Lorena 27/11/2022
Se eu pudesse, teria abandonado...
Terminei o livro “Não de abandone jamais”, mas confesso que teria abandonado logo nos primeiros capítulos. O livro é bem lento e as justificativas de toda essa história contada desde o início só começam a se explicar a partir da página 150. Não sei se pela bagagem de leitura que eu tenho eu consigo adivinhar com mais facilidade os plots, mas esse plot me pareceu óbvio desde o começo. Ao contrário do que eu pensava, o livro permanece lento durante toda a narrativa, mesmo em momentos de “mais ação”. Muitas coisas, durante a história, não são detalhadas e explicadas, enquanto outros assuntos super irrelevantes tinham destaque nos capítulos. Os diálogos eram bem estranhos e não traziam uma atmosfera de se sentir pertencente a narrativa, que eu, particularmente, acho fundamental nos livros. O autor sentia a necessidade de o tempo inteiro, depois de uma conversa entre os personagens, explicar se eles estavam de boa uns com os outros ou não, sendo que pelos diálogos isso já poderia ser transmitido. A pauta do sexo trazida a cada parágrafo, praticamente, me irritava muito, porque tinham coisas que deveriam ser muito mais aprofundadas do que isso, que não tem relevância nessa história. Esse livro me trouxe uma sensação de que essa história poderia ter 150 páginas se o autor não ficasse contando a mesma coisa várias vezes com palavras diferentes. Você sente que leu 300 páginas de um enredo arrastado e, em muitos momentos, confuso para entender em um capítulo com uma conversa específica. A história é interessante, claro, mas o jeito escolhido para contar, simplesmente, não foi para mim. Não recomendaria a leitura para ser sincera. Reconheço a importância do prêmio concedido a esse livro e que certamente tem um motivo para ter ganhado, mas, para mim, não funcionou.