Resenhas - O bom filho

Nanað 13/10/2022

Materno
Esse livro pra mim foi o primeiro que li de origem sul-coreana. Estava sem saber o que esperar e me perguntando como eu processaria diferenças culturais, mas devo admitir, a tradução e adaptação foram tão bem feitas quando li que não detectei nada que tenha me feito sair e pesquisar ( só fui pesquisar mais livros assim, claro, haha). O Bom Filho é um livro forte com gatilhos para violência e descrições gráficas das mesmas, mas usa isso à seu favor e demonstra seu brilhantismo relatando o relacionamento de uma vítima e um monstro. Ou talvez duas vítimas. Ou talvez dois monstros.
O personagem principal é atraente, no sentido de que simpatizamos com sua agonia, desespero e curiosidade sobre os motivos de um desastre sangrento.
Os personagens adicionais como a mãe, o irmão adotivo e outros tem suas claras contribuições para o desfecho e o caminhar da história.
E já que cito o desfecho, foi muito... amargo. Mas foi muito convincente e muito infeliz, logo muito real. Esse livro é muito. Do início ao fim. É muito perfeito pra mim, que li.

Rafael Vinícios 12/10/2022

Resenha de O Bom Filho
Eu acho que esse é um daqueles livros que você lê e não sabe se amou ou se odiou. Eu mesmo ainda não me decidi se gostei ou não. Ainda não sei na verdade. Mas diria que só por isso esse já é um livro bom por ter cumprido esse propósito de dividir um leitor e tê-lo feito parar pra refletir sobre o que leu.

A história é interessante, muito bem escrita e se desenrola de uma forma que prende o leitor. Desperta a curiosidade. Os personagens são bem construídos e isso é mérito da habilidade da autora tecendo a trama, fazendo com que mesmo através de um ponto de vista unilateral e duvidoso, a gente consegue se adentrar profundamente na história.

Eu acho que o ponto alto desse livro é a trama estar cheia de dilemas morais. Antes mesmo de sequer conseguir processar o que acabou de ler, o leitor se depara com mais e mais dilemas sobre os quais refletir.

Ainda não decidi se gostei ou não, mas definitivamente recomendo.

MarsyCcilia 10/10/2022

Maravilhoso!
Uma da melhores leitura dessa ano, sem dúvida!
Me prendeu do início ao fim, apenas o final que não foi do meu gosto, mas apenas gosto pessoal.

Laryana.Victorino 09/10/2022

um dos melhores do gênero que li esse ano. por ser narrado pelo personagem principal, você acaba se compadecendo da situação dele, mas ao longo do livro vai descobrindo quem é quem e qual a verdadeira história

Yeda 04/10/2022

O livro fala sobre Yu-jin, que acorda sem lembra de nada do que aconteceu na noite passada, e se depara com uma cena terrível: o corpo de sua mãe degolado e sangue por todo lado. Ele precisa descobrir o que aconteceu. A narrativa é em primeira pessoa e conforme a trama se desenrola, descobrimos, junto com o protagonista, o que aconteceu. E também compreendemos a complexa relação entre mãe e filho e o passado deles.
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No geral, é repetitivo. O protagonista é o narrador e a maior parte da história se passa em sua cabeça: Yu-jin mergulhando em memórias, Yu-jin desesperado e Yu-jin tentando se lembrar do que aconteceu e voltando sempre ao mesmo redemoinho de desespero e de negação da situação. O livro poderia ter umas cem páginas a menos e toda a estrutura ainda estaria intacta.
O maior problema desse livro é sua obviedade. Não há problema nenhum em ser previsível, contanto que a história seja bem contada; a premissa desse livro já implica certa previsibilidade e tudo bem. Aqui, a trama não é bem desenvolvida e a história não é bem contada. Já dá para saber como tudo vai desenrolar e todas as "minúcias" nas primeiras dez páginas. E o desenvolvimento da trama é fraco, sem nuance. Nada é demonstrado por atos, tudo o que acontece é o narrador dizendo claramente. Não há detalhes que indiquem nada. E como o livro só foca em um detalhe, tudo desaba; descobrir quem matou a mãe de Yu-jin se torna não só o clímax, mas uma muleta. Não há nada no livro fora isso. A relação entre o protagonista e a mãe só é explorado quando conveniente, sua personalidade também. Então, o que resta quando isso é mal construído? Nada. Outro problema é na primeira metade do livro, em que a autora tenta passar para o leitor o desespero que o protagonista sente. Então são diversas frases repetidas, sobre o protagonista estar desesperado, suando frio, negando tudo de novo, de novo e de novo. Isso é bem cansativo. E é inútil, já que o protagonista é frio.
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--------CONTÉM SPOILER-------
Eu sou muito receosa com livros que tratam sobre assassinos em série, e esse livro só confirma o meu receio. A maior parte desses livros parece que tiram os requisitos para ser um assassino em série daqueles "Manuais do FBI", "Requisitos do FBI para ser considerado um serial killer" e colocam tudo no livro, escrito com as mesmas frases que a gente vê em qualquer post duvidoso do facebook. Então, do nada, tudo vem. Maltrato com animais, xixi na cama, falta de empatia. Tem até aquela frase óbvia que as pessoas são divididas em "ser útil para o psicopata ou não". É bobo e raso. "Eu minto para conseguir o que eu quero". Meu deus, há tantas formas de mostrar isso em um livro ao invés do narrador literalmente dizer isso. É ridículo. E a forma com que "descobrem" que ele é um psicopata? Pífio. Tudo é preto no branco, escrito em pedra.
"Ele agiu assim, assim e assim"(checa todos os requisitos para ser um psicopata), então ele é um psicopata. Os testes realizados nele que deixaram assustados todos os cólegas psicólogos? Quem escreveu isso? Uma pessoa de 15 anos? Como alguém simplesmente determina que alguém é um psicopata terrível porque a criança não sente empatia? Podre. De novo, parece um post de facebook. Mesmo tendo um questionamento sobre se foi justo ou não "diagnosticar" uma criança dessa forma, a própria trama apoia o "diagnóstico". A psicopatia aqui foi tratada como alguma alergia: você tem os sintomas então é obrigatoriamente isso. A própria personalidade do personagem é baseada nesses requisitos. Poderia ter explorado diversas vias para criar um personagem bom, já que é ficção e, mesmo na vida real, sabemos que esses requisitos não são obrigatórios ou definidores. Isso foi decepcionante, de verdade.
Por fim, o protagonista era para ser um narrador não confiável. Mal executado. Que narrador não confiável é esse que é tão óbvio? Que fala exatamente o que está acontecendo? Que, ao invés de distorcer as coisas, mentir e etc., só fala que está mentindo e dá para definir claramente o que ele está tentando justificar e o que ele não está?

booksluv_ 04/10/2022

que vontade de morrer
DO CARALHOOOO!!!
Pelo amorrr que livro incrível. A contrução do personagem serial killer, é divina, maravilhosa, de certa forma até angustiante, a autora faz você acreditar que ele é só um garoto incompreendido que não teve o amor da mãe e muitos podem até terminar o livro a culpando (o que eu acho escroto e nada haver), mas a mulher a todo momento em que você ler o diário é óbvio o quanto ela tentou amá-lo e amou, infelizmente ele não viu isso.
Um manipulador nato, típico SK e tenho certeza que se fizesse agora uma releitura perceberia isso desde o princípio, quando a situação tá um caos tudo o que ele pensa é em si mesmo, maneiras pra escapar, o quanto ele é melhor que os outros e o quanto o pensamento dele é que é o correto, a todo momento tentando se passar por vítima mesmo vendo que as reais vítimas estavam na frente dele.

impecável e o 4,5 é devido ao final, pois queria que ele morresse! ?

#Anafox 01/10/2022

Yu-Jin acorda sentindo cheiro de sangue. Encontra sua mãe morta e não se lembra direito do que aconteceu à noite. Quem matou a mãe? Por que ele não se lembra dos últimos acontecimentos? De cara percebe que as evidências apontam para si mesmo, o que torna urgente desvendar os acontecimentos das últimas horas.

You-Jeong nos coloca numa história em que solta pequenas pistas para nos guiar nesse mistério. Uma leitura fácil, intrigante, muito bem escrita.

Angelito? 20/09/2022

Acho que nunca senti tanto ódio, nojo e desprezo por um personagem como senti aqui.
Durante uma parte do livro senti empatia pelo personagem e pena, tornando com que eu compreendesse algumas atitudes, porém não concordando com elas. E ao decorrer do livro toda essa empatia que você acaba sentindo por ele acaba.
A história é incrível num todo, por conta dos fluxos de pensamento acaba se tornando meio cansativa em certas partes.
Apesar de não ser nenhum pouco surpreendente ainda vale a pena.
Foi uma experiência incrível e queria ter lido mais devagar pra aproveitar melhor.

Karlla Souza 14/09/2022

Bom
Gostei do livro, durante a escrita vamos sabendo do que realmente aconteceu junto com o personagem.
"A diferença entre um ser humano é um animal é que o primeiro é capaz de enxergar a si mesmo, com seu olho interno."

suellem 11/09/2022

O bom filho
Yujin é um ótimo nadador , adora correr, tinha tudo para ser um atleta e tanto porém a epilepsia atrapalha seus planos e torna isso apenas um sono.
Durante as crises , ele perde completamente o senso e nunca sabe o que é real ou ilusão .
Sua mãe cuida dele , sempre atenta aos seus passos, sempre de olho nos remédios se foram tomados ou não , tanto cuidado esconde segredos bem ocultos sobre o filho que ela tanto protege .

A história é muito envolvente, intrigante e estimula o leitor a querer desvendar os mistérios que ocorrem . Eu gostei bastante de como a história foi escrita.

Camila.Loures 11/09/2022

Interessante
Confesso que julguei o livro pela capa por não gostar muito de livros coreanos. Mas esse livro se demonstrou super interessante do começo ao fim, a gente se imerge na leitura e fica preso. Mas confesso que a gente adivinha o que vai acontecer, não tem aquele suspense todo, a qualquer detalhe que é mostrado, já se dá pra adivinhar o que aconteceu! Recomendo a leitura.

Clara 08/09/2022

O bom filho?
Aí gente sério, que perda de tempo viu?o problema é que não consigo abandonar livro Socorro kkkkk, e esse epílogo horrível? Todo corrido e sem nexo, aí não viu, que raiva desse menino, estar na mente de um psicopata não foi fácil viu?o vontade de pegar o pescoço desse menino eu mesma e passar a navalha?Um livro bem confuso na minha opinião, a leitura não flui muito bem.
Enfim??

"Então o que é verdade?"
"O medo, eu acho. O medo é o mais honesto de todos os sentimentos."

Karina.Sasaki 05/09/2022

Esse final foi um completo HORROR
No começo tava dando nada pra esse livro, estava esperando um livro em que o protagonista fosse epilético e que o assunto do livro seria sobre isso, mas você acaba emergindo na cabeça de um psicopata. Estou horrorizada com o livro, gostei demais.

Caroline1319 03/09/2022

A narrativa da Yujeong é muito envolvente; especialmente na primeira parte do livro. Desde o momento em Yujin acorda, coberto de sangue, até o ponto em que eu encontra as primeiras pistas do assassinato, a história é interessante. Daí pra frente, o livro cai num clichê inevitável e muito previsível.
Pessoalmente, fui perdendo o interesse na história: tudo o que veio a seguir foi extremamente monótono. É legal pra passar o tempo, mas acho que a história tinha um potencial muito maior (que a escritora infelizmente não soube explorar).

Ana Terra 02/09/2022

COMO ASSIM!?
O Bom Filho - You-Jeong Jeong (Coréia do Sul)
Editora: Todavia
Thriller psicológico/ Suspense
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Ler sobre relações familiares sempre me interessa e quando se passa em um clima de suspense, em que nada é o que parece, eu gosto mais ainda! Se essa temática te interessa, O Bom Filho é uma opção de leitura que você não pode deixar passar.
Da escritora sul-coreana You-Jeong Jeong, O Bom Filho é um thriller em que o personagem principal deixa claro, logo no começo, que é um grande mentiroso, nos fazendo não o levar tanto a sério conforme ele descreve os acontecimentos, narrados em primeira pessoa. Este personagem é Yu-Jin, um jovem nadador que vê sua carreira promissora se acabar por conta de crises de epilepsia. Conforme vamos sendo introduzidos na história, sabemos que em um belo dia, o personagem acorda sentindo cheiro de sangue e se vê em uma situação muito estranha em sua própria casa.
A partir daí, a trama se desenrola e meu deus, que trama! Dividido em 3 partes, o livro vai nos apresentando os demais personagens, suas relações conturbadas e complexas em família. Um crime aconteceu e quem será o culpado? Será que isso realmente é o ponto principal do livro? Nem sempre o ponto principal, quando lemos um thriller, é descobrir o assassino, isso seria muito simples e a história aqui é muito mais complexa do que parece.
Achei a escrita muito envolvente e magnética, você não consegue largar, como todo bom thriller, mas é muito mais que isso: conhecer Yu-jin e seus familiares, cada peça desse quebra-cabeça bizarro me fez ficar em choque em muitos momentos, do tipo em que eu parava de ler e encarava o vazio, de tão chocada! (É sério!).
Por se tratar de um thriller psicológico, acompanhamos os pensamentos de Yu-Jin e está ai o tempero desse livro: ele não é uma boa pessoa. E sem mais, sem spoiler!

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