Amanda 12/05/2020
Como eu amo essa ideia!
Eu sou uma fã de carteirinha de romances de época. Amo seu desenvolvimento, as histórias, mocinhas e esses nobres cheios de honra e coragem que normalmente enchem essas páginas. Por isso, quando pego um livro como este, tão incrivelmente bom, com casais interessantes e uma premissa divertida, eu simplesmente me apaixono.
Taran Ferguson é um excêntrico escocês dono de um castelo nas terras altas. Viúvo e sem filhos, ele tem apenas dois sobrinhos que irão herdar sua casa, mas segundo ele "não tem a força de vontade de Ferguson". E em uma noite bêbado, ele resolve dar uma mãozinha e sequestrar três das donzelas e herdeiras mais concorridas da Escócia para apresentar aos sobrinhos. O plano já começa errado porque ele traz na verdade quatro moças (uma que não é herdeira) e o duque de Bretton como clandestino.
Brett não acredita que teve sua carruagem tomada por engano durante uma noite no baile do conde de Maycott. E mais ainda, não acredita que tem outras quatro moças sequestradas junto com ele. Pior ainda, é a explicação de Taran e descobrir que os sobrinhos são na verdade o conde de Oakley e o conde de Roschester. Nesse incoveniente, a única coisa que o distrai é a linda srta. Caroline Burns, a única sensata nesse grupo. Suas conversas são interessantes, engraçadas e eles se sentem tão a vontade juntos que até o faz esquecer suas responsabilidades como duque. Carol sabe que não adianta se iludir com um duque, mas quando as conversas viram beijos imprevisíveis ou quando seu coração dispara a simples presença de John, será tão fácil assim ser sensata?
Já Fiona Chisholm foi sequestrada junto a irmã Marilla. Ela, apesar de mais velha não se casou por ter má reputação - uma que ganhou sem ter culpa - e está ali apenas para acompanhar, mesmo com as insistências de Taran. Sua irmã é uma incoveniente e agora de olho no conde, ela só quer ficar longe. Até que uma fuga leva Oakley a mesma sala em que Fiona se esconde e o até então taciturno e cheio de regras conde de Oakley, ou melhor, Byron, tem seu coração esmiuçado. Byron não entende seu fascínio por Fiona, mas quando nem mesmo uma revelação jogada em seu rosto o deixa esquece-la, ele precisa escolher: será o amor mais forte que a reputação?
Já Lady Cecily é o verdadeiro "prêmio" desse sequestro, filha do conde Maycott e uma herdeira inglesa, ela é tida como a mais educada e perfeita futura noiva. O que nem todos sabem é que Cecily só vai se casar por amor e esse sentimento nunca a tinha atingido até agora. Robin é um conde francês (ou seja, quase não vale), quase falido e com fama de libertino. O que ninguém desconfia é que ele é uma miragem e por trás tem muita coisa não revelada. De cara ele se apaixona por Cecily, mas seu senso de honra e baixa autoestima o fazem se afastar. Daí que vem o mérito da história: a mocinha decidida que vai atrás do que quer! Lady Cecily me enganou direitinho no começo, na verdade ela é a mais forte de todas.
E de bônus ainda temos as surpresas e tiradas divertidas com Taran o escocês excêntrico e Marilla, a donzela louca que quer se casar a todo custo. Morri de rir com esses dois e todas as situações que eles provocaram durante a quarentena obrigatória. Esse livro, assim como o primeiro é fantástico, com certeza eu recomendo!