Dea 13/09/2019
Somos barro nas mãos do Oleiro
Não é o primeiro e nem será o último livro que lerei da Francine. Ela tem esse jeito de ser minuciosa em suas descrições do psicológico de seus personagens tornando os conflitos tão nítidos que chega na alma de quem está lendo.
Mas, como escrevi na resenha do primeiro livro, leia sabendo que a história narra o início do cristianismo e suas crenças. Leia com a mente aberta, ainda mais se você não for Cristão, e terá uma obra envolvente, com muitas verdades sobre a natureza humana, vingança, redenção e perdão.
Impossível não se identificar com a busca da fé, do por quê do sofrimento sem sentido. Busca esta, realizada por Marcus, que julgou ter perdido tudo ao perder Hadassah para um Deus que diz ser amor e permite que seus filhos sofram.
Impossível não se identificar com Hadassah, que aprende e se fortalece na fé através do sofrimento e do amor incondicional.
Impossível não se identificar com Febe, a mãe que ora até o fim por seus filhos, que tomam caminhos que levam ao sofrimento e têm que arcar com as consequências de suas escolhas.
Impossível não sentir raiva e ao mesmo tempo se emocionar com Júlia e sua busca pelo perdão.
Enfim, impossível não chegar ao final do livro, com aquela sensação de uma história linda, que ensina e traz em si, vários assuntos pertinentes à nossa época atual.
A divisão das fases de Marcus em cada nova empreitada no livro, coloca o ser humano em plena evolução espiritual e traz ao leitor a certeza que definitivamente, não importa o modo, tudo coopera para o bem dos que amam a Deus.
Resumindo: amei. Super recomendado.
Boa leitura.