spoiler visualizarthomas 16/10/2022
Uma longa jornada
Não me abandone jamais é uma história que é vista em primeira pessoa e pela protagonista, Kathy. Uma mulher de trinta e um anos que ainda está na fase final de exercer a função cuidador, indo de hospital a hospital para cuidar dos doares. Enquanto dirigia pela estrada, ela acabara lembrando a contando, a nós, leitores, sobre o internato Hailsham, juntamente vindo com seus dois amigos: Tommy e Ruth.
No início da drama, não obtivemos explicações o suficiente para saber sobre o internato, para que serviu, os professores ? que, no caso, são conhecidos como guardiões ? e a famosa galeria. Enquanto Kathy alternava em lembranças e realidades, é notório vermos e entendermos como tudo ao redor dela possa ter sido angustiante em saber da verdade. Em entender do porquê suas artes iam com a madame e como tudo, até então, parecia que receberiam uma vida extensa. Miss Lucy, presente na infância, tentava mostrar o real motivo de estarem no mundo e para o que servem, tanto que interrompe a conversa ao dizer que eles não viverão o suficiente para pôr em prática as tais profissões. Querendo ser cruel e doce ao mesmo tempo, claro, não conseguindo captar as informações até chegar ao cassario, onde vive a sua segunda parte da vida.
Na trajetória toda vimos e entendemos diversos assuntos que são abortados com tanta cautela. O bullying que Tommy sofria, a busca da humanização de viverem, a única conexão com outros serem fechadas, as doações e a consequência que isso trará, em como a ciência avançou dos anos 50 para que os ??????? pudessem ter uma vida mais duradoura, retirando as das outras. Nunca fora realmente discutido o assunto, como miss Emilly explicou kathy e Tommy.
Eles têm medos de que fosse dominados pelos clones, o que lembra é como se fosse a dominação da tecnologia, por exemplo, robôs. Buscavam a separação, vivessem a um certo tempo até que seu ?possível? precisasse e chegasse a fase das doações, essa que muitos não consegue ultrapassar a segunda doação.
É uma angústia a cada página que lê, querendo respostas para suas perguntas. Você se afoga no cenário, vê coincidência aos nossos cotidianos e o próprio livro - ou a Kathy em seu modo de contar - nos faz refletir: será mesmo que devemos projetar clones, tendo a capacidade de sentir tudo que um ser humano normal possa sentir, para termos uma vida quase eterna?
Kathy e Tommy buscavam um adiamento de três anos a mais para viver - apesar de Tommy já estar na terceira fase da doação -, busquem por madame, mas acabam descobrindo que não era possível; que aquilo que tanto desejam vai muito mais além.
O livro é bem interessante, cheio de emoções e mistério para incluir o leitor e destruir a quarta parede, pois parece que a protagonista está contando a história ao seu lado. Há um trecho do livro que me marcou muito e fiquei até curioso no começo. Quando a madame pegou Kathy, ainda tão novinha, cantando a música pelo quarto segurando um travesseiro, anos após foi revelado o motivo pelo qual chorou naquela época: ?... E vi uma menina novinha, de olhos bem fechados, segurando no colo o mundo antigo e bom de antes, o mundo que ela sabia, lá no fundo, que não poderia continuar existindo, e ela segurado esse mundo no colo e pedindo ele não deixá-la partir.? dita por madame, nas últimas páginas do capítulo 22.