juh 30/01/2022
O mundo está no escuro e nós somos
duas luzes piscando.
Vamos lá, essa é uma resenha bem difícil e que enrolei bastante para fazer, mas agora vai.
Primeiramente, gostaria de dizer que botei bastante expectativa nesse livro por ser um livro da Taylor (escritora de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo). Porque eu realmente amo a escrita dela e o modo como os livros dela são escritos. E, nesse quesito, não me decepcionei.
Daisy Jones and The Six é um livro em forma de entrevista que te faz conhecer e ver o ponto de vista de cada personagem. O livro é sobre uma banda dos anos 70, formada por 6 integrantes: Billy, Graham, Karen, Warren, Pete e Eddie. Uma banda que conquista cada vez mais fama e é reconhecida. Tudo estava ?perfeito? até uma garota chamada Daisy aparecer para botar o mundo de todos de cabeça para baixo. Juntos eles formam Daisy Jones & The Six. Eram a voz de uma geração. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
É uma história bastante interessante, com personagens bem construídos e bastante reais. A autora realmente acertou na criação de problemas e acontecimentos que mostram a realidade de vários artistas dos anos 70. Esse livro te faz sentir que está participando de tudo aquilo com a banda. E também conta com letras de músicas, que para mim foi o mais espetacular. A aesthetic do livro é tão boa que me fez pesquisar fotos relacionadas no pinterest.
Outro ponto bastante importante, é a grande crítica às drogas/bebidas que esse livro retrata, essa que foi perfeitamente trabalhada junto ao desenvolvimento da história. Nós podemos acompanhar como as drogas destroem a vida de cada um pouco a pouco, e como isso prejudica também todos que os amam.
?Eu sabia que me chapar não era uma boa solução a longo prazo. Mas, nossa, era tão fácil. Muito, muito fácil. Mas, ao mesmo tempo, também não é nada fácil. Porque num momento você está tentando curar uma ferida. E no instante seguinte está tentando desesperadamente esconder que, na verdade, só está mascarando seu problema com uma gambiarra e que a ferida a ser curada vai acabar virando uma [*****] de uma grande infecção.?
Porém, teve algumas coisas que me fizeram não ter gostado tanto do livro.
Os personagens são realmente bem construídos. No entanto, eles são insuportáveis. Principalmente os protagonistas, que agiam de forma imatura e eram egocêntricos demais. Me vi em várias partes do livro querendo parar de ler, porque era simplesmente muito irritante. Os conflitos entre os personagens eram sempre os mesmos e eles nunca sabiam resolver. Acabou ficando muito repetitivo e cansativo. Nenhum dos personagens conseguiu me envolver na história e quando digo nenhum, quero dizer que nem mesmo a protagonista conseguiu me envolver.
Para mim, a Daisy tinha muito muitoo potencial, se ela não me desse tanta raiva. Uma garota nos anos 70 que tinha uma personalidade forte e que sabia fazer valer sua vontade numa sociedade machista que vivia >>>. A sua luta contra as drogas e a insegurança com a solidão e a forma como sua relação com Camila é tratada de forma madura. Tudo isso fez ela ter um desenvolvimento fantástico e ser uma personagem bastante interessante.
?Karen: Era um mundo totalmente masculino. O mundo inteiro era dominado pelos homens, mas a indústria fonográfica... não era fácil. A gente precisava da aprovação dos homens para fazer qualquer coisa. Mas, desde o começo, Daisy meio que se recusava a fazer as coisas assim. Com ela era meio "pegar ou largar.?
Bom o livro teve algumas coisas previsíveis, mas nada que afetasse negativamente a história. E o plot, bom eu não esperava. Eu diria que tem 3 plots no final, e que, somando todos, me deixaram mais surpresa ainda. O que deu a entender?.
Eu diria que tenho uma relação de amor e ódio com esse livro, e que com certeza não é um dos melhores livros da Taylor. Dei 3 como nota, mas ainda fico em dúvida entre 2,5.
Sobre a recomendação, bom, é aquele livro que não fez diferença nenhuma na minha vida. Então se quiser ler: vá em frente. Mas não sei se eu recomendaria.
Esse livro difere bastante nas opiniões, e, de fato, tem gente que realmente ama esse livro, o que não foi o meu caso.
Por favor, fãs, não me apedrejem!!