Luana 21/09/2021
Em Medicina dos horrores, a historiadora Lindsey Fitzharris narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, que estava às vésperas de uma profunda transformação. A autora evoca os primeiros anfiteatros de operações — lugares abafados onde os procedimentos eram feitos diante de plateias lotadas — e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, visto que não havia anestesia. Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade implacavelmente elevadas. Concentrando-se no tumultuado período entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde eles aprimoravam sua arte, as “casas da morte” onde estudavam anatomia e os cemitérios, que eles volta e meia invadiam para roubar cadáveres. (EDITADO-AMAZON).
EU AMEI ESSE LIVRO! Ele conta a biografia do médico-cirurgião inglês do século XIX, Joseph Lister (que foi inspiração para Joseph Lawrence criar o Listerine, famoso enxaguante bucal), o primeiro cirurgião a realizar uma operação numa sala esterilizada com antisséptico pulverizado. O livro é super interessante, pois a autora nos conta de forma detalhada como eram feitas as cirurgias na Inglaterra (SEM ANESTÉSICO), a situação precária em que as pessoas viviam. A escrita é bem gráfica, certas partes chegam a ser bem impactantes, então se você é uma pessoa sensível a esta categoria de conteúdo, pense duas vezes antes de ler. Ótimo livro para quem quer saber um pouco mais sobre a ciência médica.