Gustavo 18/08/2019
E se…
Bom, é estranho pensarmos como cada atitude que tomamos na vida vai acarretar, de certa forma, no futuro próximo ou distante. Você já se pegou imaginando como seria determinada coisa se tivesse feito algo diferente? Pois bem, o livro “E se fosse a gente?”, escrito por Becky Albertalli e Adam Silvera, retrata muito bem essa pergunta retórica que mexe com tantos sentimentos nossos.
Nunca saberemos quando vamos conhecer alguém. Isso pode ser em qualquer lugar: na rua, em um restaurante, no trabalho ou, até mesmo, em uma agência dos correios. Por que não? Às vezes o universo mexe uns palitinhos e pronto, pode ser uma amizade ou um relacionamento. Como diz um dos protagonistas da história, Arthur: “acho que a gente está destinado a conhecer algumas pessoas, e o universo as coloca de alguma forma em nosso caminho. Mesmo numa tarde de segunda-feira qualquer de julho”.
Toda essa história de universo e conhecer pessoas é ainda mais confusa para alguém que nem ao menos beijou sequer uma vez. A adolescência fica mais complicada para quem se descobre gay e se sente sozinho em grande parte do tempo. O livro detalha de uma forma clara e objetiva esse sentimento e, claro, logo criamos uma empatia enorme por ambos os personagens que encaram vários desafios ao longo do romance.
Assim como todas as histórias de amor, queremos que o final seja clichê e feliz. Mas e se… bom, temos que encarar a realidade, não é mesmo? Há tantos obstáculos na vida e, às vezes, o melhor a fazer é aceitá-los como um velho amigo.
Confesso que foi uma leitura simples, mas muito gostosa. Sabe quando não queremos largar o livro e ansiamos terminá-lo o mais rápido possível? Pois bem, “E se fosse a gente?” é uma dessas leituras prazerosas, porém fará falta. Ben e Arthur serão lembrados, pelo menos por mim.
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