Resenhas - A Casa dos Espíritos

Elcilene2 13/02/2024

Cada vez mais apaixonada por Isabel Allende.
A forma que ela conta a história política do seu povo criando um enredo fictício, mas com base em historias reais, como ela nos envolve com os personagens, como os desenvolve para além do bem, do mal e no meio disso tudo vai crescendo o debate político e social para no final você estar totalmente envolvido sem perceber, tal qual os próprios personagens.
E não vou esquecer de suas personagens femininas que são a maior força e o pilar principal, não há como negar o entendimento das gerações anteriores e os anseios dos mais jovens por mudança e progresso.

Ter lido a biografia da autora me fez entender mais sobre suas obras e ser ainda mais fã dela ??

@isabellajanis 11/02/2024

Uma viagem no tempo?
O livro tem pouco toque de fantasia (o que me interessou mais, já que não curto muito esse estilo).

Toda a história da família Trueba é contada de forma detalhada, mas não prolixa. São vários acontecimentos que nos prende e nos faz refletir sobre os sentimentos, as vivências, as dores, as lutas e os sonhos de cada personagem.

Carolina941 10/02/2024

Genial
Demorei a pegar o ritmo mas quando peguei não larguei mais. Simplesmente genial, as críticas sutis e as não tão sutis de Isabel aos conservadores me conquistaram. Livro denso e com bastante complexidade psicológica e social, por vezes me fez sofrer com os personagens, principalmente Clara, Blanca e Alba, e repito, obra genial e Isabel gênia.

Andressa Marconi 08/02/2024

A Casa dos Espíritos
Inexplicável a escrita de Isabel Allende em ?A casa dos espíritos?, livro que provoca um compilado de emoções e ao terminar você se encontra desidratando de tanto chorar.
Com uma sutileza a autora intercala 1ª e 3ª pessoa ao relatar os acontecimentos do enredo, o que disponibiliza uma maneira mais expressiva de entender as coisas, considerando que a história é narrada através de várias perspectivas.
O livro é o retrato de várias gerações dos ?Del Valle? e dos ?Trueba?, o transcurso de uma família onde há muita ternura e afetos entre eles, não obstante também me deparei com ódio, ciúmes e rancores que chegam a durar uma vida inteira; e esses sentimentos se tornam tão reais, uma vez que são evidenciados ao leitor sempre permeado no excesso. Essa é uma daquelas histórias inflamadas que te enlaça e você se nota pensando no decorrer do seu dia, sobretudo à noite antes de dormir, tentando adivinhar o transmutar de cada um ali dentro - ou na falha tentativa de tornar mais tênue o destino de cada pedacinho que compõe a história -. Sinto que nada é pouco na criação de Allende, ela explora cada personagem trazendo o que há de melhor e pior em cada um, o que só corrobora em deixar o enredo mais apaixonante. Certamente Isabel Allende nunca nunca foi de amores mornos.

Caroline.Mestanza 05/02/2024

Muito bom
Gostei muito do livro! Fiquei muito empolgada com a leitura no início, muitos personagens bons, muitos acontecimentos! O meio teve alguns momentos que achei que demoravam a passar, mas chegando mais para o fim o livro volta a ser incrível! O livro conta a história de 3 gerações de uma família tradicional porém muito diferente do início do século XX no Chile! Clara é a personagem principal, juntamente com Blanca, Alba e Esteban!
Vale muito à pena!

Karol.Rocha.Balzon 04/02/2024

Um dos melhores livros que já tive a oportunidade de ler!
Isabel escreve com tantos detalhes cada elemento da história que a inevitável imaginação do cenário e dos personagens, torna-se um processo fácil e divertido.
Livro maravilhoso para rir, chorar, trata de assuntos fundamentais como a luta de classes, patriarcado e ditadura em países latino americanos.

Thalytasb 04/02/2024

Literalmente, fantástico!
Durante a leitura, acompanhei a história da família Del Valle que, durante décadas - com seus personagens cheios de presença e suas vivências marcantes -, preencheram os ?cadernos de anotar a vida? com inesquecíveis narrativas. Ou seja, Isabel sendo Isabel, mais um livro dela que favoritei no meu coração.

gabimool 01/02/2024

Leitura necessária
Gosta da forma sútil como a autora dá indícios do que irá acontecer no desenrolar da história e de como os detalhes dos acontecimentos e dos personagens são narrados com tanto sentimento, o que me fez sentir o coração saindo pela boca em vários momentos. O livro não é denso e é possível ler em poucos dias porque não dá vontade de parar. É uma história sobre amor, liberdade, força feminina e sobretudo, memórias.

Luiza Barros 31/01/2024

Primeira leitura do ano e faltam palavras para descrevê-la
Essa é minha segunda leitura da Allende e me encanta demais (ao mesmo passo em que me assusta) a forma em que ela narra as complexidades e vulnerabilidades de uma família e dos laços humanos, que se mesclam ao contexto histórico da obra, que vai ganhando maior proporção a medida em que a leitura avança.
É possível identificar o caráter dicotômico da obra, pois somos imersos em uma esfera social marcada pela desigualdade, pela pobreza, o machismo, o impeto ao domínio e a violência, bem como a tirania e o terrorismo de Estado. Mas por outro lado, temos uma escrita delicada e preciosa sobre a ligação que criamos com as pessoas e com o espaço físico e territorial que ocupamos, o cuidado, o afeto, e principalmente, o amor que direcionamos ao outro.
Acho brilhante a forma em que Allende escreve como se as coisas não fossem apenas preto e branco, mas sim um mosaico de cores, que se contrastam e coexistem ao mesmo tempo. Pois a vida não é simples, muito pelo contrário, ela é extremamente complexa e nossas decisões e posicionamentos tem impacto direto no decorrer da história, ainda que não possamos visualizá-lo.

No mais, é preciso estar atento e preservar nossa memória, como indivíduo e como nação.

Vanessa 30/01/2024

Cada evento faz parte de uma grande teia do destino
Quando comecei a ler essa história confesso que achei o início b chato, lento... Mas é justamente o propósito da estória, ir construindo lentamente a linha do tipo desses personagens. Seguindo a vida deles. Quando eu percebi isso foi como assistir a uma novela das seis, da globo, e todos eles se tornaram fascinante! Hahahaha
O pano de fundo de toda a jornada dos Dele Vale e dos Trueba é sofrido e, mas a adiante, bem revoltante. Chorei nos últimos capítulos por injustiças que eu já ouvi e li de um mesmo período que o Brasil também sofreu: a Ditadura Militar. A autora não dá ênfase ao período, visto que ela quer contar a história das pessoas e de como os eventos históricos impactaram suas vidas e de seus entes queridos. E eu gostei disso. É um bom livro, uma história sofrida e bonita, de perseverança, de continuidade e também de amor.

Simone 29/01/2024

Me esforcei para acabar
Não curti muito este livro, por diversas vezes tive a forte impressão de ser uma cópia mal feita de Cem Anos de Solidão. Tem quem goste claro, mas eu não estou entre nós estas pessoas. Já li "Violeta", e agora li este. Não me identifico com o jeito que ela escreve.

Gustavo195 29/01/2024

?Desconfio de que tudo que aconteceu não seja fortuito, mas que corresponda a um destino traçado antes de meu nascimento e que Esteban García seja parte desse desenho. É um traço rude e torcido, mas nenhuma pincelada é inútil. (?)

Em alguns momentos tenho a impressão de que já vivi isto e que já escrevi estas mesmas palavras, mas compreendo que não sou eu, mas outra mulher, que anotou em seus cadernos para que eu deles me servisse. Escrevo, ela escreveu, que a memória é frágil, e o transcurso de uma vida, muito breve, e tudo acontece tão depressa que não conseguimos ver a relação entre os aconte-cimentos, não podemos medir a consequência dos atos, acreditamos na ficção do tempo, no presente, no passado e no futuro, mas também pode ser que tudo aconteça simultaneamente?

LarissaVeloso 28/01/2024

A casa da esquina
Os fantasmas são a parte menos excêntrica dessa história de gerações que tiveram essa casa (e algumas outras) como plano de fundo da história familiar.
Primeiro livro lido da Isabel e admirada pela forma de descrição da dor, sofrimento e resiliência. ?

Roberta.Magno 28/01/2024

Um livro que conversa com toda a America Latina.
Acho que assim como muitos, fui atraída pelo título esperando uma história sobrenatural, fui sem pesquisar muito sobre a história, só sabendo do impacto dele.
Acompanhar a ascensão do Esteban Trueba, movido ao sangue e suor de seus funcionários do qual ele privava os direitos básicos, a aproximação com a política e já imaginar a tragédia em que tudo vai terminar é angustiante...mas contado de uma forma tão interessante que você não consegue largar.
A personagem Clara é pra mim a mais interessante da história, desde pequena mantendo contato com o sobrenatural e desenvolvendo suas habilidades ao longo dos anos, passando de uma menina aérea e alheia a tudo à uma figura importante na família e que usava sua influência para ajudar os necessitados, sendo o contraste do marido.
É triste como a família Trueba pagou pelos planos do patriarca para aplicar um golpe de Estado, do qual ele achava que teria privilégios e mesmo mantendo sua fortuna, perdeu tudo o que de mais precioso tinha, só sabendo reconhecer isso quando era tarde demais.

Um livro que fala de amor, do sobrenatural, de política, de revolução, de injustiça e como tudo isso forma um quebra-cabeças e nos remete à um episódio traumático na história do Chile e de toda a America Latina. É minha primeira leitura da Isabel Allende e mal posso esperar pela próxima.

Schutz0 28/01/2024

Traumas geracionas & ditadura
No fim das contas esse livro é como uma voadora no mei dos peito. incrivelmente atual, ao mesmo tempo que conversa com o passado da América Latina. várias vezes também refleti sobre a figura da mulher nesse livro e as histórias tristes que perpassaram as várias gerações. toda a construção da história até chegar no clímax político do livro é incrível e me fez pensar muito sobre a ditadura brasileira e também sobre contextos atuais. e no final, a gente vê como as memórias são um bem preciosíssimo. vou ruminar esse livro por um bom tempo...

"Até os cães me pareceram felizes, tudo em ordem, tudo limpo, tudo tranquilo e aquela sólida paz das consciências sem memória."