024
?Mas as pessoas em si mudam tanto que sempre há algo novo a ser observado nelas.?
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Orgulho e Preconceito, apesar de ser um clássico de Jane Austen, nunca havia me chamado a atenção -na verdade, nenhum livro de romance de época. Mas, buscando conhecer alguns gêneros diferentes, dei uma chance para a obra.
Trata-se de uma história, situada no séc XVIII, sobre uma família ?classe média? (acredito que se enquadraria nisso, hoje em dia), composta por uma mãe bastante intensa e um tanto inconveniente, um pai indiferente e reservado, e cinco filhas diversas em suas personalidades. Acompanhamos, principalmente, as vivências -geralmente românticas- das duas filhas mais velhas, Jane, que representa o amor e a bondade, e Elizabeth que, por sua vez, traz a rebeldia e quebra de padrões no semblante.
Do começo ao meio do livro, marcado pelos conflitos entre os interesses das irmãs, as relações de Elizabeth com o Sr. Darcy -um cavalheiro orgulhoso e nada modesto, e também as relações econômicas e políticas estabelecidas entre os vizinhos, achei a leitura bem interessante; nesse meio que vemos os temas que dão título a obra serem bastante discutidos.
Do meio para o final, confesso que foi mais difícil manter a atenção, pois o romance, ao meu ver, se desenvolve de maneira um pouco rasa. Claro que, para a época, faz total sentido e acredito que deve ter sido, de certo modo, uma transgressão.
De qualquer forma, foi uma leitura rica, tanto pela escrita da autora quanto pelo trabalho com os temas propostos. Assistirei o filme novamente, com o olhar da leitura dessa vez. Acredito que o que mais gostei foi ler o desenvolvimento e as dinâmicas entre a própria família Bennet -sendo uma amante dos dramas familiares-, do que do romance em si.