spoiler visualizarRond 03/10/2012
Bridget Jones ou Todas-As-Mulheres-Do-Mundo??
Toda mulher sofre com alguns problemas tipicamente femininos, a eterna busca do peso ideal, a dieta utópica constantemente adiada, um cabelo que nunca aceita a vontade de sua dona, um cigarro na ponta do dedo, um copo de álcool na mão, ou a tradicional péssima sorte com relacionamentos.
Hellen Fielding, nascida em Yorkshire, mas londrina por opção, graduada em jornalismo e mesmo após atuar na área como editora de jornais e revistas, acabou se fixando como produtora de documentários da BBC. Seu primeiro livro, “Causa Celeb”, não chegou nem perto de ser um campeão de vendas, mas em 1996 Hellen aborda um tema pulsante da época que é a forte e destemida mulher moderna, que busca incessante pela sua autonomia financeira e social, e desprender-se de qualquer dependência de uma presença masculina.
Jornalista, tal como sua criadora, solteira, com seus trinta e poucos anos, Bridget Jones não é diferente de nenhuma mulher, o que a torna tão popular perante o publico é que ao invés de um ou dois dos problemas citados anteriormente, ela é assolada por todos e mais alguns, além da pressão da família e de todos que a conhecem com frases do tipo "O relógio biológico não espera, Bridget", ou "Você tem que arrumar um homem enquanto algum tem chances de lhe querer, Bridget".
Na transição do ano de 1995 para 1996, Bridget foca o objetivo de reformular sua vida e mudar tudo que a incomoda nela mesma, para isso ela conta com a ajuda de um diário, onde irá registrar seu dia-a-dia e fazer uma contabilidade diária de quantos cigarros fumou a menos, quantos quilos perdeu, quantos copos de uísque deixou de beber e quantos homens deixou de conquistar.
Bridget se envolve num relacionamento de sexo casual com Daniel, seu chefe bonitão e galanteador, também conhece Mark Darcy um advogado tímido e introspectivo, completamente oposto de seu atual amante, mas só dará uma chance de conhecê-lo melhor após uma decepção com Daniel.
Nesse enredo, Hellen Fielding os envolve num contexto inebriantes de situações curiosas, hilárias e emocionantes, nos fazendo pensar por diversas vezes “Deus, quem nunca passou por isso antes?”.
Fielding deu um verdadeiro golpe de mestre ao criar uma personagem (ou só copiou-a da vida real?) que sofre com a maioria, ou talvez todos, dos problemas físicos e sociais que perturbam a mulher moderna, sendo assim, impossível ler e não se identificar com a protagonista, afinal, se você não for uma, provavelmente você conhece alguma Bridget Jones. O único ponto frustrante é que após ler um livro tão contagiante, você se depara com um final um tanto quanto previsível de mais, mas nem por isso deixa de ser uma ótima e gostosa leitura.
Fascinante, envolvente, apaixonante, romântico, hilário, real, moderno e digno de ser relido, é o que posso dar como definição de O Diário de Bridget Jones.