Resenhas - Lugar de fala

Malu 23/06/2021

É o tipo de livro que todo mundo deve ler pelo menos uma vez na vida

Lugar de fala, de Djamila Ribeiro, é um livro curtinho (tem 101 páginas) com uma escrita simples, mas científica. O fato de que estamos falando de um livro escrito por uma filósofa brasileira negra já o motivo principal para que essa obra seja lida, pois precisamos valorizar a escrita nacional e, principalmente, precisamos valorizar os nossos acadêmicos, pois já existe uma desvalorização muito grande da ciência brasileira por parte do nosso governo, então não devemos fazer isso também. Valorizem o cientista brasileiro e sua produção!
Adiante, Djamila Ribeiro constrói uma obra com embasamento histórico e apresenta para nós o conceito de lugar de fala. Sua produção é toda voltada para o sujeito negro, mais especificamente para a mulher negra brasileira, então à medida que Djamila constrói o conceito de lugar de fala ela também denuncia o silenciamento dessas pessoas, silenciamento esse embasado não apenas na cor, mas também no gênero e na classe social.
Eu não vou me adentrar aqui no que seria o conceito de lugar de fala, mesmo porque é sobre isso que fala o livro e eu quero que você que está lendo essa resenha tenha a curiosidade de ler o livro, mas tenho que dizer que a formulação teórica de Djamila Ribeiro é incrível, suas palavras são embasadas por autoras como Hill Collins e Bell Hooks e incrementadas por análises históricas e contemporâneas.
Esta obra é extremamente relevante para entender o conceito de lugar de fala e sua diferença com relação a representatividade, além de nos apresentar a realidade de mulheres negras (e pessoas negras de formas geral, mas com foco nas mulheres) frente a produção intelectual eurocêntrica e patriarcal.
Leia Djamila Ribeiro. Leia Lugar de fala. Leia produções de mulheres negras brasileiras.

soci_liani 20/06/2021

Breve Opinião (pessoal) sobre: "Lugar de Fala"
Embora a obra seja focada para a compreensão de um feminismo negro, ela pode ser expandida para outros feminismos, de maneira interseccional.
Djamila Ribeiro escreve, como sempre, com maestria (embora em alguns momentos acredito que a linguagem estava mais próxima de acadêmicos do que da grande população), com inúmeras referências pertinentes e que nos auxiliam a sair de nossa zona de conforto e buscar escutar/ entender a comunidade negra, assim como olhar para outros indivíduos que também possuem seus direitos de fala e principalmente de existência negados.
É um livro que recomendo, principalmente para quem quer ter um novo olhar para além do feminismo branco e hegemônico.

Léslie 15/06/2021

"Ainda é muito comum se dizer que o feminismo negro traz cisões ou separações, quando é justamente o contrário." (...) "Pensar em feminismo negro é justamente romper com cisão criada numa sociedade desigual."

Djamila como sempre trazendo de forma bem didática e exemplificativo o que precisa ser dito em letras maiúsculas sempre, que alivio é ter mulheres como Djamila no mundo, e principalmente brasileiras. Tanto a aprender o tempo todo com essas mulheres.

Gosto muito de como Djamila traz referencias ótimas em seus livros, que me instiga a procurar sobre todas, querer ler, querer pesquisar, querer entender. Isso é muito mágico.

Camila 11/06/2021

Esclarecedor
Este pequeno livro é muito elucidaste para compreender, de maneira simples, o conceito de lugar de fala. É essencial para repensarmos o lugar social ao qual olhamos e vivemos.

Fernando 10/06/2021

Explicação bem didática, porém ainda acadêmica, do conceito de lugar de fala. Muito interessante também como o ponto de vista do feminismo negro é bem ilustrativo pra explicar o conceito.

@biblioteca.da.alma 10/06/2021

Rápido e direto
Assim como outros livros da autora, essa obra é rápida e objetiva, não enrolando para chegar no seu assunto principal: "o que é lugar de fala?"

Creio que essa seja uma leitura essencial para refletirmos acerca da nossa localização social, e de o que e como, graças a ela, podemos falar sobre determinados assunto. Afinal, todos temos lugar de fala, porém é necessário refletir qual é o de cada um, e não invizibilizar os demais.

Djamila nos mostra o quando as lutas de alguns grupos são ao mesmo tempo compartilhadas, mas diferentes em diversos aspectos: uma mulher negra lésbica pode e deve lutar pelas causas feministas, anti racistas e também pelas anti homofóbicas, não precisando escolher somente um lado, pois ela não é mais de um grupo do que outro, cada causa tem a sua significância.

E é aí que entra o lugar de fala: uma mulher branca vai lutar pelos seus direitos como mulher, mas não vai estar na mesma localização social do que uma mulher negra, que além dos direitos como mulher também precisa lutar contra o racismo. É essa diferença de lugar em que nos encontramos que nos permite falar ou não com mais autonomia sobre determinado assunto, mas sempre estando em nosso lugar de fala.

nmstoppa 09/06/2021

Li esse livro todo hoje. A leitura é bem fácil e fluída, eu já li outro livro dessa coleção e é nessa mesma pegada, isso faz com o conhecimento seja bem democratizado.

Conteúdo incrível, trabalhado de maneira melhor ainda.

Leticia 03/06/2021

Lugar de fala!
Djamila Ribeiro mostra de forma clara o conceito de lugar de fala apresentando um panorama histórico sobre as vozes da população negra e principalmente das mulheres negras que foram silenciadas.

Livro mais que essencial para compreendermos a luta da mulher negra por espaços e refletirmos sobre os nossos privilégios como um todo.

Sam 03/06/2021

Todo mundo tem lugar de fala
Livro necessário pra entender mais sobre as militâncias e como se apropriam do termo "lugar de fala" para deslegitimar discursos. Apesar de muitos termos acadêmicos a essência do que vai ser dito é compreendida.

Todos tem lugares de fala, desde que entendamos que esses lugares vem da nossa posição social. Para ficar claro, um homem branco pode sim teorizar sobre o racismo, mas desde que fale a partir da sua perspectiva de localização social como homem branco e deixe uma pessoa negra representar e falar sob sua perspectiva do que sofre com o racismo. Aqui entra a diferença entre lugar de fala e representatividade mais bem explicado no livro.

Todos devemos ter espaço e teorizar para cada vez mais assuntos reprimidos tomarem voz no mundo e mais importante ainda, deixar quem sempre foi reprimido falar e saber ouvir, da parte de quem sempre teve voz.

Para reflexão "só fala na voz de ninguém quem sempre teve voz e nunca precisou reivindicar sua humanidade"

déb 01/06/2021

Bom
Curto, mas bom!!

Mercia50 01/06/2021

Todas as pessoas possuem lugares de fala
"Só fala na voz de ninguém quem sempre teve voz e nunca precisou reivindicar sua humanidade".

Esse livro da Djamila é imprescindível para entendermos lugar de fala. Porém devo dizer que ele traz consigo uma escrita bem acadêmica que pode ser um pouco mais trabalhosa para quem não está acostumado. A divisão dos capítulos são bem grandes também, o que para esse tipo de livro e para pessoas como eu que param muito para anotar coisas, estudar e retomar a leitura, pode ser fácil de se perder, mas por ser um livro pequeno e introdutório não é de forma alguma um empecilho.

Vanessa Garcia 31/05/2021

Lugar de fala
Como entender lugar de fala sem entender como o feminismo não abraça todas as mulheres ? Esse livro é didático e direto, como deve ser.

Silmara.Alencastro 31/05/2021

Didático
Como a maioria dos livros da autora, a presente obra é uma aula sobre fala, o lugar dessa fala, o silenciamento dessas falas, quem tem o direito dessas falas. É um livro importante pata entendermos o percurso de onde viemos e para onde vamos.

Bianca.Seminotti 30/05/2021

Precisamos falar
Já passou da hora de entendermos o que significa lugar de fala. Não apenas conceitos, mas como funciona na prática. Uma conversa necessária e imprescindível para que a nossa sociedade seja mais humana e menos hipócrita. Leitura rápida e com muito conteúdo. Fica a vontade de ler outras autoras citadas por Djamila.

Maia 25/05/2021

Elucidador.
Impecável no que se propõe Djamila Ribeiro dá uma aula nesse primeiro livro da série "feminismos plurais". É bem curtinho, 112 páginas apenas, mas muuito elucidador e com várias referências incríveis tais como: Lelia Gonzales, Conceição Evaristo, Kilomba, Judith Butler... Enfim um arcabouço de boas citações que por si só já valem a leitura dessa aula em forma de obra.