Lugar de fala

Lugar de fala Djamila Ribeiro




Resenhas - Lugar de fala


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luamagnetica 27/12/2021

Um livro muito interessante e importante porém, pela proposta da introdução de ser popular/acessível, achei que pecou nos dois capítulos finais. Não pelo conteúdo, mas pela escrita com muitos termos técnicos que muitas pessoas podem se perder.

Poderia ter sido escrito de outra maneira ou talvez colocar um glossário explicando alguns conceitos de termos que são usados no livro como se estivessem no cotidiano de todo mundo.

No mais, comecei como uma leitura excelente que queria panfletar para todos e terminei achando que estava lendo um texto acadêmico para a faculdade.

Enfim, novamente, não deixa de ser muito rico no que se debate!
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Cris @cristinadaitx 27/12/2021

Embasada nas escritas e reflexões de diversos e diversas autoras, a autora traz reflexões importantes sobre o papel da mulher negra dentro da sociedade. O mais importante é que ela consegue esclarecer muitas dúvidas sobre conceitos mal esclarecidos a respeito do "lugar de fala" e sobre a função de TODA A SOCIEDADE, independente de raça, gênero ou orientação, no combate a todo tipo de preconceito. Todos devem se posicionar na defesa daqueles que são inferiorizados, independentemente se têm experiência direita ou não com o preconceito. Além disso, todos devem ser considerados capazes de contribuir com suas ideias e percepções sobre os diversos assuntos e todos, sem exceção, têm o direito a ter essas opiniões e percepções respeitadas. Aliás, o respeito é a base de tudo, e é somente o respeito que garantirá a TODO cidadão o direito de exercer sua cidadania com dignidade e principalmente, igualdade.
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Raphael Rostaizer 31/07/2022

Mais um que todos deveriam ler
Excelente livro abordando tópicos extremamente relevantes para entendermos e respeitarmos de uma vez por todas. Esse é o tipo da obra (assim como outras do mesmo ramo) que deveria ser utilizada na educação das pessoas.
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Juliana 15/05/2024

Um livro para ser esclarecedor, para organizar, conscientizar e dar mais qualidade às discussões.
A forma de escrita é didática para que todos compreendam, mas acredito que não seja a mais palatável. Talvez requeira um pouco de esforço para seguir lendo as frases em tom de explicação filosófica.
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Mila 30/01/2022

Leia tendo em mente diversos grupos minorizados!
De forma descomplicada, Djamila, com embasamento teórico e referências brilhantes, traz luz sobre "lugar de fala", qual seu real significado e por que tema é constantemente polemizado, com intuito de diminuir grupos e movimentos.

E não é sobre raça ou gênero! É sobre todos aqueles que são minorizados, afinal, todos estamos em algum "lugar" e temos o que falar a partir dele.

Leitura obrigatória!
Márcia 30/01/2022minha estante
Ótima resenha!??????




Júlia Silveira 11/08/2022

Leitura essencial!
Esse é uma das obras que precisam ser sua leitura de cabeceira. ??
Resignificar a própria percepção sobre si, a partir da sua localização social, é uma tarefa árdua e essencial para nos tornar-mos pessoas mais conscientes das nossas práticas cotidianas.

Essa leitura é super importante!
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Kekeu 14/03/2020

Didático
Um livro curtinho que aborda de forma didática a idea de lugar de fala. Para quem quer uma leitura rápida eu recomendo o livro, pois será uma porta de entrada para o leitor procurar as vozes (autoras) apresentadas por Djamila na obra.
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Isa 03/06/2020

Lugar de fala
Djamila expõe o feminismo negro de uma forma que eu nunca imaginei encontrar! É bastante conciso, uma leitura rápida e que te faz ter acesso a um ponto de vista diferente daquele do homem branco heteronormativo, entendido na sociedade atual como ?padrão?. Recomendo demaaaaais!
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Rafaela.Cruz 08/08/2022

Feminismos plurais.
Discussão extremamente necessária. Djamila Ribeiro segue entregando sobre a discussão racial e suas intersecções, com uma linguagem super compreensível.
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Ivan de Melo 27/08/2020

Djamila Ribeiro e o "lugar de fala", um conceito urgente para a contemporaneidade
Esta obra faz parte da coleção “Feminismos Plurais” dirigida pela filósofa Djamila Ribeiro e que recentemente ganhou reedição pela editora Jandaíra. São obra curtas e didáticas que abordam temas essenciais para compreendermos as discussões identitárias na contemporaneidade, sobretudo em um momento em que conceitos ou chaves teóricas abordadas na coleção como interseccionalidade (abordado por Carla Akotirene), apropriação cultural (abordado por Rodney William) e empoderamento (abordado por Joice Berth) correm o risco de sofrer um esvaziamento de sentido progressivo à medida que são difundidos de forma acrítica como se tornou comum nas redes sociais. É o que ocorre com a noção de “lugar de fala” e se você ainda não leu o que Djamila Ribeiro escreve sobre o tema pode ser que esteja compreendendo apenas parte daquilo que o conceito abrange ou talvez ainda incorra em visões limitadoras sobre o mesmo.

Em seu texto Djamila propõe uma contextualização de “lugar de fala” de modo a destacar uma complexidade própria ao conceito. Para isso, seu livro está dividido em quatro partes. Em “Um pouco de história”, a autora dialoga com autoras como Lélia Gonzalez, Giovana Xavier, a panamenha Linda Alcoff e a estadunidense bell hooks para retraçar uma parte da história do movimento feminista mundial que pouco aparece na narrativa tradicional: a participação e o protagonismo das mulheres negras. A partir da experiência e dos relatos da estadunidense Sojouner Truth e sua relação com os primeiros movimentos sociais liderados pelas mulheres brancas, a autora destaca a importância de discussões que prezem pelas experiências compartilhadas por grupos distintos de mulheres levando em consideração as intersecções que permeiam cada tipo de resistência, o que distinguirá, por exemplo, as pautas e demandas do feminismo negro de outros grupos, uma vez distintos os lugares que cada um ocupa na sociedade. Este reconhecimento das distintas identidades sociais é fundamental, por sua vez, para um movimento de descolonização epistemológica ao levarmos em consideração que o próprio colonialismo é responsável pela lógica de silenciamento destes grupos.

Na segunda parte do livro intitulada “Mulher negra: o outro do outro”, Djamila retoma a noção clássica levantada por Simone de Beauvoir quando esta afirmou em sua obra que a mulher é uma construção definida a partir do olhar do homem, configurando-a assim como o “outro” do mesmo e sujeita aos papeis hierarquizados que lhes são impostos. Estabelecendo um diálogo crítico a esta visão junto a autoras como Sueli Carneiro, a portuguesa Grada Kilomba e as estadunidenses Audre Lorde e Patricia Hill Collins, Djamila destaca mais uma vez a importância de nomear as diferenças, pois estas embaçam uma ideia de universalidade sobre as experiências individuais. Há distintas formas de experienciar gênero, de ser mulher, e essas distinções precisam ser nomeadas para que novas categorias e demandas políticas possam vir à tona na esfera pública. Neste sentido, se a mulher é o outro do homem, a mulher negra é o outro da mulher branca ou “o outro do outro”, o que faz com que o feminismo negro seja necessário não com a premissa de hierarquizar as opressões, mas de destacar os diferentes lugares ocupados por estes grupos na sociedade e logo os seus lugares de fala.

É com este encaminhamento que as terceira e quarta partes do livro chamadas “O que é lugar de fala?” e “Todo mundo tem lugar de fala” têm início. No diálogo com diversas teóricas, a autora explica como o conceito surge no campo da comunicação e só mais tarde se aproxima da noção que hoje possui ao se relacionar com o chamado “feminist standpoint”, uma abordagem das experiências de ser mulher que leva em consideração a intersecção das desigualdades e os possíveis entrecruzamentos entre gênero, raça, classe, geração sem o predomínio de uma destas características sobre a outra. Em grande medida, esta abordagem permite uma discussão estrutural que leva em consideração o lugar social que os grupos ocupam na sociedade e que condições sociais o legitimam ou não. Para Djamila é neste ponto que residem de forma limitada a maioria das críticas sobre o conceito de “lugar de fala” no cenário brasileiro, os olhares detêm-se sobre os indivíduos e menos sobre as desigualdades e hierarquias que subalternizam determinados grupos sociais. Soma-se a isso a ideia comumente errônea de que “lugar de fala” implicaria somente na fala autorizada de determinados indivíduos sobre determinado tema com base em sua experiência. A autora já disse em entrevistas que o conceito não implica em um lugar de silenciamento ou de escuta passiva, mas sim de diálogos. Não devendo ser confundido com a premissa da representatividade, o “lugar de fala” estaria mais próximo de uma categoria de análise de discurso a partir do qual podemos compreender que condições sociais legitimam ou não que determinados discursos sejam proferidos a respeito de determinados grupos a partir do lugar ocupado por quem os profere, além de uma postura ética da qual devemos ser conscientes ao discursar sobre o lugar que não ocupamos. Um dos muitos desdobramentos dessa perspectiva é a abertura de cada vez mais espaços de debate na esfera pública ocupados pelas diferenças, além da visão crítica sobre as hierarquias sociais, os processos de colonização, a desigualdade, a pobreza, o racismo, entre outros problemas sociais.

Em suma, este é um livro que precisa ser lido e difundido. Djamila constrói diálogos muito importantes com diversas autoras numa perspectiva descolonial, o que faz desta obra também um grande índice para quem quer se aprofundar em mais leituras sobre os temas que aborda em um momento que o mercado editorial publica cada vez mais obras até então inéditas destas teóricas. Indico a leitura a todos, sobretudo aos educadores, pois “lugar de fala” é um conceito que deve ser introduzido e naturalizado nas discussões que permeiam o cotidiano escolar para se pensar temas urgentes como a diversidade e a equidade, por exemplo.

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Samanta 11/04/2021

Leitura necessária. Aborda de forma didática e esclarecedora o conceito de lugar de fala.
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Stella F.. 04/05/2021

Lugar da fala feminista e negra
Foi bom para conhecer os temas tratados e tentar entender alguns conceitos já ouvidos mas nunca aprofundados. Saber algumas opiniões de mulheres feministas que circulam pelas redes mas que nunca li: Angela Davis, bel hooks, Conceição Evaristo (essa li), Simone de Beauvoir, Lélia Gonzalez e muitas outras. Os conceitos estão longe do meu cotidiano, mas ainda dá tempo de prestar atenção, por um viés da filosofia e literatura, o que outras pessoas passam: lugar de fala, representatividade, lugar social, lugar de indivíduo, qual teoria é a mais "correta" e muitos outros assuntos.
Primeiro faz-se uma abordagem histórica do feminismo e aos pouquinhos entra-se nos recortes de teoria social, políticas identitarias, o lugar do negro, oportunidades, produção de feministas negras, quem é o Outro, definição de lugar de fala e se a teoria e prática devem ser vistas pelo ângulo do lugar social ou do indivíduo e contrapõe-se várias teorias e vários teóricos.
"Não poder acessar certos espaços acarreta a não existência de produções e epistemologias desses grupos nesses espaços; não poder estar de forma justa nas universidades, meios de comunicação, política institucional, por exemplo, impossibilita que as vozes dos indivíduos desses grupos sejam catalogadas, ouvidas, inclusive, até em relação a quem tem mais acesso à internet. O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas a poder existir."
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Wilderlane Oliveira 21/05/2021

Livro necessário para compreendermos o que é lugar de fala e sua relação com as hierarquias sociais. Todos temos nosso lugar de fala e este conduz a uma percepção sobre um determinado problema ou circunstância. A riqueza dessa reflexão do lugar de fala está, justamente, na busca de uma maior expansão das falas dos grupos minoritários, os quais foram historicamente silenciados. É o novo olhar das realidades que incomoda, pois rompre e abala as hierarquias constituídas em prol de grupos em detrimento de outros.
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